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CÉLULAS VEGETAIS EM MEIOS DE DIFERENTES

CONCENTRAÇÕES
18/02/2022
Disciplina: Biologia e Geologia
Professora: Maria Carpinteiro Barros Martins
Escola Básica e Secundária Dr. Bento da Cruz
Feito por:
 Maria Surreira nº13 10ºC
1.Introdução

 Problema
Quais os efeitos sofridos pelas células vegetais em meios de diferentes
concentrações?

 Fundamentação teórica/recolha e análise de dados


A osmose é um caso particular da difusão (processo no qual as moléculas se
movimentam de um meio com mais concentração para um meio com menor
concentração, isto a favor do gradiente de concentração), onde as moléculas da
água atravessam uma barreira semipermeável, como a bicamada fosfolipídica.
Este movimento pode ocorrer por difusão facilitada, onde intervêm as
aquaporinas e por onde a água, uma molécula polar, penetra a membrana
celular através dos canais das aquaporinas. No entanto, alguns autores
defendem que esta molécula pode trespassar a bicamada fosfolipídica através
de difusão simples, onde não há intervenção de proteínas transportadoras.
Nas células vegetais a osmose será condicionada pela pressão exercida pela
parede celular, e pelo vacúolo hídrico.
Sendo assim, se estas forem colocadas num meio hipertónico (meio onde a
concentração de solutos é superior à concentração da água) estas tornar-se-ão
plasmolisadas, já que a água se deslocará do meio intracelular para o meio
extracelular. Se as células forem colocadas num meio hipotónico (meio onde a
concentração de solutos é inferior à concentração da água) ficarão túrgidas,
uma vez que a água se movimentará do exterior celular para o interior da
célula (como as células vegetais possuem uma parede celular, isto permite-lhes
que não rompam, e sofram lise celular, tal como acontece com as células
animais). Contudo, se as células se puserem num meio isotónico, manterão o
seu estado normal, uma vez que neste meio a concentração de solutos é igual à
concentração da água.

2.Procedimento experimental

 Material
- Pétalas de flores (rosa amarela e gerbera vermelha)
- Sal (NaCl)
- Solução de NaCl a 12%
- Solução de NaCl a 0,8%
- Água destilada
- Microscópio ótico composto
- Lâminas
- Lamelas
- Pinça
- Agulha de dissecação
- Pipeta de Pasteur ou conta-gotas
- Papel absorvente
- Bisturi
- Vidro de relógio
- Balança
- Espátula
- Goblé
- Vareta

 Procedimento da atividade experimental


1. Com o auxílio de uma espátula e o vidro de relógio pesaram-se 6 g de soluto
necessário para a concentração de 12%.
2. De seguida, dissolveram-se essas 6 g de NaCl num goblé com 50 ml de água, com
a ajuda de uma vareta.
3. Repetiu-se o mesmo processo só que com 0,4 g de NaCl para a concentração de
0,8%, num goblé de 50 ml de água.
4. Preparou-se o microscópio, ligando a luz.
5. Limparam-se as lâminas e lamelas que depois foram etiquetadas com o nome das
concentrações.
6. Colocou-se um pouco de papel por baixo das lâminas onde se dispuseram de 1 a 2
gotas de cada solução, utilizando diferentes pipetas de Pasteur para as diferentes
concentrações.
7. Com o bisturi cortaram-se pequenas películas da epiderme das pétalas de cada
flor que, posteriormente, foram extraídas com a ajuda da pinça (colocada lateralmente
para não estragar as células da planta) e a agulha de dissecação a fim de não
dobrarem.
8. Seguidamente, colocaram-se essas mesmas películas, cuidadosamente, nas
lâminas com o auxílio da pinça e agulha.
9. Num ângulo de 45º e com a agulha, deixou-se cair a lamela por cima da película.
10. Inseriram-se as amostras no microscópio para a sua observação nas seguintes
ampliações com as objetivas:
 4x
 10x
 40x
 ! Não se observaram as amostras na ampliação de objetiva 100x já que era
preciso um óleo de imersão, e os alunos ainda mostram algumas dificuldades
no manuseamento e focagem do microscópio!
3.Resultados e discussão

Figura 2 Células da rosa em


Figura 1 Células da rosa na
água destilada e na objetiva de
ampliação de 40x e na
40x
solução de NaCl a 12%

Figura 4 Células da rosa na objetiva


Figura 3 Células da rosa 4x e em água destilada Figura 5 Células da
na concentração de NaCl
gerbera em água
a 0,8% e na objetiva de
destilada e na objetiva de
40x
40x

Figura 7 Células da
Figura 6 Células da gerbera na solução de
gerbera na concentração NaCl a 12% e na objetiva
de NaCl a 0,8% e na de 40x
objetiva de 40x
Com esta atividade, e fotografias, foi possível ver quais os efeitos que as células das
pétalas das flores sofriam em meios com diferentes concentrações, pois algumas delas
ficaram túrgidas, outras em estado normal e outras tornaram-se plasmolisadas.
Visualizaram-se, ainda, as paredes celulares.

4.Conclusão
Concluindo, todos os objetivos foram alcançados já que foi possível observar células
vegetais túrgidas, em estado normal e plasmolisadas de acordo com os propósitos da
experiência, e de uma forma percetível, sendo também possível fazer a captura de
fotografias nítidas, onde se visualizou para além do estado das células, alguns dos seus
constituintes, isto é, a parede celular.

5.Bibliografia
Reis. I., Guimarães. A., Saraiva. A., 2021, Odisseia 10 -Biologia, Porto Editora, Maia.

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