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Aulas Práticas – Ensinos Fundamental e Médio – Botânica – Vasos de Condução 1

OBSERVAÇÃO DE VASOS LENHOSOS E LIBERIANOS

Objetivos: Observar em diferentes plantas as diferenças morfológicas entre os vasos lenhosos e


liberianos.

Duração: Aproximadamente 20 min.

Local: Laboratório adequado.

Material: Folhas de Eucalyptus (Eucalipto), Vitis (Uva), Pinus (Pinheiro) e Araucária (Araucária),
lâminas histológicas, lamínulas, microscópio de luz.

Número de participantes: No máximo 30.

Procedimentos: Preparar porções de macerado das quatro espécies Eucalyptus, Vitis, Pinus e
Araucária e sobrepô-las na lâmina histológica e cobri-las com lamínula. Fazer observações ao
microscópio de luz das principais diferenças entre as espécies utilizadas. Realizar esquemas e
fotografias das estruturas analisadas.

Resultados esperados: Com a observação das lâminas ao microscópio será possível identificar
fibras, pontoações e parede celular, além dos traqueídeos com pontoações areoladas nos macerados
de Araucária e Pinus.

Discussões esperadas: Os nutrientes orgânicos e inorgânicos da planta são transportados através de


vasos. Com a observação das lâminas poder-se-á comprovar as estruturas envolvidas no transporte
– como os feixes vasculares – apresentando morfologia diferenciada em Angiosperma e
Gimnosperma. Nas lâminas contendo Araucária e Pinus poderá ser observado a presença de vasos
lenhosos e liberianos, que são importantes no transporte da seiva bruta e da seiva elaborada,
respectivamente. Porém os traqueídeos só podem ser verificados em Gimnospermas, lâminas
contendo Vitis e Eucalyptus, que está relacionada à condução de seiva inorgânica, além dos
elementos de vaso liberiano, que são caracterizados pelas células crivadas, essas responsáveis pela
condução da seiva inorgânica.
É importante observar que os vasos liberianos, presentes nas angiospermas, apresentam áreas
crivadas diferenciadas em placas, denominadas elementos de tubo crivado. Já as gimnospermas não
se encontram essa especialização. Em gimnospermas, a condução de seiva bruta é feita por células
alongadas que se comunicam através de estruturas conhecidas como pontoações areoladas. As
angiospermas reservam para esta função os elementos de vaso, mais largos que os traqueídeos e que
estabelecem comunicação como demais vasos lenhosos adjacentes por pontoações areoladas nas
laterais e ainda com outros elementos posicionados acima ou abaixo através de amplos orifícios, as
placas de perfurações, formando tubos contínuos.

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OBS.: Para o preparo dos macerados deve-se seguir o protocolo a seguir:

Com auxílio de uma lâmina de barbear ou bisturi, realizar pequenos cortes (cavacos) no caule das
plantas utilizadas. Depositá-los em um tubo contendo solução contendo:
50% de Ácido acético
38% de água oxigenada (H2O2)
12% Água destilada
Deixar agir por 48 horas a uma temperatura entre 50-60Cº, para amolecer os pequenos cavacos.

Após as 48 horas, lavar o material sob água corrente da seguinte maneira:

Em um outro recipiente, acoplar à sua borda superior qualquer tipo de filtro (meia calça, por
exemplo). Neste filtro, deposite o material e deixe escorrer até o cheiro do ácido acético ir embora.
Após esta lavagem, retirar o material do filtro e depositá-los em um recipiente contendo o corante
Safranina a uma concentração de 1%.

Ps.:

1) O ideal é que esta solução de H2O2 seja de 130 volumes, porém esta concentração somente é
vendida em casas especializadas. Caso não seja possível utilizar esta concentração de 130
volumes, utilizar a concentração vendida em farmácias, ou seja, de 10 volumes.
2) A solução de Safranina deverá ser preparada da seguinte forma:
a. 50mL de água destilada
b. 50mL de álcool (92ºG)
c. 1g de Safranina

A Safranina pode ser comprada em quaisquer loja de material de laboratório ou produtos químicos
para laboratório.

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