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Escola Secundária Vitorino Nemésio

Osmose em células vegetais

Ana Margarida Sequeira Borges

Bernardo Manuel Silva Barcelos

Praia da Vitória, 21 de abril de 2023

Índice
Pág.

Introdução 2, 3 e 4

Enquadramento teórico 5, 6, 7, 8 e 9

Conclusão 10

Bibliografia 11

1- Introdução

1
- Teoria celular, a célula

As células são as unidades básicas da vida. Estas constituem todos os organismos, desde
os mais simples aos mais compostos e têm origem em células preexistentes.

Consideram-se dois tipos básicos de células, as procarióticas e as eucarióticas:

· As células procarióticas são consideradas as mais simples, como se pode reparar


na imagem 1.1, estas não possuem um núcleo organizado, então, o seu material
genético (DNA) não se encontra contido por uma membrana, sendo uma molécula
circular localizada no nucleóide. Os seres que possui este tipo de células são as
bactérias, estes seres são sempre unicelulares, ou seja, só possuem uma célula.

· As células eucarióticas, por outro lado, são complexas e resultam da evolução das
células procarióticas. Estas são constituídas por um núcleo organizado que delimita o
material genético (DNA) em forma de moléculas lineares e por diversos organelos. São
encontradas em todos os seres multicelulares, ou seja, que possuem mais de uma
célula, estes são plantas, animais e a maioria dos fungos, mas também existem seres
unicelulares com este tipo de estrutura, as paramécias e as amibas.

· Seres procariontes são constituídos apenas por uma célula procariótica, já os


eucariontes possuem uma ou mais células eucarióticas.

Existem dois tipos de células eucariontes, as animais e as vegetais, como se observa na


imagem 1.2, que apesar de serem ambas eucariontes e serem semelhantes, tem algumas
diferenças.

Todas as células possuem uma membrana celular (1)* e o citoplasma (3)* onde se
encontram diversos organelos, muitos destes em comum entre as células animais e
vegetais e outros específicos das células animais como os centríolos (11)* e os lisossomas
(10)* , estas não possuem parede celular o que as torna mais flexíveis e das
vegetais como os cloroplastos (8)*, o vacúolo (12)* e a parede celular (2)*.

Imagem 1.1- caracterização de uma célula procariótica

Imagem 1.2- caracterização de duas células eucariontes, animais e vegetais

2
Legenda *

1- Membrana celular

2- Parede celular

3- Citoplasma

4- Núcleo

5- Retículo endoplasmático

6- Complexo de Golgi

7- Mitocôndria

8- Cloroplastos

9- Ribossomas

10- Lisossomas

11- Centríolos

12- Vacúolo

- Osmose

A osmose é um processo físico que envolve o movimento de água através de membranas


semipermeáveis devido à diferença na concentração de solutos. Em vegetais, a osmose é
um processo importante que regula o equilíbrio de água e nutrientes dentro da célula.

Quando os dois meios, extracelular e intracelular têm a mesma concentração de solutos


estes são designados isotónicos.

Quando a concentração dos dois meios é diferente o mais concentrado designa-se por
hipertónico e o menos concentrado por hipotónico.

Quando o meio intracelular é hipertónico a célula fica plasmolisada e quando o meio


intracelular é hipotónico a célula fica túrgida.

3
- Objetivos

Esta atividade tem como objetivos

Praticar técnicas de preparações temporárias de citologia para observação ao


microscópio ótico

Observar fenómenos de osmose em células vegetais e como estas são


influenciadas pela concentração de solutos nos meios extracelulares

Praticar a utilização correta do microscópio

Responder à questão problema “Como varia o volume do vacúolo, bem como a


respetiva coloração quando as células são colocadas em meios com diferentes
concentrações?”

2- Metodologia / Processo experimental


2.1 – Material
· Microscópio ótico

· Lâminas e lamelas

· Bisturi

· Pinça

· Vidro de relógio

· Marcador

· Água destilada

· Solução de Ringer

4
· Solução de sacarose

· Células de cebola roxa

2.2 – Procedimento experimental


1- Primeiramente colocou-se todo o material necessário sobre a bancada de forma
ordeira e organizada;

2- Posteriormente passou-se a marcar com o marcador 3 lâminas, respetivamente


com (A), (B) e (C);

3- Preparou- se nas lâminas (A), (B) e (C) os meios de montagem com solução de
Ringer, água destilada e solução de sacarose, respetivamente;

4- Com o auxílio de um bisturi, deu-se um corte pequeno na página superior da cebola


e, com o auxílio da pinça destacou-se a respetiva epiderme;

5- Colocou-se cuidadosamente a epiderme num vidro de relógio e, com o auxílio do


bisturi cortou-se o mesmo em 3 fragmentos;

6- Com o auxílio da pinça colocou-se os 3 fragmentos de epiderme em cada um dos


meios de montagem e cobriu-se os mesmos com uma lamela cada;

7- Observou-se cada uma das preparações no microscópio ótico, primeiro com


ampliação de 100x e depois com ampliação de 400x;

8- Finalmente, registou-se fotograficamente o que observámos no microscópio ótico.

3- Resultados
3.1- Resultados na lâmina com solução de Ringer

5
1

Imagem 2.1- Observação, ao microscópio ótico, das células da cebola, em solução de Ringer (100x)

Na imagem 2.1 podemos observar várias células de cebola roxa:

1- Membrana Celular

2- Vacúolo

3- Citoplasma

6
3.2- Resultados na lâmina com água destilada

Imagem 2.2- Observação, ao microscópio ótico, das células da cebola, em água destilada (100x)

Na imagem 2.2 podemos observar várias células de cebola roxa:

1- Membrana celular

2- Vacúolo

7
3.3- Resultados na lâmina com Solução de sacarose a 15%

Imagem 2.3- Observação, ao microscópio ótico, das células da cebola, em solução de sacarose a
15% (100x)

Na imagem 2.3 podemos observar várias células de cebola roxa:

1- Membrana celular

2- Vacúolo

3- Citoplasma

8
4- Discussão

Na lâmina (A), com solução de Ringer, pudemos observar, nas células da cebola roxa,
que têm vacúolos de tamanho normal e a tonalidade não se altera (figura 2.1) pois, foram
colocadas num meio isotónico, onde a concentração de soluto é igual no meio intracelular e
extracelular, logo há trocas equilibradas entre os dois meios

Enquanto que na lâmina (B), com água destilada, pudemos observar, nas células da
cebola roxa, vacúolos com muito mais volume e quase sem cor (figura 2.2) que, por estar
num meio hipotónico intracelular, onde a concentração do soluto é maior no meio
extracelular do que na célula e há entrada de água.
Já que na lâmina (C), com solução de sacarose a 15%, observamos, nas células da
cebola roxa, vacúolos com um volume muito menor do que nas células vistas anteriormente
e uma cor muito mais vibrante (figura 2.3) porque, ao estarem num meio hipertónico
intracelular, onde a concentração do soluto é maior no meio extracelular do que na célula.

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5- Conclusão

Depois da discussão sobre os resultados podemos responder à questão problema “Como


varia o volume do vacúolo, bem como a respetiva coloração quando as células são
colocadas em meios com diferentes concentrações?”
O volume do vacúolo e a sua respetiva coloração mudam consoante o meio em que se
encontra, se for um meio isotónico a concentração do meio intra e extracelular é igual e por
isso o volume do vacúolo é normal e a sua tonalidade não muda. Se for um meio hipotónico,
a concentração do soluto é menor no meio extracelular do que na célula, então o volume do
vacúolo aumenta preenchendo a célula e a sua coloração torna-se pálida e fraca. E, num
meio hipertónico o volume do vacúolo diminui consideravelmente e a sua coloração torna-se
muito mais vibrante do que no meio isotónico.

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6- Bibliografia

1- Toda a informação necessária foi retirada do nosso manual escolar:


Ferreira, A. Bação, F. Jacinto, M. Silva, P. (2021), BioGeo- Vol.2 Biologia e Geologia
- 10º ano (1ª edição), Texto Editores, uma editora do Grupo LeYa, Portugal

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