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AD2 – Bioquímica II – 2021.

Aluna: Anna Paula de Mesquita Martins

Matrícula: 18111020333

Polo: Petrópolis

Questão 1 – a) O grupamento amino é retirado para formar α-cetoácidos, que


sofrem oxidação a CO2 e H2O, ou ainda podem fornecer três e quatro unidades de
carbono, o que acontece com maior frequência, que serão convertidos em moléculas
de glicose através da neoglicogênese, a glicose será o combustível para o cérebro,
musculo esquelético e outros tecidos. Este processo é feito através de uma rota
metabólica chamada glicogênese.

b) Os esqueletos de carbonos que formam os α-cetoácidos irão para o ciclo de


Krebs e a parte nitrogenada em forma de amônia é processada pelo ciclo da uréia.

c) Os aminoácidos cetogênicos podem ser convertidos em ácidos graxos ou corpos


cetônicos, são degradados em acetil-CoA, de forma direta ou indireta, em forma de
acetoacetil-CoA, fornecendo energia de forma imediata no ciclo de krebs, e
acetoacetato.

Os aminoácidos glicogênicos são precursores da glicose, sendo as principais fontes


de carbono da gliconeogênese quando os níveis de glicose caem, através do
catabolismo são degradados em piruvato ou intermediários de 4 e 5 carbonos do
ciclo de Krebs.

d) As transaminases são responsáveis pela catálise da transferência dos


grupamentos amino, responsáveis também por equilibrar os grupamentos amino
entre α-cetoácidos, recolhem o grupamento amino do excesso de aminoácidos da
dieta e então transferem para os aminoácidos que podem ser desaminados, como o
glutamato, que pode ser catabolizado para obter energia ou ser usado o para a
síntese de glicose ou ácidos graxos para estocar energia. O glutamato é produzido
em grande quantidade no fígado, nos hepatócitos o glutamato é transportado do
citosol para as mitocôndrias, onde sofrerá desanimação oxidativa.

Questão 2 – O ciclo da uréia ocorre principalmente no fígado, e é coordenada por


cinco reações, a primeira reação é a síntese do carbamoil-fosfato, que ocorre na
matriz mitocondrial, onde há a hidratação de um CO2 e uma NH3 com o gasto de 2
ATP’s, resultando na carbamoil-fosfato sintase I.

A segunda reação é a formação da citrulina, que também ocorre na mitocôndria,


onde o carbomoilfosfato doa seu grupamento carbomoil para a ornitina, o
transportador que levou a ornitina para a mitocôndria leva a citrulina para o citosol, a
reação é catalisada pela ornitina transcarbamilase.

A terceira reação é formação do argino-succinato que liga o aspartato à citrulina,


com gasto de ATP e formação intermediária de citrulil-AMP, que após se deslocar
pelo aspartato forma o argino-succinato sintase , ocorre no citosol.

A quarta reação é a síntese da arginina e fumarato, e também ocorre no citosol, é


formada pela clivagem do argino-succinato, que quebra e libera uma molécula de
fumarato e de arginina. O esqueleto carbônico, tanto de aspartato como de
fumarato, atua como um carreador no transporte de nitrogênio do glutamato para um
precursor da uréia, é formada a arginino-succinato.

A quinta reação é a clivagem da arginina que libera uréia e regenera ornitina, é


realizada no citosol, onde a arginina formada sofre ação da enzima arginase, que
catalisa a síntese da uréia e a liberação de uma molécula de ornitina que retorna a
mitocôndria, dando início um novo ciclo, pois a biossíntese da uréia é um processo
cíclico, onde a ornitina é consumida no início do processo e é regenerada na última
reação.
Questão 3 – Para iniciar o ciclo da uréia, a carbamoil-fosfato sintetase precisa de N-
acetil glutamato como ativador alostérico, e para que ele esteja disponível é preciso
que seja sintetizado a partir do glutamato e do acetil-CoA, pela enzima N-acetil
glutamato sintetase, que será ativada pela arginina. Acetil-CoA, glutamato e arginina
são necessários para fornecer intermediários ou energia para o ciclo da uréia, e
todos estarão disponíveis se tiver N-acetil glutamato, sendo portanto um indicador
de que está tudo certo para continuar o ciclo.

Questão 4 – As quatro etapas da β-oxidação são a oxidação mediada pelo FAD,


hidratação, oxidação mediada pelo NAD+ e tiólise, sendo nesta última etapa onde
ocorre a quebra propriamente dita da molécula de ácido graxo, a tiolase é capaz de
fazer a quebra/lise através da inserção de um grupamento tiol, onde, ao o introduzir
uma nova coenzima A na molécula, é capaz de quebrar a molécula do 3-cetoacil
CoA, que tem 16 átomos de carbono.

Questão 5 – O hormônio glucagon secretado pelo pancreas é liberado quando o


corpo precisa de energia, onde o glucagon em grande quantidede irá ativar a
proteína quinase, que irá inibir a enzima acetil-CoA carboxilase no tecido adiposo e
fígado, responsável por converter acetil-CoA em malonil-CoA, intermediário da
síntese de ácidos graxos. Além disto, o efeito inibidor do malonil-CoA sobre a
enzima carnitina acil transferase, responsável pelo transporte de ácidos graxos a
mitocôndria é removido, favorecendo os processos de beta-oxidação. Com a acetil-
CoA carboxilase inibida não tem síntese de ácido graxo.

Questão 6 – Quando ocorre dano celular a via das pentoses se torna mais intensa
que a via glicolítica, pois é muito ativa nas hemácias, garantindo integridade das
células, produzindo bases para o ácido nucleico e ácido graxo para reparar o dano
da célula. A enzima glicose-6P desidrogenase é específica para NADP+ nas reações
oxidativas, que tem como função a redução de NADPH para as reações de
biossíntese, assim como a formação de pentoses-fosfato para a síntese de
nucleotídeos, através da oxidação da glicose6P. As enzimas glicolíticas estarao em
nível mais baixo pois a via glicolítica estará mais devagar nas células em questão.

Questão 7 – A glicogenólise é o processo de degradação do glicogênio, e conta


com a ação de três enzimas, a glicogênio fosforilase, a enzima desramidificadora e a
fosfoglicomutase.

A glicogênio fosforilase atua na extremidade não redutora da molécula de glicogênio


desfazendo a ligação alfa 1 – 4, ao mesmo tempo que insere um fosfato inorgânico
na molécula, liberando um resíduo de glicose-1-fosfato.

A enzima desramidificadora possui atividade dupla, atua como transferase,


transferindo 3 dos 4 resíduos de glicose remanescentes junto à ramificação para
uma outra extremidade da cadeia de glicogênio, para formar uma nova ligação alfa
1-4 onde a glicogênio fosforilase pode atuar. Já na ação de glicosidase atua
desfazendo a ligação alfa 1-6 que liga o resíduo de glicose restante à cadeia
principal.

A fosfoglicomutase transforma a glicose-1-fosfato liberada da molécula de glicogênio


em glicose-1,6-bifosfato e depois transforma novamente em glicose-6- fosfato, que
pode entrar na via glicolítica.

Questão 8 – Glicogênese é o conjunto de reações que tem glicose convertida em


glicogênio em forma de estoque, para a glicose ser adicionada ao núcleo de
glicogênio, deve estar na forma ativada, constituindo a uridina difosfato glicose,
UDP-G, e as enzimas Glicogenina, a gliocogênio sintase e uma enzima ramificadora.

A glicogênio sintase não consegue iniciar a cadeira de glicogênio, atuando sobre o


iniciador glicogenina sobre o qual são montadas novas cadeias, onde moléculas de
UDP-G são adicionadas até a sexta molécula a partir da qual a glicogênio sintase
consegue atuar.

A gliocogênio sintase é responsável pelo alongamento da cadeia e se apresenta de


duas formas, glicogênio sintase a, na forma ativa, ou glicogênio sintase b, na forma
inativa. Para estar ativada, precisa estar na forma desfosforilada, reação que é
realizada pela enzima PPI, estimulada pela insulina e excesso de glicose, e
inativada pelo glucagon e epinefrina. A reação de fosforilação e consequentemente
desativação do glicogênio sintase pode ser realizada pelas enzimas CKII
incialmente, e GSK3.

A enzima ramificadora amilo 1,4 a 1,6 transglicosilase atua clivando a ligação α1 →


4 a cada 7 moléculas de glicose formando uma ramificação pela ligação α1 → 6
criará ramificações, que são importantes para aumentar sua solubilidade, facilitar
seu armazenamento dentro do grânulo e aumentar os sítios de ação do glicogênio
fosforilase e sintase.

Questão 9 – Não é possível que ocorra síntese e degradação de glicogênio ao


mesmo tempo, para que a glicogênio sintetase, responsável pela síntese do
glicogênio esteja ativada é necessário ausência de fosfato. Já para que ocorra a
glicogênio fosforilase, responsável pela degradação do glicogênio é necessário a
presença de fosfato, assim, apenas uma via pode ser ativada de cada vez.

Referências:

Bioquímica II. v.2 / Andrea Thompson Da Poian... [et al]. 3. Ed. – Rio de Janeiro:
Fundação CECIERJ, 2014.

Marquez, Marcelo Luis. Costa, André Dos Santos. IMPLICAÇÕES DO JEJUM E


RESTRIÇÃO DE CARBOIDRATOS SOBRE A OXIDAÇÃO DE SUBSTRATOS.
Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – Volume 7, número 1, 2008. 119-
129.
Moura, Daniel Machado. Glicogênese e Glicogenólise. 1° Edição. Publicado em: 03
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Acesso em 06 Nov. 2021.

Moura, Daniel Machado. Lipogênese. 1° Edição. Publicado em: 10 Fev. 2019.


Disponível em: <https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-1006.html>. Acesso em
06 Nov. 2021.

Nelson, David L. Princípios de bioquímica de Lehninger [recurso eletrônico] / David


L. Nelson, Michael M. Cox ; [tradução: Ana Beatriz Gorini da Veiga ... et al.] ; revisão
técnica: Carlos Termignoni ... [et al.]. – 6. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre :
Artmed, 2014.

Unesp. Vet-BIOQUÍMICAANIMAL. 1. Aminoácidos e Proteínas Disponível em:


<http://www2.fct.unesp.br/docentes/edfis/ismael/nutricao/Amino%E1cidos%20e%20p
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