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Glicólise e suas três etapas

A glicose é um tipo de carboidrato utilizado como fonte de energia pelos


seres vivos, sendo um dos principais nutrientes da célula.

A glicose é obtida por meio da alimentação, e sua quantidade em nosso


sangue (glicemia) é regulada pela ação de dois hormônios que agem de
maneira contrária: a insulina e o glucagon. Tanto níveis elevados quanto
níveis baixos de glicose podem ser prejudiciais ao organismo.

Quais os sintomas de glicose alta?


Estar com a glicose alta pode causar sintomas como:

 Excesso de sede;
 Excesso de urina;
 Fome excessiva;
 Emagrecimento repentino sem redução da ingesta de calorias
 Cansaço e fadiga frequentes;
 Visão embaçada;
 Pele seca;
 Dificuldade em cicatrização;
 Dor de cabeça;
 Tontura
 Náuseas e vômitos frequentes

Confira abaixo as etapas da glicose.


Etapa 1
Através da ação da enzima hexocinase, a glicose é fosforilada e a glicose-6-
fosfato (G6P), produzida no citosol, não pode sair da célula, sendo esta reação
irreversível. Quando o fígado precisa fornecer glicose para outros tecidos, a
G6P sofre a ação da enzima glicose-6-fosfatase, que catalisa a reação reversa
da catalisada pela hexocinase.

Em seguida, através da enzima fosfoglicose isomerase, a G6P é transformada


no seu isômero frutose-6-fostato ou F6P, que receberá mais um grupamento
fosfato, sendo transformada no composto frutose-1,6-bisfosfato, sendo também
uma reação irreversível, catalisada pela fosfofruto-cinase, uma enzima
alostérica.

Etapa 2
A frutose-1,6-bisfosfato dá origem a uma molécula de diidroxiacetona fosfato e
uma molécula de gliceraldeído-3-fosfato (GAP) pela ação da aldolase. A
diidroxiacetona fosfato sofre ação da triose fosfato isomerase, sendo convertida
em gliceraldeído-3-fosfato.

Etapa 3
A enzima gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase age sobre o GAP produzindo o
1,3-bisfosfoglicerato, tendo o NAD (Nicotinamida adenina di-nucleotídeo) como
coenzima.
O composto 1,3-bisfosfoglicerato possui alto potencial energético permitindo a
produção de ATP (adenosinatrifosfato) na reação seguinte, tendo como
catalisadora a enzima fosfoglicerato cinase. A outra reação que sintetiza ATP
transforma fosfoenolpiruvato em piruvato pela ação da piruvato cinase, sendo
uma reação também irreversível.

A produção de ATP através do metabolismo aeróbio, pela quebra da glicose,


divide-se em três etapas:1ª etapa – Glicolise – ocorre no citoplasma, gerando
2 ATPs + 2 piruvato + 2 NADH, com oxigênio suficiente. O ácido pirúvico entra
na segunda etapa (Ciclo de Krebs).

 2ª etapa – Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico – ocorre na matriz


mitocondrial, onde o ácido pirúvico é convertido em acetil-CoA, que é
fracionado, formando 2 ATPs + 8 NADH + 2 FADH2, sendo os dois últimos
direcionados para a última etapa (Cadeia Respiratória).
 3ª etapa – Cadeia Respiratória – ocorre na crista mitocondrial. Os 8 NADH e os
2 FADH2 liberam seus elétrons (H+) ricos em energia, produzindo 3 ATPs por
cada NADH e 2 ATPs por cada FADH2. Os elétrons liberados originam 30
ATPs provenientes do NADH, sendo 2 da cadeia respiratória e 8 do ciclo de
Krebs (10 NADH x 3) e somados a 4 ATPs provenientes do FADH2, sendo 2 da
cadeia respiratória x 2, obtém-se 34 ATPs.

Sendo assim, a degradação total de uma molécula de glicose, produz 38 ATPs,


sendo 2 da glicólise, 2 do ciclo de Krebs e 34 da cadeia respiratória.
Ciclo de Krebs ou do Ácido Cítrico

Oxidação do Ácido Pirúvico

As moléculas de ácido pirúvico resultantes da degradação da glicose penetram


no interior das mitocôndrias, onde ocorrerá a respiração propriamente dita.
Cada ácido pirúvico reage com uma molécula da substância conhecida
como coenzima A, originando três tipos de produtos: acetil-coenzima A, gás
carbônico e hidrogênios.O CO2 é liberado e os hidrogênios são capturados
por uma molécula de NADH2 formadas nessa reação. Estas participarão, como
veremos mais tarde, da cadeia respiratória.

Em seguida, cada molécula de acetil-CoA reage com uma molécula de ácido


oxalacético, resultando em citrato (ácido cítrico) e coenzima A, conforme

mostra a equação abaixo:

1 acetil-CoA + 1 ácido oxalacético      1 ácido cítrico + 1 CoA


  (2 carbonos)         (4 carbonos)                       (6 carbonos)

Analisando a participação da coenzima A na reação acima, vemos que ela


reaparece intacta no final. Tudo se passa, portanto, como se a CoA tivesse
contribuído para anexar um grupo acetil ao ácido oxalacético, sintetizando o
ácido cítrico.
Cada ácido cítrico passará, em seguida, por uma via metabólica cíclica,
denominada ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs, durante o qual se
transforma sucessivamente em outros compostos.

Analisando em conjunto as reações do ciclo de Krebs, percebemos que tudo se


passa como se as porções correspondentes ao grupo acetil, anteriormente
transferidas pela CoA, fossem expelidas de cada citrato, na forma de duas
moléculas de CO2 e quatro hidrogênios. Um citrato, sem os átomos expelidos,
transforma-se novamente em ácido oxalacético.

Os oito hidrogênios liberados no ciclo de Krebs reagem com duas


substâncias aceptoras de hidrogênio, o NAD e o FAD, que os conduzirão
até as cadeias respiratórias, onde fornecerão energia para a síntese de
ATP. No próprio ciclo ocorre, para cada acetil que reage, a formação de
uma molécula de ATP.

Ciclo de Krebs

O ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido


tricarboxílico, é uma das etapas do processo de respiração celular. O ciclo de
Krebs recebeu esse nome em homenagem a Hans Krebs, pesquisador
responsável por elucidar o processo. Seu trabalho foi apresentado em 1937 e
rendeu-lhe o prêmio Nobel.

Esse ciclo possui oito etapas, sendo cada uma delas catalisada por
uma enzima distinta. A denominação ciclo do ácido cítrico ou do ácido
tricarboxílico ocorre, pois o ciclo inicia-se com a formação de ácido cítrico ou
citrato, o qual se caracteriza por apresentar três grupos carboxilas ácidos.
Nas células eucariontes, o ciclo de Krebs ocorre na matriz mitocondrial.

Leia mais: Ácidos – substâncias muito comuns no cotidiano

Etapas do ciclo de Krebs

O ciclo de Krebs apresenta oito etapas, as quais serão descritas a seguir. Para
facilitar a compreensão do tema, leia o texto analisando atentamente a
imagem a seguir:
Observe
as etapas do ciclo de Krebs, atualmente chamado de ciclo do ácido cítrico ou
ciclo do ácido tricarboxílico.
O ciclo de Krebs inicia-se com a acetil-CoA como substrato, o qual foi formado
com base na oxidação do piruvato. Os dois carbonos da acetil-CoA combinam-
se com oxaloacetato, um composto de quatro carbonos, formando um
composto de seis carbonos denominado citrato (etapa 1). O citrato é convertido
em isocitrato, seu isômero (etapa 2). Essa conversão acontece devido à
remoção de uma molécula de água e à adição de outra.

O isocitrato é então oxidado, reduzindo NAD+ a NADH. O composto resultante


da reação perde uma molécula de CO2 (etapa 3). Outra molécula de CO2 é
perdida, e ocorre a oxidação do composto, reduzindo NAD+ a NADH. A
molécula então se liga à coenzima A por meio de uma ligação instável (etapa
4).

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Ocorre a substituição da CoA por um grupo fosfato. O grupo fosfato é
transferido ao GDP e forma uma molécula de GTP, a qual é semelhante ao
ATP. Em bactérias e plantas, o ATP é formado no lugar de GTP (etapa 5). A
FAD então remove dois átomos de hidrogênio do succinato, formando
FADH2 (etapa 6).
Uma molécula de água é adicionada ao fumarato, fazendo com que um grupo
hidroxila fique próximo do carbono carbonila (etapa 7). Por fim, o substrato é
oxidado, levando à redução de NAD+ a NADH e regenerando o oxaloacetato
(etapa 8). A regeneração do oxaloacetato é que dá o status de ciclo ao
processo.

Leia mais: Etapas da respiração aeróbica

Rendimento total do ciclo de Krebs

Nas

células eucarióticas, o ciclo de Krebs ocorre na matriz mitocondrial.


No tópico anterior, descrevemos as oito etapas que constituem o ciclo de
Krebs. Entretanto, quando descrevemos o ciclo, observamos a entrada de um
único acetil-CoA. Devemos lembrar-nos de que a molécula de glicose, por meio
do processo de glicólise, formará duas moléculas de piruvato, as quais serão
convertidas em dois acetil-CoA. Para considerar o rendimento total do ciclo de
Krebs por glicose, devemos, portanto, considerar dois acetil-CoA. Sendo assim,
temos o seguinte rendimento total:

 6 NADH

 2 FADH2

 O equivalente a 2 ATP

Leia mais: Balanço energético da respiração aeróbia

Exercício sobre o ciclo de Krebs

Agora que já conhecemos melhor o ciclo de Krebs, vamos testar nossos


conhecimentos respondendo uma questão sobre o tema:
(PUC-Campinas) Para responder esta questão, considere o texto abaixo:

O cardiologista John Kheir, do Hospital Infantil de Boston (EUA), liderou um


estudo em que coelhos com a traqueia bloqueada sobreviveram por até 15
minutos sem respiração natural, apenas por meio de injeção de oxigênio na
corrente sanguínea. A técnica poderá prevenir parada cardíaca e danos
cerebrais induzidos pela privação de oxigênio, além de evitar a paralisia
cerebral quando há comprometimento de oxigenação fetal.

(Revista Quanta, ano 2, n. 6, agosto e setembro de 2012. p. 19)

O oxigênio é usado no processo de respiração celular, sobre o qual foram


feitas as seguintes afirmações:

I. O CO2 é liberado apenas durante a glicólise.

II. No ciclo de Krebs, há formação de ATP.

III. O ciclo de Krebs ocorre nas cristas mitocondriais.

IV. O oxigênio é utilizado apenas na cadeia respiratória.

Está correto o que se afirma apenas em:

a) I, II e III.

b) I e II.

c) II e IV.

d) I e IV.

e) III e IV.

Resolução: A primeira afirmação está incorreta, pois não há liberação de


CO2 na glicólise e, como vimos ao longo do texto, a liberação de CO 2 é
observada no ciclo de Krebs. A afirmação II está correta, pois, durante o ciclo,
ATP é produzido. A afirmação III está incorreta, pois o ciclo de Krebs ocorre na
matriz mitocondrial. Por fim, a última afirmação está correta, pois o oxigênio é
usado apenas na cadeia respiratória. Sendo assim, a resposta correta é a letra
c.
CADEIA RESPIRATÓRIA
ANEXAR ESTA FOTO NO TRABALHO

https://prezi.com/p/rqiraih6yvp3/mapa-metabolico-daniel-correia/

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