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Questão 1 – Registros mais antigos apontam que existiam povos que exterminavam
pessoas com deficiência, e outros que excluíam ou segregavam do convívio social. Os
Gregos por exemplo exaltavam a boa forma, para eles a condição física era essencial,
abandonando crianças que eram fracas ou deficientes, alegando que estas pessoas
estavam abixo da vida humana. Os Egípcios por outro lado não excluíam as pessoas
com deficiência, se preocupando se essas pessoas conseguiriam trabalho para se
sustentar e ter uma vida mais normal possível.
Na Roma antiga os pais tinham a permissão de sacrificar seus filhos caso
nascessem com alguma deficiência, considerando inútil a existencia de pessoas com
deficiência, que poderiam ser descartáveis, utilizando ainda essas pessoas como forma
de divertimento,humilhação ou exploração sexual. Foi somente após o cristianismo no
século IV que os Romanos passaram a aceitar um pouco as pessoas com deficiência,
por temor a Deus.
Foi a partir do século IV que surgiram os primeiros hospitais de caridade que
abrigavam indigentes e deficientes, mas a sociedade ainda não aceitava
completamente. A partir do século XVII os deficientes passaram a ser internados em
instituições junto com deliquentes, idosos ou pedintes para não serem vistos pelo
restante da sociedade, que acreditava estar ajudando dessa forma. Por muitas e
muitas gerações as pessoas com deficiência foram consideradas inúteis para viverem
em sociedade, foi somente após a segunda Guerra mundial, depois de muitas pessoas
terem se tornado deficientes devido aos confrontos, os mutilados de guerra, que a
preocupação com o direito das pessoas com deficiência veio à tona.
Pouco a pouco as mudanças foram ocorrendo na Europa, reconhecendo o valor
humano e a libertação de crenças que viam as deficiências como um castigo de Deus.
Já no Brasil, por vários séculos os deficientes foram visto como miseráveis, na cultura
Indígena a deficiência era vista como sinal de mau agouro, assim crianças eram
abandonadas caso nascessem com deficiência ou adiquirissem ao longo da vida. Com
o tempo percebeu-se que as pessoas com deficiência poderiam estar devidamente
integradas na sociedade, participando da vida educacional, cultural e laboral, uma luta
que se iniciou nos anos 80 em defesa do direito das pessoas com deficiência.
No Brasil a partir do século XIX que a história das pessoas com deficiência passou
a evoluir, com a educação especial para cegos e surdos em internatos, o sistema Braile
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de escrita para cegos foi introduzido, entre os anos 1880 e 1960 os surdos foram
proíbidos de usar a linguagem de sinais, para não comprmeter o aprendizado da
linguagem oral. No início do século XX foram criadas escolas para crianças com
deficiência intelectual, em redes paralelas ao ensino público. Após a epidemia de
poliomielite nos anos 1950 e 1960 surgiram centros de reabilitaçao para pessoas com
deficiência física. Ainda no século XX na área pública foram desenvolvidas políticas
assistencialistas divorciadas da inserção social, que corresponderam também ao
modelo de integração, visando a normalização de pessoas com deficiência para
atender aos padões de estética exigidos pela sociedade.
Ao final dos anos 70 a consciência que resultaria no movimento político das
pessoas com deficiência cresceu. A fase heróica do movimento coincidiu com a
abertura política em Brasília em 1980, onde as associações construíram uma pauta
comum de reivindicações de seus direitos. A partir de 1981 a ONU promulgou o Ano
Internacional da Pessoa Deficiente, o ano terminou com a ratificação da convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência pelo Brasil. No governo federal foi
criada a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
(CORDE), responsável pela Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, e depois surgiu o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência (CONADE).
No ano de 2009 a CORDE tornou-se a Secretaria Nacional de Promoção dos
Direitos da Pessoa com Deficiência, na estrutura da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República. Cabe a estes avaliar as leis e decretos, para a agenda de
inclusão e o apoio as pessoas com deficiência, responsável também pelo
monitoramento da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. A
primeira lei federal abrangente sobre as pessoas com deficiência é a Lei 7.853/1989
(regulamentada pelo Decreto 3.298/1999). A acessibilidade é tratada nas Leis 10.048 e
10.098/2000 e no Decreto 5296/2004, que determina a prioridade de atendimento às
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e estabelece normas para a promoção
da acessibilidade. A Lei 10.436/2002 é específica para a pessoa surda ao oficializar a
Língua Brasileira de Sinais – Libras, mantido o português escrito como segunda língua.
O Decreto 5626/2005 define a educação bilíngue, a formação de tradutores e
intérpretes de Libras, que tiveram a profissão regulamentada pela Lei 12.319/2010.
As pessoas cegas ou com baixa visão, após a Lei 11126/2005 e o Decreto
5904/2006, podem ingressar e permanecer com o cão-guia em ambientes e transportes
coletivos, com espaço preferencial demarcado. A Lei 8112/1990 determinou a reserva
de cargos nos concursos públicos e a Lei 8213/1991 estabeleceu a reserva de 2 a 5%
dos cargos nas empresas com 100 ou mais empregados para beneficiários
reabilitados e pessoas com deficiência habilitadas profissionalmente.
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