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Introdução 1
Benefícios dos metais 2
Metais pesados 3
Principais metais pesados com impactos na saúde humana: 4
Contaminação de Mercúrio em Estarreja 9
Conclusão 11
Bibliografia: 12
Introdução
Os elementos que aparecem em menor quantidade e que mais são conhecidos são
o ferro, presente no sangue, o cálcio, presente nos ossos e nos dentes, o fósforo, que
participa em numerosos processos metabólicos. Muitos outros elementos inorgânicos,
sobretudo metais de transição, presentes geralmente em baixas concentrações, são
essenciais para todos os seres vivos. Hoje sabemos que certas alterações no metabolismo
desses elementos vestigiais são a causa de várias doenças e desordens fisiológicas.
Para além disto, podemos dividir todos os metais em dois grandes grupos: os metais
essenciais e os metais não essenciais. O primeiro grupo referido são importantes no nosso
organismo, visto que desempenham muitas funções vitais no organismo humano. Caso
exista ausência de algum destes metais, pode provocar doenças graves ou até mesmo a
morte. Contudo, se estes estiverem em excesso também podem provocar graves problemas
no organismo. Assim, podemos concluir que é necessário possuirmos estes metais no
nosso organismo, contudo em concentrações apropriadas, tal como será abordado neste
trabalho. Relativamente ao outro grupo mencionado anteriormente, metais não essenciais,
engloba os metais pesados que são prejudiciais ao nosso organismo, sendo estes
chamamos de metais tóxicos. Estes metais não essenciais podem causar intoxicações e
caso haja um desequilíbrio na concentração dos mesmos, estes podem levar à morte. É
importante, por isso, identificar locais contaminados por estes elementos para não existir
contaminação da fauna e da flora local.
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indústrias e contribuem para a contaminação com metais pesados dos terrenos onde
passam estas águas, e a Ria de Aveiro, principalmente o Esteiro de Estarreja e o Largo do
Laranjo. Estas descargas já não se dão nos dias de hoje, mas os terrenos ainda continuam
contaminados.
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fundamental na manutenção do sistema imunitário, na produção e na regulação de vários
neurotransmissores. O ferro é um metal essencial, sendo necessário em pequenas
quantidades.
Metais pesados
Estão presentes em todos os meios, terrestre e marinho, alguns são essenciais para
a vida, como o cobre e o zinco, pois são elementos que regulam processos metabólicos e
são constituintes importantes de enzimas e outros compostos. Outros são tóxicos mesmo
em baixas concentrações, como o chumbo, o mercúrio e o cádmio, que podem afetar o DNA
e os processos enzimáticos. Embora alguns metais sejam de desintoxicação rápida, a
maioria é acumulada nos tecidos e órgãos, pois a velocidade de excreção é muito baixa
comparada com a sua incorporação. A bioacumulação, ou seja, acumulação de metais nos
organismos vivos, aumenta ao longo de uma cadeia alimentar, o que faz aumentar a
toxicidade desses elementos.
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É na forma catiónica que os metais têm um nível de toxicidade mais alto para o ser
vivo, por isso, a sua presença nos ecossistemas aquáticos em concentrações moderadas
e /ou elevadas, pode ter efeitos perigosos devido à sua toxicidade e persistência (não se
degradam e têm elevado tempo de vida), a sua bioacumulação nas cadeias alimentares
(são bioacumulados nos tecidos vivos) aumenta a sua toxicidade, pois os predadores vão
acumulando no seu organismo os metais que estavam presentes nas presas.
Existem fontes naturais, como a erosão de rochas, mas a maior quantidade destes
elementos provém de fontes antropogénicas, cujos maiores emissários são:
● Os efluentes industriais;
● Os esgotos domésticos (principalmente os que não foram sujeitos a qualquer
tipo de tratamento);
● Os escoamentos provenientes de campos agrícolas (devido aos fertilizantes
e aos biocidas – herbicidas e pesticidas essencialmente);
● A combustão de combustíveis;
Os metais são muito pouco solúveis em água e são essencialmente adsorvidos, quer
por partículas suspensas na água quer nos sedimentos.
Os seus efeitos tóxicos não são detetados logo após a sua ingestão pelos seres
vivos, mas apenas se tornam visíveis passados alguns anos. Embora estes efeitos sejam
específicos de cada organismo vivo, devido aos diferentes metabolismos de desintoxicação.
Cromo (Cr )
O cromo tem efeito acumulativo, e causa diversos males à saúde do ser humano e
dos animais quando a sua presença no meio ambiente ultrapassa os limites
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predeterminados. Os principais danos no organismo associados a este elemento são as
lesões na pele, bronquite e, se for em quantidades mais elevadas, pode levar ao
desenvolvimento de células cancerígenas.
Níquel (¿)
Cádmio ( )
Cd
Mercúrio ( Hg )
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O mercúrio (elemento químico com número atómico 80), é o único metal no estado
líquido à temperatura ambiente, podendo-se encontrar na natureza na forma metálica,
orgânica ou na inorgânica. Os compostos de mercúrio inorgânicos são subdivididos em
mercúrio elementar ou metálico (mercúrio), que existe na forma líquida à temperatura
ambiente, é volátil e liberta um gás monoatómico que é extremamente perigoso para o
homem e para outros animais. Este gás, por ser estável, pode permanecer na atmosfera por
meses ou até anos. O mercúrio metálico pode sofrer oxidação e formar iões: ião mercúrio (I)
+¿¿
( Hg ) e ião mercúrico (II) ( Hg +2). Quando se combina com elementos como o cloro,
enxofre ou oxigénio, obtêm-se os compostos de mercúrio inorgânico, também designados
como sais de mercúrio.
Por outro lado, se existir ligação entre átomos de mercúrio covalentemente a pelo
menos um átomo de carbono, dá origem a catiões de mercúrio orgânico (metilmercúrio -
C H 3 −Hg+¿ ¿), etilmercúrio - C 2 H 5−Hg +¿ ¿, fenilmercúrio - C 6 H 5 −Hg+¿ ¿).
O mercúrio está essencialmente presente em alimentos provenientes de lagos, rios e
mares, pois o mercúrio proveniente das indústrias do papel, polpa de madeira, das baterias,
metalomecânicas, materiais elétricos, fabricas de tintas, pesticidas agrícolas, instituições
hospitalares e científicas acaba de alguma maneira por chegar até essas águas. A água
constitui um habitat para inúmeras espécies, sendo que muitas dessas espécies absorvem
esse mercúrio. Algumas dessas espécies são consumidas pelo ser humano ocorrendo,
assim, a exposição do Homem por esta via. Também as aves e os mamíferos que se
alimentam à base de peixes estão mais expostos ao mercúrio.
O ciclo biogeoquímico, figura 2, do mercúrio é caracterizado pelas várias vias que
este composto pode seguir no ambiente, das quais se destacam a libertação do solo e da
água para a atmosfera e transporte, seguido da deposição atmosférica do na água e no
solo.
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Figura 2 - Ciclo Biogeoquímico do Mercúrio
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As principais doenças associadas à ingestão do mercúrio são: doenças auto-imunes,
imunossupressão, anomalias cromossómicas, leucemia, cancro do fígado e do pulmão,
infertilidade masculina, morte fetal, malformações congénitas, redução no peso do cérebro,
retardamento do crescimento, na fala, no andar e no desenvolvimento intelectual,
deficiência de concentração, insanidade, distúrbios visuais e cegueira, alucinações,
tremores, fraqueza muscular, ataxia, paralisia, coma, depressão, dispneia, hipertensão,
taquicardia, perda de audição, de memória e de sensibilidade, gastroenterite, pneumonia e
morte.
Chumbo ( Pb ):
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Contaminação de Mercúrio em Estarreja
A zona industrial de Estarreja tem sido considerada como um dos pontos negros de
Portugal no que toca à poluição. Desde o final da década de 60 e os inícios do século XXI,
já se desconfiava que as zonas em redor deste parque industrial se encontravam
contaminadas com substâncias despejadas pelas empresas.
Uma das principais causas dessa mesma poluição foi uma fábrica de fabrico de cloro
e de soda cáustica. Apesar dos processos de produção deste tipo de produtos ter evoluído
de forma a diminuir a poluição, os químicos despejados por estas empresas no esteiro de
Estarreja ainda se encontram em concentrações muito acima do permitido.
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Já foram realizados inúmeros estudos a amostras de solo, contaminados por este
metal pesado, e concluiu-se que as concentrações deste metal só diminuem abruptamente
a dois quilómetros de distância, do local onde eram despejados e a 10 quilómetros do
mesmo, as concentrações de mercúrio são as de referência, como se não tivessem existido
descargas, como revela a recolha sistemática das amostras de solo. A libertação deste
metal para os solos, contaminou um dos braços da Ria de Aveiro, junto ao esteiro de
Estarreja, no Largo do Laranjo (figura 3). A irresponsabilidade das pessoas responsáveis,
levou à contaminação desse mesmo braço da Ria de Aveiro, mas, felizmente, tal não se
reflete em toda a Ria, sendo que este metal se encontra essencialmente junto ao local onde
foi depositado.
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Conclusão
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Bibliografia:
Lima, V.F., Merçon, F. (2011). Metais pesados no ensino da química. Química Nova
na escola, vol.33, nº 4, 199-205;
Reis, A.T. (2008). Impacto do mercúrio na saúde humana: Aveiro como caso de
estudo. Tese de Mestrado, Universidade de Aveiro, 126 pp;
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