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Nasceu na Cidade do México, no dia 31 de março de 1914. Durante a sua infância, morou com a
família nos Estados Unidos. Regressou ao México, estudou Direito e escreveu desde a adolescência,
convivendo com as maiores expressões da poesia hispânica.
Em 1933, Octávio Paz publica o seu primeiro livro, "Luna Silvestre". Em 1945, ingressa no serviço
diplomático do México. Morou em Espanha, em Paris, onde conviveu com os surrealistas, no Japão e na
Índia. Além de diplomata, destacou-se como poeta e por todo o seu trabalho de ensaísta, crítico literário,
agitador cultural e político.
Como pensador da modernidade, um dos temas centrais da visão crítica e literária de Octávio Paz diz
respeito à potencialidade da palavra poética, à sua resistência ou rebeldia, que tudo analisa, desconstrói e
recria. Paz acredita na palavra como ponte entre sujeito e objeto, que reduz (mas não anula) a distância
entre o sentir e o pensar, o ser e o falar, o homem e o mundo.
Octávio Paz
Seiva Verde = Palavras
o sujeito poético usa metaforicamente essa seiva como tinta para escrever os seus poemas.
1ª Estrofe - As palavras são comparadas com as árvores nas selvas e nos jardins.
Formam versos harmoniosos e cheios de vida e luz.
fortes Permanecem
São “verdes constelações” (v. 4)
no tempo
2ª Estrofe - sobreposição de ideias.
Intertextualidade
Octávio Paz Eugénio de Andrade
“ó branca, desçam e te cubram” “Essa folha, aí. Tão branca que nem a neve é assim fria
(…) vão deixando na neve sinais da sua presença
(…)”(Essa Folha)
Ambos os poetas fazem alusão à brancura da página onde o sujeito poético deixa o
rasto dos seus sentimentos. Contudo, sente-se uma certa agressividade nas palavras
de Eugénio de Andrade, pois na folha branca ficam marcas de uma fera dilacerada
que traduz uma certa ideia de morte, de sangue. As palavras de Octávio Paz são
escritas com tinta verde, com seiva, com amor e vida.
“Teu corpo constela-se de signos verdes/ “cresciam troncos dos braços/ quando os erguia do ar”
Como o corpo da árvore de rebentos.” (Green God)
“A fronte pura como o mar,” “Trazia consigo a graça/das fontes, quando anoitece./Era
o corpo como um rio(Green God)
Ambos os poetas retratam nos seus poemas uma natureza simples, pura, bela e
harmoniosa, sendo o poema o meio para exaltar um mundo verdejante e
extremamente belo, cheio de amor.
A mulher, no poema de Paz, e o deus em “Green god” são comparados com o
elemento água (fonte /rio, em “Green god”, e mar em “Escrito com tinta verde”).