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GRUPO I
Fernando Pessoa
GRUPO II
1. Explica o valor da utilização do Modo Conjuntivo em “Caíssem suas folhas/ Entre o vestígio e
a bruma”.
3. Faz derivar a palavra conhecer, de modo a produzires dois lexemas de diferentes categorias
morfológicas.
GRUPO III
O binómio cidade/campo e a questão social são dois temas da poesia de Cesário Verde.
Fazendo apelo à tua experiência de leitura, apresenta, de entre os temas referidos,
aquele que para ti se revelou mais significativo na obra poética do autor. Desenvolve a tua
opinião num texto expositivo-argumentativo bem estruturado, de 150 a 250 palavras.
Picasso
Comenta o quadro de Picasso acima reproduzido, estabelecendo uma ligação entre ele e o
Modernismo.
Redige um texto bem estruturado com 150 a 250 palavras.
Observações:
Para efeitos de contagem, considera-se uma palavras qualquer sequência delimitada
por espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen.
Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos
algarismos que o constituem.
Um desvio dos limites de extensão indicados implica uma penalização até 5 (cinco)
pontos.
RESOLUÇÃO DO TESTE
GRUPO I
1. A reflexão do poeta tem origem na dor que sente: “O que me dói não é/ O que há no
coração”, que, para ele, não parece ter origem naquilo que efectivamente sente, isto é,
naquilo que “há no coração”. É este aparente enigma que o leva a reflectir sobre aquilo
que sente.
2. Ao longo do poema, o poeta manifesta-se triste e desencantado: “o que me dói”. Esta
tristeza deve-se essencialmente à indefinição que o caracteriza, uma vez que aquilo que
lhe causa dor são “essas coisas lindas/ Que nunca existirão”, “São as formas sem forma/
Que passam sem que a dor/ As possa conhecer”. O jogo de palavras – “formas sem
forma” – é o modo pelo qual o poeta apresenta a indefinição do sentimento que o
domina. Este é perspectivado como objecto de análise e a mágoa do poeta projecta-se
sob a forma de uma imagem, da tristeza como árvore cujas folhas se perdem lentamente
e de forma também imprecisa, (“São como se a tristeza/ Fosse árvore e, uma a uma,/
Caíssem suas folhas/ Entre o vestígio e a bruma”).
3. A primeira e última estrofe do poema relacionam-se entre si e surgem como paradigmas
de uma determinada tendência da poesia de Fernando Pessoa ortónimo: a dor de
pensar. Ambas as estrofes aludem à dor e à tristeza, sendo que, em ambas, este
sentimento de mágoa surge indefinido e fruto de uma capacidade de experimentar
sentimentos genuínos. Na primeira estrofe, a dor não é aquilo que existe, é aquilo que
nunca existirá: “O que me dói não é/ O que há no coração/ Mas essas coisas lindas/ Que
nunca existirão”. Interpretar estes versos no âmbito da poesia de Pessoa ortónimo leva a
entender o sofrimento do poeta como radicado na incapacidade de experimentar
emoções verdadeiras, i. e., aquilo que “há no coração” e a consciência lúcida da
manutenção desse estado no futuro. Nesta medida, a última estrofe apresenta
referências à tristeza como algo alheio ao poeta, mais precisamente pela imagem de
uma árvore-tristeza que deixa cair as folhas lentamente (“São como se a tristeza/ Fosse
árvore e, uma a uma,/ Caíssem suas folhas/ Entre o vestígio e a bruma”) sendo a perda
associada ao “vestígio e a bruma”. Estes dois termos remetem para a indefinição de
uma dor inicial, que se perdeu, ficando apenas o vestígio que é cada vez mais
impreciso, tal como a bruma que inibe a possibilidade de ver o real com precisão. Assim,
no quadro da poesia do ortónimo, esta estrofe remete, tal como acontecia na primeira,
para a ideia de uma emoção inicial que se perdeu, ficando apenas um vestígio dela, não
tendo, por conseguinte, o poeta acesso à emoção.
4. . O poema é constituído por três quadras isométricas, em verso hexassilábico, com o
esquema rimático abcb/defe/ghih, o que significa que o poema tem rima cruzada em b,
e, e h, e verso solto nos restantes. Significativa é a imagem da tristeza como árvore, que
percorre a última estrofe, (“São como se a tristeza/ Fosse árvore e, uma a uma,/
Caíssem suas folhas/ Entre o vestígio e a bruma”) uma vez que é através dela que o
poeta reitera a indefinição e o afastamento que experimenta em relação às emoções que
sente e sobre as quais se debruça, transformando-as em meros vestígios impreciso
daquilo que forma inicialmente.
GRUPO II