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INDÚSTRIA, POLUIÇÃO E GESTÃO AMBIENTAL

O desenvolvimento industrial ocorreu de forma extremamente acelerada


a partir da revolução industrial, após meados do século XIX. A partir deste
período, a poluição ambiental causada pelo homem aumentou
consideravelmente e de modo descontrolado, de forma que as relações entre o
homem e o seu meio ambiente se modificaram. Atualmente não é possível
estimar a enorme quantidade de produtos e substâncias produzidas
industrialmente, sendo que os dejetos e emissões das mesmas ao meio
ambiente são igualmente diversos.
A poluição industrial ocorre em todos os meios da biosfera, na água doce,
nos oceanos, na atmosfera e no solo. Consequentemente as comunidades
biológicas dos ecossistemas estão em contato com substâncias e materiais não
naturais, a maioria dos quais causando algum tipo de dano ecológico. A poluição
industrial afeta diretamente o homem, uma vez que estamos sujeitos a ingerir
água e alimentos contaminados e respirar o ar poluído. Exemplos da seriedade
deste problema são a intoxicação e morte de dezenas de pessoas em Minamata,
no Japão, após consumirem peixes contaminados com mercúrio. Eventos como
este, envolvendo contaminação de alimentos com poluentes industriais, têm sido
comuns ao longo das últimas décadas.
Agentes principais da poluição
industrial são os gases tóxicos liberados

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na atmosfera, os compostos químicos orgânicos e inorgânicos lançados nos
corpos hídricos e a poluição do solo com o uso de pesticidas.
Entres os poluentes mais prejudiciais ao ecossistema estão os metais
pesados. Estes elementos existem naturalmente no ambiente e são necessários
em concentrações mínimas na manutenção da saúde dos seres vivos (são
denominados oligoelementos, ou micronutrientes). Alguns metais essenciais aos
organismos são o ferro, cobre, zinco, cobalto manganês, cromo, molibdênio,
vanádio, selênio, níquel e estanho, os quais participam do metabolismo e
formação de muitas proteínas, enzimas, vitaminas, pigmentos respiratórios
(como o ferro da hemoglobina humana ou o vanádio do sangue das ascídias).
No entanto, quando ocorre o aumento destas concentrações, normalmente
acima de dez vezes, efeitos deletérios começam a surgir.
A crescente quantidade de indústrias atualmente em operação,
especialmente nos grandes polos industriais do mundo, tem causado o acúmulo
de grandes concentrações de metais nos corpos hídricos como rios, represas e
nos mares costeiros. Isto ocorre, pois grande parte das indústrias não trata
adequadamente seus efluentes antes de lançá-los no ambiente.
Os metais, quando lançados na água, agregam-se a outros elementos,
formando diversos tipos de moléculas, as quais apresentam diferentes efeitos
nos organismos devido a variações no grau de absorção pelos mesmos. O zinco,
por exemplo, pode formar ZnOH, ZnCO3; o mercúrio pode constituir HgCl2,
Hg2SO3; o chumbo pode constituir PbOH, PbCO3, e assim por diante.
Apesar da toxicidade de cada metal variar de acordo com a espécie, existe
uma classificação da toxicidade relativa dos metais mais comuns no meio
ambiente, em ordem decrescente de periculosidade: Hg, Ag, Cu, Zn, Ni, Pb, Cd,
As, Cr, Sn, Fe, Mn, Al, Be, Li.
Um dos efeitos mais sérios da contaminação ambiental por metais
pesados é a bioacumulação dos poluentes pelos organismos vivos. Animais e
plantas podem concentrar os compostos em

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níveis milhares de vezes maiores que os presentes no ambiente.
O acúmulo de metais e outros poluentes industriais pelos organismos
pode ter efeito bastante abrangente já que possibilita o transporte dos
contaminantes via teia alimentar para diversos níveis tróficos da cadeia
alimentar. Este efeito culmina com a ocorrência das maiores taxas de
contaminação nos níveis mais altos da teia trófica (consumidores secundários e
terciários).

Metais Pesados
O termo metais pesados é de definição ambígua, mas vem sendo
intensamente utilizado na literatura científica como referência a um grupo de
elementos amplamente associados à poluição, contaminação e
toxicidade.Conceitualmente metais pesados são definidos como elementos que
possuem densidade superior a 6 g/cm3 ou raio atômico maior que 20. Essa
definição é abrangente e inclui, inclusive, alguns ametais ou semi-metais, como
As e Se. Alguns metais pesados são micronutrientes essenciais aos seres vivos
como Cu, Zn, Mn, Co, Mo e Se e outros não essenciais como Pb, Cd, Hg, As, Ti
e U. Para esses últimos talvez o termo metais tóxicos cairia melhor. Existem
metais traços essenciais para plantas como ferro (Fe), zinco (Zn), manganês
(Mn), cobre (Cu), boro (B), molibdênio (Mo) e níquel (Ni). Já o cobalto (Co),
crômio (Cr), selênio (Se) e estanho (Sn), não são requeridos pelas plantas, mas
são essenciais para animais. Já outros como arsênio (As), cádmio (Cd), mercúrio
(Hg) e chumbo (Pb), não são requeridos nem por plantas, nem por animais,
porém foram estudados extensivamente por serem potencialmente perigosos
para plantas, animais e microrganismos.

A atividade industrial está, inevitavelmente, associada a uma certa


degradação do ambiente, uma vez que não existem processos de fabrico
totalmente limpos. A periculosidade das
emissões industriais varia com o tipo de

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indústria, matérias primas usadas, processos de fabrico, produtos fabricados ou
substâncias produzidas, visto conterem componentes que afetam os
ecossistemas.
O desenvolvimento da indústria no Brasil ocorreu sem um correto
planejamento e ordenamento, o que resultou na concentração industrial em
áreas geográficas limitadas, provocando casos específicos e localizados de
poluição. Deste modo, estas concentrações implicam uma maior vigilância
ambiental, exigindo a existência de infra-estruturas adequadas de controlo que
combatam os níveis cumulativos de poluição.
Neste sentido, torna-se prioritário a implementação de medidas que visem
reduzir ou eliminar estas fontes de poluição, o que tem vindo a ser concretizado
através da publicação de um quadro legislativo apropriado associado a um
conjunto de programas e incentivos econômicos que colocam á disposição das
indústrias meios financeiros capazes de melhorar a qualidade do ambiente.

Origens da Poluição
De um modo geral as principais origens da poluição industrial são:
• As tecnologias utilizadas, muitas vezes envelhecidas e fortemente poluentes,
com elevados consumos energéticos e de água, sem tratamento adequado dos
efluentes com rara valorização de resíduos;
• A inexistência de sistemas de tratamento adequado dos efluentes;
• A inexistência de rotas de eliminação adequados dos resíduos, em particular dos
perigosos.
• Localização das unidades na proximidade de áreas urbanas, causando
incômodos e aumentando os riscos;
• Localização das unidades em solos agrícolas, causando a sua contaminação e
prejudicando as culturas;
• Localização das unidades em zonas ecologicamente sensíveis, perturbando e
prejudicando a fauna e a flora;

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• Realização das descargas de efluentes em águas subterrâneas ou superficiais,
com risco de contaminação das águas de consumo;
• Depósitos indevidos de resíduos, cuja lixiviação é fonte de poluição do solo e do
meio hídrico.

Medidas Profiláticas
Geralmente salientam-se duas medidas para controle da poluição
industrial:
• Atuando no processo de licenciamento de novos estabelecimentos
referidos na legislação, na sua ampliação ou modificação, tendo em especial
atenção a avaliação do impacte ambiental, privilegiando a utilização de
tecnologias menos poluentes e medidas que permitam o tratamento dos
efluentes líquidos, emissões gasosas e resíduos e o seu efetivo controle;
forçando a capacidade fiscalizadora das entidades que superintendem a
atividade industrial.

Medidas: nível das organizações

As organizações têm um papel determinante no controle da poluição


industrial. Como medidas mais importantes destacam-se:
• Definir as zonas mais adequadas para a instalação das atividades industriais
"poluentes", integradas nos Planos Diretores Municipais tendo em atenção a
integração paisagística, os recursos hídricos, a possibilidade de enchentes, ou
outras catástrofes naturais, as condições meteorológicas, a existência de áreas
protegidas, a fauna e flora de importância relevante ou ainda de elementos
arqueológicos e históricos de interesse;
• Garantir que as condutas de descarga dos efluentes líquidos finais de cada
estabelecimento industrial sejam claramente individualizadas e tenham
condições de acesso que permita o controlo

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efetivo e regular da sua qualidade, antes da sua descarga na rede de esgotos
urbanos, nos cursos de água ou no mar.
• Garantir que a qualidade dos efluentes industriais, geralmente necessitando de
um pré-tratamento, permita o seu lançamento no sistema de saneamento urbano
a fim de serem tratados nas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETA)
sem prejuízo do bom funcionamento destas;
• Promover, no caso das indústrias já instaladas, contratos-programa com a
participação do Estado, de outras autarquias ou entidades, para a resolução dos
problemas existentes;
• Criar redes de prevenção e alerta em zonas críticas e planos de emergência para
casos de acidentes ou situações anormais;
• Fiscalizar a ocupação dos estabelecimentos.

GESTÃO AMBIENTAL

A gestão ambiental na cadeia produtiva da cana de açúcar pode ser


entendida, como etapas que visam avaliar ambientalmente a indústria em todo
o ciclo produtivo e implantar o sistema de gestão ambiental.
A seguir são apresentados alguns conceitos importantes sobre gestão
ambiental.

Conceitos iniciais
Os conceitos estão baseados com Coimbra (1985); ABNT NBR ISO
14.001 (2004) e Soares (2006):
▪ Meio-Ambiente: “tudo que envolve” ou o meio no quais os seres vivos se
desenvolvem. Coimbra (1985) define Meio Ambiente como: “o conjunto de
elementos físico-químicos, ecossistemas naturais e sociais em que se insere o
homem, individual e socialmente, num

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processo de interação que atenda ao desenvolvimento
▪ das atividades humanas, à preservação dos recursos naturais e das
características essenciais do entorno, dentro de padrões de qualidade definidos”.
▪ Ecologia: ciência dos ecossistemas estuda as relações dos seres vivos entre si
e com o meio;
▪ Avaliação ambiental: avaliação de sistemas baseada fundamentalmente na
variável ambiental, ou seja, para sistemas que cumprem uma mesma função, a
avaliação ambiental consistirá na definição de um conjunto de critérios que
agregados convenientemente podem fornecer uma posição relativa do
desempenho ambiental destes sistemas.
▪ Poluição: Introdução em um sistema de agentes químicos, físicos ou biológicos
em quantidade suficiente para provocar anomalias do ecossistema considerado
ou a deterioração física de bens materiais.
▪ Poluição crônica local: Está associada com pequenas doses localizadas de
poluentes, porém de modo continuado. Ex. lançamento contínuo de efluentes em
uma lagoa ou no solo, exposição contínua a pequenas doses de radioatividade,
etc.
▪ Poluição crônica global: Se refere àquelas emissões contínuas cuja repercussão
se dá muito além do ponto emissor. Por exemplo, emissão de gases a efeito
estufa, gases que degradam a camada de ozônio, etc.
▪ Poluição acidental (ou aguda): Emissão de uma grande dose de poluente em um
curto intervalo de tempo. Ex, desastre com um petroleiro,
▪ Impacto ambiental: Modificação identificável e mensurável, benéfica ou adversa,
das condições ambientais de referência. O impacto ambiental pode ser
caracterizado por um efeito (direto) ou soma de efeitos (diretos e indiretos) com
relação a um alvo específico.
▪ Gestão ambiental: sistema que inclui a estrutura organizacional, atividades de
planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e
recursos para desenvolver, implementar,

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atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental.
A gestão ambiental é a forma pela qual a organização se mobiliza, interna
e externamente, para a conquista da qualidade ambiental desejada. Ela consiste
em um conjunto de medidas que visam ter controle sobre o impacto ambiental
de uma atividade. A Figura mostra que a gestão inclui a medição, reflexão,
planejamento e execução das atividades numa organização (ABNT NBR ISO
14.001, 2004).

Figura - Etapas de gestão ambiental FONTE: Soares, 2006.

As estratégias para uma gestão eficiente do meio ambiente incluem as


atividades a montante e a jusante do sistema considerado, entre as quais se
destacam o consumo de matériasprimas, a produção de resíduos (sólidos,
líquidos e gasosos), a modificação do ambiente natural, as perturbações (ruído,
temperatura...), emissões eletromagnéticas, radioativas, etc.

Posicionamento da organização

A questão ambiental, quando considerada do ponto de vista empresarial,


levanta dúvidas com respeito ao aspecto econômico. A idéia que prevalece é de
que qualquer providência que venha a ser tomada em relação à variável

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ambiental traz consigo o aumento de despesas e o consequente acréscimo dos
custos do processo produtivo.
Algumas empresas, porém, têm demonstrado que é possível ganhar
dinheiro e proteger o meio ambiente, mesmo não sendo uma organização que
atua no chamado "mercado verde". É necessário que as empresas possuam
uma certa dose de criatividade e condições internas que possam transformar as
restrições e ameaças ambientais em oportunidades de negócios.
Entre essas oportunidades pode-se citar a reciclagem de materiais; o
reaproveitamento dos resíduos internamente ou sua venda para outras
empresas através de Bolsas de Resíduos ou negociações bilaterais; o
desenvolvimento de novos processos produtivos com a utilização de tecnologias
mais limpas ao ambiente, que se transformam em vantagens competitivas e até
mesmo possibilitam a venda de patentes; o desenvolvimento de novos produtos
para um mercado cada vez maior de consumidores conscientizados com a
questão ecológica; o mercado de seguros contra riscos de acidentes e passivos
ambientais; desenvolvimento de novas especializações profissionais como
auditores ambientais, gerentes de meio ambiente, advogados ambientais, bem
como o incremento de novas funções técnicas específicas. O Quadro 1 mostra
o posicionamento de uma organização em relação à questão ambiental(NORTH,
1992).
Quadro 1. Posicionamento da organização em relação a questão
ambiental.

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FONTE: North (1992).

Para colaborar com este anseio, North (1992) apresenta uma avaliação
do posicionamento da empresa em relação à questão ambiental. Este
procedimento propõe a avaliação do perfil da organização segundo diversas
variáveis indicando, para cada um dos quesitos colocados, se a empresa
apresenta características "amigáveis" ou "agressivas" ao meio ambiente
(quadro). Ou seja, quanto mais "amiga" do meio ambiente mais apta estaria a
empresa, neste tocante, a enfrentar as exigências sociais e regulamentares.
A utilização do quadro 1 pode ser feita da seguinte maneira : Cada um
dos itens apresenta duas afirmativas extremas. Se a afirmativa da esquerda
reflete plenamente a situação da empresa

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assinalar 1. Se a afirmativa da direita reflete plenamente a situação, assinalar 5.
Se a situação da empresa está mais próxima da situação da esquerda ou da
direita, assinalar respectivamente 2 ou 4. Finalmente, adotar 3 para uma situação
intermediária. Por exemplo, se no quesito "Produtos" não ocorrer nenhum
aproveitamento dos resíduos, a nota do item seria 1. Por outro lado, se todos os
resíduos fossem aproveitados a nota seria 5. Se metade dos resíduos fossem
valorizados a nota seria 3 e assim sucessivamente.
Com relação aos resultados, se a maioria dos valores atribuídos estiver
entre 1 e 2, a empresa está provavelmente diante de um importante desafio :
identificar e integrar os requisitos qualidade ambiental aos requisitos de
qualidade de sua empresa, eliminando assim a vulnerabilidade característica
deste desempenho;
Se a maioria dos valores atribuídos às questões foi 3, provavelmente a
empresa vem realizando um esforço para sustentar seu atual desempenho
ambiental. Se os valores atribuídos estiverem concentrados em 4, é muito
provável que a empresa esteja no caminho certo. Ela deve continuar a reavaliar
as oportunidades de melhoria;
Finalmente, se a maioria dos valores atribuídos às questões foi 5, é muito
provável que o desempenho ambiental da empresa seja excelente.
Seja qual for o resultado obtido, eles permitirão identificar "Onde estamos
?". A partir daí identificar "Onde queremos chegar?".

Gestão Ambiental – ISO 14000 e 14001

O que é ISO? A ISO (International Standardization Organization) é uma


organização não governamental que foi fundada em 1947 e sediada em Genebra
na Suíça. É o fórum internacional de normalização, harmonizando as diversas
agências nacionais, em que mais de 100 membros representantes vários países.
O Brasil é representado pela ABNT

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(Associação Brasileira de Normas Técnicas).
A estrutura da ISO está apresentada abaixo, com o Comitê Técnico (207)
e com vários sub comitês (SC).

ISO/CT 207
Canadá

SC 1 SC 2 SC 3 SC 4 SC 5 SC 6
Sistemas Auditoria Rotulagem Desempenho Ciclo de vida Definições
Ambiental
RU Holanda Austrália EUA França Alemanha

Princípios Princípios Princípios Genérico Princípios


( França) ( Canadá) (Suécia ) (EUA ) ( França)

Diretrizes Procedimento Reclamações Indústria Inventário


( EUA ) ( EUA ) ( Canadá) ( Noruega ) ( Alemanha )
Inv. Especif.
Qualificação Diretrizes (Japão)
( RU ) ( EUA ) Aval. Impacto
Pesquisas (Suécia)
( Holanda ) Melhoria
( França)

Comitês e subcomitês técnicos

A série ISO 14.000 está voltada para a organização e para o produto

A gestão ambiental apresenta as seguintes normas:


• Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001 e 14004);
• Auditoria Ambiental (ISO 14010, 14011, 14012);
• Rotulagem ambiental (ISO/DIS 14020, 14021, 1424);
• Avaliação do desempenho ambiental (ISO/DIS 14031);
• Análise do ciclo de vida (ISO 14040, ISO/DIS 14041 e 14050).

No Brasil a norma ISO 14001 foi adotada pela ABNT sob a designação
de ABNT NBR ISO 14.001

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Para implantar a ISO 14.001, deve-se levar em consideração os seguintes
aspectos:
• Ela é voluntária e orientadora;
• Não impõe limites;
• A certificação deve ser feita por entidade especializada
reconhecida junto a um órgão de credenciamento;
• A certificação ambiental depende: a Implantação de um sistema de
gestão ambiental; o Cumprimento da legislação ambiental local; o Cumprimento
de um compromisso de melhoria contínua.

Normas da Série ISO 14000

Na sua concepção a série de normas ISO 14000 tem como objetivo central
um Sistema de Gestão Ambiental que auxilie as empresas a cumprirem suas
responsabilidades com respeito ao meio ambiente. Como objetivos decorrentes,
criam sistemas de certificação, tanto das empresas como de seus produtos,
possibilitando identificar aquelas que atendem á legislação e cumprem os
princípios do desenvolvimento sustentável.
As normas as série ISO 14.000 não substituem, portanto, a legislação
ambiental vigente no local onde está instalada a empresa. Na realidade a
reforçam, ao exigirem o cumprimento integral dessa legislação local para que
possa ser concedida a certificação da empresa.
Tomando por base o Sistema de Gestão Ambiental que propõem, as
normas também vão estabelecer, quando inteiramente implantadas, as diretrizes
para auditorias ambientais, avaliação do desempenho ambiental, rotulagem
ambiental e análise do ciclo de vida dos produtos, exigindo assim a total
transparência da empresa e de seus produtos com relação aos aspectos
ambientais. As normas da série ISO 14.000 deverão, portanto, servir de modelo
para a implantação desses programas no
âmbito da empresa, possibilitando

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harmonizar os procedimentos e diretrizes aceitos internacionalmente, com a
experiência e a tradição empresarial local.

A abrangência da série de normas ISO 14.000 é bem maior que sua


equivalente para gestão da qualidade, a ISO 9000, pois esta apenas certifica
sistemas e linha de produção, porém não certifica os produtos propriamente
ditos. Já a série de normas ISO 14.000 tem um âmbito de atuação que alcança
toda a sociedade, pois ao certificar produtos estará atingindo e influenciando
diretamente o consumidor final.
A estruturação da série de normas ISO 14.000, tal como foi desenvolvida
pelo comitê TC 207, sua amplitude dos temas a serem cobertos pelas normas já
permite antever o grande impulso que as questões ambientais receberão quando
todo o sistema estiver implantado.
Haverá, seguramente, maior conscientização e maturidade da sociedade
com relação aos temas ambientais, provocando um efeito positivo no
comportamento das empresas e gerando atitudes pós-ativas em favor da
qualidade ambiental.
Hoje, espera-se que a mesma importância dedicada á qualidade,
disseminada pela série de normas ISO 9000 de Gestão da Qualidade, se repita
com relação aos temas ambientais, com a adoção das normas ISO 14.000 de
Gestão Ambiental.
O grande mérito de um sistema de normalização abrangente, como é a
série de normas ISO 14.000, consiste em proteger o produtor responsável contra
concorrentes predadores que, por não respeitarem as leis e os princípios da
conservação ambiental, produzem mais barato, não internalizando alguns custos
que acabam sendo arcados pela sociedade (VALLE, 1995).
A grande vantagem incorporada no programa de normalização da série
ISO 14000 é a uniformização das rotinas e
procedimentos necessários para uma

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empresa certificar-se, cumprindo um mesmo roteiro-padrão de exigências que
será válido internacionalmente. As dificuldades atualmente encontradas por
empresas que são obrigadas a comprovar a correção ambiental de seus
produtos e a cumprir exigências burocráticas em cada país para onde exportam
ficam, assim, superadas ou, pelo menos, bastante reduzidas (VALLE, 1995).
Segundo Valle (1995), a sequência a ser seguida para obter a certificação
nas normas ISO
14.000 deverá obedecer, basicamente, às seguintes fases:
1ª fase →Deverá ser implantada os compromissos e princípios gerenciais,
os procedimentos a serem seguidos e deverá ter início o treinamento do pessoal,
no que se pode chamar de fase preparatória;
2ª fase → Uma segunda fase, de diagnóstico ou pré-auditoria, permitirá
identificar, com o auxílio de consultores, os pontos vulneráveis existentes;
3ª fase →A empresa se submeterá a uma auditoria ambiental que deverá
comprovar sua conformidade com os padrões de qualidade exigidos pela
legislação e pelos manuais de qualidade utilizados pela empresa.
A série ISO 14.000 não é apenas uma norma técnica, mas sim um sistema
de normas gerenciais e administrativas que contêm um leque de alternativas,
entre os quais se inclui a possibilidade de certificação dos produtos da empresa.
Para obter essa certificação de um produto existem, contudo, dois temas de
grande importância a serem considerados – o Ciclo de Vida e a Reciclagem
Ecológica (VALLE, 1995).
A série de normas ISO 14.000 tem como objetivo central um Sistema de
Gestão Ambiental que auxilie as empresas a cumprirem suas responsabilidades
com respeito ao meio ambiente. Como objetivos decorrentes, criam sistemas de
certificação, tanto das empresas como de seus produtos, possibilitando
identificar aquelas empresas que atendem à legislação ambiental e cumprem os
princípios do desenvolvimento sustentável (VALLE, 1995).
Conforme afirma Vale (1995), as
normas da série ISO 14.000 não

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substituem a legislação ambiental vigente no local onde está sendo instalada a
empresa. Na realidade a reforçam, ao exigirem o cumprimento integral dessa
legislação local para que possa ser concedida a certificação da empresa. As
normas também vão estabelecer, quando inteiramente implantadas, as diretrizes
para auditorias ambientais, avaliação do desempenho ambiental, rotulagem
ambiental e análise do ciclo de vida dos produtos, exigindo assim a total
transparência da empresa e de seus produtos com relação aos aspectos
ambientais.
As normas da série ISO 14.000 deverão, portanto, servir de modelo para
a implantação desses programas no âmbito da empresa, possibilitando
harmonizar os procedimentos e diretrizes aceitas internacionalmente, com a
experiência e a tradição empresarial local.

Enfoque Organizacional: SGA (ABNT NBR ISO 14.001: 2004)

Neste contexto, surge uma pergunta importante: O QUE É UM SISTEMA


DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)?
Para responder este questionamento nos reportemos à definição da
ABNT NBR ISO 14.001 de 2004: “É a parte do Sistema de Gestão Global que
inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades,
práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar,
atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental ” (ABNT NBR ISO
14.001, 2004).
As organizações, para manter e melhorar a qualidade de seus serviços e
produtos necessita reavaliar continuamente os seus procedimentos e
comportamentos. Isto se aplica as variáveis, incluindo a ambiental. Entretanto, a
maior parte das organizações ainda se concentra na busca somente da redução
de impactos ambientais (procedimento reativo). Neste caso, o gerenciamento
ambiental é baseado na adequação à

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legislação, à redução de custos e à melhoria da imagem (SOARES, 2006).
Por outro lado, para organizações mais modernas com comportamento
pró-ativo, o meio ambiente é uma estratégia de negócio e fator de sucesso,
assim como programas de qualidade, de segurança e de custos. A cultura da
organização é voltada para o desenvolvimento sustentável. Em vez de
programas institucionais visando externalidades, os recursos são direcionados à
prevenção e à minimização de impactos. O meio ambiente passa a ser visto
também como uma oportunidade (SOARES, 2006).
A passagem do primeiro procedimento comportamental para o segundo
requer evidentemente uma mudança cultural de todos os colaboradores da
organização. E a consolidação de uma empresa pró-ativa passa, entre outros,
pelo planejamento e implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
apropriado às suas características (SOARES, 2006).
A elaboração de um SGA passa pelo diagnóstico e análise ambiental da
organização. Para tal finalidade, as técnicas mais utilizadas são:
i. Análise de Risco (AR);
ii. Estudo de Impacto Ambiental (EIA);
iii. Auditoria Ambiental;
iv. Avaliação do Desempenho Ambiental;
v. Avaliação do Ciclo de Vida (ACV).

De modo mais detalhado, o desenvolvimento e a implantação de um SGA


em organizações produtivas passam por uma série de etapas contínuas, que
podem ser assim resumidas (SOARES, 2006):
i. Estabelecimento de princípios e compromissos ambientais;
ii. Revisão inicial das condições ambientais;
iii. Estabelecimento da política ambiental;
iv. Organização e pessoal;
v. Comunicação às partes
interessadas;

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vi. Inventário de leis, normas e regulamentações;
vii. Análise de conformidade;
viii. Elaboração do sistema de gestão ambiental;
ix. Manual, documentação e registros de gestão ambiental;
x. Ações corretivas e preventivas;
xi. Controle operacional;
xii. Auditorias internas;
xiii. Revisões gerenciais.

É importante ressaltar que a elaboração de um SGA é baseada nos


preceitos estabelecidos pelas normas ABNT NBR ISO 14.001 (ABNT, 2004).
Com a ISO 14.001 a organização apresentará as seguintes
características:
i. Melhoramento da imagem de marca;
ii. Efeitos pró-ativos em favor do meio ambiente;
iii. Passo para alcançar a qualidade total; iv. Abertura de mercados
(derrubada de barreiras);
iv. Redução de custos operacionais (programas de redução de
perdas);
v. Sobrevivência futura.

O que a ISO 14.001 requer?


- Compromisso com a melhoria contínua;
- Compromisso com a preservação da poluição;
- Compromisso com o cumprimento da legislação e outros requisitos.

Observações importantes sobre a ISO 14.001:

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1. NÃO EXIGE A ADOÇÃO DA MELHOR TECNOLOGIA DISPONÍVEL!

2. NÃO SIGNIFICA ATESTADO DE “EXCELÊNCIA” AMBIENTAL!

Ou seja, para a implantação da ISO 14.001, não é necessário à


organização adotar ou desenvolver a melhor tecnologia existente, não é
necessário modificar o layout de produção e comprar as máquinas mais
modernas. Não é necessário a organização ser a número um na questão
ambiental.

Roteiro de Implantação do SGA e Elaboração do SGA

O roteiro de implantação e elaboração de um SGA são aspectos


importantes na gestão ambiental.

Roteiro de Implantação de um SGA (ISO 14.001)


A Figura mostra um exemplo com o roteiro de implantação com etapas e
responsabilidades para implantação de um SGA.

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Exemplo de Implantação de um SGA

Na Figura, o roteiro serve de exemplo para ser adaptado para diversas


organizações, tais como indústria sucro alcooleira, curtume, laticínio, cerveja e
outras.

ETAPA 1:
A organização tem como compromisso principal implantar um SGA
visando reduzir os impactos ambientais causados por suas atividades, para
manter e melhorar a qualidade de seus serviços. Nesta etapa é importante que
a organização assuma o compromisso de implantar e acompanhar todo o
processo.
Nesta etapa é realizado também o diagnóstico e avaliação inicial da
organização, ou seja, o perfil poluidor da empresa é avaliado em todas as suas
fases de produção.

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Segundo Soares (2006), qualquer atividade de gestão passa
primeiramente pelo conhecimento das variáveis que regem o sistema analisado.
No caso do estudo de repercussões ambientais de uma atividade, o
conhecimento do fluxo de matéria (ou balanço de massa) envolvido é o
procedimento primordial para a tomada de decisões.
Tradicionalmente, em se tratando de matéria, nada se cria, nada se
elimina. Tudo se transforma (Apesar de que em reações nucleares massa pode
ser convertida em energia).
As fronteiras do sistema devem estabelecer uma distinção entre os
elementos que o compõem dos elementos pertencentes ao ambiente. O
ambiente representa um sistema de ordem mais elevada no qual o aquele que
está sendo examinado é uma parte e, as modificações nos elementos do
primeiro podem acarretar mudanças diretas nos valores dos elementos contidos
no sistema sob exame.
Sendo identificadas as fronteiras do sistema, é estabelecido o fluxograma
das operações e pode-se começar a avaliar o fluxo (e eventual acumulação) de
materiais no interior destas. Esta avaliação, em função do grau de conhecimento
das variáveis envolvidas, poderá seguir um dos dois modelos citados
anteriormente.

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Representação esquemática de balanço de massa


Fonte: SOARES (2006).

As substâncias que entram no sistema têm três destinos possíveis: sair


inalteradas, acumular no sistema ou serem convertidas em outras substâncias.
Assim sendo, pode-se representar matematicamente o balanço de massa pela
equação (1).

(Taxa de entrada) = (Taxa de saída) + (Taxa de decaimento) + (Taxa


de acumulação) (1)

Nesta equação, a conceito de taxa está associado ao fluxo de matéria em


um dado período de tempo. O decaimento apresentado não implica na violação
da lei de conservação das massas. Ele indica uma modificação (e não
eliminação) da substância original.
A equação (1) pode ser considerada para duas condições : sistemas
conservativos e sistemas não conservativos. A simplificação mais comum resulta
quando o sistema é considerado

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conservativo e em equilíbrio (O estado de estabilidade ou equilíbrio é atingido
quando a importação e a exportação de matéria e energia forem equacionadas
por meio do ajustamento das formas do próprio sistema, permanecendo
constantes enquanto não se alterarem as condições externas)
Neste caso nada muda com o tempo. A concentração de poluentes é
constante. A taxa de acumulação é considerada nula e não há decaimento
(radioativo, decomposição biológica ou reações químicas). Em outras palavras,
a quantidade de matéria que entra no sistema é a mesma que sai.
No que se refere ao decaimento, pode-se citar como exemplo de
substâncias consideradas com taxa de decaimento igual a zero, os sólidos totais
dissolvidos ou CO2 no ar (substâncias que se mantêm estáveis ao longo do
tempo).

I - Um Sistema conservativo em equilíbrio:


Um sistema conservativo em equilíbrio pode ser representado como
na equação
Taxa de entrada = Taxa de saída
Na Figura existe um fluxo de matéria, esgoto doméstico por exemplo, com
vazão QS (volume/tempo), e com concentração em poluente de CS
(massa/volume). A outra entrada pode ser um efluente industrial com vazão

QR e concentração de poluente CR. A saída do sistema é uma mistura


com vazão QM e concentração CM. Se o sistema é considerado conservativo e
em equilíbrio, o balanço de massa poderá ser escrito segundo a equação (3).
CSQS + QRCR = CMQM
Onde QM pode ser considerado como igual a QS + QR.

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Sistema conservativo em equilíbrio.


Fonte: SOARES(2006)

Uma tubulação industrial tem uma vazão de 10,0 m3.s-1 e uma


concentração de cloretos de 20 mg.L-1. Esta tubulação recebe a contribuição de
um outro duto, cuja vazão é de 5,0 m3.s-1 e a concentração em cloretos é de 40
mg.L-1.
Considerando o cloreto como uma substância conservativa e admitindo
uma mistura completa entre as duas vazões, qual a concentração de cloretos na
saída do sistema?

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Exemplo 1
Fonte: SOARES (2006).

II - Um Sistema não conservativo em equilíbrio:


Muitos dos poluentes ambientais sofrem reações química, biológica ou
nuclear em proporções tais a serem considerados como substâncias não
conservativas, ou seja elas tendem a “desaparecer” com o tempo, ou ainda, a
matéria de referência não se conserva. Se admitirmos uma situação de equilíbrio
e poluentes não conservativos, então,

Taxa de entrada = Taxa de saída + Taxa de decaimento

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O decaimento de substâncias não conservativas é em geral modelado
como reações de primeira ordem, isto é, assume-se que o fluxo de "perda" da
substância é proporcional a quantidade da substância que está presente
(SOARES , 2006).
.
Na equação (5), K é o coeficiente de reação com
dimensão 1/tempo, o sinal negativo significa uma diminuição da substância no
tempo e C é a concentração de poluente. A equação diferencial pode ser
resolvida da seguinte maneira:

𝐶 𝑡
𝑑𝐶
∫ = ∫ (−𝑘 ). 𝑑𝑡
𝐶0 𝐶 0

De onde,

𝐶
In(C)-In(𝐶0 ) = 𝐼𝑛 𝐶 = 𝐾𝑡
0

Resultado,

C=𝐶0 𝑒 −𝐾𝑡

Sendo C0 = Concentração inicial, a concentração da substância em


questão decai exponencialmente.

Considerando que a substância é distribuída uniformemente no volume V,


o total de substância disponível no sistema é CV. A taxa total de decaimento da
substância não conservativa é d(CV)/dt = V dC/dt, ou seja,

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Taxa de decaimento = KCV

Pode-se, portanto reescrever a equação do balanço de massa como


sendo :
Taxa de entrada = Taxa de saída + KCV
A figura apresenta um lago com volume 10,0.106 m3 que recebe uma
vazão (taxa) de 5,0 m3/s com concentração de poluente de 10,0 mg/l. Há
também uma descarga de 0,5 m3/s de um efluente industrial com a mesma
poluição (concentração = 100,0 mg/l). O coeficiente de reação é de 0,2/dia.
Considerando que a poluição é totalmente misturada e que não há evaporação
ou outras perdas ou ganhos de líquido, calcular a concentração de equilíbrio (na
saída do sistema).

Solução
Hipótese: assumindo uma mistura completa e instantânea da poluição
originalmente presente no lago com o efluente industrial, a concentração C no
interior do lago é a mesma da saída, CM. Assim,
Taxa de entrada = taxa de saída + taxa de
decaimento
Taxa de entrada = QSCS + QRCR
= (5,0 m3/s x 10,0 mg/l + 0,5 m3/s x 100,0 mg/l) x 103
l/m3
= 1,0.105 mg/s
Taxa de saída = QMCM = (QS + QR)C
= (5,0 + 0,5)m3/s x C mg/l x 103 l/m3
= 5,5.103C mg/s

Taxa de decaimento = KCV = (0,2/dia x C mg/l x 10,0 x 10 m3 x 103 l/m3)


/ (24 h/dia x 3600 s/h)

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= 23,1.103C mg/s

1,0.105 mg/s = 5,5.103C mg/s + 23,1.103C mg/s

C = 3,5 mg/l

Exemplo 2

Observação: a noção de conservação depende da referência utilizada


para o balanço de massa. Se esta referência for, por exemplo, uma molécula
composta, existe a possibilidade do sistema ser não conservativo devido à
decomposição da molécula. Se a referência for os elementos que compõem a
molécula anterior, o sistema em geral será conservativo.

ETAPA 2:
Nesta etapa são realizadas e definidas as seguintes ações:
Aspectos ambientais: São elementos das atividades, produtos ou
serviços de uma organização que pode

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interagir com o meio ambiente (ABNT NBR ISO 14.000, 2004), tais como:
• Emissões atmosféricas (CO, SO2, CO2);
• Lançamentos de contaminantes em corpos d'água (matérias
sólidas inorgânicas, DBO, metais pesados etc);
• Uso de matérias-primas e recursos
naturais (jazidas, aditivos, água, etc);
• Uso da energia;
• Resíduos e subprodutos.

Impactos ambientais: Mudanças no meio ambiente, prejudiciais ou


benéficas, que resultem total ou parcialmente dos aspectos ambientais (ABNT
NBR ISO 14.000, 2004).
• Aquecimento global;
• Acidificação;
• Toxicidade;
• Poluição do rio;
• Esgotamento de matérias-primas;
• Contribuição ao esgotamento de recursos naturais.

Legislação Ambiental: É o conjunto de normas jurídicas que se destinam


a disciplinar a atividade humana para torná-la compatível com a proteção do
meio ambiente.
A legislação ambiental varia de acordo com o local onde está instalada a
empresa. As normas da série ISO 14.000 não a substituem, na realidade a
reforçam, ao exigirem o cumprimento integral dessa legislação local para que
possa ser concedida a certificação da empresa.
É necessário conhecer a legislação ambiental vigente no local onde está
instalada a organização, para em seguida, definir a política, os objetivos e as
metas ambientais da empresa.

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No Brasil podem ser seguidas as recomendações do CONAMA (Conselho
Nacional do Meio Ambiente). No estado brasileiro que adotar uma política
ambiental, pode seguir a legislação específica como: São Paulo (CETESB), Rio
de Janeiro (FEEMA), Santa Catarina (FATMA), Paraíba (SUDEMA), etc.
Política ambiental da organização: A organização deve definir a sua
política ambiental adotando por exemplo:
• Adequar-se à legislação para reduzir multas e penalidades;
• Racionalizar o uso de energia e água;
• Reciclar resíduos e subprodutos;
• Reciclar água;
• Fazer parcerias institucionais na tentativa de vincular a empresa a
uma imagem “ecologicamente correta”.

Objetivos ambientais da empresa: baseado no perfil poluidor a


organização deve definir os seus objetivos, tais como:
• Controlar as emissões gasosas;
• Reduzir a poluição do rio;
• Reduzir a geração de resíduos sólidos.
Meta ambiental da empresa: As metas são a quantificação dos objetivos
em termos de redução, tais como:
• Reduzir em 20% a poluição atmosférica;
• Reduzir em 35% a poluição líquida a ser lançada no rio;
• Reduzir em 50% a geração de resíduos sólidos industriais.

ETAPA 3:
Documentação: Nesta etapa todas as atividades devem ser expressas
formalmente em um único documento contendo os seguintes tópicos:
• Os princípios e compromissos ambientais da organização;

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• A política ambiental e o programa de gestão ambiental da
organização;
• As normas da função gestão da qualidade ambiental;
• A legislação nacional e internacional pertinente às atividades e
processos típicos da organização assim como requisitos internos de
funcionamento;
• A estrutura orgânica da função;
• As atribuições da função gestão ambiental e os responsáveis;
• Os padrões de desempenho e de resultados da organização;
• A descrição dos equipamentos e sistemas, existentes e previstos,
que passarão a ser geridos pela função;
• Os indicadores e variáveis ambientais de monitoração, indicando a
periodicidade das aferições, o responsável pelas aferições, e os meios de
divulgação dos resultados;
• A descrição do relatório de desempenho ambiental;
• A descrição dos processos de ações corretivas.

Treinamento:
Todos da organização têm que estar envolvidos desde o início do
processo de implantação do plano de ação, visando a futura certificação (a
empresa é certificada por uma auditoria).

Auditoria Interna:
As auditorias ambientais são processos de inspeções e levantamentos
detalhados acerca do nível de conformidade atingindo pela organização e dos
impactos ambientais dela resultantes, ocorrentes e previstos. Têm-se assim as
auditorias de conformidade legal e as auditorias de impactos ambientais.
Uma auditoria interna (através de equipes próprias) deve ser realizada
com a finalidade de:

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• Determinar se as atividades do SGA estão em conformidade com
o programa ambiental aprovado e se estão sendo implementados de maneira
eficiente;
• Determinar a eficiência do SGA no cumprimento da Política
Ambiental da Organização;
• Treinar todo o pessoal da empresa.

ETAPA 4:
Avaliação Final:
As atividades para implementação de SGA serão propostas e colocadas
em ação, de modo a atender os requisitos propostos pela legislação ambiental
vigente no local onde está instalada a empresa. O Plano de Ação do SGA
proposto pode ser executado conforme a Política Ambiental da empresa, já que
as metas e os objetivos serão implementados visando obter, no futuro,
resultados ambientais positivos.
Com a implantação do SGA a indústria se compromete em atender os
requisitos preestabelecidos pela Norma ISO 14001, já que a mesma pode
provocar um grande impacto ambiental negativo. Geralmente as indústrias além
de utilizar um grande volume de água, geram efluentes de alta carga poluidora
constituídos por matéria orgânica, substâncias tóxicas e metal pesado.
As principais razões para a implementação de um SGA não estão só
relacionadas com a pressão legislativa, mas também são devidas a uma
combinação de fatores, tais como: exigências de clientes, melhoramento e
recuperação da imagem no sentido de responsabilidade com a comunidade,
investimento ético e política de grupo.
Um SGA pode ser implantado em qualquer empresa, independentemente
da natureza da sua atividade ou do seu tamanho, permitindo que a mesma atinja
o nível de desempenho ambiental por ela determinado e promova sua melhoria
ao longo do tempo. Após a implementação

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do SGA, a empresa pode solicitar a sua certificação pela ISO 14001.

ETAPA 5:
Nesta etapa são realizados os ajustes de implantação dos SGA em função
das atividades anteriores.

ETAPA 6:

Certificação
A certificação ambiental vem se revelando um importante instrumento de
política ambiental doméstica. Auxilia o consumidor, na escolha de produtos
menos nocivos ao meio ambiente, servindo de um instrumento de marketing para
as empresas que diferenciavam seus produtos no mercado, atribuindo-lhes uma
qualidade a mais. A eco compatibilidade dos produtos passa a ser, então, uma
informação adicional ao preço na escolha da cesta de consumo ambiental das
organizações. A certificação não é concedida pela ISO, que é uma entidade
normalizadora internacional, mas sim por uma entidade de terceira parte
devidamente credenciada.
No Brasil, foi estabelecido pelo CONMETRO (Conselho Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) o Sistema Brasileiro de
Avaliação da Conformidade, tendo sido o Inmetro designado por aquele
Conselho como organismo credenciador oficial do Estado brasileiro.
Uma certificação feita no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da
Conformidade tem que necessariamente ser realizada por organismo
credenciado pelo Inmetro. Como a Norma ISO 14001 tem caráter voluntário, as
certificações podem ser feitas fora do Sistema Brasileiro de Avaliação da
Conformidade por organismos credenciados ou não pelo Inmetro.
Independentemente da certificação ser feita dentro ou fora do Sistema
Brasileiro de Avaliação da Conformidade,
quando realizada por organismo

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credenciado pelo Inmetro, a mesma é conduzida com base nos mesmos
requisitos e metodologia.

Elaboração do Plano de Gestão - SGA

A elaboração de um plano de gestão ambiental pode ser realizada


aplicando os componentes da Tabela 1.
Tabela 1- Principais componentes para elaboração de um plano de gestão
- SGA
Aspectos Impactos Requisitos Critérios Objetivo
Ambientais Ambientais Legais Desempenho
(internos)
Emissões
Líquidas

Emissões
Gasosas

Emissões
Sólidas

Na Tabela 1 as emissões líquidas, gasosas e sólidas apresentam


respectivamente os aspectos ambientais, os impactos ambientais.

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