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Técnico em Mecânica

Saúde e Segurança

Meio Ambiente
Sustentabilidade

De acordo com a Organização da Nações


Unidas – ONU, sustentabilidade consiste em
um processo que busca continuamente
atender às necessidades da geração atual,
sem prejudicar as gerações futuras.
Sustentabilidade
Gestão hídrica na indústria

O Brasil, segundo dados da ONU, detêm 13,3% de


toda Reserva Hídrica da Terra, com 180.000 m3/s, o
que representa uma disponibilidade hídrica de cerca
de 47.000 m3/habitante/ano. Ocorre, porém, que essa
riqueza não está distribuída uniformemente,
ocorrendo regiões críticas. No Estado de Minas
Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná encontra-se em
uma situação confortavel se comparado a Estados
como Alagoas e Pernambuco. Talvez isso explique a
maior concentração de indústrias nessas regiões visto
que a água é um fator definitivo na ecolha para
implantação das plantas.
Gestão hídrica na indústria
Gestão hídrica na indústria

É de responsabilidade da indústria, buscar


permanentemente processos e sistemas racionais,
eficientes e que considerem sempre a questão do uso
racional da água - um bem finito e de valor econômico
significativo, constituindo um insumo de importância
estratégica para todo o setor produtivo. Neste sentido
recomenda-se que se observem permanentemente os
seguintes tópicos, no dia a dia da indústria:
Gestão hídrica na indústria

Processo – rever sistematicamente os processos de


produção, buscando otimizar a quantidade de água
consumida e descartada, inclusive com checagens
periódicas dos sistemas de adução, armazenamento e
distribuição;
Gestão hídrica na indústria

Reúso – avaliar e aplicar procedimentos técnicos que


viabilizem a prática do tratamento da água e dos
efluentes, com aproveitamento deste produto em áreas
que não necessitem de água de boa qualidade. Ter-se-ia
como resultado final: a redução da quantidade de água
captada, bem como dos efluentes descartados, e do
consumo de água;
Gestão hídrica na indústria

TORRE DE RESFRIAMENTO DE ÁGUA

;
Gestão hídrica na indústria

Fonte própria – avaliar a possibilidade de implantação de


sistemas alternativos de captação de água, seja ela
subterrânea (poços tubulares profundos) ou superficial
(água de chuva). Tais sistemas propiciam redução de
custo, a minimização da dependência de fonte externa e
risco de desabastecimento, tornando o processo
estrategicamente menos vulnerável.
Gestão hídrica na indústria

SITEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA


Tratamento de Efluentes na Indústria

A grande diversidade das atividades industriais ocasiona


durante o processo produtivo, a geração de efluentes, os
quais podem poluir/contaminar o solo e a água, sendo
preciso observar que nem todas as indústrias geram
efluentes com poder impactante nesses dois ambientes.
Em um primeiro momento, é possível imaginar serem
simples os procedimentos e atividades de controle de
cada tipo de efluente na indústria.
Tratamento de Efluentes na Indústria

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES


Tratamento de Efluentes na Indústria

Todavia, as diferentes composições físicas, químicas e


biológicas, as variações de volumes gerados em relação
ao tempo de duração do processo produtivo, a
potencialidade de toxicidade e os diversos pontos de
geração na mesma unidade de processamento
recomendam que os efluentes sejam caracterizados,
quantificados e tratados e/ou acondicionados,
adequadamente, antes da disposição final no meio
ambiente.
Os efluentes industriais

De acordo com a Norma Brasileira — NBR 9800/1987,


efluente líquido industrial é o despejo líquido
proveniente do estabelecimento industrial,
compreendendo emanações de processo industrial,
águas de refrigeração poluídas, águas pluviais
poluídas e esgoto doméstico. Por muito tempo não
existiu a preocupação de caracterizar a geração de
efluentes líquidos industriais e de avaliar seus impactos
no meio ambiente. No entanto, a legislação vigente e a
conscientização ambiental fazem com que algumas
indústrias desenvolvam atividades para quantificar a
vazão e determinar a composição dos efluentes
industriais.
Os efluentes industriais

As características físicas, químicas e biológicas do


efluente industrial são variáveis com o tipo de indústria,
com o período de operação, com a matéria-prima
utilizada, com a reutilização de água etc. Com isso, o
efluente líquido pode ser solúvel ou com sólidos em
suspensão, com ou sem coloração, orgânico ou
inorgânico, com temperatura baixa ou elevada. Entre as
determinações mais comuns para caracterizar a massa
líquida estão as determinações físicas (temperatura, cor,
turbidez, sólidos etc.), as químicas (pH, alcalinidade, teor
de matéria orgânica, metais etc.) e as biológicas
(bactérias, protozoários, vírus etc.).
Resíduos

TIPOS, SEGREGAÇÃO, DESCARTE/DESTINAÇÃO

Os resíduos são classificados em dois tipos:


Classe I: Perigosos.
Classe II: Não perigosos.
Essa classificação é regida pela norma NBR 10004-
2004 e tem como objetivo facilitar a definição de
procedimentos para
a segregação e destinação dos resíduos.
Resíduos Perigosos

Os resíduos classe I – Perigosos são aqueles cujas


propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas podem
acarretar riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio ambiente.
Resíduos Perigosos

Resíduos inflamáveis: entram em combustão fácil ou até


espontaneamente. Na área metalmecânica, temos como
exemplos: fluídos de corte, óleo diesel, acetona,
querosene, dentre outros.
Resíduos Perigosos

Resíduos corrosivos: substâncias que possuem


características altamente ácidas ou básicas, por isso são
capazes de corroer materiais, como o exemplo o aço.
Dentre os resíduos corrosivos podemos citar o ácido
sulfúrico, brometo de metila e tolueno.
Resíduos Perigosos

Resíduos reativos: reagem violenta e repentinamente


com outras substâncias, podendo liberar energia. São
exemplos: ácido cianídrico, arsênio e antimônio.
Resíduos Perigosos

Resíduos tóxicos: ao interagirem com algum organismo,


podem provocar danos adversos em maior ou
menor grau, como: defeitos genéticos, câncer, alterações
estruturais e funcionais no feto e degradação do
meio ambiente. Exemplos: resíduos de metais pesados,
como: cromo, chumbo e níquel.
Resíduos Perigosos

Resíduos patogênicos: são capazes de produzir doenças


em homens, animais ou vegetais. Podemos
exemplificar os resíduos originados em procedimentos
médicos.
Resíduos não Perigosos

Os Resíduos não perigosos são subdivididos em dois tipos:


Resíduos classe II A - não inertes - são aqueles que podem ter
propriedades, como: biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água. São exemplos:
restos de alimentos, podas, lixo comum de escritórios e
banheiros.
Resíduos não Perigosos

São classificados como classe II B - inertes aqueles resíduos


que, quando são submetidos a um contato dinâmico e estático
com água destilada ou deionizada na temperatura ambiente,
não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da
água, com exceção de aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
São exemplos: concreto, tijolo, vidro, plástico, isopor, etc.
Segregação de Resíduos

É fundamental segregar, ou seja, separar os resíduos de


acordo com a classificação que acabamos de conhecer:
resíduo perigoso e resíduo não perigoso (inerte e não inerte).
Para facilitar o processo de separação dos resíduos gerados
em nosso cotidiano, a Resolução nº 275, de 25 de abril de
2001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA
estabelece o código de cores para identificar o depósito dos
diferentes tipos de resíduos para a coleta seletiva,
Descarte de Resíduos

Impactos ambientais gerados por resíduos descartados de forma


inadequada:
Em qualquer processo produtivo industrial, há geração de resíduos. Caso
não sejam devidamente descartados, o seu destino certamente é poluir as
águas, ar ou o nosso solo. Os principais resíduos gerados pelas empresas
do setor metalmecânico são: fluídos de cortes, vapores, cavacos, óleos,
lubrificantes, estopa, sucata, tintas, solventes, metais em solução, dentre
outros.
Descarte de Resíduos

Danos à Fauna e à Flora


O descarte incorreto de resíduos acarreta a diminuição da variedade
de espécies animais e vegetais.
A indústria é a maior responsável pela degradação ambiental, por
isso devemos criar ações que minimizam o impacto negativo de
nossas operações.
Descarte de Resíduos

Alagamentos e inundações
O descarte inadequado de lixos, principalmente em grandes centros
urbanos é uma das principais causas de alagamento e inundações.
Descarte de Resíduos

Desperdício de dinheiro público


O descarte irregular de resíduos sólidos aumenta consideravelmente
os gastos públicos dedicados à saúde da população, limpeza urbana
e saneamento ambiental.
Descarte de Resíduos

Saúde pública
Várias doenças são causadas pelo descarte incorretos de resíduos,
principalmente o lixo urbano, no qual prejudica a qualidade de vida e
contamina o solo, ar e a água.
Descarte de Resíduos

Prejuízos ao turismo
Uma cidade turística suja, além de impactar negativamente o meio
ambiente e gerar diversos problemas para a população local,
contribui também para uma diminuição da demanda turística.

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