Você está na página 1de 171

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS


DQA – TPQ61 - TTRI

PROFA LIBERTALAMAR BILHALVA SARAIVA


2021
CRISE AMBIENTAL

Arendt (1997) - A condição humana é dada pela natureza.


Ser-se-á sempre um ser humano, onde quer que se esteja,
mesmo fora do planeta, mas a condição humana é dada ao
homem pela natureza, pela terra, que condiciona sua
existência, permitindo sua sobrevivência no Planeta Terra.

Polanyi (1980: 181) - "Imaginar a vida do homem sem a terra é o


mesmo que imaginá-lo nascendo sem mãos e pés".

(Elizabet Sahtouris, 1998: 23) – É uma coisa ter cuidado com o


ambiente, de modo que perdure e permaneça benigno, e outra
inteiramente diferente é saber, bem no fundo do coração,
que ele, como nós, é parte do planeta vivo.
Rodriguez e Kapusta,2009

ETAPA CENÁRIO MUNDIAL RESPOSTAS


CONSCIÊNCIA CLUBE DE ROMA SANEAMENTO BÁSICO
CONTROLE CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO CONTROLE DA POLUIÇÃO
INDUSTRIAL
PLANEJAMENTO ACIDENTES ESTUDO DE IMPACTO
AMBIENTAL
BHOPAL
GERENCIAMENTO DE
EXXON VALDEZ RESÍDUO SÓLIDO
ATUAÇÃO RESPONSÁVEL
GLOBALIZAÇÃO CONFERÊNCIA DO RIO DE JANEIRO GERENCIAMENTO
INTEGRADO
IMPACTO AMBIENTAL/POLUIÇÃO

POLUIÇÃO
“É uma alteração na relação entre os seres vivos,
provocada pelo ser humano, que prejudique, direta
ou indiretamente, nossa vida ou nosso bem-estar,
como danos aos recursos naturais como a água e o
solo e impedimentos a atividades econômicas como a
pesca e a agricultura”.
POLUIÇÃO

Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, conhecida como Política


Nacional do Meio Ambiente entende-se por poluição, a
degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da
população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos;
IMPACTO AMBIENTAL

Resolução 001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente


(CONAMA), no seu Artigo 1º, estabelece a seguinte definição de
impacto ambiental (BRASIL, 1986): qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.
GERAÇÃO DE RESÍDUOS

PROCESSOS PRODUTIVOS:
• Extração e tratamento de minerais; Indústria de produtos minerais
não metálicos; Indústria metalúrgica
• Indústria mecânica; Indústria de material elétrico, eletrônico e
comunicações
• Indústria de madeira; Indústria de papel e celulose
• Indústria de borracha; Indústria de couros e peles
• Indústria química; Indústria de produtos de matéria plástica
• Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos
• Industria do fumo; indústria de alimentos e bebidas
• Atividades agropecuárias
• Produção de energia
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
INDUSTRIAIS
TECNOLOGIA DE TRATAMENTO
DOS EFLUENTES LÍQUIDOS

Crise da água
Hoje, 40% da população do planeta já sofre as consequências da
falta de água. Além do aumento da sede no mundo, a falta de
recursos hídricos tem graves implicações econômicas e políticas
para as nações
POLUENTES

DEGRADÁVEIS

NÃO DEGRADÁVEIS
Características físico-químicas e
biológicas
Turbidez

Óleos e graxas
"aguapés", tipo de vegetação
Oxigênio aquática, apareceu no leito do Rio
Tietê, na Zona Leste de
dissolvido São Paulo

Matéria orgânica

Temperatura

pH
Características físico-químicas e
biológicas
Turbidez

Óleos e graxas
"aguapés", tipo de vegetação
Oxigênio aquática, apareceu no leito do Rio
Tietê, na Zona Leste de
dissolvido São Paulo

Matéria orgânica

Temperatura

pH
Características físico-químicas e
biológicas
Nitrogênio : Amônia,
eutrofização
nitratos Fósforo - fosfatos

Detergentes
Características físico-químicas e
biológicas

Metais
1. cromo – galvanoplastia e curtumes

2. Cádmio – tintas , acessórios fotográficos

3. Chumbo – tintas, plásticos


Como tratar efluentes líquidos:

➢ Conhecimento do processo produtivo;


➢ Conhecimento dos parâmetros físico-químicos e biológicos
dos efluentes;
➢ Conhecimentos das tecnologia disponíveis;
➢ Conhecimento da Legislação Ambiental (cidade, estado, país)

CONAMA 357/2005 – Classificação da águas superficiais


Processos de Tratamento de Efluentes Líquidos

Os processos a serem adotados, formas construtivas e os


materiais empregados são considerados a partir dos seguintes
fatores:
❑ A legislação ambiental regional;
❑ O clima;
❑ a cultura local;
❑ Os custos de investimento;
❑ custos operacionais;
❑ A quantidade e a qualidade do lodo gerado na estação de
tratamento de efluentes industriais;
Processos de Tratamento de Efluentes Líquidos

❑ A qualidade do efluente tratado;


❑ A segurança operacional relativa aos vazamentos de
produtos químicos utilizados ou dos efluentes;
❑ explosões;
❑ geração de odor;
❑ A interação com a vizinhança;
❑ confiabilidade para atendimento à legislação ambiental;
❑ possibilidade de reuso dos efluentes tratados
(GIORDANO,1999).
Tipos de tratamento

Cada efluente é um caso particular relativo ao tratamento que


deverá sofrer. Podem-se combinar os vários estágios de
tratamento ou eventualmente suprimir alguns.
Para a avaliação da carga poluidora dos efluentes industriais e
esgotos sanitários são necessárias as medições de vazão in loco
e a coleta de amostras para análise de diversos parâmetros
sanitários que representam a carga orgânica e a carga tóxica
dos efluentes.
Tipos de tratamento

Os parâmetros utilizados são conjugados de forma que melhor


signifiquem e descrevam as características de cada efluente.
As operações e processos unitários empregados em engenharia
ambiental podem ser classificados em:
❖ operações físicas,
❖ processos químicos,
❖ processos biológicos.
O tratamento consta de uma série de operações e processos
unitários: preliminar; primário; secundário; terciário; especial.
Levantamento de Dados

Para caracterizar a carga poluidora dos efluentes industriais é


necessário o conhecimento prévio do processo industrial para a
definição do programa de amostragem.

As informações importantes a serem obtidas são:


Fluxograma do processo industrial indicando os pontos nos quais
são gerados efluentes contínuos ou intermitentes;
identificar os pontos de lançamento de efluentes;
definir o sistema de medição de efluentes e instalá-lo
Levantamento de Dados

O ritmo produtivo também deve ser conhecido, não só os


horários dos turnos de trabalho, como também o das operações
de limpeza, manutenção, ou por processos industriais sazonais
(indústrias de frutas, produtos têxteis relacionados à moda,
cosméticos, bebidas, etc.).
Lista de matérias-prima, principalmente aquelas que de alguma
forma possam ser transferidas para os efluentes;
A caracterização físico-química das águas, esgotos sanitários,
efluentes industriais e também dos resíduos industriais (resíduos
sólidos industriais - RSI);
Programa de amostragem

Período de amostragem: estabelecido de forma que seja


representativo pelas características da produção industrial.
Pode ser influenciado pela sazonalidade da produção;
Variabilidade da produção;
Fatores climáticos;
Metodologia para quantificação de vazões;
Tipo de coleta das amostras;
Dispositivos de Medição de Vazão

A vazão do efluente industrial é usualmente definida em termos


de unidade de produção e a variação das características por uma
distribuição estatística.
A magnitude da variação vai depender da diversidade dos
produtos e processos.

O cálculo da vazão dos despejos industriais envolve um


procedimento de balanço de fluxos e materiais de todos os
processos e águas produzidas e deve seguir algumas etapas como:
mapa de resíduos; Amostragens contínuas de acordo com o fluxo;
balanço de material com diagrama; estabelecimento de um estudo
estatístico das características significativas.
CARGA DE POLUENTE

Concentração de um poluente – quantidade que tem


deste poluente em uma unidade de volume que pode ser
mL; litro, m³.
EX: O esgoto da indústria de galvanoplastia X lançou no
Igarapé AA um efluente com 5 mg/L de cromo.
Mas quanto efetivamente de cromo foi lançado no Igarapé?
Carga de um poluente – quantidade em massa que é
despejada no corpo d’água durante um período de tempo
Um frigorífico abate 800 cabeça de boi por dia e gasta 1200
litros de água por boi, que tem uma carga orgânica medida
em DBO de 2000 mg/L

a) Vazão diária do efluente líquido;


b) Carga orgânica que é despejada no corpo d’água;
c) Capacidade do rio X de diluir o resíduo líquido sendo
que a vazão do rio é 56 m³/s e DBO máxima de 5 mg/L.

a) Q = 1200 L/boi x 800 boi/dia = 960.000 L/dia = 960


m³/dia
b) 2000 mg ------------------1 L
x = 1920 kg/dia ---------- 960.000 L/dia
DILUIÇÃO DE UM POLUENTE EM UM
CORPO DÁGUA
Concentração de um poluente – quantidade que tem
deste poluente em uma unidade de volume que pode ser
mL; litro, m³.
EX: O esgoto da indústria de galvanoplastia X lançou no
Igarapé AA um efluente com 5 mg/L de cromo.
Mas quanto efetivamente de cromo foi lançado no Igarapé?
Carga de um poluente – quantidade em massa que é
despejada no corpo d’água durante um período de tempo
Diluição do poluente no corpo d’água

Qr = 200000 L/dia

DBO = 5 mg/L

Qr =?
Esgoto DBO mistura=?
Qe = 50.000 L/dia
DBO = 1200 mg/L

Capacidade de diluição do rio = A concentração do poluente na


mistura deve ser menor que a concentração inicial do rio.
Carga orgânica rio antes do resíduo + carga do resíduo = carga orgânica
depois da entrada do resíduo

Carga do rio antes da entrada do resíduo: Qrio x DBO rio= 200.000 L/dia x
5 mg/L = 1.000.000 mg/L = 1kg/dia

Carga do efluente líquido: 50.000 L/dia x 1200 mg/L = 60 kg/dia

Carga no rio depois da entrada do resíduo = 1 kg/dia + 61kg/dia = Qrio


depois x DBO mist.

Qrio depois = 200.000 L/dia + 50.000 L/dia =250.000 L/dia

DBO mist. = Carga total/ Qtotal = 61kg/dia/250.000L/dia


DBO mist = 244 mg/L
Áreas FONTES E PARAMETROS – Ind. Celulose e Papel
do 1 2 3
Processo
ST SS. DBO Vazã DBO Vazã ST SS DBO Vazão
Totais kg/to kg/to o kg/to o kg/to kg/ton kg/ton m3/ton
n n m3/to n m3/to n
kg/ton n n
Preparo 6,0 4,0 1,4 12,0 1,0 3,4 2,6 0,06 1,05 0,6
da
Madeira
Obtenção 105,1 10,4 17,8 43,8 8,2 25,8 195,6 - 86,1 48,3
de
Polpa
celulósica
Recupera 60,0 2,8 9,5 15,3 6,4 9,1 8,3 - - 12,6
-
çao de
Produtos
Quimicos
Branquea 109,0 27,0 14,0 72,0 13,6 54,2 106,0 1,3 - 25,9
-
mento
Total 276,5 44,2 42,7 143,1 29,2 92,5 310,5 - - 87,4
5. Compostos Fenólicos Totais (mg/L) 1,10 ± 0,94
6. Cor (VIS440) em absorbância 0,57 ± 0,23
7. Compostos Aromáticos (UV254) (1x1 cm) 0,65 ± 0,15
8. Lignina e derivados (UV280) (1x1 cm) 3,53 ± 0,58
9. Compostos Lignosulfônico (VIS 346) (1x1 cm) 2,48 ± 0,83
Fonte: José Carlos Azzolini* Lucas Fernando Fabro (2012)
Gradeamento Caixa de areia com
calha Parshall

Homogeneização Peneiramento

flotação
F Coagulação
P

decantação
TB
Finalidade:
• Remover sólidos
sedimentáveis e
sólidos
suspensos
grosseiros;
• Proteção de
bombas e
canalizações
Finalidade:
• Remover sólidos
sedimentáveis e
sólidos
suspensos
grosseiros;
• Proteção de
bombas e
canalizações
Tipos
• Grades fixas ;
• Grades
mecanizadas
Gradeamento

Tipo de grade: fixa de limpeza manual

VELOCIDADE ATRAVÉS DAS BARRAS


Q FINAL MÁX 0,6m/s < v < 1,0 - 1,2m/s

Q máx= 1,70 x Qmédia = 1,70x18500m³/dia=31450


m³/dia
Q mín = 0,20 x Q média = 3700 m³/dia
Gradeamento

Tipo de grade: fixa de limpeza manual

VELOCIDADE ATRAVÉS DAS BARRAS


Q FINAL MÁX 0,6m/s < v < 1,0 - 1,2m/s

Q máx= 1,70 x Qmédia = 1,70x 18500m³/dia=31450 m³/dia


Q mín = 0,20 x Q média = 3700 m³/dia

Q máx = 31450 m³/dia = 31450 m³/dia x dia/24h x h/3600s =0,36


m³/s
Q méd. = 18500m³/dia = 0,21 m³/s
Q mín = 3700 m³/dia = 0,043 m³/s
L – largura do canal – 0,50 m; p – profundidade da lamina
d’água - 0,20 m
v = 0,6 m/s

1. Aútil – área entre as barras

𝑄𝑚𝑎𝑥
𝐴𝑢 = =
𝑣

𝑎
2. Eficiência da grade: 𝐸 = =
𝑎+𝐺
3. Seção no local da grade

𝐴𝑢
𝑆= =
𝐸

4. Largura da grade
𝑆
𝑏= =

5. Revisão dos cálculos
b=
H=
S=
E=
Au =

v = Q máx/ Au =

6. Canal afluente
L=
vo = Q máx/S=
7. Número de barras (G) e de espaçamentos (a)
N a = NG + 1
(Na x a) + (NG x G) = b

[(NG + 1) x a] + (NG x G) =
Ng =
Na =

6. Perda de carga na grade limpa


𝑣 2 −𝑣𝑜2
ℎ𝑓 = =
1,4 𝑔
𝑣 2 −𝑣𝑜2
ℎ𝑓 = 1,43 (considerando o comportamento hidráulico
2𝑔
idêntico ao escoamento através do orifício)
MEDIDORES DE VAZÃO
OBJETIVOS:
 determinar vazões de pico;
 vazão de efluente tratado;
 vazão dos equipamentos utilizados.

TIPOS:
 Vertedores (triangular de Thompson e
retangular)
 Calha Parshall
Vertedores triangulares
Indicado para vazões até 30 l/s. Pode ser construído
de madeira, concreto, fibra.
 Dimensionamento de Vertedouro Triangular

 Aplicação da fórmula de Thompson:

 Q= 1,4*H^5/2
 Q – vazão (m³/s)
 H – carga ou altura da água
(m)
VERTEDORES RETANGULARES

Indicados para vazões entre 300-1000 l/s. Pode


ser de madeira, concreto ou fibra. Não é um tipo
muito utilizado.
As dimensões de comprimento, localização da
régua, localização da chicana são as mesmas do
ve
 Recomendações: 0,05 < h < 0,38 m; P > 3h; b >
6h.

 Exercício
O município de Porecatu, localizado no norte do
estado do Paraná, possui em seu sistema de
captação vazão aproximada de 72 L/s. Com o
intuito de medir a vazão constante que passará pelo
canal da ETA foi instalado para o município um
sistema de vertedouro retangular. Sabendo que se
pretende trabalhar com carga de 150 mm
determine a largura a ser utilizada no vertedouro.
Vertedores retangulares
CALHA PARSHALL

Indicada para grandes vazões 300 - 400


l/s e para efluentes com grande
quantidade de sólidos em suspensão.
Depois dos vertedores triangulares é o
segundo tipo mais utilizado.

Pode ser construída em concreto, fibra de


vidro ou aço inox; é possível comprar
calhas, já dimensionadas, de terceiros
CALHA PARSHALL

Calha Parshall ISBL desenvolvido pelo engenheiro


Ralph L. Parshall, na década de 1920, nos Estados
Unidos, é uma melhoria realizada no projeto de
calha Venturi.

Desenvolvido inicialmente para aplicações em


irrigações, hoje em dia é utilizado frequentemente
nas aplicações industriais e saneamento.
A como medidor de vazão poderá situar-se em
duas condições distintas de descarga: -
Escoamento livre e Escoamento afogado

Escoamento livre: a vazão é obtida mediante a


leitura da lâmina d’água (Ha) que deve ser feita no
início da seção convergente.

Escoamento afogado: O afogamento é causado


por obstáculos existentes á jusante, falta de
declividade
Calha Parshall
Sempre que a água passa
pelo regime crítico, é possível
estabelecer uma relação
matemática entre a vazão
escoada e a altura da lâmina
de água à montante da seção
onde o regime atinge a
condição crítica de
escoamento.

O grau de turbulência será


tanto mais adequado quando
menor for o espaço da
transição entre o estágio
supercrítico e o tranquilo
subsequente.
Escolha da calha Parshall

Para atender vazões entre...............................


LN = , onde

N=........................ e
K=...............................

Para
Qmin = --------------------Hmin =
Q máx = -------------------Hmáx=
Escolha da calha Parshall

N=.1,522....................... e
K=..2484.............................

Para
Qmin = --------------------Hmin =
Q máx = -------------------Hmáx=
•Velocidade  0,30 m/s NBR
Cálculo do rebaixo (z) à entrada da c. Parshall

𝑸𝒎𝒊𝒏 𝑯𝒎𝒊𝒏−𝒁
= =
𝑸𝒎á𝒙 𝑯𝒎á𝒙 −𝒁

Z= ......................................

Cálculo da caixa de areia


Cálculo da área da secção transversal (A)
e da Largura da Caixa de Areia (B)
adotando a v= 0,3 m/s
𝑄𝑚á𝑥
𝐴= =
𝑣
𝐴
𝐵= =
𝐻𝑚á𝑥 −𝑍
CAIXA DE AREIA

Finalidade: remover a areia


antes do bombeamento
CAIXA DE AREIA

Finalidade: remover a areia antes do bombeamento


Vs = 0,02 m / s
L = 15.H
Vh = 0,3 m / s

L = 22,5.H a 25,0.H
Fonte: Jordão e Pessoa (2005)
Cálculo do Comprimento (L)
L= 22,5 x (Hmáx – Z) =

𝑄
= 𝑄/BxL = TA superficial=
𝐴𝑠
Tanque de Homogeneização

Tempo de operação da atividade = 12 horas


𝑉= 𝑄média x 12h =

V=

Densidade de potencia para agitação: 25 w/m³ - NBR

P = 25w/m³ x 9250 m³= 231kwh

20 kwh = 27 cv = 6 x 5 cv
231 kwh = 311 cv = 12 x 25 cv
Peneiramento
São muito empregadas na indústria de celulose e papel, na
têxtil (para remoção de fibras e fios), nos frigoríficos,
fábricas de sucos, fecularias, como também na remoção de
sólidos suspensos de esgotos sanitários;

Tem como principal finalidade remover sólidos suspensos


com granulometria superior a O,25mm;

Os tipos de peneiras mais comuns são as estáticas e as


rotativas;
Peneiras Rotativas
 Nas peneiras rotativas: o efluente passa por um defletor,
alcança a peneira na parte superior, atravessa as fendas,
sendo recolhido na caixa inferior e removidos por uma
lâmina raspadora, caindo num vaso coletor;

 Para dimensioná-las, recomenda-se uma consulta as tabelas


de fabricantes, utilizando a vazão máxima do projeto, e outra
solicitando confirmar as dimensões da peneira que indique o
tipo de água residuária e a fenda da malha a ser utilizada no
projeto;

 Podem ser instaladas para receber efluente por recalque ou


por gravidade, antes ou depois do tanque de equalização e,
preferencialmente, após o sistema de dosagem de cal.
Peneira de tambor
rotativo
Peneira Autolimpante
catalogo
Dimensionamento
Taxa de aplicação (I)
Utilizar vazão máxima de projeto (Qmax)
Informações catálogos de fabricantes

𝑄
= T.A
𝐴𝑠

As = 0,5 m²
Dimensionamento
BALANÇO DE MASSA DO PRÉ-TRATAMENTO

Tabela I – Quantidade média de lodo gerado em função do


processo produtivo
Produto KG/t produzida
POLPAÇÃO QUÍMICA 9 - 68

Papelão reciclado 0 - 27
Fonte: Instituto Ambiental do Paraná (1996) citado por Lima et
al. (1998).
BALANÇO DE MASSA DO PRÉ-TRATAMENTO
5. Compostos Fenólicos Totais (mg/L) 1,10 ± 0,94
6. Cor (VIS440) em absorbância 0,57 ± 0,23
7. Compostos Aromáticos (UV254) (1x1 cm) 0,65 ± 0,15
8. Lignina e derivados (UV280) (1x1 cm) 3,53 ± 0,58
9. Compostos Lignosulfônico (VIS 346) (1x1 cm) 2,48 ± 0,83
Parâmetro Bruto Depois T. Conc. (mg/L)
Preliminar
ST (kg/dia) 55.300 44.240 2391
SS (kg/dia) 8.840 7.072 382,2
DBO (kg/dia) 5.840 5.256 284,1
DQO (Kg/dia) 19.467 17.520 945,94

Segundo Tabela CETESB 1988

No tratamento preliminar remove 10% de DBO, DQO


20% de sólidos

ST = 44.240 kg/dia / 18.500 m³/dia = 2,391kg/m³ = 2391 g/m³


SS = 7072 kg/dia /18.500 m³/dia = 0,3822 kg/m³ = 382,2 g/m³
DBO = 5256 kg/dia /18500 m³/dia = 0,2841 kg/m³ = 284,1g/m³
DQO = 17.520 kg/dia /18500 m³/dia = 0,94594 kg/m³ = 945,94 g/m³
1. Coagulação
Jartest – cloreto férrico – 40 mg/L
Quant. Coagulante = 800 m³/dia x 40. 10-3 kg/m³ = 32 kg de FeCl3
Massa específica do cloreto férrico – 1,42 t/m³
Vazão a aplicar: Q =(32 kg/dia)/1420 kg/m³ = 0,95L/h
Quantidade de floculante: aniônico – 0,5 mg/L = 800 m³/dia x 0,5.10-3
kg/m³ = 0,4 kg/dia
Sulfato de alumínio: 2,672 g/cm³ x kg/1000g x 1000 cm³/L
x 1000L/m³ =2.672 g/m³
Jartest - 60 mg/L de Sulfato de Alumínio
Quant. Coagulante/dia = 18.500 m³/dia x 0,06 kg/m³ =1.110
kg /dia
Vazão do sulfato de alumínio = 1.110 kg/dia/2672 kg/m³ =
0,415m³/dia = 415 L/dia = 17,29 L/h
Quant. Floculante: catiônico – 0,1 mg/L
=18.500 x 0,1= 1850 g/dia = 1,850 kg/dia
Coagulação e floculação
Dosagens de coagulantes (típicas): 40 a 60 mg/L
Polieletrólito: máx de 5 mg/L para aniônico e 1mg/L
para catiônico
Agitação da coagulação: G(gradiente de velocidade) =
1000s-1

𝑃= µVG2
P = potência transmitida ao líquido kgf.m/s
µ = viscosidade cinemática do líquido, kgf.s/m²
V = volume do tanque de mistura rápida, m³
G = gradiente de velocidade, s-1
misturador rápido: G – 1000 s-1
tempo de agitação: 5 s
Volume útil do tanque: 18.500 m³/dia = 0,214 m³/s x 5s
=1,0 m³ = 1x1x1m
𝑃 =1,029 x 10-4 kgf.s/m² x 1,0 m³ x (1000/s)² =
102,9kgf.m/s= (102,9kgf.m/s/ 75) = 1,5 CV

2. Floculação
misturador lento: G – 90 s-1
tempo de agitação: 15 min = 900 s
Volume útil do tanque: 0,214 m³/s x 900 = 192,6
m³ = 13,87 = 13 x 13 m
𝑃 =1,029 x 10-4 kgf.s/m² x 192,6 m³ x (90/s)² =
1,78kgf.m/s= (1,78kgf.m/s/ 75) = 0,020 CV = 0,5 CV
Flotador
O Sistema de Flotação por Ar Dissolvido
(FAD) tem como finalidade a separação dos
flocos formados no processo de floculação
da água (clarificado), seja por adição de
elementos que interagem com a matéria
orgânica ou não.
Flotação
A flotação no tratamento de efluentes e
água separa líquidos de sólidos com
nuvens de microbolhas de ar que arrastam
as impurezas em suspensão para a
superfície. Para aplicações industriais se usa
a flotação por ar dissolvido, com
microbolhas da ordem de micra e a
flotação por ar disperso, com bolhas
maiores, para arraste de partículas de maior
facilidade de remoção.
Flotação
A eficiência da flotação ou flotador depende
da relação ar/sólidos e tamanho da bolha.
Quanto maior a quantidade de ar e
menor o tamanho da bolha, mais
eficiente o flotador.
As bolhas produzidas no flotador têm efeito
sobre a agregação das partículas e uma boa
dispersão ar/sólidos para a colisão e agregação
de partículas com as microbolhas é
indispensável.
Tipos de flotadores
• Por ar dissolvido (FAD) – Cavitação da água saturada com ar
a pressões elevadas (3-6 atm); libera o gás através de placas
perfuradas ou válvulas de agulha. Nestas constrições de fluxo, a
solução se sobre satura, se despressuriza e o ar dissolvido forma
as microbolhas;
• Por ar induzido – Agitação mecânica rotor/estator em baixa
rotação;
• CAI – Agitação mecânica ema alta rotação;
• Nozzle – Sucção de ar através da constrição;
• Jameson – Sucção de ar em tubo descendente;
• Microcel – Injeção de mistura água-tensoativo-ar através de
constritores estáticos;
• Gás Aphrons – Bombeamento de soluções tensoativas em
constritores de fluxo e temperaturas de 60-80 ºC.
• Eletroflotação – eletrólise de soluções aquosas diluídas com
bolhas de H2 e O2.
Flotador
A flotação por ar dissolvido (FAD) é um
processo de separação de partículas (ou
agregados) via adesão de bolhas de ar
incorporadas no interior dos flocos ou por
simples arraste hidráulico.

As unidades formadas por flocos e


microbolhas apresentam densidade aparente
menor que o meio aquoso onde se
encontram, o que garante, por empuxo, sua
flotação até a superfície do flotador onde são
removidas.
Flotador Dimensionamento
Flotador Dimensionamento
Remoção de sólidos suspensos totais: 90 a 95%
Remoção de DBO: 80 – 85% segundo J. Roberto Campos
(2002 – São Carlos – SP)
Remoção de sólidos suspensos totais: 90 a 95%

A/S = 0,02 mg ar/ mg SST


P = 3,5 atm
Tempo de pressurização: 2 min
Taxa de vazão superficial no tanque de flotação: 200 m³/m².dia
Tempo de flotação: 30 min.
𝑄𝑟 3240 𝑚𝑔/𝐿
=0,02 x =1,3
𝑄 1,3𝑥18,7𝑥(0,6𝑥5−1)

Qr= 1,3 x 33,3 m³/h = 43,30 m³/h


Volume do tanque de flotação:

Q = 33,3+43,30 = 77 m³/h = 1,3 m³/min

TRH – 30 min

V = 1,3 m³/min x 30 min = 39 m³

𝑄 1848 𝑚³/𝑑𝑖𝑎
A= = 𝑚3
= 9,24 m²
𝑇𝐴 200 2 .𝑑𝑖𝑎
𝑚
H = 3,0m + 0, 5 m de borda
A = 11 m² = 2,5 x 5,0 m
Volume do tanque pressurização:

Q = 43,30 = 0,72 m³/min

TRH – 1,5 min

V = 0,72 m³/min x 1,5 min = 1,08 m³

H = 2,0 m

D = 0,82 m
Flotação
 Balanço de massa no flotador
Q =18.500 m³/dia
DBO – 5256
DQO – 17.520 Remoção
SST – 44.240 DQO e DBO de 80%
SSV – 7.072 SST e SSV de 90 %
Parâmetro Bruto Depois T. D.T.Pri. D.T.Pri.
Preliminar Flotador Decant.
ST (kg/dia) 55.300 44.240
SS (kg/dia) 8.840 7.072
DBO (kg/dia) 5.840 5.256
DQO (Kg/dia) 19.467 17.520

Segundo Tabela CETESB 1988

No tratamento flotação remove 80% de DBO, DQO


90% de sólidos
SEDIMENTAÇÃO
Tipo TA
m3/m2 .dia
Decantação primária
Não precedendo tratamento < 60
Precedendo filtração biológica < 80
Precedendo lodos ativados:
• com recirculação de lodo p/ o decantador <60
•Sem recirculação de lodo para o decantador <120

Decantação secundária
Após filtração biológica <36
Após lodos ativados
• com SS < 3000 mg/L < 36
• com 3000 < SS < 4500 mg/L < 24
• com SS 4500 mg/L < 16

Pessoa (2014)
SEDIMENTADORES PRIMÁRIOS

SÃO UNIDADES DE TRATAMENTO PRIMÁRIO, QUE RECEBEM OS


ESGOTOS DAS UNIDADES DE TRATAMENTO PRELIMINAR
Finalidade : remover sólidos decantáveis, na ordem de 40 a 60% e DBO
na ordem de 25 a 35%.

Características:
a. Forma: circular, retangular
b. Fundo: pouco inclinado, inclinado com poço de lodo
c. Sistema de remoção de lodo: mecanizado, manual (pressão
hidráulica)
DECANTADORES CIRCULARES
Diâmetros: de 3 a 60 m
Profundidade lateral: 2,5 a 4,0m
3,0 a 3,5 para esgoto primário
3,5 a 4,0 para primário recirculado
Inclinação de fundo: 8 a 16%
Dispositivos de saída: vertedores periféricos junto às
paredes do decantador, devendo atender a recomendação
da NBR de no máximo 720 m3/m2.dia. Vertedores em “V”
com altura de 50 mm
Dispositivos de entrada: são alimentados pelo centro,
através de tubulação central ascendente
Vantagens:
Lodo sedimentado é removido do decantador em menos
tempo; sistema de raspagem do lodo é mais simples;
manutenção é facilitada.
Desvantagens: maior propensão a curto circuitos;
distribuição não uniforme das cargas de lodo no
mecanismo coletor; maior facilidade de arraste de lodo.
DECANTADORES RETANGULARES
Dispositivos de entrada: por uma das cabeceiras, com o
fluxo escoando lentamente até a extremidade oposta
Vantagens:
Menor possibilidade de curto circuitos (escoamento de
fluxo pistão), menor área ocupada; menor para arraste de
lodo, melhor distribuição do lodo sobre as laminas
raspadoras; melhor adensamento do lodo
Desvantagens: maior tempo de detenção, menor
eficiência quando SS é muito elevado.
DIMENSIONAMENTO DO
SEDIMENTADOR PRIMÁRIO

TA – 60 m³/m².dia
𝑸
A= =
𝑻𝑨
D=
Aaj =
Tempo de retenção hidráulica – 3 hs
V=
H = V/A =
DIMENSIONAMENTO DO
SEDIMENTADOR PRIMÁRIO

TA – 60 m³/m².dia
𝑸
A= =
𝑻𝑨
D=
Aaj =
Tempo de retenção hidráulica – 3 hs
V=
H = V/A =
Decantação/Sedimentação
 Balanço de massa no decantador:
Q =18.500 m³/dia
DBO – 5256 kg/dia
DQO – 17520 Remoção
ST – 44240 DQO e DBO de 25 a 40%
SS – 7072 SST e SSV de 40 a 70%
Parâmetro Bruto Depois T. D.T.Pri. D.T.Pri.
Preliminar Flotador Decant.
ST (kg/dia) 55.300 44.240
SS (kg/dia) 8.840 7.072
DBO (kg/dia) 5.840 5.256
DQO (Kg/dia) 19.467 17.520
Saída do tratamento primário

Depois do decantador:
Q=
DBO –
DQO –
SST –
SSV –
Hidráulica dos reatores
 Batelada – não há fluxo entrando ou saindo;
 Fluxo em pistão – o fluido entra
continuamente em uma extremidade do
tanque, passam através do mesmo e é
descarregado na outra extremidade. O
substrato varia com a posição do reator em
uma dado tempo.
 Mistura completa – o substrato que entra é
imediatamente disperso em todo o reator. O
substrato varia em tempo em uma dada
posição no reator.
Hidráulica dos reatores
 Fluxo disperso – obtido em um sistema
qualquer com um grau de mistura
intermediário entre os dois extremos
idealizados de fluxo pistão e mistura
completa;
 Reatores com enchimento – possui um
enchimento como pedra, cerâmica, plástico e
outros. Os reatores podem ser submersos
(filtro anaeróbio) com o volume de poros
saturados ou com dosagem intermitente
(filtro biológico), o fluxo pode ser
ascendente ou descendente.
Tratamento secundário
Opção 1 : UASB + Lagoa Facultativa
Dimensionamento reator anaeróbio:

TRH = 7 h para T= 30ºC Cargas típicas: 2,5 a 3,5


Kg DQO/m3.dia para
esgoto doméstico,
podendo ser 10 vezes
maiores para esgotos
industriais.

Valores típicos de CB –
0,3 a 0,4 kg DQO/kg
SSV. dia para esgoto
doméstico
Dimensionamento reator anaeróbio:

TRH = 8 h para T= 30ºC

COV = 20 kg DQO/m³. dia

𝑄.𝑆0
𝑉= = (800 m³/dia. 3145,10 mg/L)/20 kg DQO/m³.dia
𝐶𝑂𝑉

V= 125,804 m³ = 126 m³

H=5m

Área = 126/5 =
LAGOA FACULTATIVA
LAGOA FACULTATIVA
Critérios de projeto
Critérios de projeto
Lodo ativado

Qe, Se
Q +Qr,
Q +Qr V Se
Se
XAV

AR

Qr, Xr Qs, Xr
Reator com decantação sem recirculação

Q Se X
Q, X0 V Qe, Se,
Se
X Xe

AR

Xr
Representação da matéria carbonácea:

Substrato afluente: representa a DBO total (DBO


solúvel + DBO em suspensão) afluente ao reator;

Substrato efluente: representa a DBO solúvel efluente


do reator
PRODUÇÃO DE SÓLIDOS BIOLÓGICOS

1. Produção Bruta (em função do substrato)


Taxa de crescimento = Y . Taxa de remoção de substrato

𝒅𝑿𝒗 𝒅(𝑺𝟎 − 𝑺)
=𝒀
𝒅𝒕 𝒅𝒕

Xv – concentração de sólidos suspensos voláteis , SSV


(g/m³);
Y – coeficiente de produção celular (massa de SSV
produzidos por unidade de massa de DBO removida,
(g/g);
So – concentração de DBO5 total afluente (g/m³);
S – concentração de DBO5 total efluente (g/m³);
t – tempo em dias
Y = 0,4 a 0,8 g SSV/g DBO5 removida

2. Produção Bruta (em função da concentração de


biomassa)
𝒅𝑿𝒗
= µ𝑿𝒗
𝒅𝒕

Xv – concentração de sólidos suspensos voláteis , SSV


(g/m³);
µ – taxa de crescimento específica, (dia¹);
t – tempo em dias
𝑺
µ = µ 𝒎á𝒙
𝑲𝒔 + 𝑺

µ máx – taxa de crescimento máxima, (dia¹));


S – concentração do substrato limitante, (gDBO5/m³);
Ks – constante de saturação, a qual é definida como a
concentração do substrato para a qual 𝝁 =µ máx /2

Valores usuais :
µ máx = 1,5 a 5,0 dia ¹
Ks = 25 a 100 mg DBOs/L
2. Dacaimento bacteriano

𝒅𝑿𝒃
= = Kd. Xb
𝒅𝒕

Xb – concentraçãos de SSV biodegradáveis (g/m³);


Kd – coeficiente de respiração endógena (1/dia)

Kd = 0,06 a 0,10 mg SSV/mgSSV.dia


3. Produção líquida

𝑑𝑋𝑣 𝑑 (𝑆0 −𝑆)


=𝑌 - Kd . Xb
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Em condições finitas de tempo pode ser escrita:

∆𝑿𝒗 (𝑺𝟎 − 𝑺)
=𝒀 − 𝑲𝒅. 𝑿𝒃
∆𝒕 𝒕
TEMPO DE PERMANENCIA: hidráulica e idade
do lodo

1.Tempo de detenção hidráulica sem recirculação

𝑉
TDH=
𝑄

2. Idade do lodo sem recirculação

𝑿𝒗. 𝑽
𝒄 = = 𝑽/𝑸
𝑿𝑽. 𝑸
TEMPO DE PERMANENCIA: hidráulica e idade
do lodo

1.Tempo de detenção hidráulica com recirculação

𝑉
TDH=
𝑄

2. Idade do lodo com recirculação – retirada do


lodo excedente da linha de recirculção

𝑿𝒗. 𝑽
𝒄 =
𝑸 − 𝑸𝒆𝒙 𝑿𝒗𝒆 + 𝑸𝒆𝒙. 𝑿𝒓

= zero
𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒔𝒆 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒏𝒐 𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒎𝒂
𝒄
𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒅𝒆 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒓𝒆𝒕𝒊𝒓𝒂𝒅𝒂 𝒅𝒐 𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒎 𝒑𝒐𝒓 𝒖𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐

𝑿𝒗.𝑽 𝑋𝑣
𝒄 = ∆𝑿𝒗=∆𝑋𝑦/∆𝑡
𝑽
∆𝒕

Idade do lodo:
Lodo ativado convencional: 4 a 10 dias
Lodo ativado aeração prolongada: 18 a 30 dias
TDH:
Lodo ativado convencional: 6 a 8 horas
Aeração prolongada: 16 a 24 horas
RELAÇÃO ALIMENTO/MICRORGANISMO
𝑨 𝑸.𝑺𝟎
=𝑽.𝑿𝒗
𝑴
A/M
Lodo ativado convencional: 0,4 a 0,85 SSV/SS
Lodo ativado aeração prolongada: 0,6 a 0,75 SSV/SS

𝑨 𝑺𝟎
=𝒕.𝑿𝒗
𝑴
A rigor a relação A/M não tem correspondência
com a remoção da matéria orgânica. Porém:
𝑸(𝑺𝟎−𝑺)
U=
𝑽.𝑿𝒗
RELAÇÃO ALIMENTO/MICRORGANISMO

𝑬=𝐞𝒇𝒊𝒄𝒊ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒎𝒂 =(So-S/So)


U = (A/M) E

Como as eficiências nos sistemas de lodo ativado


são altas próximas a 100% , pode-se dizer que
UA/M

Lodos ativados convencional: 0,3 a 0,8 kg DBO5/kg


SSV.dia;
Aeração prolongada: 0,08 a 0,15
RELAÇÃO ENTRE A TAXA DE
UTILIZAÇÃO DO SUBSTRATO (U) E A
IDADE DO LODO (c)

∆𝐗𝐯 (𝐒𝟎−𝐒)
= 𝐘 − kd. fb.Xv
∆𝐭 𝐭
Na equação fb.Xv (fração biodegradável dos
sólidos em suspensão biodegradáveis)
Dividindo-se por Xv tem-se:
∆𝐗𝐯/∆𝐭 (𝐒𝟎−𝐒)
= 𝐘 − kd. fb
𝐗𝐯 𝐗𝐯.𝐭
𝟏 (𝐒𝟎−𝐒)
= 𝐘 − kd. fb
𝐜 𝐗𝐯.𝐭
CONCENTRAÇÃO DE SÓLIDOS EM
SUSPENSÃO NO REATOR (com
recirculação)

(REARRANJANDO A EQUAÇÃO ANTERIOR)

𝐘(𝐒𝟎 − 𝐒)
𝐗𝐯 = . 𝑐/𝑡
𝟏+. kd. fb.𝑐
Valores típicos:
Lodos ativados convencional: 1500 a 3500 mg SSV/L;
Aeração prolongada: 2500 a 4500
CALCULO DO VOLUME DO REATOR

(Substituindo t por V/Q e se explicitar V, temos:)

Y. 𝑐. 𝑄(S0 − S)
𝐕 =
Xv(1+. kd. fb.𝑐 )
RECIRCULAÇÃO DO LODO ATIVADO
Qe, Xe,
Q +Qr, Se
Q +Qr,
Se
X0

Qu, Xr
AR

Qr, Xr Qs, Xr
RECIRCULAÇÃO DO LODO ATIVADO

𝑄𝑟
R=
𝑄

BALANÇO DE MASSA EM UM REATOR DE


MISTURA COMPLETA:

Acumulação = entrada – saída + produção –


consumo

Acumulação = o (no estado permanente não há


acúmulos de massa)
RECIRCULAÇÃO DO LODO ATIVADO
Produção = consumo (o crescimento bacteriano é igual
à retirada de lodo excedente);
Entrada = Carga de SS do esgoto bruto mais carga SS do
lodo recirculado
Saida = carga de SSTA

Q.X0 – carga de microrganismo no esgoto bruto é


pequena comparada com o reciclo:

Entrada = saída
𝑸𝒓 𝑿
Qr.Xr = (Q + Qr). X R= = X
𝑸 𝑿𝒓−𝑿

(𝑅+1)
Xr =𝑋
𝑅
Exemplo
Partindo de:
Q = 18500 m/³dia
DBO – 126,27
DQO –
SST – 3240 x 0,40 = 1296 mg/L
SSV – 2230 x 0,40 = 892 mg/L
1. Calcular
o coeficiente de produção de biomassa
ajustado para compensar a perda pela respiração
endógena
𝑌𝑜𝑏=𝑌/(1+𝐾𝑑.𝜃𝑐)

Da tabela 20.10 (JORDÃO E PESSOA, 2005)


Y = 0,55
Kd = 0,075 dia-1
𝜃𝑐 = 15 𝑑𝑖𝑎𝑠

0,55
𝑌𝑜𝑏 = = 0,26
1+0,075.15

1. Calcular a produção de lodo esperada
∆𝑋 = 𝑌𝑜𝑏. 𝑆𝑜 − 𝑆𝑒 . 𝑄

Q= 18500 m³/dia
So = 126,27 mg/L
Se = 0,05x126,27 = 6,31mg/L (considerando 95% de eficiência)

AX= 0,26 x (126,27 – 6,31)g/m³. 18.500 m³/dia= 577,00kg


SSV/dia
2. Calcular o volume de lodo a ser descartado por dia
Admite-se que a massa de descarte de lodo é igual a massa de
lodo produzida
Teor de sólidos = 8000 mg/L = 0,8%
d= 1000 kg/m³
𝑀 577𝑘𝑔/𝑑𝑖𝑎
𝑉= = =56,56 m³/dia
𝑇𝑆.𝜌.𝛾 0,008𝑥 1000𝑥1
3. Calcular
o volume do tanque de aeração e o tempo
de detenção resultante
𝜃𝑐. 𝑌. 𝑄(𝑆0 − 𝑆𝑒)
𝑉=
𝑋𝑎𝑣. (1 + 𝑘𝑑. 𝜃𝑐)
15 𝑑𝑖𝑎𝑠.0,55.18500 𝑚³/𝑑𝑖𝑎(126,27–6,31)𝑔/𝑚³
𝑉= 3000𝑔 = 2871,98 m³
.(1+0,075.15)
𝑚3
t= V/Q = 2871,98/18500 = 0,155 DIAS= 3,72 h( muito grande)

4. Calcular a relação A/M resultante das condições acima


𝐴 𝑄(𝑆𝑜−𝑆𝑒) 18500(126,27−6,31)
= = = 0,257 dia-1 (pequeno)
𝑀 𝑋𝑎𝑣.𝑉 3000.𝑥 2872

Sistemas convencionais de lodo ativado – 0,30 a 0,40 dia-1

= 0,35
Considerando A/M
𝑄(𝑆𝑜−𝑆𝑒) 18500(126,27−6,31)
V= = = 2113,5 m³
𝑋𝑎𝑣.𝐴/𝑀 3000𝑥 0,35

T=0,11dias – 2,74 h
1. Recalcular
o coeficiente de produção de biomassa
ajustado para compensar a perda pela respiração
endógena
𝑌𝑜𝑏=𝑌/(1+𝐾𝑑.𝜃𝑐)

Da tabela 20.10 (JORDÃO E PESSOA, 2005)


Y = 0,55
Kd = 0,075 dia-1
𝜃𝑐 = 7 𝑑𝑖𝑎𝑠

0,55
𝑌𝑜𝑏 = = 0,36
1+0,075.15
1. Calcular a produção de lodo esperada
∆𝑋 = 𝑌𝑜𝑏. 𝑆𝑜 − 𝑆𝑒 . 𝑄

Q= 800 m³/dia
So = 1677,20 mg/L
Se = 0,05x1677,20 = 83,86 (considerando 95% de eficiência)
AX= 0,36 x (1677,20 – 83,86)g/m³. 800 m³/dia= 459kg SSV/dia

2. Calcular o volume de lodo a ser descartado por dia


Admite-se que a massa de descarte de lodo é igual a massa de
lodo produzida
Teor de sólidos = 8000 mg/L = 0,8%
d= 1000 kg/m³
𝑀 459 𝑘𝑔/𝑑𝑖𝑎
𝑉= = =57,5 m³/dia
𝑇𝑆.𝜌.𝛾 0,008𝑥 1000𝑥1
3. Calcular
o volume do tanque de aeração e o tempo
de detenção resultante
𝜃𝑐. 𝑌. 𝑄(𝑆0 − 𝑆𝑒)
𝑉=
𝑋𝑎𝑣. (1 + 𝑘𝑑. 𝜃𝑐)
7 𝑑𝑖𝑎𝑠.0,55.800 𝑚³/𝑑𝑖𝑎(1677,20 – 83,86)𝑔/𝑚³
𝑉= 4000𝑔 = 804,5m³
.(1+0,075.7)
𝑚3
t= V/Q = 804,5/800 = 1 dia ( ainda grande)

4. Calcular a relação A/M resultante das condições acima


𝐴 𝑄(𝑆𝑜−𝑆𝑒)
= = 0,39 dia-1 (pequeno)
𝑀 𝑋𝑎𝑣.𝑉

Sistemas convencionais de lodo ativado – 0,30 a 0,40 dia-1


5. Calcular a recirculação mínima recomendada
𝑋𝑎 4000
𝑟= = = 1=100%
𝑋𝑢−𝑋𝑎 8000 −4000

6. Calcular o consumo de oxigênio


MO2(kg/dia)= a’ (So-Se) Q + b’ (Xav.V)
Para esgoto doméstico:
a’=0,52 e b’=0,12
MO2(kg/dia)= 0,52 (1677,2-83,86) 800 + 0,12’ (4000.800)
MO2(kg/dia) = 662,8 + 384 =1046,8 = 1047 kg/dia

ABNT – 1,5 vezes a carga de DBO aplicada quando a idade do


lodo for inferior a 18 dias

MO2(kg/dia) = (1677,2 – 83,86)x 800 x 1,5 = 1912 kg/dia


7. Escolha dos rotores de aeração
Exemplo: reatores de baixa rotação
Capacidade de aeração: No=2,1kg O2/kwh
7. Escolha dos rotores de aeração
Exemplo: reatores de baixa rotação
Capacidade de aeração: No=2,1kg O2/kwh
N=(KLa)esg.V.(Csw – CL)
No = (KLa)agua V (Cs-CL)

CL – concentração de oxigênio no tanque de aeração (entre 1


e 2 mg/L
Cs – concentração de saturação de oxigênio em água – a 20ºC
= 9,02 mg/L
α = (KL)esg/(KL)água – varia com a presença de esgotos
industriais, diminui com a presença de detergentes, cresce a
medida que o esgoto é mais oxidado. Para esgoto doméstico α =
0,8 a 0,9
Csw – 0,95 Cs
𝐶𝑠𝑤−𝐶𝐿
𝑁 = 𝑁𝑜𝑥 x α x 1,02(𝑇−20)
𝐶𝑠
7. Escolha dos rotores de aeração
Cs = para 25ºC = 8,18 mg/L
Csw = 0,95 x 8,18 = 7,77 mg/L
CL = 2 mg/L
α = 0,85
(𝑇−20)
𝑁 𝐶𝑠𝑤−𝐶𝐿
= x 𝛼 𝑥 1,02
𝑁𝑜 9,02

𝑁 7,77 −2 25−20
= x 0,85 x 1,02 = 0,65
𝑁𝑜 9,02

M=MO2/0,65= 1912/0,65= 2942 kg O2/dia


Potencia total = 123 kg O2/h /2,1 kg O2/ kwh = 58,6 kW
1Hp = 0,746 kw
78,5 Hp = 58,6 kw
8. Calcular o número de aeradores
V reator = 800m³
H=4m
A= 200 m²
20 x 10 m ou 15 x 15 m

Potencia total = 78,5 Hp = 80 Hp

8 aeradores de 10 Hp –influência – 17m


4 aeradores de 20 Hp – influência – 19 m (melhor)

Você também pode gostar