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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
SANITÁRIA E AMBIENTAL

EQUIPE: WESLA CANTALICE


MIRTYS AJANAY DA SILVA
OLGA ELYZABETH LUCENA
RAFAEL CUSTÓDIO LUNA
LUCIAN MARINHO
IMPACTOS
AMBIENTAIS EM
FRIGORÍFICOS E
ABATEDOUROS
APRESENTAÇÃO DO SEGMENTO

 O rebanho bovino brasileiro é um dos maiores do mundo – em


torno de 198,5 milhões de cabeças, em 2006 (CNPC, 2006).
Considerando-se uma população de cerca de 185,2 milhões
de habitantes para esse ano (CNPC, 2006), tem-se mais de
um bovino por habitante, no Brasil.

 As maiores regiões produtoras estão no Centro-Oeste


(34,24%), seguidas pelo Sudeste (21,11%), Sul (15,27%),
Nordeste (15,24%) e Norte (14,15%) do rebanho nacional
(ANUALPEC, 2003 apud SIC, 2006).
APRESENTAÇÃO DO SEGMENTO

 A participação do estado de São Paulo no rebanho brasileiro é


de cerca de 6 a 7% do total, em torno de 12,5 milhões de
cabeças (SIC, 2006).
EVOLUÇÃO DO ABATE BOVINO NO BRASIL
APRESENTAÇÃO DO SEGMENTO

 Nos últimos anos, o Brasil tornou-se o maior exportador


mundial de carne bovina.

 Vários são os fatores para o aumento das exportações, dentre


eles a baixa cotação do real, os baixo custos de produção e a
ocorrência da BSE (mal da “vaca louca”) em outras regiões do
mundo.

 Por outro lado, alguns entraves também aconteceram, como


as barreiras levantadas pela Rússia ás exportações de carne
brasileira e os recentes e frequentes episódios relativos a
febre aftosa.
APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

 RAZÃO SOCIAL: SUA CARNE É NOSSA CARNE – ME


 CNPJ: 11.222.333/0001-44
 MUNICÍPIO: CALDAS BRANDÃO
 BAIRRO: ZONA RURAL
 ÁREA CONSTRUÍDA: 450,00M²
 TELEFONE PARA CONTATO: 7170-7885
 RESPONSÁVEL: OS ENGENHEIROS
 CPF:201.711.299-00
 ATIVIDADE: FRIGORÍFICO FAZ TODO O PROCESSO DE
ABATEDOURO/MATADOURO E TAMBÉM INDUSTRIALIZAM A
CARNE
 N° DE COLABORADORES: 5
LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS
PRODUTIVOS

O setor cárneo nacional, após alto investimento


nos elos da cadeia produtiva, sofreu acelerada
expansão na criação e consequentemente no
aumento do despejo de resíduos provenientes das
indústrias de processamento de carne
(PACHECO,2008).

O abate de bovinos, é realizado para obtenção de


carne e de seus derivados, destinados ao consumo
humano.
DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS
PRODUTIVOS
 Como consequência das operações de abate para obtenção
de carne e derivados, originam-se vários subprodutos e/ou
resíduos que devem sofrer processamentos específicos:

• Couros
• Sangue
• Ossos
• Gorduras
• Aparas de carne
• Tripas
• Animais ou suas partes condenadas pela inspeção
sanitária
SETORES DO SEGMENTO

Este segmento agroindustrial compreende


setores distintos: o produtivo e o de abate.

ABATEDOURO FRIGORIFÍCO
ABATEDOURO

 Realizam o abate dos animais,


produzindo carcaças (carne com osso) e
vísceras comestíveis.
FRIGORÍFICO

 Podem ser divididos em dois tipos: os que


abatem os animais, separam sua carne, suas
vísceras, e as industrializam, e aqueles que
não abatem os animais, compram a carne dos
abatedouros e somente a industrializam.
IMPACTOS GERADOS

Atividades de abatedouros/frigoríficos
caracterizam-se como sendo de alto risco para o
meio ambiente, podendo gerar impactos
ambientais.

FONTE(LOREZENTTI, ROSSATO, 2010).


IMPACTOS GERADOS

 O alto consumo de água;

 O consumo de energia elétrica;


IMPACTOS GERADOS

 A geração de resíduos sólidos;


 Efluentes líquidos com alta carga poluidora;
 Emissões gasosas oriundos de diversas
etapas do processo produtivo.
IMPACTOS GERADOS

Segundo a resolução nº 001 de 1986 do Conselho


Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) impacto
ambiental é: Qualquer alteração das propriedades
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam; a saúde, a segurança e o
bem-estar da população; as atividades sociais e
econômicas; a biota; as condições estéticas e
sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos
recursos ambientais.
IMPACTOS GERADOS

O alto consumo de água e a consequente geração de


efluentes líquidos são os impactos que mais
prejudicam o meio ambiente, em média 2,7 m³ de
água por boi abatido totalizando em média 1900 mil
m³ de água, 20 % a menos são devolvidos a
natureza, e com baixa qualidade.
IMPACTOS GERADOS
MEDIDAS MITIGADORAS

 Ter um sistema de tratamento de efluente


bastante eficiente de no mínimo 80% de
remoção de DBO (Demanda Bioquímica de
Oxigênio), para atender os parâmetros
exigidos pela resolução CONAMA nº 430 de
2011, pois tão importante quanto reduzir o
consumo, é tratar o efluente remanescente.
MEDIDAS MITIGADORAS

Reaproveitamento da água em diversas etapas como


no reuso da água da lavagem de carcaça de couros;

Lavagem dos filtros do tratamento de água para


possível reutilização na higienização do curral,

Troca de mangueiras de aspersão no curral por


sistemas mais econômicos de água;
MEDIDAS MITIGADORAS

 Redução do consumo de energia com uso de equipamentos


com maior eficiência energética, lâmpadas fluorescentes;

 Sensores de presença para o desligamento das lâmpadas;

 Reaproveitamento de embalagens de materiais não-


poluentes, para coleta de materiais para descarte;

 Coletores de lixo para reciclagem de materiais, tais como:


plásticos, papéis, garrafas plásticas, restos de comida;
MEDIDAS MITIGADORAS

 Uso racional da água nas lavagens dos pisos, no lavador de


carcaça colocando um sistema de sensor;

 Treinamento dos colaboradores da empresa sobre educação


ambiental;

 Uso racional da água nas lavagens dos pisos, no lavador de


carcaça colocando um sistema de sensor;
MINIMIZAÇÃO DE EFLUENTES

 Pode ser obtida pela otimização do uso da


água como, por exemplo, reuso da água,
avaliação contínua e melhoramento do
método de processamento, e avaliação e
melhoramento da operação dos equipamentos
TRATAMENTO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS

Para a escolha do tipo de tratamento utilizado


para as águas residuárias de abatedouros deve-se
considerar:

o grau de remoção exigido dos poluentes,

disponibilidade de área e custos de implantação,

operação e manutenção do sistema.


TRATAMENTO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS

Dadas às características das águas residuárias de


abatedouros como elevada carga orgânica, os
tratamentos mais utilizados são os biológicos, tais
como:

processos anaeróbios,
sistema de lagoas aeróbias,
lodos ativados e suas variações,
filtros biológicos de alta taxa,
discos biológicos rotativos.
TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO ADEQUADA
DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Processos térmicos para a inativação de


microrganismos patogênicos;

Compostagem, método utilizado para


aproveitamento de animais mortos,

No caso de excretas, processamento e


reaproveitamento com a aplicação no solo.
CONTROLE DA PROLIFERAÇÃO DE
INSETOS

Manter o piso, mesas e câmara de


refrigeração limpos e desinfetados;

Coletar e tratar os efluentes líquidos gerados


no processamento industrial;
CONTROLE DE ODORES

Manutenção da higiene no ambiente e evitando-se o


acúmulo de materiais degradáveis.

 Para tratamento das fontes geradoras de odores pode-


se utilizar biofiltros, lavagem de gases de escape e
filtração em leitos de carvão ativado.

Estudo da localização do abatedouro, deve-se observar a


distância de áreas habitadas,

Topografia superior em relação à predominante no local


e direção de vento para áreas desabitadas.
CONTROLE DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

O material particulado proveniente de caldeiras que


utilizam a lenha como combustível deve ser tratado
por meio de ciclones, precipitadores eletrostáticos,
lavadores de gases ou filtros de manga. As caldeiras
a base de combustíveis fósseis (óleos combustíveis)
que emitem NO e SO devem ter suas emissões
tratadas por adsorção em carvão ativado, torres de
lavagem de gases e incineração.
CONTROLE DE RUÍDOS

Deve-se prever projeto de tratamento acústico


e isolamento/enclausuramento de máquinas
e equipamentos que provoquem ruídos, de
modo a atender aos padrões de emissão da
Resolução CONAMA 001/90.
RECUPERAÇÃO DOS SUBPRODUTOS

A recuperação de subprodutos de
abatedouros é economicamente viável,
contribuindo sobremaneira para diminuir os
impactos negativos no meio ambiente e
atenuar a carga no sistema de tratamento.
LEGISLAÇÃO

 No Brasil, o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária


dos Produtos de Origem Animal (RISPOA) foi instituído
através do Decreto nº 30.691 do Ministério da Agricultura em
29 de março de 1952, sendo o principal documento que
normatiza os estabelecimentos relativos à produção de
carnes, aves, pescados, ovos, leite, mel e cera de abelha.

 Para os estabelecimentos de carnes e derivados, o RISPOA,


segundo Art. 21 em matadouros-frigoríficos, matadouros,
matadouros de pequenos e médios animais, abatedouros,
frigoríficos, graxarias.
LEGISLAÇÃO

 O RISPOA normatiza as condições básicas e comuns para


funcionamento dos estabelecimentos de produtos de origem
animal (Art. 33, Item 1 ao 26), normas específicas para
estabelecimentos de carnes e derivados (Art. 34, item 1 a
17), além de normas de registro de estabelecimento.

 Considerando a necessidade de pradonização dos métodos de


elaboração de produtos de origem animal, sobretudo quanto
as instalações e equipamentos de abate e industrialização, a
Portaria nº711, de 01 de Novembro de 1995, do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA , aprova as
normas técnicas para este fim.
LEGISLAÇÃO

 As exigências estabelecidas seguem as fases operacionais


desenvolvidas antes e depois do abate.

 Os princípios técnicos e a pertinência da inspeção antes de


depois do abate devem ser utilizados como recursos para
fiscalização e para o controle de qualidade da carne. O
Decreto nº 7889, de 23 de Novembro de 1989, alterada pela
Lei nº 12341/2010 dispõe sobre a inspeção sanitária e
industrial dos produtos de origem animal e estabele
competência a União, o Distrito Federal, os Estados e os
Municípios para tais fins.
LEGISLAÇÃO

 Está definido, neste documento, que as Secretarias


Municipais de Agricultura deverão ser as responsáveis pela
fiscalização do abatedouro no caso da comercialização
municipal; as Secretaria Estaduais dos Estados, Territórios e
Distrito Federal, serão as responsáveis no caso de
comercialização intermunicipal; e o Ministério da Agricultura
será o responsável no caso da comercialização interestadual
ou internacional.

 No Brasil, as práticas de inspeção antes de depois do abate


são regulamentadas detalhadamente pelo RISPOA e as
necessidades de instalações e equipamentos para tal fim são
relacionadas através da Portaria nº 711, de 01 de Novembro
de 1995.
LEGISLAÇÃO

 A inspeção antes da morte serve para detectar doenças,


fraturas, abcessos, estresse etc. E o pós morte é baseado no
exame visual, principalmente das carcaças.

 As principais normas oficiais de padronização de técnicas,


instalações e equipamentos para melhorar o funcionamento
dos estabelecimentos, no sentido de se obter carne de melhor
qualidade higiênico-sanitária foram descritas no RISPOA e na
Portaria nº 711/1995. Ressalta-se que outras leis podem ser
relacionadas com a temática, entre as quais, a Portaria nº 85,
de 24 de Junho de 1998, onde aprova as Normas relativas às
condições gerais para funcionamento dos pequenos e médios
matadouros para abastecimento local.
LEGISLAÇÃO

 A Portaria nº 368, de 04 de Setembro de 1997,que trata do


regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitária e
de boas práticas de elaboração para estabelecimentos
elaboradores/industrializadores de alimentos.

 A Resolução RDC nº 275, de 21 de Outubro de 2002, que


dispõe sobre o regulamento técnico de procedimentos
operacionais (POP’s)

 A Resolução RDC nº 216, de 15 de Setembro de 2004, que


aborda o Regulamento técnico de boas práticas para serviços
de alimentação.
CHECK LIST

http
://sudema.pb.gov.br/consultas/downloads/do
cumentos-para-licenciamento/grandes-industr
ias-matadouro-usinas-engenhos.pdf/view
CONCLUSÃO

 O setor de abate bovino causa danos


significativos sobre o meio ambiente,
tornando-se assim a avaliação dos aspectos e
os impactos ambientais uma forte ferramenta
para um bom planejamento e gestão
ambiental das empresas.
REFERÊNCIAS

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO - 14.001:


Sistema de gestão ambiental: especificação p ara uso. Rio de Janeiro,
2004.

 BRASIL. 1981 Lei 6938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política


Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, e dá outras providências. Presidência da República

 BRASIL, 2011. Resolução CONAMA nº 430, de 13 de Maio de 2011.


Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes,
complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005.
Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente.

 BRASIL. 1986. Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986.


Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de
impacto ambiental. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do
Meio Ambiente.
REFERÊNCIAS

 HENZEL, M.E. Análise de resíduos como mecanismo de auxílio à redução de


impactos ambientais: um estudo de caso em abatedouro. 2009. 127f.
Dissertação (Mestrado em engenharia de produção) - Universidade Fe deral
de Santa Maria, Santa Maria, 2009.

 MALDANER, T.L. Levantamento das alternativas de minimiz ação de


impactos gerados pelos efluentes de abatedouros e frigoríficos. 2008. 69f.
Monografia (Pósgraduação em lato se nsu em Higiene e Inspeção de
Produtos de Origem Animal) – Universidade Castelo Branco, Brasília, 2008.

 PACHECO, J. W.; YAMANAKA, H. T. Guia técnico ambiental de abates (bovino


e suíno). CETESB. São Paulo, 2008.

 TAVARES, E.T; WEBER, M.I. impactos ambientais e tratamentos gerados


pelos efluentes de abatedouros de bovinos. 2014. 17f. Artigo (Pós-
graduação MBA em sustentabilidade e gerenciamento
ambiental/empresarial) - Universidade Tuiuti do P araná, Paraná, 2014.
OBRIGADO!

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