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COLÉGIO
CURSO
CONCURSO DE PROFESSORES - 2013
• LÍNGUA PORTUGUESA •
• JUNHO/2013 • • CONCURSO PARA O 4º ANO E 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL •

INSTRUÇÕES SOBRE A PROVA


Caro candidato, 08. COMO MARCAR A RESPOSTA NO CARTÃO
01. A prova que você está recebendo tem 40 questões.
Para marcar a resposta, em cada questão, bas-
Confira a prova e qualquer dúvida fale com o fiscal ta preencher totalmente, com caneta azul ou preta,
da sua sala. a letra que considerar certa na linha da questão
correspondente.
02. Não amasse o cartão-resposta. (Veja no exemplo ao lado)
03. É proibido conversar durante a prova. • Não preencha o cartão-
-resposta de forma di-
04. O tempo mínimo de realização é de 45 minutos.
ferente.
75. Entregue somente o cartão-resposta ao fiscal da • A marcação de mais de
sua sala. uma resposta em uma
mesma questão será
06. Pedimos que, na saída, evite conversas no corredor.
considerada errada.
07. Duração da prova: 3 horas.
COLÉGIO-CURSO MARTINS

TEXTO I
O QUE É ISSO, MINHA GENTE?

01 Era um dia comum, uma semana comum, uma escola também comum, um bairro
como tantos outros na cidade grande. Parecia que tudo estava em ordem, cada coisa
em seu lugar, as horas passando e a vida caminhando. Parecia que tudo estava sob
controle. Mas...só parecia.
05 Passava um pouco das três horas da tarde, quase fim do intervalo das aulas,
quando Joana entrou, esbaforida, soltando fogo pelas narinas, na sala de Guga,
diretora da escola. A diretora assustou-se com a invasão repentina da inspetora
de alunos, que parecia ter visto um monstro, tamanha era sua expressão de
espanto.
10 — O que é isso, menina? Parece que você viu uma coisa do outro mundo!
Joana tomou fôlego e foi respondendo atropeladamente enquanto buscava oxigênio para normalizar a respira-
ção ofegante.
— Quase... vi... Foi quase isso... Nunca vi nada parecido...
— Acalme-se, Joana. Respire fundo. Tome fôlego... Acalme-se, estou ouvindo você!
15 Enquanto Joana procurava se acalmar, respirar mais compassadamente para poder falar, Guga lembrou-se de sua
chegada à escola, há quase um ano. Joana tinha sido a primeira funcionária da escola a dar-lhe as boas-vindas e abrir um
sorriso de promessa de bom relacionamento. Ao longo desse quase ano de convivência, elas desenvolveram um ótimo
relacionamento profissional, e pessoalmente se gostavam muito. Apesar do distanciamento que o trabalho muitas vezes
impunha, podia se dizer que eram amigas. Confiavam uma na outra. Por isso Guga deu merecida atenção a seu espanto.
20 — Dona Guga, a senhora não vai acreditar no que aconteceu.
— Acredito, sim, Joana. Os seres humanos e a natureza jamais me surpreendem, pois são capazes de ações
e reações incríveis... Mas o que você viu que a assustou tanto e que eu não vou acreditar?
— A senhora não vai acreditar! Não vai mesmo!
— Se você me disser, eu prometo que acredito. Pode falar.
25 — Os alunos, no recreio... eu nunca vi nada igual... a senhora não vai acreditar!
— Ora, ora, mulher, pare de enrolar e fale de uma vez!
Joana respirou fundo e, devagar, foi contando para a diretora o que havia
acontecido com os alunos no intervalo das aulas.
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— Bem... o que eu vi, confesso que nunca vi nada igual. Não de uma só vez, ao
30 mesmo tempo, de propósito, todo mundo junto. Todos os alunos, dos menores aos
maiores, no pátio coberto da escola, participando da maior guerra de lixo que eu já vi.
— Guerra de lixo? Que negócio é esse? — Guga perguntou, ligeiramente
curiosa.
— Guerra de lixo, dona Guga. Papel usado embolado, pedaços de lanche, de
35 fruta da merenda, copos de plástico, saquinhos de plástico, todo tipo de imundície, de
sujeira, de porcariada, voando nos ares do pátio, uns jogando nos outros, uma turma
de um lado e outra turma do outro lado.
— Mas, como? Como isso aconteceu? Por quê, Joana? — perguntou Guga,
um pouco irritada.
40 — Não sei, dona Guga. Parecia coisa combinada. Bem que a Solange comen-
tou que os alunos estavam estranhamente quietos e pareciam tramar alguma coisa.
Alguém falou que até ouviu um assobio bem alto antes de a bagunça começar, como
se fosse um grito de guerra, a ordem para atacar...
— Vamos lá! Quero ver isso de perto!
45 Guga acomodou rapidamente em sua mesa os papéis e documentos com os quais estava trabalhando,
levantou-se da cadeira, ajeitou apressadamente a blusa sobre a calça jeans e foi com a inspetora ao pátio onde tudo
tinha acontecido. Quando lá chegou, alguns passos apressados depois, Guga teve que engolir a afirmação de que
nem os homens nem a natureza a surpreendiam.
O que viu no pátio a deixou irritada, aborrecida e surpresa. Muito surpresa.
50 — Meu Deus do céu! — exclamou Guga, surpresa, aborrecida e irritada.
— Deus não tem nada a ver com isso, Guga! — uma voz masculina comentou, bem atrás dela, aproximando-se.
Guga virou-se e viu dois ou três professores chegando perto dela. Entre eles, o professor Roberto, conheci-
do popularmente entre os alunos por Bob Green, em reconhecimento à sua luta pelo ambiente saudável, e autor de
poemas e textos de amor e respeito ao meio ambiente.
55 — É verdade, Bob. Deus não tem nada a ver com isso mesmo. Isso é coisa nossa, só nossa!
— E quer saber de uma coisa, Guga? Está na hora de a gente começar a mexer com isso.
— Está mesmo. Já passou da hora, Bob.
O que Guga, os professores e os demais funcionários da escola viram foi uma verdadeira batalha, ou melhor,
os restos de uma batalha juvenil. As paredes, os vidros das janelas e o chão, tudo sujo e emporcalhado.
60 Ao verem a diretora da escola e os professores, os alunos, aos poucos, se deram conta do tamanho da boba-
gem que fizeram e foram se aquietando, esperando a bronca que viria.
Naquele momento, Guga não conseguia pensar direito em que atitude tomar. Preferiu
refletir um pouco e não tomar nenhuma atitude em meio à irritação que tomava conta dela.
Pediu a professores e alunos que fossem para as salas de aula e aguardassem.
65 Num silêncio constrangedor, os alunos foram para suas classes deixando no pátio
o resultado da brincadeira. Assim que o pátio ficou vazio, Guga chamou o pessoal da
limpeza e propôs:
— Vamos dar uma ordem rapidamente aqui, pessoal. Zilda, Lelê, Soninha, vamos
lá. Tragam uma vassoura para mim também.
70 — E uma para mim. Não vou ficar parada aqui vendo vocês trabalharem — disse Joana.
— Rosário, apanhe uns baldes d’água...
Em pouquíssimo tempo, o lixo foi juntado, separado em papel, plástico e restos
de comida.
— Coloquem o lixo nos latões de reciclagem — disse a Guga. — Pelo menos dessa
75 vez, os latões da reciclagem serão usados corretamente.
Os baldes de água fizeram o resto da limpeza.
Quando tudo estava limpo, Guga, com a cabeça mais fria, fez um pedido à Joana.
— Joana, vá até as salas de aula e peça aos professores que venham com os alunos
para o pátio. Diga-lhes que vamos conversar um pouco.
80 Assim Joana fez. Entrou nas dez salas e deu o aviso aos professores. Em menos de quinze minutos, todos
estavam no pátio, limpo e em ordem, aguardando a presença da diretora da escola.
Em sua sala, Guga fazia algumas anotações. Era uma espécie de roteiro de coisas que ela pensava falar aos
alunos: convivência, respeito pelo trabalho dos outros, meio ambiente, lixo...
E foi assim, com essas ideias anotadas, que Guga se dirigiu ao pátio da escola, onde cerca de quatrocentos
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85 alunos e doze professores esperavam por ela. Um silêncio contido, um burburinho, tomou conta da pequena multidão,
que se calou inteiramente quando a diretora subiu no pequeno palco do pátio.
E começou sua conversa com eles.
A febre do planeta - Edson Gabriel Garcia
1ª QUESTÃO
Segundo as informações contidas no Texto I, é correto dizer que:
a) apenas os alunos de séries maiores participaram da guerra de lixo no pátio.
b) a funcionária Joana fora contratada pela diretora Guga para trabalhar naquela escola.
c) apenas os lixos orgânicos foram excluídos da guerra entre os alunos.
d) naquela tarde, um indício de que os alunos planejavam algo diferente era aquela quietude não costumeira.
e) a atitude dos alunos, naquela tarde, fazendo tamanho destroço no pátio, não surpreendeu a diretora da escola.

2ª QUESTÃO
Sobre a expressão destacada em “...entrou, esbaforida, soltando fogo pelas narinas...” (l. 6), pode-se declarar que:
a) foi empregada em sentido denotativo.
b) foi empregada em sentido conotativo.
c) descreve uma característica física da inspetora de alunos.
d) revela o resultado de um dia de temperatura muito elevada.
e) representa a tentativa de a personagem querer imitar um monstro.

3ª QUESTÃO
Com base na leitura do Texto I, use ( V ) para verdadeiro e ( F ) para falso. Em seguida, marque a sequência correta:
( ) Foi escrito em forma de prosa.
( ) Possui foco narrativo externo, isto é, é uma narrativa em primeira pessoa.
( ) Apresenta discurso direto e indireto.
( ) Nele, há predomínio de linguagem formal.
( ) Podemos classificar o professor Roberto como personagem antagonista da história.

a) V – F – V – V – F
b) F – V – V – V – V
c) V – F – F – V – V
d) F – V – F – V – F
e) V – V – F – F – V

4ª QUESTÃO
Marque a opção em que há erro quanto à regência verbal:
a) Guga preferiu refletir a punir rigorosamente os alunos.
b) Joana assistira àquela terrível cena no pátio da escola.
c) A diretora perdoou o erro aos alunos.
d) Dona Guga ajudou às funcionárias a limparem o pátio.
e) Os alunos obedeceram à diretora e voltaram a suas salas.

5ª QUESTÃO
Sobre o verbo destacado em “Apesar do distanciamento que o trabalho muitas vezes impunha...” (ls. 18 e 19), só não se
pode declarar que:
a) pertence à segunda conjugação.
b) está flexionado na 1ª pessoa do singular.
c) encontra-se conjugado no pretérito imperfeito do Indicativo.
d) se fosse flexionado no pretérito imperfeito do modo Subjuntivo e mantivesse a mesma pessoa e número ficaria: impusesse.
e) é um verbo irregular.
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6ª QUESTÃO
No trecho “Mas, como? Como isso aconteceu? Por quê, Joana?” (l. 38), o vocábulo por quê foi grafado corretamente.
Identifique a opção em que ele foi grafado com erro:
a) Os alunos fizeram guerra de lixo por quê?
b) O motivo porque os alunos fizeram aquilo era desconhecido por todos.
c) A diretora quis saber o porquê daquela algazarra.
d) Joana ficou assustada porque nunca vira tamanha confusão.
e) A diretora precisava saber por que fizeram aquela baderna.

7ª QUESTÃO
Identifique a opção cuja palavra grifada não desempenha função qualitativa:
a) “Era um dia comum, uma semana comum...”
b) “...um bairro como tantos outros na cidade grande.”
c) “...tudo estava sob controle.”
d) “...assustou-se com a invasão repentina...”
e) “...para normalizar a respiração ofegante.”

8ª QUESTÃO
Há erro de emprego da vírgula em:
a) A diretora, convocou toda a escola para um pronunciamento no pátio.
b) — Conte-me, Joana, o que aconteceu!
c) A diretora, muito aflita, quis saber o que motivou aquela bagunça.
d) No pátio da escola, foram encontrados: papéis, latinhas, sacos plásticos e até restos de frutas.
e) Guga, a diretora da escola, precisava tomar providências.

9ª QUESTÃO
O pronome grifado não se refere à diretora da escola em:
a) “...lembrou-se de sua chegada à escola.” (ls. 15 e 16)
b) “...levantou-se da cadeira...” (l. 46)
c) “...virou-se e viu dois ou três professores...” (l. 52)
d) “...se dirigiu ao pátio...” (l. 84)
e) “...se calou inteiramente...” (l. 86)

10ª QUESTÃO
A fala da diretora em “— Meu Deus do céu!” (l. 50) só não transmite:
a) indignação.
b) irritação.
c) espanto.
d) consternação.
e) comiseração.
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A diretora iniciou sua conversa lendo o pequeno texto abaixo.

TEXTO II

1 Planeta Terra: é aqui que vivemos. A Terra é a nossa casa, nosso chão, nossa fonte de alimentos,
nossa vida. É nela que encontramos tudo de que necessitamos para continuar existindo: a água, a comida,
o ar. Mas a Terra não é só nossa: ela também é a casa de muitos outros seres vivos. No entanto, muita
gente, em vez de afagá-la, maltrata-a: algumas pessoas poluem as águas e o ar, não aproveitam o solo
5 para produzir alimentos. Outras, pensando apenas em si mesmas, apropriam-se, de maneira irresponsável,
do que o nosso planeta nos dá. Esgotam recursos e exterminam espécies, sem pensar que outros seres
virão habitar a Terra. A Terra não é só a nossa casa, é também a casa das gerações futuras.

11ª QUESTÃO
Leia o trecho a seguir:

“No entanto, muita gente, em vez de afagá-la, maltrata-a...” (ls. 3 e 4)

Agora, identifique a opção cujo vocábulo grifado possui classe gramatical distinta à do grifado acima:
a) É necessário muito esforço para salvar o planeta.
b) Há muito tempo, o homem vem desrespeitando o meio ambiente.
c) A humanidade preocupa-se muito com o destino da Terra.
d) Com muito empenho, amenizaremos a degradação dos recursos naturais.
e) Existe muito risco de alguns animais serem extintos.

Em seguida, a diretora decidiu passar no telão, que havia no pátio, uma história em quadrinhos.

TEXTO III

Que tal conhecer agora um pouco das medidas para preservação do ambiente que foram sendo tomadas através
dos tempos?
UM POUCO DE HISTÓRIA

NOVELLI, Luca. Ecologia. São Paulo, Brasiliense. 1991. v.1 p.17-8.


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12ª QUESTÃO

“A ecologia é uma ciência bastante nova, mas a poluição é tão velha quanto o homem.”

Os adjetivos nova e velha estão flexionados, respectivamente, nos graus:


a) normal / superlativo relativo de inferioridade.
b) superlativo absoluto analítico / comparativo de igualdade.
c) superlativo absoluto sintético / superlativo relativo de superioridade.
d) comparativo de superioridade / comparativo de igualdade.
e) superlativo relativo de superioridade / comparativo de igualdade.

13ª QUESTÃO
Segundo o Texto III, é correto afirmar que:
a) somente, depois de Cristo, os líderes das grandes cidades viram a necessidade de criar leis de preservação do meio
ambiente.
b) a máxima escrita pelo filósofo Platão atribuía aos governantes a responsabilidade de limpar a água poluída pela população.
c) o único rio da França em que era permitido o despejo de esgotos era o Sena.
d) a poluição por carvão, na Inglaterra, poderia acarretar até a morte do culpado.
e) na época de Napoleão, todas as indústrias tomavam medidas de preservação do ar e da água.

14ª QUESTÃO

“E quando essas substâncias estão em circulação nenhuma lei pode contê-las.”

Identifique o vocábulo retirado do Texto III que tem sua acentuação justificada pela mesma regra do destacado no trecho acima:
a) “Babilônia”
b) “século”
c) “é”
d) “até”
e) “difícil”
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Vendo o interesse dos alunos e professores, a diretora achou que era o momento
de entregar-lhes este folheto informativo.

TEXTO IV
TERRA: O PLANETA DA VIDA

01 Até o momento, não se conhece nenhum outro lugar do universo, além da Terra, que reúna condições para a
existência de vida. As atividades humanas no nosso planeta, porém, têm reduzido cada vez mais essas condições.
O crescimento constante da população e o consequente
aumento do consumo vêm causando a destruição progressiva
05 dos recursos disponíveis e modificando rapidamente o ambiente.
A maioria dos seres vivos só se utiliza daquilo que realmente
precisa para subsistir. O homem não, pois com seus instrumentos e
máquinas é capaz de multiplicar infinitamente o trabalho que seria
feito por um só indivíduo. Assim, ele se apropria intensiva e rapi-
10 damente dos recursos e rompe o equilíbrio frágil e extremamente
complexo da natureza. Desse modo, prejudica os demais seres vivos, ocasionando, muitas vezes, sua total destruição.
O número de habitantes do planeta, porém, cresce sem parar, e muitas áreas produtivas da Terra já foram, e
continuam sendo, ocupadas sem planejamento e exploradas de modo inadequado. Se continuarmos a agir assim,
esgotando os recursos da natureza, em pouco tempo só restarão na Terra ambientes impróprios para a vida e sem
15 possibilidade de recuperação.
Mas uma espécie como a nossa, capaz de realizações magníficas no campo das artes, das ciências e da filo-
sofia, deverá saber organizar-se e encontrar soluções adequadas para garantir sua permanência na Terra.
(MATTOS, Neide Simões de et al. Nós e o ambiente.
São Paulo: Scipione, 1990. p.8-9. (O Universo da Ciência).)

15ª QUESTÃO
A Terra passa por um processo progressivo de destruição de seus recursos naturais. Segundo o Texto IV, só não se pode
apontar como causa para este fato:
a) o crescimento constante da população.
b) o aumento do consumo pelas pessoas.
c) a apropriação rápida dos recursos pelo homem.
d) o rompimento do frágil e complexo equilíbrio da natureza.
e) a retirada de recursos da natureza a mais do que é preciso para a subsistência por parte de todos os seres vivos.

16ª QUESTÃO

“Se continuarmos a agir assim, esgotando os recursos da natureza, em pouco tempo, só restarão na Terra
ambientes impróprios para a vida e sem possibilidade de recuperação.”

O trecho grifado estabelece, com as orações anteriores, uma relação de:


a) finalidade.
b) condição.
c) consequência.
d) opinião.
e) causa.
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17ª QUESTÃO
Sobre o desfecho do Texto IV, só não se pode declarar que:
a) exalta as realizações dos homens.
b) acredita na possibilidade de o homem deixar de destruir o planeta.
c) apresenta uma visão pessimista quanto à possibilidade de permanência de vida na Terra.
d) atribui aos humanos a capacidade de criar, inventar e pensar novas ideias.
e) é otimista com relação à capacidade de organização dos homens.

Diante da preocupação que se instalou, um aluno propôs que cantassem


uma música já trabalhada na aula de Ciências.

TEXTO V
PLANETA ÁGUA
Guilherme Arantes

01 Água que nasce na fonte serena do mundo


E que abre o profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua
Na corrente do ribeirão
05 Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população
Águas que caem das pedras
10 No véu das cascatas ronco de trovão
E depois dormem tranquilas
No leito dos lagos, no leito dos lagos
Água dos igarapés onde Iara a mãe-d’água
É misteriosa canção
15 Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris sobre a plantação
20 Gotas de água da chuva
Tão tristes são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
25 E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra planeta água... Terra planeta água
Terra planeta água.

18ª QUESTÃO
Marque a opção em que houve personificação das águas:
a) “Águas escuras dos rios” ( v.5 )
b) “Águas que caem das pedras” ( v.9 )
c) “E depois dormem tranquilas” ( v.11)
d) “Água que o sol evapora” (v. 15)
e) “Águas que movem moinhos” (v. 22)
.10.

19ª QUESTÃO
Sobre a canção “Planeta Água”, de Guilherme Arantes, identifique as afirmativas verdadeiras e, depois, marque a opção certa:
I - A canção fala sobre o ciclo da água na natureza.
II - O eu-lírico declara que as águas dos rios tornam as terras do sertão mais férteis.
III - Quando causam inundação, as águas das chuvas são motivo de tristeza.
IV - No leito dos lagos, a água faz um ruído semelhante ao do trovão.

a) Todas as afirmativas são verdadeiras.


b) Apenas a afirmativa IV não é verdadeira.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Não há afirmativas verdadeiras.
e) Só são verdadeiras as afirmativas II e IV.

20ª QUESTÃO
Assinale a opção cujo vocábulo classifica-se quanto à tonicidade e quanto ao número de sílabas como o destacado no
trecho “Água que faz inocente riacho e deságua” (v. 3):
a) igarapés (v. 13)
b) inundação (v. 21)
c) fertilidade (v. 6)
d) tranquilas (v. 11)
e) população (v. 8)

Tentando conscientizar os alunos quanto ao problema do lixo, o professor Bob Green leu o seguinte texto para
todos que estavam no pátio.

TEXTO VI

CONSUMO, DESPERDÍCIO E PRODUÇÃO DE LIXO


(Filosofia dos três erres)

1 Não se engane: lixo não cai do céu, não nasce sozinho nem
aparece de uma hora para outra. O lixo, seja líquido, sólido ou gasoso,
é produzido por nós, moradores do planeta Terra. Somente nós, seres
humanos, produzimos lixo.
5 A intensa produção de produtos de consumo e a propaganda
incessante fazem-nos acreditar que seremos mais felizes se com-
prarmos mais coisas, se usarmos muitos objetos, se comermos de
tudo o tempo todo, se trocarmos nossas coisas pessoais sempre
rapidamente.
10 A indústria aumenta a produção de tudo e nós somos quase
obrigados a consumir o tempo todo, sem trégua. E isso tem conse-
quência: toneladas e toneladas de lixo são produzidas diariamente.
O lixo polui, contamina, estraga o ambiente e acarreta problemas de
saúde para os seres e para outros animais.
15 Pequenas mudanças de atitude podem ajudar a amenizar o problema.
Pense assim: se cada um de nós tomar atitude e mudar de comportamento, isso pode fazer diferença. Por
exemplo, adotando a filosofia dos “três erres”: reduzir, reutilizar e reciclar.

Reduzir
Diminuir o consumo. Antes de comprar, pensar se o produto é mesmo necessário. Antes de trocar objetos, ve-
20 rificar se eles podem ser utilizados por mais tempo ou por outra pessoa. Usar com cuidado a água, o gás, a gasolina
e a energia elétrica. Evitar abusos e desperdícios.
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Reutilizar
Usar novamente materiais que normalmente são descartados, como: sacolas de supermercado, roupas que
podem ser reformadas, material escolar, móveis. Procurar doar aquilo que não serve mais para você e que pode ser
25 útil para outra pessoa.

Reciclar
Participar de programas de coleta seletiva de lixo, na escola, no prédio, no condomínio, no bairro, no trabalho,
na cidade. Organizar grupos de coleta de lixo para reciclagem. Onde não há reciclagem, perguntar por quê.

Se você quiser aumentar a lista dos “erres”, lá vai:


30 Repensar
suas atitudes.

Replanejar
os gastos, o consumo, a quantidade de objetos necessários para viver bem.

Recusar
35 produtos que agridem o meio ambiente.

A febre do planeta – Edson Gabriel Garcia – Ed. FTD

21ª QUESTÃO
São danos causados pelo lixo, exceto:
a) poluição do ambiente.
b) contaminação do ambiente.
c) estrago do meio ambiente.
d) acarretamento de problemas de saúde para os homens e outros animais.
e) aumento de produção e consumo.

22ª QUESTÃO
Uma interpretação inadequada do Texto VI é a de que:
a) quanto mais as pessoas consomem produtos, mais produzem lixo.
b) todos os seres que habitam o planeta Terra produzem lixo.
c) uma das formas de amenizar os impactos ambientais causados pelo lixo é fazer a reciclagem de materiais.
d) o simples ato de recusar produtos que agridem o meio ambiente pode fazer a diferença e melhorar as condições de
vida no planeta.
e) ao consumirmos menos água, gás, gasolina e energia elétrica estaremos contribuindo com a preservação do Planeta
Terra.

23ª QUESTÃO
Marque a opção em que o a desempenhe função gramatical análoga ao destacado em “...somos quase obrigados a
consumir o tempo todo...” (ls. 10 e 11):
a) A água deve ser economizada.
b) Há várias formas de impedir o acúmulo de lixo. Veja a que você pode aplicar em seu dia a dia.
c) O item A da lista de compras pode ser descartado.
d) Pedimos a você que ajude o meio ambiente.
e) Eu a vi recolhendo o lixo da sua calçada.
.12.

Outro aluno lembrou-se da tirinha que a professora de Português colara no caderno.

TEXTO VII

24ª QUESTÃO
No último quadrinho da tirinha, a expressão facial de Mafalda só não denota:
a) desânimo.
b) tristeza.
c) preocupação.
d) angústia.
e) animosidade.

A professor de Literatura não pôde deixar se mencionar Gonçalves Dias e a crítica de


Caulos em relação ao desmatamento.

TEXTO VIII
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25ª QUESTÃO
Em “— Nossas várzeas têm mais flores...”, o verbo ter encontra-se flexionado, devidamente no plural.
Assinale a opção em que, também, ocorreu a devida flexão em número do verbo haver:
a) Os homens haviam cortado as palmeiras.
b) Haviam muitas palmeiras em nossas várzeas.
c) Haviam muitos anos que nossas matas vinham sendo devastadas.
d) Nas palmeiras, haviam muitos ninhos.
e) Nos ninhos, haviam muitos sabiás que cantavam.

E para sensibilizar seus alunos, a diretora leu o seguinte poema e pôs fim a seu discurso.

TEXTO IX

1 Menino que mora num planeta


azul feito a cauda de um cometa
quer se corresponder com alguém
de outra galáxia.
5 Neste planeta onde o menino mora
as coisas não vão tão bem assim:
o azul está ficando desbotado
e os homens brincam de guerra.
É só apertar um botão
10 que o planeta Terra vai pelos ares...
Então o menino procura com urgência
alguém de outra galáxia
para trocarem selos, figurinhas
e esperanças.

15 Habitante de outra galáxia


aceita corresponder-se com o menino
do planeta azul.
O mundo deste habitante é todo
feito de vento e cheira a jasmim.
20 Não há fome nem há guerra,
e nas tardes perfumadas
as pessoas passeiam de mãos dadas
e costumam rir à toa.
Nesta galáxia ninguém faz a morte,
25 ela acontece naturalmente,
como o sono depois da festa.
Os habitantes não mentem
e por isso seus olhos
brilham como riachos.
30 O habitante da outra galáxia
aceita trocar selos e figurinhas
e pede ao menino
que encha os bolsos de esperanças,
e não só os bolsos, mas as mãos
35 e os cabelos, a voz, o coração,
que a doença do planeta azul
ainda tem solução.
Roseana Murray
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26ª QUESTÃO
Segundo o eu-lírico do poema, o que justifica o fato de os olhos dos habitantes da outra galáxia brilharem como riachos é:
a) seu mundo cheirar a jasmim.
b) não haver nem guerra nem fome lá.
c) as pessoas rirem à toa.
d) eles não mentirem.
e) todos passearem de mãos dadas.

27ª QUESTÃO
Os versos “É só apertar um botão / que o planeta Terra vai pelos ares...” estabelecem entre si uma respectiva relação de:
a) fato / consequência.
b) fato / causa.
c) fato / finalidade.
d) problema / solução.
e) condição / causa.

28ª QUESTÃO
Marque a opção cuja palavra destacada tenha o mesmo valor semântico da palavra feito em “Menino que mora num
planeta / azul feito a cauda de um cometa”:
a) “Neste planeta onde o menino mora”
b) “É só apertar um botão”.
c) “feito de vento e cheira a jasmim.”
d) “brilham como riachos “.
e) “as coisas não vão tão bem assim:”

Na volta para a sala de aula, um dos alunos criou uma história em quadrinhos que ficou assim:

TEXTO X

Você acha que ainda há solução para tantos problemas que enfrentamos hoje em dia por causa das agressões à natureza?

NOVELLI, Lucas. Ecologia. São Paulo, Brasiliense, 1991.


.15.

29ª QUESTÃO
Alguns vocábulos foram destacados no Texto X. Entre os que se encontram abaixo, marque o que não desempenha
função de substantivo neste texto:
a) “ganância”
b) “injustiça”
c) “felicidade”
d) “velho”
e) “natureza”

30ª QUESTÃO
Houve classificação equivocada do encontro de letras destacado na opção:
a) “Devemos economizar água.” - ditongo crescente oral
b) “A luz, o papel e assim por diante...” - dígrafo consonantal
c) “...que são a origem dos piores danos...” - dígrafo vocálico
d) “Devemos aprender a viver de forma mais simples...” - ditongo decrescente oral
e) “Só assim poderemos manter com boa saúde...” - hiato

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