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Química Geral e inorgânica

Ligações Químicas
Ligações químicas
 Uma ligação química é uma união entre átomos

 Uma ligação química forma-se entre dois átomos se o


arranjo resultante de seus dois núcleos e seus elétrons
tem energia mais baixa que a energia total dos átomos
separados.

 Transferência de elétrons Ligação iônica


 Compartilhamento de elétrons Ligação
covalente
Ligação iônica

 As mudanças de energia que ocorrem quando as


ligações são formadas estão relacionadas com as
mudanças na posição dos elétrons de valência dos
átomos.

 Uma ligação iônica resulta da interação eletrostática de


íons com cargas opostas

 Desde que conheçamos quais íons um elemento pode


formar, poderemos estar aptos a predizer as fórmulas de
seus compostos e explicar algumas de suas
propriedades
De forma geral:
 Os elementos metálicos podem perder seus elétrons de
valência para formar cátions e que os não-metálicos
acomodam esses elétrons em suas camadas de
valência e tornam-se ânions.
 Este modelo iônico, a descrição da ligação em termos
de íons, é particularmente apropriado para descrever
compostos binários entre elementos não-metálicos e
elementos metálicos, especialmente aqueles do bloco s.
 Um sólido iônico é um conjunto de cátions e ânions
empacotados em um arranjo regular
 Modelo iônico

Figura 01 – Um sólido iônico – Cloreto


de sódio, com os íons sódio
representados pelas esferas
vermelhas e os íons cloro
representados pelas esferas verdes.

■ Sólidos iônicos são exemplos de sólidos cristalinos, ou sólidos


que consistem de átomos, moléculas ou íons empacotados em um
padrão regular
As configurações eletrônicas dos íons
 Quais as mais prováveis fórmulas binárias dos compostos
iônicos que podem ser formados por metais e não-metais?
 A resposta esta na estrutura eletrônica dos íons.
 Um átomo torna-se um cátion quando perde um ou mais
elétrons.
 Quando um átomo de um elemento metálico do bloco s
forma um cátion, essa perda de elétrons deixa-o com a
configuração de gás nobre.
 Em geral, essa configuração da camada mais externa é
igual a: ns2np6, que é conhecida como um octeto de
elétrons.
Por exemplo:

 Vamos considerar o sódio:

 Na - 1s22s22p63s1 = [Ne] 3s1

 O sódio perde seu elétron de valência originando o íon Na+,


que tem a mesma configuração do Neônio ([He] 2s22p6)

 Quando os átomos dos metais mais pesados do bloco p


perdem seus elétrons s e p, eles adquirem a configuração de
um gás nobre rodeado por uma camada completa de orbitais d

Por exemplo o Ga3+ (Ga, Z = 31)


 No bloco d, os elétrons s são perdidos em primeiro
lugar, seguido de um número variável de elétrons d .

 Por exemplo, para obtermos a configuração do íon Fe3+,


começamos pela configuração do átomo de ferro, que é
[Ar]3d64s2, e removemos três elétrons dela.

 Os primeiro dois elétrons removidos são os élétrons 4s.


O terceiro elétron vem do orbital d, dando [Ar]3d5.
 Os não metais raramente perdem seus elétrons em
reações químicas, por que suas energias de ionização são
muito altas.

 No entanto eles podem adquirir elétrons em quantidade


suficiente para completar sua camada de valência e formar
o octeto correspondente à configuração do gás nobre
posterior

 Por exemplo, Vamos considerar o átomo fósforo, P, cuja


configuração eletrônica no estado fundamental é: 1s 2 2s2
2p6 3s23p3. O fósforo pode acomodar mais três elétrons e
obter a configuração do octeto, originando o íon P 3-.
 Agora podemos encontrar a fórmula de compostos
iônicos formados entre íons monoatômicos de dois
elementos dos grupos principais, um metal e o outro não
metal

 O metal perde todos os seus elétrons da camada de


valência e o não-metal ganha elétrons suficientes para
completar seu octeto.

 Então ajustamos o número de cátions e ânions de forma


que o composto torne-se eletricamente neutro.
 Um exemplo simples é o cloreto de cálcio.

Ca - [Ar]4s2
Cl - [Ne]3s23p5

 O Ca perde dois elétrons para formar o Ca2+ . Apenas


um elétron pode ser acomodado na única vaga do Cl,
para que este forme o íon Cl-.

 Para se chegar a uma substância eletricamente neutra,


dois íons Cl- são necessários para cada íon Ca2+. Então
a fórmula química para o Cloreto de cálcio é CaCl2
Exercícios
01. Preveja a configuração eletrônica do estado fundamental dos
seguintes íons:
Zr2+, Mg2+, K+, P3-, Br-

02. Preveja o número de elétrons de valência presentes para cada


um dos seguintes íons:
Sb3-, Co2+, Fe2+, Te2-

03. Com base nas cargas esperadas para os íons monoatômicos,


apresente as fórmulas químicas de cada um dos seguintes
compostos: (a) arseneto de magnésio (b)sulfeto de índio (c)
telureto de hidrogênio (d) hidreto de alumínio (e)fluoreto de
bismuto (III)
Química Geral e inorgânica

Ligações Químicas – Parte II


Reconhecendo quando um átomo
deve ganhar, doar ou compartilhar e-
 Um átomo que apresente, na camada de
valência, um número bem próximo a 8 elétrons,
tende a ganhar elétrons.
 P (fósforo) – Z=15 (K=2, L=8, M=5).
 Ele tende a receber 3 elétrons, e não doar 5 elétrons.
 Um átomo que apresente na camada de
valência, um número inferior a 8 elétrons,
tende a doar elétrons.
 Na (sódio) – Z=11 (K=2, L=8, M=1).
 Ele tende a doar 1 elétron, e não receber 6 elétrons
Reconhecendo quando um átomo
deve ganhar, doar ou compartilhar e-
 Numa ligação onde os elementos
participantes precisam ganhar elétrons, os
elétrons serão compartilhados para que a
última camada de cada um dos elementos
fique completa.
 O2 (oxigênio) – Z=8 (K=2, L=6).
 Ambos necessitam de 2 elétrons para se estabilizar;
então ele compartilham seus elétrons.
Os símbolos de Lewis
 Exemplos dos símbolos de Lewis  Lewis inventou uma
fórmula simples de mostrar os elétrons de valência quando
os átomos formam ligações iônicas

. .. .. ..
He: . N. ...O. :Cl. K.

H Mg:
. ..
 Fórmula de um composto iônico usando os símbolos de
Lewis

 Exemplo: Cloreto de potássio


Ligações covalentes
“ Lewis propôs que uma ligação covalente é um par de elétrons
compartilhado por dois átomos”

 A natureza da ligação covalente


 Os elementos não metálicos existem como moléculas diatômicas ou
poliatômicas H2, N2, O2, F2, Cl2, entre outros e espécies poliatômicas P 4 e S8.

 Que incentivo tem um átomo de um elemento não metálico para formar uma
ligação com outro átomo não metálico?

 Um átomo de hidrogênio tem energia de ionização relativamente alta (1310


kJ.mol-1), ainda assim ele forma uma ligação com outro átomo de hidrogênio.

 Lewis propôs que cada par de átomos em uma molécula é ligado por um par
de elétrons compartilhado.
As estruturas de Lewis

 Os átomos de não-metais compartilham elétrons até que


cada um deles tenha seu octeto (ou dubleto)
completado; uma estrutura de Lewis mostra o arranjo
dos elétrons como traços (pares ligados) e pontos
(pares isolados)

 Exemplos: Um átomo de flúor tem sete elétrons de


valência e necessita de mais um para completar seu
octeto. Qual a estrutura de Lewis para o F2?
As estruturas de Lewis para espécies
poliatômicas
 Cada átomo em uma molécula poliatômica completa seu
octeto ou dubleto pelo compartilhamento de pares de
elétrons com seus vizinhos mais próximos.

 Cada par de elétrons compartilhado conta como uma


ligação covalente e é representado por uma linha entre
os dois átomos

 Exceto em casos mais simples, a estrutura de Lewis não


é um retrato da forma da molécula, apenas indica como
os átomos são mantidos juntos e quais átomos
apresentam pares de elétrons isolados.
Exemplos

 A molécula orgânica mais simples é o metano, CH4.


Para escrever a sua estrutura de Lewis, contamos os
elétrons de valência disponíveis de todos os átomos na
molécula.
 Para o metano, os símbolos de Lewis são:

: C : H. H. H. H.
H
Estrutura de Lewis do
H C H metano

H
 O carbono forma quatro ligações covalentes com quatro átomos de
hidrogênio

 O carbono tem valência igual a 4


 O hidrogênio tem valência igual a 1

 Um único par de elétrons emparelhados é chamado de uma ligação


simples

 Dois pares de elétrons compartilhados é chamado de uma ligação


dupla

 Três pares de elétrons compartilhados é chamado de uma ligação


tripla
Por exemplo: H-H, C=O, N N
 Ordem de ligação: É o número de ligações que une um par
específico de átomos
 Exemplos: A ordem de ligação no H2 é 1;
A ordem de ligação no C O é 2;
A ordem de ligação no C C é 3;

 Para escrever a estrutura de Lewis, precisamos conhecer


quais são os átomos que estão ligados na molécula.
 Um átomo terminal é ligado a somente um átomo (H no CH4)

 Um átomo central é um átomo que tem pelo menos dois


outros átomos ligados a ele (C no CH4).
 A estrutura geral da molécula e a identidade do átomo central devem
previamente conhecidas. No caso de dúvidas, duas regras básicas
deverão ser seguidas
 Escolher como átomo central o elemento com mais baixa energia de
ionização
 Arranjar os átomos simetricamente em torno do átomo central.

Exemplo: SO2 é OSO e não SOO

 Outra regra é que, em fórmulas químicas simples, o átomo central é


frequentemente escrito primeiro

 Exemplo: OF2 (FOF)


SF6
A água, H2O e o H2S são exceções a esta regra, uma vez que eles são HOH e HSH,
respectivamente.
AS LIGAÇÕES SIGMA (σ) E PI(π)

 LIGAÇÃO SIGMA (σ)


 Toda ligação covalente feita através da
interpenetração de dois orbitais situados em um
mesmo eixo é denomina ligação sigma (σ). O
orbital molecular correspondente pode ser
chamado orbital molecular sigma.
 LIGAÇÃO PI (π)
 O compartilhamento feito entre dois orbitais
situados em eixos paralelos: é uma ligação pi (π)
UMA GENERALIZAÇÃO
IMPORTANTE
Como escrever a estrutura de Lewis para
espécies poliatômicas
 Passo 1 – conte o número total de elétrons de valência
em cada átomo e determine o número de pares de
elétrons na molécula.
 Ex.: a molécula HCN tem 1 + 4 + 5 =10 elétrons de
valência, então terá 5 pares de elétrons
 Passo 2 – Escreva o símbolo químico dos átomos para
mostrar a sua posição na molécula.
 Ex.: o carbono tem energia de ionização mais baixa do
que nitrogênio, então a molécula HCN deverá ser
escrita:
 HCN
 Passo 3 – coloque um par de elétrons entre cada par de átomos
ligados.
 Ex.: o HCN tem cinco pares de elétrons ligados, usando dois para
formar ligações:
 H C N
 Nesse ponto três dos cinco pares de elétrons permanecem sem uso.
 Passo 4 – complete o octeto (ou dubleto, no caso do H) de cada
átomo colocando os pares de elétrons remanescentes em torno dos
átomos. Se não há pares de elétrons suficientes forme ligações
múltiplas.
 Ex.: para o HCN, rearranjamos os pares de elétrons para formar uma
ligação tripla entre o carbono e o nitrogênio
Representação das estruturas de Lewis

• Em alguns casos, podemos representar duas ou mais estruturas de Lewis


válidas para uma molécula que obedeçam à regra do octeto. Mas como
decidimos qual das estruturas de Lewis é a mais importante?
• Uma maneira é fazer uma “contagem” dos elétrons de valência para
determinar a carga formal dos átomos em cada estrutura de Lewis. A
carga formal de qualquer átomo em uma molécula é aquela que o átomo
teria se cada par de elétrons ligante na molécula fosse compartilhado
igualmente entre os dois átomos envolvidos na ligação.
Representação das estruturas
de Lewis

• O conceito de carga formal pode nos ajudar a decidir qual é a estrutura de


Lewis dominante:

1. A estrutura de Lewis dominante costuma ser aquela em que os átomos


têm cargas formais mais próximas de zero.
2. A estrutura de Lewis em que há qualquer carga negativa nos átomos mais
eletronegativos é geralmente mais dominante que aquela com cargas
negativas nos átomos menos eletronegativos.
• É importante ter em mente que cargas formais não representam cargas
reais nos átomos, elas são apenas uma convenção.
Representação das estruturas de Lewis
• Para calcular a carga formal de qualquer átomo em uma estrutura de
Lewis, atribuímos elétrons ao átomo da seguinte maneira:

1. Todos os elétrons não compartilhados (não ligantes) são atribuídos ao


átomo em que eles são encontrados.
2. Para qualquer ligação — simples, dupla ou tripla —, metade dos elétrons
ligantes é atribuída a cada átomo na ligação.
• Assim, a diferença entre esse número de elétrons que o átomo deveria ter
na molécula e o número de elétrons de valência do átomo livre é a carga
formal. Isso pode ser expresso por meio da seguinte fórmula matemática:

Carga formal = V - (L + ½ S)

V = quantidade de elétrons de valência do átomo livre;


L = quantidade de elétrons presentes nos pares isolados (não ligantes) do
átomo na estrutura;
S = quantidade de elétrons compartilhados pelo átomo na estrutura.
Depois de realizar esse cálculo, a carga formal que estiver mais próxima de
zero será a que possui maior probabilidade de existência real.
Exemplo de carga formal
Por exemplo, imagine que você quer determinar a fórmula eletrônica de Lewis
do dióxido de carbono (CO2). Considere as seguintes possibilidades de
estrutura de Lewis para essa molécula:

Qual dessas duas possibilidades corresponde à estrutura real?


1ª possibilidades O = C = O
 Oxigênio:
Dados:
V = 6 (a valência livre do oxigênio é essa porque ele pertence à
família 16);
L = 4 (existem quatro elétrons não ligantes para esse oxigênio na
estrutura 1);
S = 4 (quatro elétrons foram compartilhados com o carbono).
Aplicando na fórmula da carga formal, temos:
CO = V – (L + ½ S)
CO = 6 – (4 + ½ 4)
CO = 6 – (4 + 2)
CO = 0
 Carbono:
Dados:
V = 4 (a valência livre do carbono é essa porque ele pertence à
família 14);
L = zero (não existe elétron não ligante para o carbono nessa
estrutura);
S = 8 (oito elétrons foram compartilhados com os dois oxigênios).
Aplicando na fórmula da carga formal, temos:
CC = V – (L + ½ S)
CC = 4 – (0 + ½ 8)
CC = 4 – 4
CC = 0
 Oxigênio:
 Dados:
V = 6 (a valência livre do oxigênio é essa porque ele pertence à família 16);
L = 4 (existem quatro elétrons não ligantes para esse oxigênio na estrutura
1);
S = 4 ( quatro elétrons foram compartilhados com o carbono).
 Aplicando na fórmula da carga formal, temos:
 CO = V – (L + ½ S)
CO = 6 – (4 + ½ 4)
CO = 6 – (4 + 2)
CO = 0
 Veja que todos os valores da carga formal para os átomos dessa estrutura
deram iguais a zero.
2ª possibilidades O = O = C
 Oxigênio:
 Dados:
V = 6 (a valência livre do oxigênio é essa porque ele pertence à
família 16);
L = 4 (existem quatro elétrons não ligantes para esse oxigênio na
estrutura 2);
S = 4 (quatro elétrons foram compartilhados com o outro átomo
de oxigênio).
 Aplicando na fórmula da carga formal, temos:
 CO = V – (L + ½ S)
CO = 6 – (4 + ½ 4)
CO = 6 – (4 + 2)
CO = 0
2ª possibilidades O = O = C
 Oxigênio:
 Dados:
V = 6 (a valência livre do oxigênio é essa porque ele pertence à família
16);
L = 2 (existem dois elétrons não ligantes para esse oxigênio na estrutura
2);
S = 8 (oito elétrons foram compartilhados com o carbono e com o outro
átomo de oxigênio).
 Aplicando na fórmula da carga formal, temos:
 CO = V – (L + ½ S)
CO = 6 – (2 + ½ 8)
CO = 6 – (2 + 4)
CO = 0
2ª possibilidades O = O = C
 Carbono:
 Dados:
V = 4 (a valência livre do carbono é essa porque ele pertence à
família 14);
L = 2 (existem dois elétrons não ligantes para o carbono nessa
estrutura);
S = 2 (dois elétrons foram compartilhados com o oxigênio).
 Aplicando na fórmula da carga formal, temos:
 CC = V – (L + ½ S)
CC = 4 – (2 + ½ 2)
CC = 4 – (2 +1)
CC = -1
Estruturas de ressonância

• Por vezes, encontramos moléculas e íons em que o arranjo de átomos


determinado experimentalmente não é descrito de maneira adequada por
uma única estrutura de Lewis dominante.
• Quando a disposição dos átomos em duas ou mais estruturas de Lewis
alternativas é a mesma, mas a disposição dos elétrons é diferente,
chamamos esse tipo de estrutura de Lewis de estruturas de ressonância.
O ozônio é um exemplo:

• A real disposição dos elétrons em moléculas como as de O3 deve ser


considerada um híbrido de duas (ou mais) estruturas de Lewis.
Estruturas de ressonância

• A ressonância é um conceito importante na descrição das ligações em


moléculas orgânicas, particularmente nas aromáticas, categoria que inclui o
hidrocarboneto benzeno, C6H6:

• Por convenção, a ressonância na molécula é representada por duas estruturas


separadas por uma seta dupla ou por uma notação abreviada, na qual
traçamos um hexágono com um círculo dentro, enfatizando que as ligações
duplas C=C não podem ser colocadas em lados específicos do hexágono.
Exceções à regra do octeto

• As exceções à regra do octeto são principalmente dos três


seguintes tipos:

1. Moléculas e íons poliatômicos que contêm número ímpar de elétrons.


2. Moléculas e íons poliatômicos em que um átomo tem menos de oito
elétrons de valência (um octeto).
3. Moléculas e íons poliatômicos em que um átomo tem mais de oito
elétrons de valência (um octeto).
Exceções à regra do octeto

• Em algumas moléculas e íons poliatômicos, o número de elétrons de valência é


ímpar. Dessa forma, o emparelhamento total desses elétrons não ocorre, e é
impossível que cada átomo fique com um octeto a sua volta.
• Em compostos de boro e berílio, por exemplo, pode ocorrer uma situação em
que há menos de oito elétrons de valência (um octeto) em torno de um átomo.
• Em compostos como PF5, somos forçados a colocar dez elétrons em torno do
átomo de fósforo central. Moléculas e íons com mais de um octeto de elétrons
em torno do átomo central são frequentemente chamados de hipervalentes.
Moléculas hipervalentes são formadas apenas para átomos centrais do terceiro
período em diante na tabela periódica. A principal razão para a sua formação é
o tamanho relativamente maior do átomo central.
Força e comprimento de ligações covalentes

• A estabilidade de uma molécula está relacionada à força de suas ligações


covalentes. Pode-se, assim, relacionar a força da ligação à variação de entalpia
em reações nas quais as ligações são quebradas.
• A entalpia de ligação é a variação de entalpia, ΔH, ou seja, quando uma
ligação em particular em um mol de uma substância gasosa se quebra.
• A entalpia de ligação é sempre uma quantidade positiva; energia é sempre
necessária para quebrar ligações químicas. Por outro lado, energia é sempre
liberada quando uma ligação é formada entre dois átomos no estado gasoso ou
fragmentos moleculares. Quanto maior for a entalpia de ligação, mais forte será
a ligação.
Força e comprimento de ligações covalentes

• Podemos usar as entalpias médias de ligação para estimar as entalpias de


reações em que ligações são quebradas e novas ligações são formadas. A
estratégia para estimar as entalpias de reação é aplicar a lei de Hess
diretamente e o fato de que a quebra de ligações é sempre endotérmica e a
formação de ligações é sempre exotérmica.
1. Fornecemos energia suficiente para quebrar essas ligações presentes nos
reagentes, mas não nos produtos. A entalpia do sistema aumenta na mesma
quantidade que a soma das entalpias das ligações quebradas.
2. Formamos ligações nos produtos que não estavam presentes nos reagentes.
Essa etapa resulta na liberação de energia, portanto a entalpia do sistema
reduz em uma quantidade igual à soma das entalpias das ligações que se
formam.
Força e comprimento de ligações covalentes

• Geralmente, utilizamos as entalpias de ligação para estimar o ΔH rea apenas se

não tivermos à disposição os valores de ΔHf° necessários. Lembre-se que:

• É importante lembrar que as entalpias de ligação são obtidas ao considerar


moléculas gasosas e que, na maioria das vezes, são valores médios. Alguns
exemplos de entalpia de ligação a seguir:
Força e comprimento de ligações covalentes

• Particularmente interessante é a relação entre a entalpia de ligação, o


comprimento de ligação e o número de ligações entre os átomos.

• À medida que o número de ligações entre os átomos de carbono aumenta, o


comprimento de ligação diminui e a entalpia de ligação aumenta. Isto é, os
átomos de carbono ficam mais próximos e mais ligados entre si. Em geral, à
medida que o número de ligações entre dois átomos aumenta, as ligações
ficam mais curtas e mais fortes.
Exercícios

.. 01. Escreva a estrutura de Lewis


 H C .. :N dos compostos ClF e HBr e
estabeleça quantos pares de
átomos isolados cada átomo possui
 H C :N nos compostos.

02. Escreva a estrutura de Lewis


para os seguintes compostos:
a) CCl4
b) CCl2O
c) ONF
d) NF3

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