Você está na página 1de 9

Introdução

Física

A palavra Física deriva do grego antigo φύσις, que significa “natureza”. É uma ciência
fundamentada em observações experimentais e em leis matemáticas. Seu principal intuito é
explicar os variados fenômenos resultantes das interações entre matéria, movimento e energia.

Ramos da Física

A Física é uma ciência muito vasta que, por razões históricas, é subdividida em diferentes áreas.
A primeira divisão da Física está relacionada à Física Clássica e à Física Moderna.

A Física Clássica é aquela que envolve fenômenos que ocorrem em escalas macroscópicas,
como movimento dos astros e projéteis, funcionamento de máquinas térmicas, acústica, óptica
geométrica, hidrostática, eletrostática, eletrodinâmica clássica, etc.

A Física Moderna, por sua vez, é responsável pela descrição de fenômenos microscópicos,
como aqueles que acontecem em escalas subatômicas, cuja ordem é inferior aos nanômetros.
Também atribui-se à Física Moderna o estudo de corpos que se movem com velocidades
relativísticas, ou seja, próximas à velocidade da luz. Dessa forma, foram explicados fenômenos
como decaimento radioativo, fissões e fusões nucleares, efeito fotoelétrico, etc.
Física Clássica

Mecânica: área responsável por estudar o movimento de partículas ou de meios contínuos, como
fluidos. Essa área subdivide-se em Cinemática, Dinâmica, Estática, Hidrostática e
Hidrodinâmica.

Cinemática: estuda o movimento sem levar em conta suas causas. Estuda ainda conceitos como
posição, deslocamento, velocidade, aceleração, etc.

Dinâmica: estudo das forças, torques e formas de energia relacionadas à geração dos movimentos
de translação e rotação. Estuda também conceitos como movimento linear, momento angular,
energia mecânica, etc. Tem como subdivisão a dinâmica dos fluidos, conhecida como
Hidrodinâmica.

Estática: estudo das condições de equilíbrio, inerentes aos corpos extensos. É uma área de
conhecimento vastamente aplicada nas construções civis. Trata de conceitos como centro de
massa, centro de gravidade, equilíbrio rotacional, equilíbrio translacional, tipos de equilíbrio, etc.
Tem como subdivisão o estudo de fluidos em situação de equilíbrio, chamado de Hidrostática.

Física Moderna

Física Moderna designa as novas concepções da Física desenvolvidas durante as três primeiras
décadas do século XX, as quais resultaram das proposições teóricas dos físicos Albert Einstein e
Max Planck. Após o surgimento da teoria da relatividade de Einstein e da quantização das ondas
eletromagnéticas, esse novo campo de estudo surgiu, ampliando os limitados horizontes da Física
Clássica. Sendo a física moderna capaz de explicar fenômenos de escalas muito pequenas
(atômicas e subatômicas) e de altíssimas velocidades, muito próximas à velocidade da luz.

Mecânica quântica e Mecânica relativista

A mecânica quântica é o estudo que explica a movimentação de partículas, como o movimento


dos átomos e moléculas. Suas principais fórmulas são:

 Equação geral de Max Planck: E = h . v


 Equação de onda de De Broglie: λ = h/(m . v)

A mecânica relativista é derivada dos estudos de Einstein e foca no comportamento do que se


move próximo à velocidade da luz.

 A principal fórmula utilizada é a equação de correspondência de massa e energia:


E = m . c²

As principais fórmulas usadas na mecânica Clássica


 Deslocamento: ΔS = S – S0
 Velocidade escalar média: vm = ΔS/Δt
 Aceleração escalar média: am = Δv/Δt
 Equação horária do espaço (MU): S = S0 + v . t
 Função horária da velocidade (MUV): v = v0 + a . t
 Função horária do espaço (MUV): S = S0 + v0 . t + (a . t²)/2
 Equação de Torricelli: v² = v0² + 2 . a . ΔS
 2ª lei de Newton: F = m . a
 Lei de Hooke: Fel = k . x
 Força de atrito estático: Fate = μe . Fn
 Força de atrito cinético: Fatc = μc . Fn
 Força gravitacional: F = (G . M . m)/d²
 3ª lei de Kepler: r³/T² = constante
 Momento da força: M = F . b
 Trabalho: w = F . d . cos θ
 Potência média: Potm = E/Δt
 Quantidade de movimento: Q = m . v
 Densidade: μ = m/V
 Pressão: p = Fn/A
 Pressão em uma coluna líquida: p = μ . g . h
 Teorema de Pascal: F1/A1 = F2/A2
 Teorema de Arquimedes: E = μ . v . g

Mecânica

1. Cinemática

Conceitos fundamentais

Grandezas físicas, referencial, movimento e referencial, distância percorrida, deslocamento,


velocidade escalar média, velocidade média, aceleração, aceleração centrípeta.

MRU (Movimento retilíneo uniforme)

Ocorre sobre uma linha reta; A aceleração é zero; A velocidade é constante; A distância
percorrida é diretamente proporcional ao tempo.

MRUV (Movimento retilíneo uniformemente variado)

Ocorre sobre uma linha reta; A aceleração é constante ≠ 0; A velocidade varia uniformemente; A
distância percorrida é diretamente proporcional ao quadrado do tempo (se o corpo parte do
repouso).
Movimentos sob ação da gravidade

Queda livre: Lançamento vertical; Lançamento horizontal; Lançamento oblíquo.

Queda livre

Corpo abandonado do repouso; Aceleração igual a da gravidade local; Movimento descrito pelas
equações do MRUV.

Lançamento vertical

Corpo lançado para cima ou para baixo; Aceleração igual a da gravidade local; Movimento
descrito pelas equações do MRUV.

Lançamento horizontal

Corpo lançado com velocidade paralela ao solo; Aceleração igual a da gravidade local;
Movimento descrito pelo princípio de composição dos movimentos

Eixo X (MRU) não tem aceleração

Eixo Y (MRUV) tem aceleração da gravidade

Lançamento oblíquo

Corpo lançado com velocidade inclinada em relação ao solo; Aceleração igual a da gravidade
local; Movimento descrito pelo princípio de composição dos movimentos

Eixo X (MRU) não tem aceleração

Eixo Y (MRUV) tem aceleração da gravidade

Movimento Circular Uniforme

Movimento sobre uma circunferência ou arco de circunferência; Força resultante apontando para
o centro; Aceleração centrípeta constante; Velocidade variável (módulo constante, varia apenas a
direção e sentido); Aceleração tangencial nula; Módulo da velocidade constante.

2. Dinâmica e Estática

Parte da mecânica que estuda as causas que produzem ou modificam os movimentos e as


condições de equilíbrio.

Primeira Lei de Newton

Também conhecida como Lei da Inércia, estabelece que se a força resultante que age sobre um
corpo é nula ele pode estar em repouso ou em MRU.
Segunda Lei de Newton

Também conhecida como o Princípio fundamental da Dinâmica, estabelece que a aceleração


adquirida por um corpo é diretamente proporcional a força resultante aplicada e inversamente
proporcional à sua massa.

[p=center] Fr = ma

Terceira Lei de Newton

Também conhecida como o Princípio da Ação e Reação, sempre que dois corpos interagem as
forças exercidas são mútuas, tendo a mesma intensidade, mesma direção e sentidos opostos.

Forças principais

Força peso; Força normal; Força de atrito; Força de tração; Força elástica; Força de contato;
Força de empuxo;

Estática do ponto material

Em ponto material está em equilíbrio estático ou dinâmico se a força resultante que atua sobre
ele é nula.

Estática dos corpos extensos

Um corpo extenso está em equilíbrio se:

1) A força resultante sobre ele é nula e se

2) O torque resultante em relação a qualquer ponto é nulo

3. Trabalho e Energia

Trabalho de uma força

O trabalho é a medida da energia transferida por uma força ao produzir um certo deslocamento.
A unidade de medida no S.I é 1 joule = 1 newton-metro (1J = 1N.m)

Trabalho de força peso é o trabalho realizado pela força peso quando o corpo sofre um
deslocamento vertical.

Trabalho da força elástica é o trabalho realizado pela força elástica quando o corpo está preso a
uma mola que foi deslocada de sua posição de equilíbrio.

Trabalho da força variável é determinado pela área sob a curva do gráfico da força em função
do deslocamento.

Trabalho de força dissipativa


Uma força é dissipativa quando ela converte a energia do sistema em outras formas de energia
que não podem ser reutilizadas. O caso mais comum é a força de atrito com o solo e com o ar. O
trabalho realizado pela força dissipativa pode ser calculado pela diferença entre as energias
inicial e final de um sistema.

Trabalho de força dissipativa é a energia que o corpo possui devido ao seu movimento.

Energia potencial gravitacional é a energia armazenada que em um corpo quando possui altura
h em relação a um nível de referência.

Energia potencial elástica é a energia que o corpo possui quando está preso a uma mola de
constante elástica k, que está comprimida ou esticada com uma deformação x.

Energia mecânica é a energia total armazenada em um corpo devido ao seu movimento e a


capacidade de produzir movimento, definida como a soma da energia cinética com a energia
potencial.

Teorema da energia cinética

O trabalho realizado pela força resultante produz a variação de energia cinética de um corpo.

Potência é a medida da rapidez com a qual se transfere energia ou se realiza trabalho.

Unidade de medida no S.I

- joule/segundo = watt (W)

Unidades comuns

- cavalo-vapor: 1CV = 735

- horse-power: 1HP = 746 W

Rendimento é uma grandeza adimensional que representa o trabalho, energia ou potência útil de
um sistema.

4. Momento Linear e impulso

Teorema do impulso

Uma força aplicada em um certo intervalo de tempo produz em um corpo de massa m uma
variação de velocidade.
Impulso é uma grandeza vetorial obtida pela multiplicação da força aplicada e o intervalo de
tempo em que ela atua. Esta expressão deve ser usada para uma força constante. Unidade de
medida no S.I: newton x segundo (N.s)

Impulso de uma força qualquer

Na maioria dos casos a força aplicada varia com o tempo, nestes casos devemos calcular o
módulo do vetor impulso através da área sob um gráfico força x tempo.

Quantidade de movimento é uma grandeza vetorial obtida pelo produto da massa pela
velocidade. Unidade de medida no S.I: quilograma x metro/segundo (kg.m/s)

Conservação da quantidade de movimento

Se em um sistema atuam apenas forças internas, constituindo um par ação e reação, ou em outras
palavras, se o sistema é isolado de forças externas o momento linear total se conserva.

Coeficiente de restituição

Grandeza adimensional dada pela razão entre as velocidades de afastamento e de aproximação


em uma colisão.

Colisão elástica: e = 1 ; energia se conserva; momento linear se conserva; corpos separados após
a colisão.

Colisão parcialmente elástica: 0 < e < 1; dissipação parcial de energia; momento linear se
conserva; corpos separados após a colisão.

Colisão inelástica: e = 0; dissipação máxima de energia; momento linear se conserva; corpos


juntos após a colisão.

Colisão super elástica: e > 1; ganho de energia após a colisão, evidentemente devido a
conversão de outra forma de energia.

5. Mecânica dos fluidos

Estudo do equilíbrio e movimento dos fluidos.

Hidrostática

- Estudo dos fluidos em repouso

Hidrodinâmica

- Estudo dos fluidos em movimento


6. Gravitação
Gravitacão Universal
Dois corpos se atraem mutuamente com uma força que é directamente proporcional as suas
massas e inversamente proporcional ao quadrado das distâncias que os separa.

Conclusão
A partir dos resultados encontrados nessa pesquisa, conclui que a Física, no ramo da mecânica é
uma área de estudo que se concentra na descrição do movimento, explicando, desse modo, como
ele ocorre e quais são as suas características fundamentas.
A mecânica é considerada uma grande área da física, e é de grande importância porque
praticamente todos os movimentos que acontecem em nosso quotidiano podem ser descritos
pelas equações dessa área. Alguns profissionais lidam diariamente com ela, como engenheiros
civis, engenheiros mecânicos, engenheiros hidráulicos, arquitectos, pilotos de avião, físicos e
outros.
O objectivo geral desse trabalho foi desenvolver uma breve contextualização histórica da física
mecânica e as suas principais áreas de estudo. Este trabalho foi muito importante para o meu
conhecimento, compreensão, e aprofundamento deste tema, visto que, permitiu-me aperfeiçoar o
conhecimento já obtido nas classes anteriores.

BIBLIOGRAFIA

INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. (2010) Física, Programa da 11 ª


e 12ª
Classe. INDE/MINED – Moçambique;
Estevão Manuel João, Pré-universitário, Física 11 ª e 12 ª (Maputo, 2010);
Anastácio Valanculos e Rogério Cossa, Física 11 ª e 12ª classe (Maputo, 2001);
João Paulo de Meneses e Vália Alexieva Popova, Física, Admissão ao Ensino Superior (Maputo,
2001);
António Máximo e Beatriz Alvarenga. (2006) Física Volume 1, São Paulo;
António Máximo e Beatriz Alvarenga. (2006) Física Volume 2, São Paulo;
António Máximo e Beatriz Alvarenga. (2006) Física Volume 3, São Paulo;
António Máximo e Beatriz Alvarenga. (2006) Física Volume 1, São Paulo;
Nicolau e Toledo. (1998). Física Básica, São Paulo.
ARAÚJO, M. S., & ABIB, M. L. (Junho de 2003). Atividades Experimentais no Ensino de Física:
Diferentes Enfoques, Diferentes Finalidades. Revista Brasileira de Ensino de Física, 1-8.
AZEVEDP, H. L., JÚNIOR, F. N., SANTOS, T. P., CARLOS, J. G., & TANCREDO, B. n. (8 de
Novembro de 2009). O Uso do Experimento no ensino de Física: Tenêndias a partir do
levantamento dos artigos em periódicos da área no Brasil. Encontro Nacional de Pesquisa em
Educação em Ciência, 12.
BAGANHA, D. E., & GARCIA, N. M. (8 de Novembro de 2009). ESTUDOS SOBRE O USO E O PAPEL
DO LIVRO DIDÁTICO DE CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL. VII
Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópoles, Santa Catarina,
Brasil.
BEREZUK, P. A., & INADA, P. (2010). Avaliação dos laboratórios de ciências e biologia das escolas
públicas e particulares de Maringá, Estado do Paraná. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, 32(2),
207-215.48
BEVILACQUA, G. D., & SILVA, R. C. (20 de Março de 2007). O Ensino de Ciências na 5ª série através da
Experimentação. Ciência e Cognição, 9. Biológicas, N. d. (s.d.). Manual de Normas Gerais e de Segurança em
Laboratório. União da Vitória, PR: UNIGUAÇU.
BORGES, A. T. (dezembro de 2002). Novos rumos para o laboratório escolar de ciência. Caderno Brasileiro
de Ensino de Física, 19(3), 291-313.
BORGES, A. T. (2006). Novos Rumos Para o Laboratório Escolar de Ciências. Coleção Explorando o
Ensino de Física, 7, pp. 30-44.
CARLOS, J. G., JÚNIOR, F. N., AZEVEDO, H. L., SANTOS, T. P., & TANCREDO, B. N. (8 de
novembro de 2009). ANÁLISE DE ARTIGOS SOBRE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
DE FÍSICA NAS ATAS DO ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO
EM CIÊNCIAS. VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 1-15.

Você também pode gostar