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ELETROTERAPIA Profª.

Camila Torrigo
CORRENTE GALVÂNICA OU
CONTÍNUA

É uma corrente do tipo polarizada (direta) e com


sentido unidirecional, ou seja, os elétrons
caminham num só sentido do polo negativo para o
positivo. Devido a essa particularidade, ela produz
um efeito eletroquímico.
EFEITO POLARES
o pólo positivo (ânodo) produz reação ácida, liberando
oxigênio, ação vasoconstritora e efeito sedativo
(superficial). Pode ocorrer com corrente excessiva,
queimadura ácida e de destruição tissular.
o pólo negativo (cátodo) produz reação alcalina,
liberando hidrogênio, tem ação vasodilatação e excitação
nervosa local. Pode ocorrer com corrente excessiva,
queimadura alcalina e reação de liquefação.
FREQUÊNCIA
Baixa Frequência: 1 a 1.000 Hz mas utilizada na prática clínica a
faixa de 1 a 200 Hz. Corrente Galvânica, Farádica, TENS
(Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea) e FES (Estimulação
Elétrica Funcional) .
Média Frequência: 1.000 a 10.000 Hz, sendo utilizado na
eletroterapia de 2.000 a 4.000 Hz. Corrente Russa e Aussie.
Alta Frequência: 10.000 Hz a 100.000 Hz. Ultrassom.
DESINCRUSTE
É um método de limpeza da pele onde ocorre um processo
eletroquímico que por meio da corrente galvânica promove uma
reação de adsorção, retirando o excesso de oleosidade da pele pela
reação de saponificação (transformação da oleosidade em sabão).
Indicação: peles acneicas ou com excessiva oleosidade.
PARÂMETROS
A parte metálica do eletrodo ativo (gancho) deve ser envolvida em gaze
umedecida em solução desincrustante. O circuito elétrico é fechado pelo eletrodo
passivo em contato com a pele do cliente.
O eletrodo ativo deverá ser ajustado em polaridade oposta à solução
desincrustante.
Produtos mais utilizados: - Carbonato de Sódio a 2% - Salicilato de Sódio a 2%
- Lauril sulfato de Sódio a 2%
Cada sessão deve durar em torno de 3 a 4 minutos por região a ser tratada.
Após a aplicação, remover com algodão embebido em água para a retirada do
produto.
O intervalo entre as sessões deve ser de no mínimo 15 dias, evitando a
hiperestimulação da glândula sebácea.
PARÂMETROS
Dose ideal para cada aplicação:
- 200µA (microampères) para peles sensíveis,
- 350µA (microampères) para peles lipídicas seborreica,
- 500µA (microampères) para peles acneicas.
IONIZAÇÃO

É um método de penetração de ativos por meio de


uma corrente elétrica. O cosmético utilizado deve
ser ionizável e aplicado com eletrodo do tipo rolete.
PARÂMETROS
A polaridade do aparelho deve acompanhar a polaridade do
produto.
Somente devem ser utilizados produtos que possam ser ionizados
na técnica de ionização
Dose de aplicação: Conforme sensibilidade do cliente
ELETROLIFTING

É um método desenvolvido por um dermatologista


Francês, Dr. Humberto Pierantoni, em 1952.
Consiste na utilização da corrente galvânica na faixa de
microampères com a finalidade de atenuar rugas, linhas
de expressão e estrias.
APLICAÇÃO
A utilização no modo bipolar com a finalidade de biomodulação sobre a
região a ser tratada deve ser adotada no início do tratamento, para posterior
aplicação sobre rugas/ estrias do polo negativo com a finalidade de vaso
dilatação de nutrição tecidual com gel condutor.
A intensidade do equipamento deve ser ajustada conforme sensibilidade do
cliente e não ultrapassar 500µA (microampères).
A aplicação deve ser de forma superficial e contínua e o tempo de utilização
do eletrolifting é até que a pele apresente hiperemia.
Lembrando que essa corrente é contínua e pode ocasionar o acúmulo de
elétrons, causando queimadura.
ALTA FREQUÊNCIA
ALTA FREQUÊNCIA

Um gerador de alta frequência apresenta diversos eletrodos de vidro que


contém em seu interior um gás (Néon, Chenon, Argon). A passagem das
ondas eletromagnéticas pelo gases rarefeitos provoca a formação de ozônio
(O3). Este gás é bastante instável e rapidamente produz reações com
diferentes elementos provocando oxidação (SORIANO, PÉREZ e BAQUÉS,
2000; WINTER, 2001).
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Bactericida;
Melhora do fluxo sanguíneo.
ALTA FREQUÊNCIA
A utilização da Alta Frequência tem por base principalmente a
ação bactericida, podendo ser aplicada para desinfecção após
extração de acne, desinfecção do couro cabeludo em casos de
seborreia, pós depilação, principalmente onde haja história de
foliculite, úlcera de pressão infectadas, feridas abertas, fungos
ungueais.
A Alta Frequência, não só é utilizada nos procedimentos de
limpeza de pele como também em outros protocolos faciais como
hidratação e revitalização.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Fluxação: Esta técnica é indicada para peles congestionadas
hiperêmicas e sensíveis. Consiste em aplicar o eletrodo sobre a
pele, deslizando lentamente, mantendo sempre o contato e com o
aparelho ligado na graduação mínima (para impedir que, ao tocar a
pele, ocorra o faiscamento, o profissional deve encostar o dedo no
eletrodo de vidro, colocar o eletrodo em contato com a pele e
retirar o dedo). A fluxação tem efeito sedativo, descongestionante,
bactericida e antipruriginoso.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Faiscamento direto: Esta técnica é indicada para
estimulação da vascularização local e processo de
cicatrização. O eletrodo deve ser aplicado com
afastamento de alguns milímetros da pele (o suficiente até
gerar o faiscamento). Os efeitos são excitantes,
hiperêmicos e antissépticos.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Faiscamento indireto: Esta técnica é indicada para auxiliar na
permeação de ativos presentes em cremes, óleos, máscaras, etc.,
com efeito de promover um aumento na vascularização e
tonificação da pele. A técnica consiste em solicitar ao cliente que
segure com uma mão o porta eletrodo, e com a outra o eletrodo.
Na sequência, com o aparelho ligado em baixa intensidade, o
profissional realiza manobras de massagem suave (tamborilamento
e pinçamento).
OBSERVAÇÕES
Nas técnicas de fluxação e faiscamento direto recomenda-se que a
pele esteja seca, sem nenhum produto, para que o ozônio possa
atuar. O eletrodo deve estar devidamente encaixado, sem folgas,
na bobina, ou ficando perfeitamente ajustado.
O tempo de aplicação deve ser de até 8 minutos, evitando assim o
ressecamento da pele.
Não é recomendado o uso de gaze ou algodão por risco de
combustão, o que pode levar à queimadura.
TIPOS DE ELETRODOS
REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Manual DGM
BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2 ed.
São Paulo: Phorte, 2010.
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional: fundamentos, recursos,
patologias. 3 ed. São Paulo: Manole, 2010.
PEREIRA, F. Eletroterapia sem mistérios: aplicações em estética facial e corporal. 3 ed. Rio
de Janeiro: Rubio, 2007.
Correntes Terapêuticas. Slide Share. Disponível em em:
<https://pt.slideshare.net/DanilloAguiar1/eletroterapia-resumo-64336571> Acesso em 26 de
fevereiro de 2018;

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