Eletroterapia

Isabela M. Martins
A eletroterapia é um recurso que utiliza a corrente elétrica com
o objetivo de promover a analgesia, redução do edema,
fortalecimento muscular, e que é aplicado para o tratamento de
diversas disfunções estéticas faciais e corporais.

Eletroterapia: Aplicação de eletricidade diretamente ao corpo

a fim de se produzir efeito ou resultado terapêutico.
Em 1780, Luigi Galvani montou um
circuito no qual duas extremidades
metálicas conectadas a um sapo
morto faziam com que os músculos
se movessem da mesma forma que
vivo ao aplicar uma corrente
elétrica.
Esse experimento para lá de esquisito foi, por
incrível que pareça, o que levou ao
desenvolvimento das pilhas e baterias como
conhecemos hoje, seguido pelos experimentos
de Alessandro Volta que empilhou discos de
zinco e cobre intercalados com um tipo de
tecido molhado com ácido ou água com sal e
observou o mesmo comportamento em relação
a condução de corrente elétrica quando
ligados a um circuito
A eletroterapia é conhecida desde o final do século
XVIII, com as primeiras experiências do médico e
físico Luigi Galvani e seus discípulos, mas foi adotada
amplamente somente em meados do século XIX,
quando passou a ser utilizada em tratamentos contra a
dor.

Suas principais aplicações foram em casos de neuralgia

(dor crônica), como ação anestésica, bem como em
casos de doenças do sistema nervoso central, como
convulsões, paralisias e distúrbios dos nervos
periféricos. c
Agentes físicos terapêuticos

Ionizantes Não ionizantes

Raio X, Raio Ultrassom, laser,
Gamma eletroterapia
em geral
 Agentes físicos não ionizantes

• Agentes cinéticos ou mecânicos (Ex: ultrassom terapêutico)

• Agentes térmicos (Ex: Radiofrequência)
• Agentes elétricos
• Agentes luminosos (terapia fotodinâmica, LED, LIP)
Corrente elétrica
“definida como a quantidade de carga (elétrons ou
íons) que flui, por segundo, em um condutor, em
uma determinada direção, geralmente medida em
ampéres ou miliámperes (mA).c
Para que o fluxo ocorra é necessário que haja uma força
impulsionando as cargas (chamada de força eletromotriz, FEM).
Corrente elétrica
Resistência elétrica
“O movimento ou fluxo ordenado de elétrons
É a medida, em Ohms (Ώ), do quanto
em direção a pele deverá vencer a resistência
tecido biológico resiste a passagem de
da mesma e então estimular as diferentes
corrente, reduzindo seu efeito sobre
inervações”.
os tecidos.
“A maior resistência é encontrada na camada
Exemplos: circuito físico (fios,
córnea e pelos”.
eletrodos) e biológico (pele, músculo
e adiposidade)
Corrente elétrica
Circuito elétrico
É um conjunto formado por um gerador elétrico(que irá
produzir a corrente elétrica) e pelo menos um elemento
capaz de utilizar a energia produzida pelo gerador.

Sempre fechado (começa e termina no mesmo ponto)

No caso da eletroterapia , o gerador da corrente envia a

energia produzida para os canais, onde são conectados
cabos, que por sua vez são conectados a eletrodos.
Corrente elétrica
Quais são os tipos de corrente?
Corrente elétrica
Propriedades
1. Amplitude: “tamanho/altura do pulso”, intensidade da corrente.

2. Duração de pulso/fase: expressa em microssegundos é o tempo

que dura a passagem dos elétrons.

3. Frequência: expressa em Hertz(Hz), é o número de ciclos ou pulsos.

4. Elevação de pulso: tempo em que o pulso atinge seu valor máximo

5. Trem de pulso: correntes com pequenas pausas sequenciais.

Corrente elétrica
Propriedades
1. Amplitude: “tamanho/altura do pulso”, intensidade da corrente.

2. Duração de pulso/fase: expressa em microssegundos é o tempo

que dura a passagem dos elétrons.

3. Frequência: expressa em Hertz(Hz), é o número de ciclos ou pulsos.

4. Elevação de pulso: tempo em que o pulso atinge seu valor máximo

5. Trem de pulso: correntes com pequenas pausas sequenciais.

Ionização facial
Você vai conectar seu cabo
(vermelho ou preto) de acordo
com a polaridade do seu ativo.
Ex: se o ativo é + ou -

Ativo positivo + Ativo positivo -

Você vai conectar o cabo
vermelho no eletrodo de
rolinho.
É o cabo preto ficará
conectado na placa dispersiva
(ativo passivo)
Você vai conectar o cabo
preto no eletrodo de rolinho.
É o cabo vermelho ficará
conectado na placa dispersiva
(ativo passivo)
MAS, COMO EU VOU SABER DISSO,
PROF?
Olhando na ficha técnica do produto que você vai
comprar, verificando os ativos que forem encontrados
nele. Enfim...
Ativos utilizados na ionização facial e sua polaridade
Solução ionizável Polaridade Ação terapêutica
Ácido hialurônico NEGATIVA Flacidez cutânea
Aminoácidos POSITIVA Queratinização da pele
e ação dos fibroblastos
Extratos de Hamamelis POSITIVA Adstringente e
antisséptica
Fosfatase de alcalina NEGATIVA Envelhecimento
cutâneo e respiração
celular
Ativos utilizados na ionização facial e sua polaridade
Solução ionizável Polaridade Ação terapêutica
Infusão de sálvia POSITIVA Adstringente e
antisséptica

Óxido de zinco 2% NEGATIVA Cicatrizante

Salicilato POSITIVA Analgesia e

descongestionamento
Ácido ascórbico POSITIVA Antioxidante
 Qual corrente?
Alta frequência CORRENTE ALTERNADA
Como a alta frequência funciona
no meu organismo?
Esse equipamento utiliza as correntes
alternadas, sendo que os gases argón, xenon ou
neon entram em contato com o oxigênio do ar
e o transforma em ozônio.

Os principais efeitos fisiológicos são: térmico,

hiperemia e vasodilatação, aumento da
oxigenação celular, ação bactericida e
antisséptica e melhora do trofismo dérmico.
Alta frequência Quando a corrente elétrica alcança o
eletrodo, haverá ionização das
moléculas do gás formando o ozônio
na superfície do eletrodo (MARTINS,
A. et. al., 2012).

Logo, o equipamento gerador de alta

frequência produz uma corrente
alternada de baixa intensidade e alta
tensão que ao passar por diferentes
tipos de eletrodos de vidro gera
ozônio. (KARELO, 2013).
Alta frequência
Em procedimentos pós cirúrgicos O uso de alta frequência tem
sido empregado no pós-
operatório da abdominoplastia
e da rinoplastia em virtude do
auxílio da oxigenação do tecido
e pelo seu efeito bactericida.
Nesses casos, recomenda-se a
utilização de uma gaze sobre a
pele durante a aplicação da alta
frequência para facilitar o
deslizamento e diminuir a
incidência da corrente direta
sobre a pele. (MAUAD, 2003).
Alta frequência

O tempo de utilização depende do local e do tipo da aplicação, que é, na

maioria das vezes, em aproximadamente de três a dez minutos. Sendo que a
intensidade adotada deve ser suficiente para gerar faiscamento, porém
respeitando a sensibilidade do cliente.

A desinfecção dos eletrodos após o uso deve ser feita com um papel, ou
pano limpo com álcool a 70%. (OLIVEIRA; PEREZ, 2008).
Alta frequência Os tipos de eletrodos mais
frequentes utilizados na terapia por
alta frequência são:

1. forquilha;
2. standart pequeno (ou
cebolinha ou esférico menor);
3. saturador;
4. cauterizador (ou
cauterizador);
5. standart grande (cebolão ou
esférico maior);
6. pente.
Alta frequência
Há eletrodos menos utilizados, porém com suas peculiaridades e igual
eficiência terapêutica, são eles:

1. rolete;
2. cachimbinho;
3. cachimbo médio;
4. cachimbo grande;
5. rabo de peixe (ou rabo de
baleia);
6. língua;
Porém, é preciso destacar que os 7. cogumelo;
diferentes modelos de eletrodos servem 8. chuveiro;
para melhor adaptação a superfície 9. eletrodo conjugado 3 em 1.
corporal do cliente.
 Alta frequência
Técnicas de aplicação
As técnicas de aplicação da terapia de alta
frequência podem ser basicamente divididas
em quatro tipos:
1. Aplicação direto
2. Aplicação indireta
3. Aplicação a distância e fluxação
nesta técnica se obtêm a formação do ozônio que facilitará
a cicatrização e o efeito homeostático (estancamento de
sangue), após a drenagem de pústulas, pequenos
sangramentos pós-epilação, feridas ungueais após retirada
de cutícula. Para sua aplicação se usa o eletrodo de vidro
tipo cauterizador, o qual fica a uma curta distância da pele
(milímetros), todavia sem encostá-lo em nenhum momento.
é uma técnica na qual o eletrodo fica um pouco
afastado da pele do cliente a fim de provocar faíscas.
Nesse caso, há a formação de ozônio e haverá um
efeito de hiperemia e estimulação, com ação
antisséptica e por isso, ela é uma técnica indicada pós-
epilação, após extração de comedões e pústulas e
também para peles átonas e desvitalizadas.
faiscamento indireto que é uma técnica exclusiva para eletrodo
saturador. Ela tem uma ação tonificante no sistema neuromuscular, o
cliente deverá segurar o eletrodo de vidro em uma mão e a bobina
(porta-eletrodo) na outra mão, enquanto o profissional realiza um suave
tamborilamento sobre a pele do cliente ou faz massagem na região a ser
tratada.
É o único que pode ter uso cosmético, por isso ele é recomendado
para permeação de ativos cosméticos como óleos, cremes nutritivos,
visto que este procedimento também tem a propriedade de aumentar
a vascularização da pele. Recomenda-se que o tempo de aplicação
dessa técnica seja de 3 minutos, porém quando a pele estiver muito
desvitalizada, pode-se aplicar no máximo 5 minutos. (DAL GOBBO,
2010).
 A terapia de alta frequência pode ser usada como
Alta frequência complemento na:
• hidratação tecidual
• revitalização facial
Indicações • antisséptico após procedimentos cirúrgicos
1. Desinfecção pós-extração de • após a limpeza de pele (tratamento da pele acneica)
comedão • cauterização de pústulas
• desinfecção do couro cabeludo
2. Tratamentos capilares em casos • Peticulose
onde se deseja um aumento da • Alopecia
circulação local ou a redução • dermatite seborreica
• pós-epilação
da seborréia. • Foliculite
3. Acne • Psoríase
4. Pós-Depilação • tratamento de frieiras e micoses na podologia
• após extração de eponíquio na manicure e pedicure
5. Na cicatrização de lesões • feridas abertas
abertas • úlcera de pressão infectadas
• pode ser usada com cuidado em pessoas portadoras de
rosácea

Alta frequência
Contraindicações
1. Portadores de marca-passo cardíaco
2. Gestantes
3. Alterações de sensibilidade
4. Aplicação em locais onde existam
próteses metálicas
5. Neoplasias
6. Regiões que apresentem manchas ou
nevos de coloração e espessura
alteradas
7. Utilização em regiões onde a pele
esteja úmida com produtos que
contenham substâncias inflamáveis
As principais contraindicações são:
• marca-passo cardíaco
• alterações de sensibilidade
• pele com produtos inflamáveis
• neoplasias (câncer)
• gestantes
• Há também contraindicações em clientes com
trombose venosa profunda
• alergia à corrente
• insuficiências renal e cardíaca
• Hipertensos
• diabéticos descompensados.
• Se o cliente usar aparelhos auditivos, deverá
tirá-lo, pois eles podem ser danificados ou
desregulados pelo equipamento de alta
frequência.
• Ele também não é recomendado para pessoas
portadoras de epiléticos e com pinos ou
placas metálicas no local da aplicação e
cardiopatas.
Eletrolifting
Essa técnica também é conhecida como galvanopuntura ou microgalvanopuntura

A estimulação na pele promoverá hiperemia ativa e aumentará o quantitativo de

fibroblastos jovens, promoverá a migração de queratinócitos e macrófagos e
desenvolverá a neovascularização e, desta forma, regenerará o tecido
subepidérmico
Eletrolifting
Essa técnica também é conhecida como galvanopuntura ou microgalvanopuntura

Essa técnica pode ser obtida

através de uma corrente galvânica
que irá gerar um processo
inflamatório na pele e estimulará
uma regeneração tecidual, pois o
trauma promovido pela agulha
junto com a corrente elétrica
promoverá o aumento do
metabolismo para recomposição
de tecido colagenoso, o qual
poderá preencher a área tratada.
(SILVA, ROSA e SILVA, 2017)
Eletrolifting
A aplicação do Eletrolifiting possui efeitos organizados
em quatro categorias, efeitos eletroquímicos, efeitos
osmóticos, modificações vasomotoras e alteração na
excitabilidade celular.

Para essa técnica utilizam-se agulhas associadas aos

efeitos do pólo negativo da corrente galvânica, em
microampéres, que atuam em nível celular para restaurar
a camada colágena e estimular a produção de elastina.

O objetivo é causar uma lesão tecidual em que, junto

com os efeitos da corrente, gerar um processo
inflamatório que será seguido pelo reparo tecidual
Eletrolifting
Eletrolifting
Eletrolifting