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Ultrassom

PROF. AMANDA BALAN


Ondas sonoras

São compressões e dilatações mecânicas


(vibrações/oscilações das moléculas) na direção de
propagação da onda (ondas longitudinais).
Classificação das ondas sonoras
Ondas sonoras

• Ondas sonora precisam de um meio para a propagação


(meio sólido, líquido ou gasoso). Não se propagam no vácuo.
• Ondas sonoras com frequência muito elevadas além da
capacidade do ouvido humano (ultrassônicas).
• Fins terapêuticos: micromassagem por vibração mecânica do
tecido.
Material
Ondas Sonoras (moléculas em movimentos aleatórios)

Colisão entre as moléculas

Aumento do movimento aleatório das


moléculas

Conversão de energia sonora em energia


térmica
• Transdutor ou cabeçote:

 Placa metálica (diafragma) – contato


com a pele. Recebe a onda mecânica e
vibra. Meio de contato.

 Cristal piezoelétrico - produz ultra som


(titanato de chumbo -
zirconato Converte elétrica PZT).
em energia
energia mecânica.
– elétrica
 Cabo corrente
alternada para comprimir dilatar o
econdutor
cristal.
Efeitos Físicos do Ultrassom

Térmico Não Térmico


 Uma porcentagem é absorvida pelo  Estimulação de regeneração de tecidos;
tecido. A absorção depende dos fatores  Reparo de tecidos moles;
abaixo:
 Síntese de proteínas;
 Natureza do tecido (quanto + proteína,
maior absorção comparado à gordura);  Reparo ósseo.
 Grau de vascularização;
 Frequência do Ultrassom.
Processo de Reparo

Inflamação – Formação de coágulo, atuação dos macrófagos. “Limpeza local’

Proliferação – Angiogênese, lesão preenchida com fibroblastos.

Remodelamento – Fase Final do processo de reparo.


Efeitos do ultrassom

 Inflamação : Pode atuar aumentando a atividade das células responsáveis pelo


processo, otimizando, assim, essa fase. Pode também atuar na permeabilidade
da membrana.
 Aumenta a permeabilidade de cálcio, podendo ter efeito em toda atividade
celular.
 Não é antiinflamatório – Otimiza o processo de inflamação e formação de edema
e a absorção ocorre antecipadamente.
Efeitos do ultrassom - Reparo

 Os principais eventos que ocorrem durante essa fase de


reparo incluem infiltração de células para dentro do leito da
ferida, angiogênese, deposição da matriz, contração da
ferida e reepitelialização.

 Fibroblastos são recrutados para o local da ferida.


 Pode aumentar a taxa de angiogênese
Efeito no alívio da dor.

 Relacionado à redução de edema;


 Não existem estudos atuais sobre a eficácia.
Fonoforese

 É definida como a migração de moléculas de drogas através


da pele sob a influência do ultra-som;

 São necessárias pesquisas para esclarecer quais


parâmetros de ultrasom são mais eficientes para facilitar a
difusão de drogas tópicas, e também quais drogas podem
ser usadas de modo mais efetivo.
ULTRA SOM
CONTÍNUO
• As ondas são emitidas de forma contínua.

• Predomina tanto efeito mecânico quanto efeito


térmico.

• Energia sonora continuamente convertida em


energia térmica.
• Quanto maior o movimento molecular
oscilatório, maior é o aquecimento ou movimento
térmico.

• Quadros clínicos crônicos (remodelamento).


Ultrassom
Pulsado

AS ONDAS ULTRA SÔNICAS SÃO


EMITIDAS INTERCALADAS COM
PERÍODOS ONDE NÃO É EMITIDO U.S.
ULTRA SOM
PULSADO
• Emissão de ondas sônicas com
intervalos de tempo variáveis.

• Efeitos térmicos minimizados.


Efeito atérmico.

• A pulsação do feixe de US reduz


a taxa de aquecimento enquanto
que permite que a mesma
intensidade de pico seja
utilizada.
Aplicação de Ultrassom

Fatores Importantes:
 Escolha do aparelho de ultra-som
 Calibração
 Escolha do meio acoplante
 Frequência
 Intensidade
 Modo pulsado ou contínuo
 Intervalo entre os tratamentos
 Duração do tratamento
 Risco potencial para o terapeuta e o paciente
Aplicação – meio acoplante

 Não percorre através do ar, voltando para o transdutor, podendo danificá-lo;


 Necessário um ‘agente acoplante’ entre o transdutor e a pele.
 A água é o agente mais próximo do ideal, porém, não tem viscosidade;
 Pode ser um gel aquoso, água ou óleo (se houver ferida na pele, deve ser estéril)
Transdutor entre 2 a 10 cm
de distância da pele

Regiões: tornozelo,
punho e mão.
Manipulação do transdutor
Aplicação - Frequência

 A frequência de saída controla a


profundidade.

 A regra básica é: Quanto mais alta a


frequência, mais superficial a profundidade de
penetração, levando à rápida atenuação do
ultra-som e causando um efeito biológico
principalmente por meio de mecanismos
térmicos;

 Ou seja, se for lesão de pele superficial


escolheria um aplicador de 3 MHz, já uma
lesão muscular mais profunda exigiria um
aplicador de 1 MHz.
FREQUÊNCIA DE OSCILAÇÃO
Produção da onda mecânica

DEPENDE DA ESPESSURA DO CRISTAL

U.S. TERAPÊUTICO U.S. DIAGNÓSTICO


1 - 3 MHz 5 - 20 MHz
Aplicação - Intensidade

 Após escolher a frequência, que determinará a profundidade, é necessário decidir


a dose de energia que será aplicada;

 Uso entre 0,3W/cm2 e 0,5W/cm2 para pele, tendões e ossos sem efeitos
térmicos;
 Efeitos térmicos utiliza-se entre 0,5 e 1W/cm2

 Condições agudas – não ultrapassar 0,5W/cm2;


 Condições crônicas – não ultrapassar 1W/cm2
Aplicação - Modo

 Efeitos térmicos não são indicados


em locais que há pouco fluxo
sanguíneo (tendões, cartilagens),
portanto, o modo contínuo não é
indicado e sim o pulsado.

 Modo contínuo é indicado quando o


objetivo é aumento de temperatura
local para aumento de fluxo
sanguíneo.
Efeitos fisiológicos no modo contínuo -
Térmico
Efeitos não térmicos - Pulsado
ULTRA-SOM PULSADO
CICLO DE TRABALHO

• 5 % do ciclo com US (0,5/9,5): fase inflamatória (aguda)


• 10 % do ciclo com US (1/9): fase de proliferação celular (subaguda)
•20 % do ciclo com US (2/8): fase de regeneração celular (subaguda)

5% do CT cristal emitindo vibração


Ex: 95% CT: intervalo
0,5 9,5
Tempo

 O tempo é calculado à partir da área a ser tratada.

5cm
 EX: Área a ser tratada – 8cm x 5cm = 40 cm²
8cm
ERA= 4cm²

Tempo = Área a ser tratada/ ERA (área de radiação efetiva)


Tempo=40cm² / 4cm² = 10 minutos
OBS: Nunca ultrapassar 15 minutos.
Tratamento

 Em lesões agudas: 1x/dia

 Em lesões crônicas: dias intercalados


Contraindicações

• útero em gestação

• gônadas • hemofílicos não protegidos por reposição de fator


• placas epifisárias
• lesões malignas e pré-cancerígenas
• medula espinhal após laminectomia
• tecidos previamente tratados com raios X • nervos subcutâneos principais
profundos ou outra radiação • crânio
• áreas anestésicas.
• anormalidades vasculares, por ex., trombose
• olhos
venosa profunda, embolia, aterosclerose grave

• infecções agudas

• área cardíaca na doença cardíaca avançada


Pontos Importantes

1. usar o ultra-som somente se estiver treinado adequadamente para fazê-lo;


2. usar o ultra-som para tratar somente pacientes com condições que sabidamente respondam
de modo favorável a esse tratamento (a menos que esteja sendo usado experimentalmente);
3. usar a intensidade mais baixa que produza o efeito desejado, pois intensidades mais altas
podem ser lesivas;
4. mover o aplicador constantemente durante a aplicação para evitar efeitos lesivos de ondas
estacionadas;
5. se o paciente sentir qualquer dor adicional durante o tratamento, reduzir a intensidade até
um nível no qual não haja dor ou abandonar o tratamento;
6. usar equipamentos apropriadamente calibrados e mantidos;
7. se tiver alguma dúvida, não irradiar.
Ultrassom
PROF. AMANDA BALAN

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