ULTRASSOM

TERAPÊUTICO
Prof.a: Mª Caroline Barbosa da Silva
Definição:

Tratamento por meio de vibrações mecânicas

com uma frequência acima de 20.000Hz.
Vibrações acústicas inaudíveis de alta
frequência que podem gerar efeitos fisiológicos
térmicos ou atérmicos nos tecidos biológicos.
Geração de ultra-sons:

Qualquer objeto que vibra é uma fonte de som;

O som é onda mecânica perceptível ao ouvido
humano;
Infrasom: <20Hz
Ultrassom: >20.000Hz
Propagação:

As ondas sonoras necessitam de um meio para

se propagarem (líquido, sólido ou gasoso);
Nos tecidos a propagação depende das
características de propagação do meio biológico
e da reflexão de energia ultrassônica nas
interfaces teciduais;
A velocidade é maior em meios com maior
agregação molecular: Ar = 343 m/s, H2O = 1500
m/s, Osso = 4000 m/s.
Efeito Piezelétrico:

Quando a corrente elétrica alternada, gerada

em igual frequência que a ressonância do
cristal, é propagada através do cristal
piezoelétrico, este expandir-se e contrair-se ou
vibrará na frequência da oscilação elétrica,
proporcionando ultrassom na frequência
desejada.
Frequências do Ultrassom:

O ultrassom terapêutico nacional é

comercializado nas frequências de 1, 3 e 5MHz.
Intensidade do Ultrassom:

É a energia/segundo a cada cm² de uma

superfície perpendicular à emissão das ondas;
É calculada em W/cm²;
Intensidade varia entre 0/01 à 3,0W/cm²
Transmissão da energia acústica
nos tecidos biológicos:

ARE = Área de Radiação Efetiva;

Região da superfície do transdutor que
realmente produz a onda sonora;
Corresponde aproximadamente ao diâmetro da
superfície de contato do transdutor;
Considerando que a área de radiação efetiva
sempre é menor que a superfície do transdutor,
o tamanho do transdutor não é real indicação
da superfície de radiação.
Transmissão da energia acústica
nos tecidos biológicos:

O tamanho da área a ser

tratada usando-se o
ultrassom é de 2 a 3 vezes
o tamanho da ARE do
cristal;
Quanto maior a área a ser
tratada independente da
frequência e intensidade
menor é o aquecimento do
tecido.
Absorção dos diferentes meios e
tecidos nas diferentes frequências

A absorção de energia sonora é maior nos tecidos

com quantidades maiores de proteínas e menor
conteúdo de água;
Absorção dos diferentes meios e
tecidos nas diferentes frequências

A profundidade de penetração do tecido é

determinada pela frequência do ultrassom e não
pela intensidade.

> Frequência < Profundidade

Absorção dos diferentes meios e
tecidos nas diferentes frequências

Absorção das ondas ultrassônicas utilizando a

frequência de 1 MHz:
1. energia ultrassônica a 1 MHz é transmitida através
dos tecidos mais superficiais e absorvida
principalmente nos tecidos profundos ( 2 a 5cm);
2. É muito útil em pacientes com alta porcentagem
de gordura cutânea no corpo e sempre que os
efeitos desejados se destinarem às estruturas mais
profundas
Absorção dos diferentes meios e
tecidos nas diferentes frequências

Absorção das ondas ultrassônicas a 3 MHz:

1. A energia de 3 MHz é absorvida nos tecidos mais
superficiais (1 a 2 cm), sendo utilizado para tratar
as condições mais superficiais.
2. A frequência de 3 Mhz não é somente mais
absorvida superficialmente, é também absorvida 3
vezes mais rapidamente do que o ultra-som de 1
MHz.
US contínuo versus pulsado:

1. Pulsado: a intensidade é periodicamente

interrompida, com nenhuma energia ultrassônica
sendo produzida durante o período desligado.
2. Contínuo: aintensidade sonora permanece
constante ao longo do tratamento e a energia do
ultrassom é produzida em 100% do tempo.
Efeitos fisiológicos do US:

Na aplicação das ondas ultra-sônicas é possível

observar efeitos térmicos e não térmicos nos
diferentes tipos de tecidos biológicos: células,
tecidos e órgãos.
Efeitos fisiológicos do US:

Efeitos térmicos:

1. Aumento na extensibilidade das fibras de colágeno

encontrada nos tendões e cápsulas articulare;
2. Diminuição da rigidez articular;
3. Redução do espasmo muscular;
4. Modulação da dor;
5. Aumento do fluxo de sangue.
Efeitos fisiológicos do US:

Efeitos não-térmicos:

1. Cavitação;
2. Micromassagem.
Técnicas de aplicação:

Instruções gerais ao paciente;

Preparo e teste do equipamento;
Aplicação e movimento do cabeçote.
Métodos de acoplamento:

1. Sub-aquática:
AquáticaÉ usado quando o contato direto não é
possível devido a forma irregular da parte a ser
tratada;
Geralmente utilizado nas extremidades;
cabeçote é colocado na água e movido paralelo à
superfície da parte que está sendo tratada e o mais
próximo possível da pele.
Métodos de acoplamento:

1. Aplicação com gel sólido:

O mais utilizado;
É importante que a distância entre o cabeçote e o
tecido seja preenchida por gel numa distância
aproximada de 0,5 cm;
Evitar durante a aplicação mudanças no ângulo do
cabeçote.
Métodos de acoplamento:

1. Aplicação com bolsa de água:

Utilizado também em superfícies irregulares;
Geralmente utiliza-se uma bolsa de plástico ou
borracha, preenchida com água desgaseificada;
Entre a bolsa,o cabeçote e a pele do ultra-som
deverá existir uma fina camada de gel;
O cabeçote deverá ser firmemente pressionado
sobre a bolsa.
Indicações:

Condições agudas e pós- Reparação do tecido mole;

agudas; Aumento da síntese de
Cura e reparo do tecido mole; proteína;
Tecido cicatricical; Regeneração do tecido;
Contratura articular; Reparação de fraturas não-
Inflamação crônica; unidas;
Aumento da extensibilidade do Pontos-gatilho miofasciais.
colágeno;
Redução do espasmo
muscular;
Modulação da dor.
Aumento do fluxo sanguíneo;
Precauções:

Podem ocorrer queimaduras se o calor

gerado exceder a habilidade fisiológica
para dissipa-lo;
Pode haver destruição do tecido como
resultado de cavitação transitória;
Pode ocorrer estase de células sanguíneas
e dano endotelial se houver formação de
ondas estacionárias.
Contraindicações:

Condições agudas;
Áreas de sensação de Gravidez;
temperatura diminuida; Marcapasso;
Insuficiência vascular; Câncer;
Tromboflebite; Áreas epifisais em crianças;
Olhos;
Órgãos reprodutores; Próteses cimentadas;
Pelve imediatamente após Infecção.
menstruação;