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AS ROCHAS SEDIMENTARES, ARQUIVOS HISTÓRICOS DA

TERRA
“Cada vez que
percorremos com
o olhar uma
sequência de
estratos, vemos
passar milhões de
anos do tempo
geológico.”
Junta de estratificação Muro Teto Estrato

Sequência
estratigráfica
ROCHAS SEDIMENTARES –
arquivos históricos da Terra
O que nos podem contar as rochas sedimentares?

A interpretação da sequência dos estratos sedimentares e das


estruturas neles preservadas permite reconstruir a história
evolutiva (geológica, biológica, ambiental) de determinado local.

MARCAS DE ONDULAÇÃO (RIPPLE- FÓSSEIS – VESTÍGIOS DA VIDA PASSADA


MARKS)
Princípio das causas acuais
Ambientes sedimentares mais comuns

FÁCIES FÁCIES DE FÁCIES


CONTINENTAL TRANSIÇÃO MARINHA
Fluvial
Estuariana Litoral
Glaciária
Deltaica Recifal
Lacustre
Lagunar Abissal
Eólica
As Fendas de dessecação ou de retração ( que se formam
em terrenos argilosos devido à perda de água, por evaporação
das argilas sedimentadas) podem encontrar-se preservadas em
rochas antigas evidenciando variações do nível das águas no
passado.
Conjunto de processos que leva à
FOSSILIZAÇÃO preservação de restos ou vestígios
de organismos nas rochas.

Na fossilização, os compostos orgânicos que constituem o organismo


morto são substituídos por outros mais estáveis (calcite, sílica, etc) nas
novas condições.
Fósseis (do latim fossilis) são restos materiais ou moldes de antigos
organismos, ou, ainda, vestígios da sua atividade, que ficaram mais
ou menos bem conservados nas rochas (tem de ter mais de 13 mil
anos) e que possui a mesma idade que a rocha onde se encontra

Fazer a história da Estabelecer a idade Reconstituir os


vida relativa das rochas paleoambiemtes
O processo de fossilização é raro (acontece em menos de 1%
das situações), complexo e geralmente só as partes duras
(troncos, conchas, carapaças, ossos e dentes) fossilizam.

Na fossilização os compostos orgânicos que constituem o


organismo morto são substituídos por outros mais estáveis
nas novas condições. Estes podem ser calcite, sílica, pirite,
carbono, entre outros.

A fossilização é um processo muito lento e complexo


Moldes:
O organismo ou
partes dele
imprimem um
molde em
sedimentos finos
que o envolvem ou
preenchem.

Restos
materiais:
evidências de partes
de organismos
como ossos,
dentes, troncos,
chifres, ou o corpo
inteiro em casos
excecionais.
Vestígios de atividade:
a) rastos, como pegadas, ou b) vestígios orgânicos, como
impressões de outras partes estruturas reprodutoras
do corpo (dentadas, por (ovos, sementes, pólen…),
exemplo),etc. excrementos (coprólitos) e
restos de construções
orgânicas;

Icnofósseis - pegadas de animais e Coprólito -


fezes
pistas de reptação
PROCESSOS DE FOSSILIZAÇÃO

MARCAS – o organismo está apenas


representado por vestígios da sua
atividade (locomotora, nutritiva,
reprodutora,…)

MUMIFICAÇÃO - os organismos, ou partes


deles, são preservadas sem alterações ou
com pequenas modificações, quando
totalmente envolvidos num ambiente
assético, por exemplo, por resinas ou pelo
gelo.
MOLDAGEM – o organismo está
representado pelo seu molde externo ou
interno (a partir das partes duras que
também acabam por desaparecer), o qual
pode revelar pormenores da sua
estrutura e morfologia.

Moldes internos
CONTRAMOLDES – Podem formar-se contramoldes dos moldes internos e
dos moldes externos, se estes forem, posteriormente preenchidos por
sedimentos
IMPRESSÕES – são moldes de
estrutura finas, como folhas, asas de
insectos, penas, etc.
MINERALIZAÇÃO – os constituintes de partes duras dos organismos,
como troncos de árvores, ossos, conchas, carapaças, dentes, etc, são
substituídos por minerais, tranportados em solução, que precipitam.
FÓSSEIS DE IDADE OU ESTRATIGRÁFICOS
(EX: trilobites, amonites, etc)
fósseis de seres que viveram na terra durante intervalos de
tempo geológico muito curtos, com ampla distribuição
geográfica.

FÓSSEIS DE FÁCIES
(ex: corais, turritelas, etc)
fósseis permitem reconstituir os ambientes em que, no
passado, se geraram as rochas que os contêm.
normalmente, são fósseis de organismos que sobrevivem em
condições climáticas muito restritas.
Fósseis de Idade ou Estratigráficos

Fornecem informações sobre a idade da rocha onde se


encontram (permitem a datação de estratos).

Um bom fóssil de idade é aquele que tem:

• Curta longevidade no sentido paleontológico (existiram


durante um «curto» período de tempo)
• Ampla distribuição geográfica (aparecem em estratos de
vários locais);
• Morfologia evidente (simples de identificar).
• Muito abundantes
FÓSSIL VIVO

designação atribuída a SERES VIVOS conhecidos através do registo fóssil de há


vários milhões de anos e que, portanto, sobreviveram aos eventos de extinção
em massa ocorridos na pré-história.
Fóssil vivo
•Poucas ou nenhumas alterações anatómicas desde os tempos
primitivos;

•Baixa diversidade genética;

•Muitas vezes descobertos depois de já serem conhecidos no


registo fóssil e considerados extintos*;

•O fóssil vivo mais conhecido em todo o mundo é o celacanto, cujos


fósseis datam de há 400 milhões de anos atrás;

•Existem outros fósseis vivos que não são animais, tais como
bactérias e plantas (a Ginkgo biloba já existe há 50 milhões de
anos).
fazer a datação relativa das rochas corresponde à determinação da ordem
cronológica de uma sequência de acontecimentos, ou seja, estabelecer a ordem
pela qual as formações geológicas se constituíram nos lugares onde se encontram.

Recorrendo Recorrendo

PRINCÍPIO DA PRINCÍPIO DA PRINCÍPIO DA


SOBREPOSIÇÃO CONTINUIDADE IDENTIDADE
DOS ESTRATOS LATERAL PALEONTOLÓGICA
Princípio da continuidade lateral
• permite datar, em colunas
estratigráficas de dois lugares
afastados, sequências de
estratos idênticos (mesmo
que os estratos de ambas
tenham dimensões variáveis),
desde que as sequências de
deposição sejam semelhantes.

• permite observar a passagem


gradual de litologias no mesmo
estrato, porque no mesmo
período de sedimentação ,
podem ocorrer diferentes
ambientes.
DISCORDÂNCIA ESTRATIGRÁFICA ou LACUNA:
descontinuidade no registo geológico marcada pela ausência de camadas
devido a erosão de camadas ou ausência de sedimentação

A correlação foi estabelecida pelo conteúdo fossilífero dos estratos.


Os estratos em falta na coluna da direita foram erodidos antes da deposição
dos outros estratos comuns às duas sequências.
DISCORDÂNCIA ANGULAR

Se após a formação da
primeira série de estratos, a
sua posição for alterada por
ação de forças tectónicas,
perdendo a horizontalidade, e
se posteriormente ocorrer a
deposição de outra série de
estratos, a superfície de
separação das duas séries
designa-se por discordância
angular.
DISCORDÂNCIA ESTRATIGRÁFICA

estratificação
entrecruzada
PRINCÍPIO DA INTERSECÇÃO

• toda a estrutura que intersecta outra é mais recente do que ela.


PRINCÍPIO DA INCLUSÃO

• fragmentos de rochas incorporadas ou incluídas numa


rocha são mais antigos do que a rocha que os engloba.
ALTERAÇÕES BIOLÓGICAS AO LONGO DO TEMPO
GEOLÓCICO

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