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Fósseis
Fóssil do latim fossilis, tirado da terra. São restos, marcas ou vestígios de seres
vivos que viveram em épocas muito recuadas e que ficaram preservados nos
sedimentos em que viveram.
As marcas e vestígios são designados por Icnofósseis, por exemplo: moldes,
pegadas, ovos, cropólitos (excrementos), túneis escavados pelos seres vivos.
Quando se tem restos de seres vivos, como por exemplo: restos de troncos,
ossos, conchas, folhas, dentes, designa-se por Somatofóssil.
Processo de fossilização:
O processo de formação de um fóssil – fossilização – é longo e requer um
conjunto de condições, nomeadamente:
- Ambientes anaeróbios (sem oxigénio) e com temperaturas baixas (para não
aumentar a atividade bacteriana);
- Corpo com partes duras;
- Rápido enterramento após a morte do organismo, a cobertura do organismo,
por sedimentos preferencialmente finos, protege-o de predadores, de
decompositores e de ambientes ricos em oxigénio.
Etapas da fossilização:
1. O organismo morre;
2. As partes moles do organismo são decompostas;
3. Os sedimentos finos, que cobrem e preservam o esqueleto, sofrem diagénese,
tornando-se rochas consolidadas. O esqueleto fica mineralizado (os minerais
presentes no meio substituem a matéria orgânica.
4. Os movimentos tectónicos permitem o afloramento da rocha que contém o
fóssil.
5. A erosão da rocha permite a exposição do fóssil à superfície.
Processos de fossilização:
- Mineralização
Os sedimentos que envolvem o ser vivo sofrem compressão. A matéria que
constitui o ser vivo é substituído gradualmente por minerais.
- Moldagem
Não se conservam quaisquer partes do organismo, ficando apenas uma
reprodução ou molde das suas partes.
Marca/forma do corpo:
- molde externo
- molde interno
- Mumificação ou conservação total
Todo ou quase todo o corpo fica conservado até mesmo as partes moles, ocorre
em âmbar ou em gelo. Exemplos de mumificação:
Insetos conservados em âmbar.
Mamutes conservados no gelo.
Princípio do atualismo: as causas que provocaram determinados fenómenos
são idênticas às que provocaram os mesmos fenómenos no presente.
Princípio da sobreposição: os sedimentos mais antigos ficam por baixo dos
mais recentes.
Princípio da continuidade lateral: em diferentes pontos da Terra pode haver
a mesma sequência estratigráfica, mesmo faltando um elemento. É a
correlação entre estratos distanciados lateralmente.
Princípio da identidade paleontológica: se os estratos possuírem os mesmos
fósseis, então formaram-se mais ou menos ao mesmo tempo e em áreas
com ambientes semelhantes.
Princípio da intersecção: Sempre que uma estrutura é intersectada por outra,
a que intersecta é mais recente.
Princípio da inclusão: o estrato que apresenta a inclusão é mais recente que
os fragmentos do estrato incluído.
Princípio da horizontalidade: os sedimentos depositam-se em camadas
horizontais, pelo que, qualquer fenómeno que altere essa horizontalidade é
sempre posterior à sedimentação. Ex: dobras