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Keywords: Tucano North Sub-Basin and Jatobá Basin l Stratigraphy l stratigraphic chart
1
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Programação e Controle da Exploração
e-mail: peixotocosta@petrobras.com.br
2
E&P Exploração/Geologia Aplicada a Exploração/Modelagem de Sistema Petrolífero
3
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Sedimentologia e Estratigrafia
4
Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bahia/Exploração/Avaliação de Blocos e Interpretação Geológica e Geofísica
embasamento
O embasamento da Sub-bacia do Tucano
Superseqüência
Norte é representado pelos terrenos Canindé-
Marancó e Pernambuco-Alagoas, a noroeste e les-
Paleozóica
te-nordeste, pelos metassedimentos da Faixa de
Dobramentos Sergipana, a oeste-sudoeste e sudes- Três seqüências subdividem a seção paleozóica,
te, e pelas rochas sedimentares da Bacia Juá, a su- tendo atuado como embasamento para as bacias de
deste. A Bacia do Jatobá instalou-se integralmente Jatobá e de Tucano Norte. O registro sedimentar
sobre o terreno Pernambuco-Alagoas. abrange estratos do Siluriano/Devoniano (Formações
Conforme Delgado et al. (2003), os terrenos Tacaratu e Inajá), Carbonífero (Formação Curituba)
Canindé-Marancó e Pernambuco-Alagoas com- e Permiano (Formação Santa Brígida). Sua caracteri-
preendem rochas metavulcânicas e metassedimen- zação baseia-se, principalmente, em afloramentos
tares de idade mesoproterozóica (1.2-1.0 Ma), situados na borda flexural de ambas as bacias, uma
intrudidas por inúmeros batólitos graníticos, data- vez que poucos poços amostraram o intervalo. Este
dos do Mesoproterozóico (1.0 Ma) e do Neoprote- fato contribui para as incertezas existentes quanto à
rozóico (650-600 Ma). O terreno Canindé-Marancó distribuição das diferentes unidades e para a dificul-
caracteriza-se por duas seqüências metavulcano-se- dade de definição de suas relações estratigráficas.
dimentares, cuja origem relaciona-se a arcos
magmáticos. Uma faixa de gnaisses migmatíticos
separa estas duas seqüências. O terreno
Seqüência Siluro-Devoniana
Pernambuco-Alagoas subdivide-se nos complexos
Cabrobó e Belém do São Francisco. O primeiro reú- Rochas sedimentares pertencentes ao Grupo
ne duas seqüências, uma metassedimentar e outra Jatobá (formações Tacaratu e Inajá) caracterizam a
metavulcânica. Ortognaisses graníticos-tonalíticos e Seqüência Siluro-devoniana, que aflora a S-SE da
migmatizados constituem o segundo. Dentre os Bacia de Jatobá e a leste da Sub-bacia de Tucano
batólitos graníticos destacam-se as suítes Xingó e Norte, no Gráben de Santa Brígida. Em subsuperfí-
Chorochó, por suas grandes dimensões. cie, a unidade foi amostrada por apenas um poço,
A Faixa de Dobramentos Sergipana teve sua perfurado na Bacia de Jatobá. A Formação Tacaratu
evolução relacionada a um contexto de margem é representada predominantemente por clásticos gros-
passiva. Sua origem, deformação e metamorfismo sos (conglomerados e arcósios conglomeráticos), de-
deram-se durante o Neoproterozóico (850-650 Ma). positados no Siluriano, através de um sistema de le-
Rochas metassedimentares pelíticas e psamíticas de ques aluviais coalescentes (Ghignone, 1979; Menezes
natureza turbidítica caracterizam o subdomínio Filho et al. 1988). Ghignone (1979) sugere uma pos-
Macururé. O subdomínio Vaza-Barris é composto sível extensão da unidade ao Devoniano, tendo por
pelos Grupos Miaba (conglomerados, metagrauvacas, base dados palinológicos obtidos por Regali (1964).
metavulcânicas, metacarbonatos e metapelitos); Si- A Formação Inajá, cuja ocorrência restringe-se à Ba-
mão Dias (metassiltitos, filitos e metarenitos cia de Jatobá, inclui arenitos finos a grossos, caulínicos,
interestratificados, contendo lentes de rochas de origem fluvial, aos quais se intercalam pelitos ver-
metavulcânicas) e Vaza-Barris (diamictitos e filitos melhos. Sua deposição teria ocorrido no Devoniano,
seixosos sotopostos a metacarbonatos e raros filitos). como o indicam dados palinológicos (Regali, 1964
apud Ghignone, 1979; Brito, 1967a, 1967b apud Costa
referências
bibliográficas
Superseqüência Pós-
Rifte AGUIAR, G. A.; MATO, L. F. Definição e relações es-
tratigráficas da Formação Afligidos nas bacias do Re-
côncavo, Tucano Sul e Camamu, Bahia, Brasil. In:
Seqüência K50 CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 36., 1990,
Natal. Anais. São Paulo: Sociedade Brasileira de
A Seqüência K50 reúne depósitos relacionados Geologia, 1990. v. 1, p. 157-170.
ao estágio pós-rifte, identificando um contexto de sub-
sidência térmica, em bacia do tipo sag. O registro sedi-
BRITO, I. M. Contribuição ao conhecimento dos
mentar inclui as associações de fáceis aluviais que ca-
microfósseis devonianos de Pernambuco: I-
racterizam a Formação Marizal, representadas sobre-
Archaeotriletes. Anais da Academia Brasileira de
tudo por clásticos grossos (conglomerados e arenitos)
Ciências, Rio de Janeiro, v. 39, n. 2, p. 281-283, 1967.
de idade Neo-Alagoas (Neo-aptiano). Na Serra do Tonã
(Sub-bacia de Tucano Norte) são descritos ainda folhe-
lhos esverdeados e calcários escuros albo-aptianos, para BRITO, I. M. Contribuição ao conhecimento dos
os quais se sugere uma correlação com a Formação microfósseis devonianos de Pernambuco: II-Acritarcha.
Santana, na Bacia do Araripe (Bueno, 1996a; Magna- Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de
vita et al. 2003). Não há uma designação formal e Janeiro, v. 39, n. 2, p. 285-287, 1967.
específica para estes depósitos, que foram relaciona-
dos à Formação Marizal por Ghignone (1979). A seção BUENO, G. V. Serra do Tonã: um elo estratigráfico
pós-rifte recobre grande parte do Tucano Norte e da entre as bacias de Tucano Norte (BA) e Araripe
Bacia de Jatobá, sobrepondo-se aos depósitos (CE), Nordeste do Brasil. In: SIMPÓSIO SOBRE O
SEDIMENTAÇÃO
NATUREZA DA
LITOESTRATIGRAFIA
GEOCRONOLOGIA AMBIENTE
DISCORDÂNCIAS
Ma DEPOSICIONAL
FORMAÇÃO MEMBRO
ÉPOCA IDADE
0
NEÓGENO
10 NEO T O R T O N IA N O
MESO
20 EO B U R D I GAL IA N O
AQ U I TAN IA N O
NEO C E N O MA N IA N O
100
105
AL BI ANO
110
(GÁLICO)
115
ALAGOAS
APTIANO
CRETÁCEO
120
C O N T I N E N TAL
EO
JIQUIÁ
125
BURACICA
BARRE-
SÃ O SE BASTIÃ O
MIANO
MASSACARÁ
K30
SALVAD OR
F LUV IAL
130
FAN-DELTAS
ARAT U
4000
3025
HAUTE-
RIVIANO
( NEO C OM IANO )
135
K10 - K20
VALAN-
GINIANO
RIO
140
ILHAS
DA 585
SERRA
DELTAICO
800
BERRIA-
AMARO
SANTO
SIANO
LACUSTRE CANDEIAS
145
J20 - K05
LACUSTRE
BROTAS
DOM
FLÚVIO-EÓLICO SERGI 105
JOÃO LACUSTRE ALIANÇA CAPIANGA 180
FLÚVIO-EÓLICO BOIPEBA 120
NEO
150
250
RESTRITO A LITORÂNEO SANTA
MARINHO
500
550
EM BASAME NTO