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A amplitude cronoestratigráfica total de uma seqüência, contudo, pode ser estimada apenas
nos locais onde as concordâncias relativas são observadas, pois a deposição tende a ser mais
contínua e não há hiatos causados por erosão. É claro que a base e o topo temporal de uma
seqüência podem se encontrar em locais distintos da bacia.
BIOESTRATIGRAFIA
Na Bioestratigrafia os critérios de classificação dos estratos são paleotológicos uma vez que a
variação do conteúdo fossilífero deve refletir a evolução das espécies. As subdivisões
fundamentais são as biozonas (ou zonas) que podem ser subdivididas em subzonas ou
agrupadas em superzonas. São designados de acordo com um ou dois fósseis característicos.
Os limites da biozona podem ser definidos por distintos critérios paleontológicos, geralmente
pelo aparecimento de alguns ou desaparecimento de outros e também por vários tipos de
associação entre taxa.
BIOCRONOESTRATIGRAFIA
Para situações como a acima citadas a palinologia passa a ter uma importância capital, já que
os polens e esporos ocorrem nos dois ambientes podendo assim correlacionar os andares
locais com os internacionais.
BIOCRONOLOGIA
Em ambientes aquáticos os microorganismos vivem de acordo com o seu hábito, que pode ser
principalmente planctônico ou bentônico. O hábito nectônico, que é caracterizado por
movimentos próprios e menos dependentes da ação das correntes, é geralmente observado
em organismos maiores.
Os organismos planctônicos são aqueles que flutuam passivamente na massa d’água. Sendo
desprovidos de movimentos vigorosos próprios, capazes de impor uma direção, esses
organismos encontram-se dispersos nos corpos aquosos graças a ação de correntes. Em
função disso, muitas espécies planctônicas marinhas possuem dispersão tão acentuada que
são encontradas em várias regiões do planeta. Não há um controle latitudinal e as mesmas são
registradas tanto em mares polares/subpolares quanto em mares tropicais/equatoriais. Por
isso são denominados cosmopolitas. Encontram-se em geral na parte superior dos corpos
aquosos até onde a luz solar consegue penetrar. Essa camada, que tem espessura variável, não
ultrapassando geralmente os 200 m, é reconhecida como zona fótica.
Os organismos de hábito bentônicos são aqueles que vivem juntos ao substrato, na interface
água-sedimento, ou ligeiramente enterrados nas camadas mais superficiais do substrato. Por
serem praticamente fixos, com movimentos próprios inexpressivos, a sua presença é ditada
pelos condicionantes ecológicos do meio ambiente. Por isso, vários organismos bentônicos
possuem forte caráter endêmico, ou seja, caracterizam-se por habitar em determinada região
ou ambiente.
É importante ressaltar que para que a análise fossilífera de estratos e uso para datações
relativas é necessário que:
1) As espécies observadas sejam contemporâneas a deposição dos sedimentos;
2) Sejam conhecidas as preferências ecológicas das espécies registradas.
MICROFÓSSEIS CARBONÁTICOS
MICROFÓSSEIS FOSFÁTICOS
São constituídos geralmente de opalas, não são tão abundantes quando aqueles de natureza
carbonática. Podem ser totalmente dissolvidos antes mesmo de atingirem o substrato.
Encontram-se associados a fenômenos de ressurgência. Tem maior freqüência também em
depósitos de altas latitudes ou associados a emanações vulcânicas.
Diatomáceas: são algas fotossintetizantes que se encontram recobertas por uma carapaça
composta por duas valvas parcialmente encaixadas (frústula). Tem hábito bentônico e
planctônico. Usadas na caracterização e datação de paleoambientes. Tem aplicação
relativamente boa em altas latitudes, onde outros grupos fósseis encontram-se escassamente
representados.
Palinomorfos alóctones, principalmente aqueles de origem vegetal, são muito úteis para
correlação cronoestratigráfica entre depósitos de ambientes terrestres e aqueles formados em
ambientes transicionais e marinhos.
Em face a sua composição química, são extremamente resistentes aos vários processos
destrutivos que se observam nos meios sedimentares porem por serem orgânicos são muito
vulneráveis a oxidação.
Nos depósitos subaquosos de uma bacia, polens e esporos são elementos alóctones por
natureza. Em função dessa característica e da acentuada dispersão, esses grãos são os únicos
elementos microflorísticos que permitem correlações cronoestratigráficas entre depósitos em
diferentes contextos ambientais, por isso são intensamente utilizados em estudos
bioestratigráficos em bacias brasileiras.
Quitinozoários: são microfósseis-guia de parte da Era Paleozóica, são vesículas com formato
de garrafa ou urna que apresenta composição pseudoquitinosa. São considerados incertae
sedis. NoBrasil, os quitinozoários são bastante empregados nos estudos da bioestratigrafia dos
depósitos ordovício-devonianos das bacias intracratônicas do Amazonas, Solimões, Parnaíba e
Paraná.
Em condições normais a reprodução é axessuada onde a célula mãe se divide gerando duas
células filhas e a população expande-se naturalmente. No entanto em condições adversas
(águas mais frias, baixa disponibilidade de oxigênio e etc.) a reprodução é sexuada e duas
células fundem-se em uma só, formando um zigoto. Esse cisto tem um caráter passivo e
afunda na coluna d’água e vai constituir a fração dos bentos. Com a retomada das condições
favoráveis as espécies germinam e readquirem o hábito planctônico voltando a se reproduzir
assexuadamente.
Matéria orgânica: Pode ser dividida em dois grupos: matéria orgânica estruturada e a matéria
orgânica não-estruturada ou amorfa. Alem dos palinomorfos, os fitoclatos também
constituem o grupo de matéria orgânica estruturada. Os fitoclastos são em geral, partículas
provenientes de vegetais terrestres, sendo por isso, considerados elementos alóctones. A
matéria orgânica amorfa origina-se principalmente no fitoplâncton que habitava o corpo
aquoso. São considerados elementos autóctones.
MICROFÓSSEIS E INTERPRETAÇÕES PALEOAMBIENTAIS
A Paleoecologia tem por objetivo estudar as relações existentes entre os organismos fósseis e
os ambientes em que viveram.