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PALEOECOLOGIA

.
•Refaz as relações entre os organismos do
passado e seu meio ambiente
•Reconstrói os antigos ecossistemas e os
organismos de forma mais precisa possível
PRINCÍPIO: Uniformitarismo Taxonômico: fósseis tinham
necessidades e hábitos de vida “semelhante” aos organismos atuais.

•A ecologia dos organismos atuais serve de chave para a


interpretação dos requisitos ecológicos de organismos
pretéritos.
• As exigências ambientais de organismos fósseis são as
mesmas dos organismos atuais.
• A morfologia dos organismos tem função
fisiológica - ANALOGIA
LIMITAÇÕES DOS ESTUDOS
PALEOECOLÓGICOS
1-Tafonômicas
A ) Perda de parte dos elementos da comunidade
B) Ausência de organismos de corpo mole
C) Organismos transportados (alóctones e para-autóctones)
D) Organismos que viveram em "tempo diferente"

2- De Interpretação
Formas extintas e não aparentadas com grupos
atuais não permitem deduções diretas.
ORGANISMOS
Generalistas (euribiontes; euri = largo) tem
grande tolerância a mudanças no físico ou biótico;

Especialistas (estenobiontes; Steno = estreito)


toleram poucas variações, vivendo em locais
restritos = BIOINDICADORES . indicam as
condições do meio em que viveram.

Oportunistas – São resistentes, adaptados a


variações ambientais para colonização de
ambientes (fotossintetizantes, organismos iniciais
da cadeia trófica).
Paleobioindicadores
• BIOINDICADORES = gêneros ou espécies que indicam as
condições do meio em que viveram. São Organismos
estenohalinos, estenotermos, etc. Ex. equinodermatas,
foraminíferos, etc.
PARÂMETROS ECOLÓGICOS
TODOS SÃO FATORES DE LIMITAÇÃO ECOLÓGICA

• Bióticos Hábitos: locomoção,


alimentação, relação entre os outros
organismos da comunidade.

• Abióticos  Habitat: substrato, luz,


temperatura, salinidade, profundidade,
nutrientes, oxigênio.
BIÓTICOS
• Locomoção
• planctônico, Nectônico, bentônico, voador,

• Estrutura trófica
• fotossintetizantes, herbívoros, suspensivos,
detritívoros, carnívoros.
P
PLANCTONICOS E
Holoplanctônicos
Meropalctônicos
Necroplantcônicos L

A
NECTONICOS
G

C
BENTONICOS
O
fixos (séssil)
Móveis (vágeis, livres)
Endobentonicos:
Escavadores (sedimento)
infauna rasa
infauna Profunda
perfuradores (rocha)
PARAMETROS ABIÓTICOS
• Substrato: consolidado ou inconsolidado, controla a
distribuição dos organismos bentônicos
• Luz: Zona fótica (+200m), zona afótica
• Temperatura: Org. euritermos e estenotermos
• Salinidade - Conteúdo de sais dissolvidos nas águas:
• Hiperalinas ou hipersalinas (> 40%o),Eualinas (30 - 40%o),
Mixohalinas ou salobras (5 - 30%o)e Doces (< 5%o)
• Profundidade: manifesta-se através da pressão hidrostática X
luz (1atm/10m).
• Oxigênio- ambiente óxico e anóxico
• Nutrientes:(F, N, SiO2, metais-traços)Em condições eutróficas
(rico em nutrientes = bentos com elevada densidade de
endofauna) e em condições oligotróficas (pobre em
nutrientes = bentos com baixa densidade endofaunística e
presença de epibiontes vágeis)
Água rasa –Rico em
nutrientes.
Predomínio de
bentônicos.
bentos fixo e com elevada
densidade de escavadores

Água profunda - pobre


em nutrientes =
Predomínio de
planctônicos e nectônicos

Bentônicos móveis
PALEOAUTOECOLOGIA
• Estudo das interações entre um organismo
fóssil, e os fatores bióticos ou abióticos do
ambiente.

• Ex. estágios ontogenéticos de uma


população, dimorfismo sexual, hábitos de
alimentação, locomoção.
RELAÇÃO ENTRE A FORMA DO CORPO E O TIPO DE NATAÇÃO DE DASTILBE
CRANDALLI DA FORMAÇÃO CRATO, EOCRETÁCEO DA BACIA DO ARARIPE
44 fósseis foram analisados medidos

Natação tipo carangiforme


provavelmente não apresentava
um grande
potencial de impulso, devido ao
alinhamento de nadadeiras.
Entretanto, como típico nadador
BCF carangiforme, pode-se
considerar
que D. crandalli apresentava um
potencial bom, para escapes,
evitando-se a
predação por peixes maiores.
PALEOSSINECOLOGIA
Interação entre a Paleocomunidade e
o paleoambiente;

• Parâmetros analisados:
Diversidade, densidade, frequência, interações
entre as espécies, estrutura trófica
dependências/interdependências, simbiose,
parasitismo, predadores/presas.
Comunidade marinha do Devoniano. Fm. Inajá, B. Jatobá.
Transgressões e regressões
2- Em uma paleocomunidade de ambiente lacustre foram
encontrados os seguintes fósseis:
Diatomáceas; Comparando-se essa lista de
Bivalves; organismos com os organismos
atuais que vivem em lagos diga:
Peixes;
Gastrópodes; a.Quem faz parte da assembleia
autóctone? E da paraautóctone?
Ostracodes;
conchostráceos; b. Quais organismos de corpo
Insetos; mole deveriam fazer parte da
comunidade atual?
folhas de vegetais
Aquáticos e não aquáticos; c. O que deve ter acontecido com
o registro na paleocomunidade
sementes, polens dos organismos de corpo mole?
1 - Como vc interpretaria à existência de transgressões ou
regressões marinhas levando se em conta os aspectos
ligados ao hábito de vida dos paleoorganismos das seguintes
associações fossilíferas:

A – Fácies rica em fósseis de crustáceos, bivalves e


gastrópodes na base, passando para ossos e dentes
isolados de peixes, cefalópodes e foraminíferos
planctônicos no topo.

B – Fácies rica em fósseis de fragmentos ósseos e


dentes de peixes e cefalópodes na base e para o
topo, o predomínio de bivalves e gastrópodes.
PALEOBIOGEOGRAFIA

Cada espécie possui sua distribuição geográfica e


está posicionada dentro de PROVÍNCIAS.
Estudo da distribuição geográfica
dos organismos ao longo do tempo.
• Cada espécie possui sua distribuição geográfica e está
posicionada dentro de PROVÍNCIAS.

• Ex. atual de PROVÍNCIAS BIÓTICAS = Domínio = bioma –


região na qual as comunidades mantêm composição
característica e homogênea.
Ex. Província de mamíferos (masurpiais) na Austrália.
Bioma da caatinga no Semi-árido do NE.

• PALEOPROVINCIAS
•Ex. Paleoprovincia Florística Gondwânica. Paleocontinente Gondwana, Flora
de Glossopteris.
Províncias Florísticas do Fim da Era Paleozóica
Paleoprovíncia de Mesossaurus
Permiano ( 295 – 245Ma)
• A distribuição pode ser involuntária (plancton)
ou voluntária (vertebrados).

• Fauna e Floras Cosmopolitas (pandêmicos,


euritrópicos) = grande distribuição (dispersão)
geográfica.

• Faunas e Floras Endêmicas (indígenas, nativos,


estenotrópicos) = distribuição restrita
geograficamente. Tem pequena dispersão.
Fatores que interferem
na dispersão:
1- Taxa de reprodução;

2- Barreiras
•Qualquer obstáculo de ordem física ou
biológica que interponha a distribuição da
biota e definam os limites das províncias.

Ex. temperatura, profundidade, salinidade,


rios, mares, vegetação, competidores,
montanhas, desertos.
3-Corredor
• Caminhos de dispersão rápida não seletiva.

• Ex ligação A Sul e A Central permitiu a passagem


de fauna continental no Plioceno final.

4- Filtro
• Caminhos de dispersão seletiva
representando barreiras parciais.
• Ex. conjunto de ilhas vizinhas, para aves.
Quaternário
2,5 Ma.

Fauna Nativa A. Sul: toxodon,


preguiças, tatus, gliptodontes,
tamanduás,

Fauna A. Norte: elefantes, ursos


felinos, cavalos, camelídeos,
tapires, cervos.

DESEQUILÍBRIO ECOLÓGICO 
MUITAS FORMAS EM EXTINÇÃO

CORREDOR PARA FAUNA E


FLORA CONTIMENTAL E
BARREIRA PARA ORG.
MARINHOS
Centro de dispersão = centro
de endemismo
• Local geográfico em que um táxon
surgiu.
À medida que vão se desenvolvendo,
progressivamente vão colonizando
regiões vizinhas.
Ex.
B. Araripe, Gr. Santana-Centro de dispersão
de plantas com flores;
B. Paraná, Fm. Sta Maria – Centro de
dispersão de repteis ancestrais dos mamíferos
Centro de dispersão das
angiospermas

Centro de dispersão de repteis ancestrais dos mamiferos


Formação Santa Maria (Triássico) da Bacia do Paraná
( 245 – 205 Ma)

Répteis terapsídos
Aptiano
126-113 Ma
DIVISÕES DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
DOS ORGANISMOS ATUAIS
1- Biogeografia ecológica – dependem das causas físicas que
operam no presente.
2- Biogeografia Histórica – Relacionada a causas pretéritas

• A distribuição atual é consequência dos


acontecimentos passados.
• O registro fóssil explica a distribuição
dos grupos atuais.
Causas da distribuição
natural dos táxons hoje
1 - Ancestrais originalmente ocorreram em
algum outro lugar e depois, eles ou
descendentes, migraram para nova área
= Dispersão.

2 - Ancestrais originalmente ocorreram lá e


seus descendentes sobreviveram até o
Presente = Vicariância.
• Dispersão – parte da população de
distribuição geográfica limitada por
uma barreira, consegue atravessá-la,
colonizando novas áreas.
Se a população colonizadora
permanecer isolada dos membros da
área de origem, evoluirão táxons
distintos.

Ex: Intercambio no Plioceno entre


mamíferos da A do norte e da A. Sul,
após o estabelecimento do Istmo do
Panamá.
Quaternário
2,5 Ma.
Faunas Nativas
A. Sul: toxodon, preguiças,
tatus, gliptodontes, tamanduás,
A. Norte: elefantes, ursos
felinos, cavalos, camelídeos,
tapires, cervos.
Consequencias da migracão:
Desequilíbrio ecologico 
muitas formas se extinguiram.
• Vicariância – Ao Surgimento de
uma barreira geográfica
intransponível, uma população é
dividida em sub populações .
Com o tempo, as sub populações
evoluem para diferentes táxons.

• Exemplo: distribuição das aves


ratitas (emas, avestruzes,
casuares, emus) na A. Sul, África e
Austrália, explicada pela
fragmentação do Gondwana .
Fauna de Rathites = atualmente em: A Sul, África, Austrália,
no Mesozóico, ocupavam grande parte do Gondwana.
1. O que é Paleobiogeografia?
2. Barreira, Corredor, centro de endemismo?
3. Como levantar as distribuições de faunas e
floras passadas?
4. Como compreender a distribuicao geográfica
de faunas e floras atuais?
5. Para que serve a Paleobiogeografia?
1) A Tectônica de placas tem
influencia na evolução da Vida?

2)O que é uma espécie


biológica?

3) O que é uma espécie


Paleontológica?
AMBIENTES:
MODOS
DE VIDA

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