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DO ESTADO DO PARANÁ
1 - APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................2
2 - INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................3
2.1 – Fundamentos teóricos.....................................................................................................................3
2.2 – Vulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão) das rochas mais comuns.........................4
2.3 – Geologia do Paraná .......................................................................................................................5
3 – POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DAS ROCHAS DO ESTADO DO PARANÁ ................7
3.1 – Região I - Cristalino .......................................................................................................................7
3.2 - Região II – Sedimentar da Bacia do Paraná...................................................................................8
3.3 – Região III – Vulcânicas da Bacia do Paraná .................................................................................8
3.4 - Região IV – Arenito Caiuá ..............................................................................................................9
3.5 – Região V - Litoral .........................................................................................................................10
4 – GEOLOGIA E VULNERABILIDADE DAS ROCHAS NAS MESO-REGIÕES PARANAENSES 14
4.1 - Meso-Região Metropolitana..........................................................................................................14
4.2 - Meso-Região Centro Oriental .......................................................................................................19
4.3 - Meso Região Sudeste.....................................................................................................................26
4.4 - Meso Região Norte Central...........................................................................................................31
4.5 - Meso Região Norte Pioneiro .........................................................................................................35
4.6 – Meso Região Centro Sul ...............................................................................................................39
5.7 – Meso Região Centro Ocidental.....................................................................................................43
5.8 – Meso Região Oeste .......................................................................................................................46
5.9 – Meso Região Sudoeste ..................................................................................................................49
5.10 – Meso Região Noroeste ................................................................................................................54
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................................59
ANEXOS ...................................................................................................................................................62
- MAPA GEOLÓGICO DO PARANÁ .............................................................................................62
- VULNERABILIDADE À DENUDAÇÃO DAS ROCHAS DO PARANÁ........................................62
- TABELA – Distribuição dos Municípios Paranaenses por Meso-Regiões definidas pelo IBGE..62
1 - APRESENTAÇÃO
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2 - INTRODUÇÃO
Como toda rocha é um agregado de minerais, sua resistência ao intemperismo vai depender
da resistência ao intemperismo dos minerais que a compõem (o que depende da natureza das
ligações entre os átomos dos diferentes elementos químicos que os constituem), bem como da
resistência à desagregação entre os minerais (o que vai depender da natureza das forças que
agregam as partículas, cristais ou grãos).
Segundo os autores acima, se os minerais comuns das rochas ígneas fossem alinhados em
ordem crescente de resistência ao intemperismo químico a seqüência seguiria a ordem de
cristalização do magma, sendo a olivina o mineral mais susceptível e o quartzo o mais estável. A
seqüência é a seguinte:
3
A correspondência entre a seqüência de intemperismo e a seqüência de cristalização do
magma significa que os minerais que se cristalizam a altas temperaturas são os que mais facilmente
se desequilibram quando expostos às condições da superfície da Terra, e guarda estreita relação
com a natureza das ligações químicas entre os íons que formam os minerais.
ROCHAS ÍGNEAS
Riólito – granito – dacito – granodiorito – quartzo diorito – fonólito – nefelina sienito – traquito –
sienito – andesito – diorito – basalto – anortosito – gabro – peridotito – piroxenito – kimberlito –
dunito.
ROCHAS METAMÓRFICAS
– A partir da composição química e do grau de metamorfismo regional (cinético, dínamo-termal,
plutônico) vai do quartzito (composto apenas de SiO2 e praticamente inerte quimicamente) ao
mármore (sofre rápida dissolução por carbonatação):
Quartzito – granulito – migmatitos – gnaisses – milonitos – xistos –anfibolitos – filitos – ardósia –
mármores.
ROCHAS SEDIMENTARES
– Além da constituição química dos minerais que compõem os fragmentos detríticos e os
precipitados químicos das rochas sedimentares, outras características como: granulometria, seleção,
maturidade, diagênese e litificação devem ser considerados para o ordenamento com relação à
resistência ao intemperismo e à erosão.
Arenito quartzoso – conglomerado – subgrauvaca – grauvaca – siltito – argilito – folhelho – marga
– dolomito – calcário – evaporito – sedimentos inconsolidados (aluvião, colúvio e pedimentos).
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Escala de vulnerabilidade à denudação das rochas mais comuns
Quartzitos ou Milonitos, Arenitos quartzosos
1,0 1,7 2,4
meta-arenitos Quartzo-muscovita- ou ortoquartzitos
Biotita-Clorita xisto
Riolito, Granito, Piroxenito, Anfibolito, Conglomerados,
1,1 1,8 2,5
Dacito Kimberlito, Dunito Subgrauvacas
Granodiorito, Hornblenda-Tremolita- Grauvaca, Arcósio
1,2 1,9 2,6
Quartzo Diorito, Actinolita xisto
Granulito
Migmatito, Estaurolita-xisto, Xisto Siltito, Argilito
1,3 2,0 2,7
Gnaisse granatífero
Fonolito, Filito, Metassiltito Folhelho
1,4 2,2 2,8
Nefelina-Sienito,
Traquito, Sienito
Andesito, Ardósia, Metargilito Calcário, Dolomito,
1,5 2,2 2,9
Diorito, Basalto Marga, Evaporito
Anortosito, Mármore Sedimentos
1,6 2,3 3,0
Gabro, Peridotito inconsolidados
(aluvião, colúvio, etc)
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Figura 1 – Compartimentos geológicos e grupos litológicos no Paraná.
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3 – POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DAS ROCHAS DO ESTADO
DO PARANÁ
O Estado do Paraná possui cerca de 200.000 km2 de território e pode ser subdividido do
ponto de vista geológico geotécnico em cinco compartimentos que podem ser denominados:
cristalino, sedimentar, basalto, arenito e litoral
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Tem grande potencial mineral, principalmente para minerais metálicos e preciosos (chumbo,
prata, ouro), e não metálicos como: fluorita, talco, feldspato, caulim, calcário, rochas
ornamentais.
Apresenta intensa exploração de matérias primas para a construção civil (argila, areia e
brita), contudo, a exploração mineral convive em constante conflito com áreas de ocupação
e de preservação ambiental;
Possui a maior densidade populacional, com grandes reservas de água mineral (Aqüífero
Carste), com problemas de ocupação urbana em mananciais, sem o devido cuidado com a
contaminação dos lençóis superficiais e subterrâneos;
O padrão de fraturas, juntamente com as zonas vesiculares do topo dos derrames, pode
funcionar como canais alimentadores de aqüíferos subterrâneos, necessitando medidas de
monitoramento da descarga de efluentes químicos, industriais e domésticos para evitar a
contaminação das águas superficiais e subterrâneas neste compartimento.
Cerca de 12% da superfície do Estado (23.500 km2) é representado por rochas formadas em
ambiente fluvial e desértico, cujas rochas predominantes são os arenitos seguidos de siltitos e
argilitos pertencentes ao Grupo Bauru (Formação Caiuá). São rochas com médio a alto índice de
vulnerabilidade ao intemperismo e erosão que apresentam baixo potencial mineral, exceto as areias
para construção civil e de uso industrial.
O controle e prevenção da erosão são um desafio constante e necessário para que se possa
garantir a expansão dos núcleos urbanos e das atividades econômicas na região. E neste sentido, o
conhecimento do meio físico, suas características e funcionamento, são imprescindíveis tanto para o
controle quanto para a prevenção dos fenômenos erosivos, permitindo uma ocupação mais
adequada e segura. De acordo com o diagnóstico efetuado pelos pesquisadores citados, a sede dos
fenômenos considerados como riscos, na maior parte da região noroeste do Paraná, é
preferencialmente a cobertura pedológica e não o substrato rochoso.
A vegetação original era constituída por uma floresta pluvial subtropical que foi devastada
dando lugar, inicialmente, às lavouras de café e pastagens e, após a erradicação dos cafezais, na
década de 1970, às pastagens artificiais preferencialmente. No início da década de 1980 foi
introduzida a cultura da cana de açúcar para atender as usinas de álcool instaladas na região. Mais
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recentemente a região noroeste tem sido considerada como a nova fronteira agrícola,
principalmente para a cultura de soja no sistema de plantio direto. Esta cultura vem ocupando áreas
antes destinadas às pastagens, com ótimos resultados de produtividade.
Para as zonas de riscos da região do Arenito Caiuá (compartimento IV) devem ser
observadas minimamente as seguintes recomendações para uso e ocupação dos solos:
Nas áreas afetadas por ravinas e voçorocas; deslizamentos ativos; solifluxão evidente;
afloramento de lençol freático; desbarrancamento de margens de ribeirões e córregos;
várzeas e fundos de vales sujeitos a assoreamento, os processos ativos devem ser corrigidos
e contidos através de obras específicas, quando necessário, e do controle da drenagem
superficial e subterrânea, e reflorestamento das áreas marginais para evitar a evolução
remontante dos processos erosivos.
Nas áreas de instabilidade potencial que são: áreas periféricas às voçorocas (que serão
afetadas pelo processo de erosão remontante e de alargamento); áreas com indícios de
deslizamentos; vertentes de declividades fortes; zonas de ruptura côncava com lençol
hidromórfico próximo da superfície, cabeceiras de drenagem, nichos de nascentes; todas as
construções, implantações agropecuárias, que tendem a modificar o equilíbrio precário dos
solos, principalmente sobre os de textura areia na baixa vertente e próximo aos nichos de
nascentes, devem ser evitados.
As tendências atuais preconizadas no trabalho de Angulo (op cit) podem ser sintetizadas em:
(a) estabilidade nas praias oceânicas sem ocupação ou cuja ocupação está recuada em relação a
linha de costa.
(b) Oscilação com forte avanço e recuo nas praias influenciadas pelas desembocaduras.
(c) Deslocamento contínuo para sul da desembocadura do Mar do Ararapira até à abertura de nova
desembocadura, na próxima década, quando a atual tenderá ao fechamento.
(d) Continuação da tendência erosiva do setor norte da Praia do Farol, na Ilha do Mel.
(e) Continuação da tendência erosiva entre o Canal do DNOS e Ponta do Poço, originada pelo
próprio canal.
(f) Aumento da erosão praial nos balneários Flamingo e Riviera, provocada pelos enrocamentos.
(g) Aumento da erosão praial na Praia Central de Matinhos pelas obras rígidas - muros,
enrocamento e gabiões. Na parte norte desta praia pode haver estabilidade devido a retirada de
residências e liberação de uma faixa sem ocupação.
(h) Aumento da erosão na parte norte de Praia Brava de Caiobá, devido a invasão da praia e pelas
obras de controle de erosão.
(i) Assoreamento das baías de Guaratuba e Paranaguá, em função da carga de sedimentos
transportada pelos rios que drenam as vertentes orientais da Serra do Mar.
O autor citado conclui que no Paraná os problemas da Região do Litoral são decorrentes
principalmente de uma ocupação inadequada, muito próxima da linha de costa. Além da destruição
das dunas frontais que funcionam como estoque de areia para a praia, não foi deixado espaço
suficiente para que se processem os ciclos naturais de avanço e recuo. Em alguns casos a ocupação
se deu invadindo a própria praia, e alterando o equilíbrio do sistema praial.
Na maioria dos casos onde se verificaram problemas erosivos, estes foram causados por
interferência antrópica, notadamente praia Brava de Caiobá, Praia Central de Matinhos, Balneários
Flamingo e Riviera e entre o Canal do DNOS e Ponta do Poço. O caso da Ilha do Mel é mais
complexo, pois apesar de estar localizada numa área de alta mobilidade natural, efeitos antrópicos
não podem ser descartados, tais como os provocados por dragagens no canal de acesso ao Porto de
Paranaguá e o despejo de materiais dragados.
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Unidade Ambiente Agrupamento Potencialidade Área % do Índice de
estratigráfica predomi- de rochas mineral 2 Vulnerabilidade
km Estado (Crepani et al,
nante jazidas e minas
2001)
Sedimentos fluviais aluviões, argilitos, arcósios, diamante, ilmenita, 6.377 3,2 2,6 - 3,0
Recentes atuais e sub areias, cascalhos, turfeiras zirconita, ouro,
atuais turfa
Grupo planície arenitos, siltitos, lamitos 23.520 11,8 2,4 – 2,7
Bauru fluvial e avermelhados
desértico
Rochas ígneas Vulcanismo diques básicos, plutões fosfato, terras 1,4 – 1,5
alcalinas continental sieníticos, fonolíticos e raras, fluorita
carbonatíticos
Formação Vulcanismo derrames, diques e sills cobre, ágata, 105.043 52,7 1,5
Serra Geral continental basálticos toleíticos ametista, pedra
brita, argila
Formação Desértico e Arenitos e raros Areia industrial e 2.790 1,4 2,4
Botucatu planície conglomerados para construção
aluvial civil
Intrusões gábricas com rochas 1,6
diferenciados alcalinos ornamentais
Formação fluviais, siltitos , argilitos, arenitos calcário, argila 6.378 3,2 2,7 – 2,9
Rio do Rastro planície verdes ou vermelhos e vermelha
deltáica e de calcarenitos
marés
Formação planície de siltitos acinzentados com calcário, argila 6.776 3,4 2,7 – 2,9
Teresina marés e de lentes de calcários vermelha
plataforma
epinerítica
Formações plataforma lamitos, argilitos, folhelhos calcário, xisto 2.790 1,4 2,7 – 2,9
Serra Alta epinerítica e cinza escuros e pirobetuminoso,
e Irati bacia restrita pirobetuminosos argila
Formações plataforma siltitos cinzentos, arenitos, calcário, urânio, 4.783 2,4 2,7 – 2,9
Palermo e epinerítica, folhelhos e calcários carvão, argila
Rio Bonito planície vermelha
litorânea e
flúvio
deltáicos
Grupo Depósitos folhelhos e siltitos cinzentos, Carvão, areia 13.952 7 2,4 – 2,8
Itararé Litorâneos arenitos esbranquiçados, industrial, argila
Plataforma diamictitos, ritmitos, arenitos refratária
Periglacial grosseiros avermelhados e caulínica
deltáica
Formação Litorâneos e folhelhos e siltitos, argila vermelha 1.993 1 2,4 – 2,8
Ponta Grossa de localmente betuminosos e
plataforma arenitos finos
Formação depósitos arenitos médios a grosseiros, areia, caulim 4.185 2,1 2,4 – 2,7
Furnas aluviais e e conglomeráticos e siltitos
litorâneos
Grupo vulcano- siltitos, lamitos, arenitos, ouro, argilas, pedra 797 0,4 2,4 – 2,7 (sedim.)
Castro sedimentar arcósios, conglomerados, brita 1,1 – 1,5
riolitos, andesitos, (vulc.)
ignimbritos, tufos, brechas
riolíticas, quartzo-latitos
Formação vulcano- conglomerados, arcósios, ouro 199 0,1 2,5 – 2,7 (sedim.)
Guaratubinha sedimentar siltitos, argilitos, brechas 1,1 – 1,5
vulcânicas, tufos, lavas (vulc.)
riolíticas e andesíticas
Formação siltitos, conglomerados 199 0,1 2,6 – 2,7
Camarinha polimíticos, arcósios e
argilitos
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Unidade Ambiente Agrupamento Potencialidade Área % do Índice de
estratigráfica predomi- de rochas mineral 2 Vulnerabilidade
km Estado (Crepani et al,
nante jazidas e minas
2001)
Granitóides granitos alcalinos, sienitos e rocha ornamental, 996 0,5 1,2 – 1,4
alaskitos ouro,cassiterita,
wolframita e
molibdenita
Granitóides granodioritos, monzonitos e 199 0,1 1,1 – 1,2
granitos com horblenda e
biotita
Granitóides batólitos graníticos com 4.385 2,2 1,1
macrocristais de feldspato
potássico
Granitóides granitos gnáissicos e de 597 0,3 1,3
anatexia
Seqüência meta-ritmitos, metarenitos, metacalcário 199 0,1 2,1 – 2,4
Antinha metacalcários e calcítico
metaconglomerados
Formação vulcano- Meta-siltitos, metavulcânicas, talco, caulim, 1.395 0,7 2,1 – 2,4
Itaiacoca sedimentar mármores dolomíticos e mármore
dolomitos. metarenitos, dolomítico
quartzitos e micaxistos
Formação Meta-siltitos, metargilitos, mármore 996 0,5 2,1 – 2,4
Capiru filitos grafitosos, mármores dolomítico
dolomíticos e dolomitos,
metarenitos
Formação Meta-siltitos, metargilitos, metacalcário 1.594 0,8 1,9 - 2,2
Votuverava meta-ritimitos, ardósias, calcítico e (terrígenos)
metarenitos, micaxistos, dolomítico 2,9
calcários e dolomitos (carbonáticos)
migmatitos bandados, 398 0,2 1,3 – 1,7
micaxistos e quartzitos
Grupo Setuva calcoxistos, mármores, mármore, zinco, 797 0,4
Formação micaxistos, metatufos barita, chumbo,
Água Clara básicos e rochas prata, fluorita
manganesíferas
Grupo Setuva granada-silimanita xistos,
Complexo actinolita-biotita xistos, xistos
Turvo-Cajati calco-silicáticos, mármores
dolomíticos e
calcossilicáticos
Grupo Setuva calco-xistos, micaxistos, chumbo, zinco, 797 0,4
Formação metabasitos, anfibolitos prata
Perau quartzitos e Metavulcânicas
ácidas
Complexo migmatitos bandados, rochas para 6.577 3,3
Pré-Setuva gnaisses fitados e ocelares, revestimento, ouro
quartzitos a magnetita,
anfibolitos, metabásicas,
serpentinitos e talcoxistos
Complexo charnoquitos, granulitos, 597 0,3
Serra Negra xistos manganesianos,
anfibolitos, micaxistos e
quartzitos
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4 – GEOLOGIA E VULNERABILIDADE DAS ROCHAS NAS
MESO-REGIÕES PARANAENSES
As rochas mais antigas, de alto grau metamórfico (granulitos) situam-se na porção sudeste,
próximo ao litoral. As rochas de baixo grau metamórfico ocorrem na porção noroeste do Escudo,
correspondendo às rochas do Grupo Açungui (filitos, mármores, quartzitos, entre outras), intrudidas
por vários corpos graníticos, rochas básicas e alcalinas. O índice de vulnerabilidade à denudação
(intemperismo e erosão) dessas rochas varia desde muito resistentes, até rochas sedimentares e
calcárias com grande facilidade de dissolução e erosão.
Os municípios de Balsa Nova, Campo do Tenente, Lapa, Porto Amazonas e Rio Negro têm
o substrato rochoso formado principalmente por sedimentos finos a grosseiros (folhelhos, siltitos,
ritmitos, arenitos finos a grosseiros, diamictitos e raras camadas de carvão) do Grupo Itararé da
Bacia Sedimentar do Paraná. O índice de vulnerabilidade atribuído para essas rochas, de acordo
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com Crepani et al, 2001, situa-se em torno de 2,4 (em uma escala de 1,0 a 3,0). São rochas de fácil
entalhamento pelos rios, conforme comprovado pelo relevo em platôs elevados, dissecados por
canyons e escarpas, que formam a borda do segundo planalto paranaense.
Recursos Minerais
São descritas potencialidades para Ferro em Antonina (Arioli e Falcade, 1980).
Metais básicos (Cu, Pb e Zn) e preciosos (Au e Ag) (Fritzsons Jr, 1980 e Falcade, 1982) no
município de Guaraqueçaba.
Várias ocorrências de ouro em gnaisses ácidos e magnetíticos com quartzo, tendo sido
medida uma reserva de 614 kg de ouro contido com teor médio de 2,8 g/t, no município de
Morretes (Salazar Jr. e Oliveira, 1988).
No Complexo Máfico Ultramáfico de Piên são descritas ocorrências de talco-xistos em
lentes, associadas aos xistos magnesianos, situadas próximo à divisa Paraná - Santa
Catarina; e ocorrências de ouro e caulim próximo a Trigolândia.
Ocorrências de prata e outros sulfetos (pirita, calcopirita, calcantina, galena, molibdenita e
tetradimita) na Serra da Prata, no município de Guaratuba, (Arioli e Duszczak, 1980).
Martini (1981) reconheceu o potencial da Formação Votuverava para metais básicos W, Sn
e Mo junto ao contato do granodiorito São Sebastião. Pontes e Salazar Jr. (1982), e Dias
(1984) avaliaram o potencial das mineralizações de Cu-Pb-Zn e metais associados,
principalmente Au, na região de São Silvestre, em Rio Branco do Sul.
No povoado do Tigre, município de Cerro Azul, Andrade e Silva (1981) analisou os
minérios de barita associados a metais básicos e identificou os seus controles geológicos.
Trata-se de depósitos estratiformes, concordantes com quartzitos da base da Formação
Votuverava, com remobilizações locais na forma de veios discordantes. A barita forma
bandas milimétricas a métricas dentro das rochas encaixantes.
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As mineralizações de fluorita do Vale do Ribeira, no município de Adrianópolis,
denominadas de São Sebastião e do Braz, ocorrem encaixadas em metasedimentos
Votuverava. A ocorrência de São Sebastião situa-se na localidade de Sete Barras, junto ao
contato com o granito Itaóca. O minério forma lentes de até 10 m de espessura,
concordantes com os mármores e subparalelos ao contato, ao longo de uma distância de
aproximadamente 1 km e o teor médio de CaF2 é de 56%. A ocorrência do Braz é descrita
como associada a um pacote de mármore calcítico com intercalações de calco-filito e
quartzo-sericita-xisto. O pacote carbonático atinge 2-3 km de espessura e é recortado por
filões de fluorita, encaixados em fraturas NE. O teor médio é de 48% de CaF2 (Silva, Felipe
e Pontes, 1981).
A jazida de Fluorita de Volta Grande, no município de Cerro Azul, foi descoberta
originalmente pela Nuclebrás e avaliada pela MINEROPAR que cubou dois corpos de
minério com reservas de 635.000 t de fluorita com teor médio de 39% e teor de corte de
20% de CaF2 (Silva, Felipe e Pontes, 1981). Trata-se de mineralização de fluorita em
enclaves de mármores impuros, dentro de uma zona de cataclase, sobre o granito Três
Córregos. O corpo de maior volume foi lavrado parcialmente pela Mineração Nossa Senhora
do Carmo. As jazidas da Volta Grande, de Sete Barras (2.748.000 t), do Brás (1.000.000 t) e
do Mato Preto (2.800.000 t) somam 7.183.000 t de fluorita, sendo as maiores reservas do
território brasileiro.
O maciço Granítico Agudos do Sul possui várias pedreiras exploradas para fins
ornamentais. Comercialmente são produzidas quatro variedades de granitos: Vinho Mel
(granito cor-de-rosa), Paranatuba (granito bege-amarelado a laranja, Amarelo Castor
(granito bege-amarelado) e Marrom Tarumã (granito cinza-claro).
O Granito Morro Redondo tem sido explorado para fins comerciais no município de
Guaratuba, próximo a BR-101, extraído como rocha ornamental (granito Cerro Azul). No
município de Garuva são produzidos apenas paralelepípedos. Na área do Quiriri, existe
frente de exploração de caulim em atividade.
O maciço do Anhangava contém numerosas pedreiras exploradas para pavimentação
poliédrica e revestimento, concentradas na sua porção ocidental, particularmente junto a
Borda do Campo. Uma única empresa extrai blocos para granito ornamental com nome
comercial de Rosa Curitiba.
Os sienitos e rochas alcalinas associadas no maciço de Tunas são bastante valorizados como
rocha ornamental (Verde Tunas).
Potencial para Terras raras, barita, fluorita, Nb, Pb e Zn, no Complexo Alcalino
Carbonatítico da Barra do Itapirapuã, município de Cerro Azul (Silva, 1984).
Os depósitos de sedimentos que ocorrem nos aluviões dos grandes rios do Primeiro Planalto
e do Litoral, fornecem areia e argila, e os gnaisses e migmatitos fornecem brita, principais
matérias primas utilizadas pela construção civil.
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4.2 - Meso-Região Centro Oriental
A geologia dos municípios de Arapoti, Imbaú, Palmeira, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania
é dominada por arenitos médios a grosseiros e, subordinadamente, arenitos conglomeráticos e
siltitos esbranquiçados da Formação Furnas, recoberta por folhelhos e siltitos cinzentos, localmente
betuminosos, com intercalações de arenitos muito finos, esbranquiçados da Formação Ponta Grossa.
Mais para oeste são recobertos por rochas do Grupo Itararé, onde aparecem folhelhos, siltitos
cinzentos, arenitos finos a médios, esbranquiçados diamictitos e raras camadas de carvão
(Formação Rio do Sul); arenitos finos a grosseiros, esbranquiçados e amarelados, siltitos e ritmitos
(Formação Mafra); e arenitos grosseiros, avermelhados, siltitos, ritmitos e diamictitos (Formação
Campo do Tenente). O índice de vulnerabilidade à denudação dessas rochas varia de 2,4 a 2,8,
denotando pouca resistência ao intemperismo e erosão das mesmas, podendo desenvolver sulcos e
ravinas que evoluem até vossorocas, quando não respeitados os critérios técnicos adequados de uso
e ocupação referidos no capítulo 3.
Os municípios de Ortigueira e Reserva tem o substrato formado por rochas do Grupo Guatá
(Formação Palermo - siltitos cinzentos; Formação Rio Bonito - arenitos finos, siltitos, folhelhos,
calcários e camadas de carvão); e rochas do Grupo Passa Dois (Formação Irati - argilitos e
folhelhos cinzentos a pretos, pirobetuminosos, com intercalações de calcário; Formação Serra Alta -
Lamitos e folhelhos cinzentos, escuros, maciços; e Formação Teresina - siltitos acinzentados com
intercalações de calcário; Formação Rio do Rasto - siltitos e argilitos avermelhados com arenitos
finos intercalados, siltitos e arenitos esverdeados muito finos, micríticos e bancos alternados de
calcarenitos). No limites oeste desses municípios, no limite da escarpa para o terceiro planalto,
afloram camadas não discriminadas das Formações Pirambóia e Botucatu, constituídas de arenitos
esbranquiçados a avermelhados, finos a médios, síltico-argilosos, com finas camadas de argilitos e
siltitos intercaladas, bem como leitos de arenitos conglomeráticos e bancos de conglomerados na
base das duas formações.
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Em geral as rochas dos municípios de Ortigueira e Reserva têm índices de vulnerabilidade à
denudação variando de 2,4 a 2,8, denotando pouca resistência ao intemperismo e erosão sendo
válidas as recomendações com relação ao uso e ocupação referidos no capítulo 3.
A borda da Bacia do Paraná é marcada por uma escarpa formada pelos arenitos do Grupo
Paraná (Formações Furnas e Ponta Grossa), recortados por diques de rochas básicas que, por erosão
diferencial formam platôs, reentrâncias e canyons de grande beleza cênica. Outra característica
marcante da geologia da Meso-Região Centro Oriental é a ocorrência de intrusivas básicas na forma
de sills (horizontais) e diques (verticais), sub-paralelos e orientados para N45oW, formando um
verdadeiro enxame de diques de rochas básicas. Essas rochas apresentam índice de vulnerabilidade
à denudação de 1,5; bem mais elevado que as encaixantes, formando elevações na paisagem.
Recursos minerais
Ouro no Grupo Castro, pesquisado pela DOCEGEO.
Calcário dolomítico explorado nos Distritos de Abapã e Socavão, empregado na confecção
da cal e como corretivo de solo.
O minério de talco do Distrito Mineiro de Itaiacoca é formado por uma mistura variada de
dolomita, talco, calcita, quartzo e tremolita, com teores subordinados de clorita, muscovita,
caulinita, antofilita, vermiculita e montmorilonita, explorados durante décadas por grandes
empresas com o legado de um enorme passivo ambiental (Ribas et al, 1999).
Os macrocristais dos Granitos Três Córregos e Cunhaporanga apresentam potencial como
fonte de feldspato para uso na indústria cerâmica, podendo ser separados por peneiramento e
concentração gravimétrica, a partir da rocha parcialmente alterada.
Nos sedimentos recentes merecem atenção os depósitos de diamante do rio Tibagi e areia
para a construção civil.
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Foto 01. Borda da Bacia do Paraná marcada por uma escarpa formada pelos arenitos da Formação
Furnas grande beleza cênica, no Município de Jaguariaíva.
Foto 02 – Aspecto do relevo com rios encaixados em canyons e rochas aflorantes, no Segundo
Planalto do Paraná, município de Tibagi, Meso-região Centro-Oriental.
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Foto 03 – Salto Santa Rosa, município de Tibagi na região Centro-Oriental
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Foto 05 – Drenagem e ocupação em área de várzea do rio Tibagi,
Meso Região Centro-Oriental do Paraná
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4.3 - Meso Região Sudeste
Nos municípios de Fernandes Pinheiro, Guamiranga, Imbituva, Ivaí, Rebouças e São Mateus
do Sul apresentam o substrato rochoso que evolui desde arenitos finos; siltitos cinzentos,
esverdeados e amarronzados, com intercalações de níveis calcários; folhelhos carbonosos e
camadas de carvão da Formação Rio Bonito (Grupo Guatá); até siltitos acinzentados com
intercalações de calcário da Formação Teresina (Grupo Passa Dois). Na porção intermediária da
Formação Teresina ocorrem intrusões horizontalizadas (“sills”) de rochas ígneas básicas. As rochas
sedimentares (Formações Rio Bonito e Teresina) estão classificadas com índice de vulnerabilidade
de 2,8; que denota muito baixa resistência ao intemperismo e erosão. As rochas ígneas básicas têm
índice 1,5; com alta resistência à denudação.
Os municípios de: Irati, Mallet, Paula Freitas, Paulo Frontim, Prudentópolis, Rio Azul e
União da Vitória tem rochas das Formações: Rio do Rasto, Pirambóia / Botucatu e basaltos da
Formação Serra Geral, com índices de vulnerabilidade que varia desde: 2,7 nos siltitos, argilitos e
arenitos avermelhados a esverdeados e calcarenitos da Formação Rio do Rasto; 2,4 nos arenitos
com camadas de argilito, siltito e conglomerado intercaladas das Formações Pirambóia e Botucatu;
até 1,5 nos basaltos, andesitos e tufos ácidos dos derrames da Formação Serra Geral sobre os
sedimentos da Bacia do Paraná. Os municípios de: Bituruna, Cruz Machado, General Carneiro e
Porto Vitória estão sobre as rochas vulcânicas da Formação Serra Geral
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Foto 07. Topografia em platôs elevados, sustentados por soleiras de basalto
no vale do Rio dos Patos,limite do município de Ivaí.
Foto 08 – Cerâmica de médio porte no município de Imbituva, Meso Região Sudeste do Paraná
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Foto 09 – Lavra de argila em várzea no município de Imbituva,
Meso Região Sudeste do Paraná
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4.4 - Meso Região Norte Central
A Meso-Região Norte Central é composta por 79 municípios, com as mais variadas feições
geológicas e, conseqüentemente, variados índices de vulnerabilidade das rochas à denudação. São
eles: Alvorada do Sul, Ângulo, Apucarana, Arapongas, Arapuá, Ariranha do Ivaí, Astorga, Atalaia,
Bela Vista do Paraíso, Bom Sucesso, Borrazópolis, Cafeara, Califórnia, Cambé, Cambira, Cândido
de Abreu, Centenário do Sul, Colorado, Cruzmaltina, Doutor Camargo, Faxinal, Floraí, Floresta,
Florestópolis, Flórida, Godoy Moreira, Grandes Rios, Guaraci, Ibiporã, Iguaraçu, Itaguajé, Itambé,
Ivaiporã, Ivatuba, Jaguapitã, Jandaia do Sul, Jardim Alegre, Kaloré, Lidianópolis, Lobato,
Londrina, Lunardelli, Lupionópolis, Mandaguaçu, Mandaguari, Manoel Ribas, Marialva,
Marilândia do Sul, Maringá, Marumbi, Mauá da Serra, Miraselva, Munhoz de Mello, Nossa
Senhora das Graças, Nova Esperança, Nova Tebas, Novo Itacolomi, Ourizona, Paiçandu,
Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira, Presidente Castelo Branco, Primeiro de Maio, Rio Bom, Rio
Branco do Ivaí, Rolândia, Rosário do Ivaí, Sabáudia, Santa Fé, Santa Inês, Santo Inácio, São João
do Ivaí, São Jorge do Ivaí, São Pedro do Ivaí, Sarandi, Sertanópolis, Tamarana e Uniflor.
Os demais municípios da Meso-Região Norte Central tem o substrato formado por derrames
de rochas de ígneas básicas (basaltos, andesitos e tufos) e ácidas (riodacitos e riolitos) da Formação
Serra Geral. São rochas de baixa vulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão)
apresentando como principal entrave ao uso e ocupação os solos litólicos ou afloramentos de rocha,
conforme descrito no capítulo 3. Por concentrar alta densidade populacional em alguns núcleos
urbanos como Londrina e Maringá, também são necessárias medidas de monitoramento da descarga
de efluentes químicos, industriais e domésticos para evitar a contaminação das águas superficiais e
subterrâneas.
O Arenito Caiuá origina solos de textura arenosa a média, que apresentam grande
suscetibilidade aos processos erosivos. Esses processos se manifestam, principalmente, como
erosão laminar (que afeta as camadas superficiais dos solos), evoluindo para: sulcos, ravinas,
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voçorocas e movimentos em massa, que atingem e desagregam as rochas areníticas. Tais fenômenos
são de difícil controle e recuperação, promovendo a degradação e perda de produtividade dos solos
e assoreamento dos rios. Para uso e ocupação do território desses municípios devem ser observadas
minimamente as recomendações citadas no capítulo 3.
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4.5 - Meso Região Norte Pioneiro
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Os demais municípios da Meso-Região Norte Pioneiro tem o substrato formado por
derrames de rochas de ígneas básicas (basaltos, andesitos e tufos) e ácidas (riodacitos e riolitos) da
Formação Serra Geral. São rochas de baixa vulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão)
apresentando como principal entrave ao uso e ocupação os solos litólicos ou afloramentos de rocha,
conforme descrito no capítulo 3. Também são necessárias medidas de monitoramento da descarga
de efluentes químicos, industriais e domésticos para evitar a contaminação das águas superficiais e
subterrâneas, principalmente do Aqüífero Guarani em sua área de recarga na Formação Botucatu.
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4.6 – Meso Região Centro Sul
São 29 municípios que compõem a Meso Região Centro Sul: Boa Ventura de São Roque,
Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Clevelândia, Coronel Domingos Soares, Espigão Alto do
Iguaçu, Foz do Jordão, Goioxim, Guarapuava, Honório Serpa, Inácio Martins, Laranjal, Laranjeiras
do Sul, Mangueirinha, Marquinho, Mato Rico, Nova Laranjeiras, Palmas, Palmital, Pinhão, Pitanga,
Porto Barreiro, Quedas do Iguaçu, Reserva do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu, Santa Maria do Oeste,
Turvo e Virmond.
Os municípios de Boa Ventura de São Roque, Guarapuava, Inácio Martins, Pitanga e Turvo
têm seus limites a leste formados pela escarpa da Serra da Boa Esperança, que marca o degrau entre
o Segundo e Terceiro Planaltos paranaense. Nesses municípios aparecem camadas do topo da
seqüência sedimentar da Bacia do Paraná, constituídas por siltitos e argilitos avermelhados e
esverdeados, com arenitos finos e calcarenitos intercalados da Formação Rio do Rasto e arenitos
esbranquiçados a avermelhados, finos a médios, síltico-argilosos, com finas camadas de argilitos e
siltitos intercaladas, bem como leitos de arenitos conglomeráticos e bancos de conglomerados na
base das formações Pirambóia/Botucatu indiscriminadas.Os sedimentos são recobertos por rochas
básicas e ácidas dos derrames da Formação Serra Geral.
Os demais municípios da Meso-Região Centro Sul tem o substrato formado por derrames de
rochas de ígneas básicas (basaltos, andesitos e tufos) e ácidas (riodacitos e riolitos) da Formação
Serra Geral. São rochas de baixa vulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão)
apresentando como principal entrave ao uso e ocupação os solos litólicos ou afloramentos de rocha,
bastante comuns na região em virtude do relevo acidentado com altas declividades.
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Foto 13 – Solos litólicos com grande quantidade de blocos de rocha basáltica, na
Meso Região Centro-Sul, município de Candói
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5.7 – Meso Região Centro Ocidental
A Meso Região Centro Ocidental é formada por 25 municípios que são: 4° Centenário,
Altamira do Paraná, Araruna, Barbosa Ferraz, Boa esperança, Campina da Lagoa, Campo Mourão,
Corumbataí do Sul, Engenheiro Beltrão, Farol, Fênix, Goioerê, Iretama, Janiópolis, Juranda,
Luiziana, Mamborê, Moreira Sales, Nova Cantu, Peabiru, Quinta do Sol, Rancho Alegre D'Oeste,
Roncador, Terra Boa e Ubiratã.
A Meso Região Centro Ocidental está limitada pelos rios Ivaí e Piquiri e apresenta o
substrato rochoso composto por derrames de rochas ígneas básicas. Na região do lineamento do rio
Piquiri predominam derrames de lavas com composições de basaltos, andesitos e tufos ácidos. Entre
os derrames podem aparecer níveis de arenito e conglomerado ou brecha sedimentar. Recobrindo os
interflúvios com maiores elevações ocorrem arenitos do Grupo Caiuá. De acordo com Fernandes e
Coimbra (1994) o Grupo Caiuá no Paraná é uma seqüência de arenitos quartzosos muito finos a
finos, maciços de origem eólica com freqüente presença de cimentos e concreções carbonáticos
separados nas formações: Santo Anastácio, Rio Paraná e Goio-Erê. Essas rochas são denominadas
genericamente de Arenito Caiuá, com médio a alto índice de vulnerabilidade ao intemperismo e
erosão.
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5.8 – Meso Região Oeste
A Meso Região Oeste está limitada pelos rios Piquiri, Iguaçu e pelo Lago de Itaipu,
incluindo 50 municípios do Estado do Paraná: Anahy, Assis Chateaubriand, Boa Vista da
Aparecida, Braganey, Cafelândia, Campo Bonito, Capitão Leônidas Marques, Cascavel,
Catanduvas, Céu Azul, Corbélia, Diamante do Sul, Diamante D'Oeste, Entre Rios do Oeste,
Formosa do Oeste, Foz do Iguaçu, Guaíra, Guaraniaçu, Ibema, Iguatu, Iracema do Oeste,
Itaipulândia, Jesuítas, Lindoeste, Marechal Cândido Rondon, Maripá, Matelândia, Medianeira,
Mercedes, Missal, Nova Aurora, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Pato Bragado,
Quatro Pontes, Ramilândia, Santa Helena, Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste, Santa Terezinha de
Itaipu, São José das Palmeiras, São Miguel do Iguaçu, São Pedro do Iguaçu, Serranópolis do
Iguaçu, Terra Roxa, Toledo, Três Barras do Paraná, Tupãssi e Vera Cruz do Oeste.
O substrato rochoso desses municípios é formado por rochas ígneas básicas da Formação
Serra Geral, compostas por basaltos maciços e amigdalóides, afaníticos, cinzentos a pretos,
raramente andesitos, e intercalações de arenitos finos. Essas rochas têm baixo índice de
vulnerabilidade à denudação (1,5), com alta resistência ao intemperismo e erosão.
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5.9 – Meso Região Sudoeste
São 37 municípios: Ampére, Barracão, Bela Vista da Caroba, Boa Esperança do Iguaçu,
Bom Jesus do Sul, Bom Sucesso do Sul, Capanema, Chopinzinho, Coronel Vivida, Cruzeiro do
Iguaçu, Dois Vizinhos, Enéas Marques, Flor da Serra do Sul, Francisco Beltrão, Itapejara D'Oeste,
Manfrinópolis, Mariópolis, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste, Nova Prata do Iguaçu, Pato
Branco, Pérola D'Oeste, Pinhal de São Bento, Planalto, Pranchita, Realeza, Renascença, Salgado
Filho, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste, Santo Antônio do Sudoeste, São João, São Jorge
D'Oeste, Saudade do Iguaçu, Sulina, Verê e Vitorino; com substrato rochoso formado por rochas
ígneas básicas da Formação Serra Geral, compostas por basaltos maciços e amigdalóides,
afaníticos, cinzentos a pretos, raramente andesitos, e intercalações de arenitos finos. Essas rochas
têm baixo índice de vulnerabilidade à denudação (1,5), com alta resistência ao intemperismo e
erosão.
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Foto 16 – Lavra de depósito de argila no município de Francisco Beltrão,
Meso Região Sudoeste do Paraná
Foto 17 – Ocupação irregular em áreas com alta declividade no município de Francisco Beltrão,
Meso Região Sudoeste do Paraná.
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Foto 18 – Detalhe de ocupação irregular em áreas com alta declividade no município de
Francisco Beltrão, Meso Região Sudoeste do Paraná
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5.10 – Meso Região Noroeste
A Meso Região Noroeste é formada por 61 municípios: Alto Paraná, Alto Piquiri, Altônia,
Amaporã, Brasilândia do Sul, Cafezal do Sul, Cianorte, Cidade Gaúcha, Cruzeiro do Oeste,
Cruzeiro do Sul, Diamante do Norte, Douradina, Esperança Nova, Francisco Alves, Guairaçá,
Guaporema, Icaraíma, Inajá, Indianópolis, Iporã, Itaúna do Sul, Ivaté, Japurá, Jardim Olinda,
Jussara, Loanda, Maria Helena, Marilena, Mariluz, Mirador, Nova Aliança do Ivaí, Nova Londrina,
Nova Olímpia, Paraíso do Norte, Paranacity, Paranapoema, Paranavaí, Perobal, Pérola, Planaltina
do Paraná, Porto Rico, Querência do Norte, Rondon, Santa Cruz do Monte Castelo, Santa Isabel do
Ivaí, Santa Mônica, Santo Antonio do Caiuá, São Carlos do Ivaí, São João do Caiuá, São Jorge do
Patrocínio, São Manoel do Paraná, São Pedro do Paraná, São Tomé, Tamboara, Tapejara, Tapira,
Terra Rica, Tuneiras do Oeste, Umuarama, Vila Alta e Xambrê
Nos municípios do limite oriental da Meso Região afloram rochas ígneas básicas da
Formação Serra Geral, compostas por basaltos maciços e amigdalóides, afaníticos, cinzentos a
pretos, raramente andesitos, e intercalações de arenitos finos; recobertas por sedimentos da
Formação Caiuá.
O Arenito Caiuá origina solos de textura arenosa a média, que apresentam grande
suscetibilidade aos processos erosivos. Esses processos se manifestam, principalmente, como
erosão laminar (que afeta as camadas superficiais dos solos), evoluindo para: sulcos, ravinas,
voçorocas e movimentos em massa, que atingem e desagregam as rochas areníticas. Tais fenômenos
são de difícil controle e recuperação, promovendo a degradação e perda de produtividade dos solos
e assoreamento dos rios. Para as zonas de riscos da região do Arenito Caiuá devem ser observadas
minimamente as seguintes recomendações para uso e ocupação dos solos:
Nas áreas afetadas por ravinas e voçorocas; deslizamentos ativos; solifluxão evidente;
afloramento de lençol freático; desbarrancamento de margens de ribeirões e córregos;
várzeas e fundos de vales sujeitos a assoreamento, os processos ativos devem ser corrigidos
e contidos através de obras específicas, quando necessário, e do controle da drenagem
superficial e subterrânea, e reflorestamento das áreas marginais para evitar a evolução
remontante dos processos erosivos.
Nas áreas de instabilidade potencial que são: áreas periféricas às voçorocas (que serão
afetadas pelo processo de erosão remontante e de alargamento); áreas com indícios de
deslizamentos; vertentes de declividades fortes; zonas de ruptura côncava com lençol
hidromórfico próximo da superfície, cabeceiras de drenagem, nichos de nascentes; todas as
construções, implantações agropecuárias, que tendem a modificar o equilíbrio precário dos
solos, principalmente sobre os de textura areia na baixa vertente e próximo aos nichos de
nascentes, devem ser evitados.
Em zonas de estabilidade precária como: áreas de colos e vales em berço com solos de
textura mais arenosa que os circundantes; zonas de declividades médias a fracas; áreas
periféricas às zonas de instabilidade potencial podendo ser afetadas pelos processos
instalados nessas (deslizamentos, abatimentos); são áreas que podem concentrar águas em
superfície e desencadear processos de ravinamentos. Estas áreas são mais adequadas que as
precedentes para ocupação desde que sejam tomadas medidas para o controle do
escoamento das águas superficiais, evitando a sua concentração (a principal causadora dos
ravinamentos).
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Foto 19 – Aspecto das rochas da Formação Caiuá na meso-região Noroeste do
Estado do Paraná (Gasparetto e Souza, 2003)
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6 – Referências Bibliográficas
60
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61
ANEXOS