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Divisão

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Geografia de Santa Catarina


territorial

Santa e Bela Catarina


Estudar a geografia de Santa Catarina é viajar por um dos mais belos estados brasileiros! Praias paradisíacas
formam a faixa litorânea catarinense constituindo inigualável potencial turístico que atrai visitantes de todo o Brasil e
países do Mercosul.
Todos os aspectos físicos de Santa Catarina, aliados à maneira como o homem utilizou o espaço e ocupou a re-
gião levam à frase “Santa e Bela Catarina”.

Você concorda com o slogan “Santa e Bela Catarina”?


Troque idéias com os colegas e justifique sua resposta.
Orientação ao professor — Enriqueça a atividade questionando-os sobre os reflexos que tal afirmação possa causar ao Estado. Será que tantas belezas trazem somente be-

nefícios ou também prejuízos à população catarinense?


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Aspectos gerais

Divisão territorial
Geografia de Santa Catarina
POSIÇÃO GEOGRÁFICA Oceano Atlântico. Ao sul, com o estado do Rio Grande
O estado de Santa Catarina localiza-se no Sul junta- do Sul, apresenta 958 km de fronteiras desde a foz do
mente com os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, Rio Mampituba até a confluência do Rio Peperi-Guaçu
formando a Região Sul do Brasil. com o Rio Uruguai. A leste com o Oceano Atlântico e a
R.
P aran oeste com a Argentina, tendo 246 km de fronteiras ini-
PARAGUAI MATO apan
GROSSO
ema
Região Sul ciando na foz do Rio Peperi-Guaçu, no Uruguai.
DO SUL Maringá
Capital
Londrina
Represa de

aná
SÃO PAULO
Cidade principal Itaipu
CAPITAL ADMINISTRATIVA

ar
Cataratas

R. P
Limite dos do Iguaçu PARANÁ
estados da região
Ponta Grossa
O Estado possui 293 municípios. Sua capital adminis-
Represa Cascavel
Rodovia R. Iguaçu Curitiba
Paranaguá
trativa, a cidade de Florianópolis, é uma ilha e está unida ao
pavimentada Guarapuava
Pato Branco continente por duas pontes, a mais antiga (Hercílio Luz) foi
Joinvile
recentemente interditada por estar afetada pela corrosão.
Chapecó Blumenau
SANTA CATARINA
Florianópolis está situada em rica região agrícola,
industrial, comercial, e importante centro cultural, con-
i

Florianópolis
ua

Santo Ângelo Passo Lages


ug

Fundo Imbituba tando com duas instituições públicas de ensino supe-


Ur
R.

Criciúma
ARGENTINA RIO GRANDE Caxias rior: Universidade Federal de Santa Catarina, fundada
DO SUL do Sul
cui
em 1960, e Universidade do Estado de Santa Catarina,
Santa Maria R. Ja Porto Alegre
Santana do fundada em 1966.
os

Livramento
at

OCEANO
sP

N
NO NE ATLÂNTICO
do

Bagé
a
go

O L Pelotas
La

SO SE Rio Grande
S

URUGUAI

Santa Catarina é o menor Estado da Região Sul e


ainda assim tem extensão territorial quase equivalente a
de países como Áustria, Hungria e Portugal. Vista aérea da capital catarinense
A faixa litorânea catarinense, com 561,4 km, favorece
o desenvolvimento da pesca e constitui inigualável po-
tencial turístico além de possuir bases portuárias de ex-
celente localização. 1. Por que o estado de Santa Catarina é de
Orientação ao profes-
sor — Comente com a
extrema importância para o contexto do Mer-
turma os pontos extre- FORMA E SUPERFÍCIE cosul?
mos do Estado: Orientação ao professor — Levar o aluno à reflexão sobre a posição geográfica es-
— N: curva do Rio Saí- O território catarinense assemelha-se à forma de triân-
Guaçu — 25°57’36” S gulo com base voltada para o leste. É considerado um Es- tratégica de Santa Catarina no comércio com os países que compõem o Mercosul, já
— S: nascente do
Rio Mampituba — tado pequeno, pois ocupa apenas 1,13% da área territorial que o Estado é rota fundamental para o escoamento de produtos para o sul do conti-
29°21’48” S brasileira e 16,57% da Região Sul com 95 318,30 km2.
— L: Ponta dos Ingle- nente e portal de entrada dos produtos vindos dos países vizinhos.
ses — 48°22’56” O
A linha litorânea inicia-se na foz do Rio Saí-Guaçu,
— O: confluência dos na divisa com o estado do Paraná, seguindo até a foz
rios Uruguai e Peperi- do Mampituba, na divisa com o estado do Rio Grande
Guaçu — 53°50’0”
do Sul. A costa catarinense corresponde a 7% do lito-
ral brasileiro.

LIMITES E DIMENSÕES
O estado de Santa Catarina limita-se ao norte com
o Paraná, tendo 754 km de fronteiras desde as nas-
centes do Rio Peperi-Guaçu até a foz do Saí-Guaçu no
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2. Pesquise, em jornais e revistas de sua região, a partici-

Divisão territorial
Geografia de Santa Catarina
População SÃO PAULO
pação de Santa Catarina nas negociações do Mercosul. Des-
cubra se o município onde você mora participa de forma di-
reta ou indireta no processo de globalização da América PARANÁ
Habitantes por km2
do Sul. 10—50

A critério do aluno. 50—100


SANTA CATARINA Mais de 100

Florianópolis

RIO GRANDE DO SUL

POPULAÇÃO
Os aspectos demográfi- N
OCEANO
ATLÂNTICO
NO NE
cos têm sido alvo de preocupa- O L

ção dos responsáveis pelo SO SE


S
poder público. À medida que
a população vai sofrendo Em Joinvile, Blumenau, Florianópolis, Criciúma e
transformações quantitativas Chapecó encontram-se as maiores concentrações po-
e qualitativas, os aspectos so- pulacionais do Estado.
cioeconômicos da sociedade
também se modificam. Para Densidade demográfica
planejar o atendimento de Santa Catarina apresenta densidade demográfica de
novas necessidades, o po- 56,12 hab/km2. Entretanto, este valor não corresponde à
der público e a iniciativa pri- realidade catarinense em virtude da população estar dis-
vada recorrem, inicialmente, tribuída de forma desigual por seu território. As maiores
aos métodos de análise de- densidades demográficas estão no litoral e nas regiões
mográfica. Os resultados da economicamente mais desenvolvidas. 3
análise demográfica são in- O crescimento populacional em 2000 registrou o per-
dicadores que permitem to- centual de 1,9% ao ano. Os maiores municípios populacio-
mar medidas de ordem prá- nais do Estado são: Joinvile, Florianópolis, Blumenau, Cri-
tica. Os dados demográficos ciúma e São José; os menores, Lageado Grande, Santiago
são coletados pelo recensea- do Sul e Tigrinhos.
mento geral, efetuado a cada
dez anos pelo Instituto Brasi-
População rural e urbana
leiro de Geografia e Estatís-
O processo de industrialização atraiu para as aglo-
tica — IBGE.
merações de caráter urbano grande número de pes-
De acordo com os últimos
soas oriundas do campo ou de cidades menores, ge-
estudos, Santa Catarina possui
rando o fenômeno da urbanização. Em Santa Catarina
média de 5 349 580 habitantes
79,2% da população (4 197 287 habitantes) vivem no
com 49,8% de homens e 50,2%
meio urbano e 20,8% (1 135 997 habitantes) encon-
de mulheres. Nota-se, portanto,
tram-se no meio rural.
equilíbrio entre a população
Fatores que aumentaram a população urbana:
masculina e feminina.
— mecanização das atividades agrárias e conseqüen-
A população está distri-
temente liberação de mão-de-obra;
buída de forma irregular pelo
— decadência econômica de propriedades rurais
território, apresentando, em
acarretando “fuga dos campos”;
algumas regiões, fortes con-
— ampliação do mercado de trabalho (serviços) em
centrações populacionais
áreas urbanas, atraindo a população rural;
como conseqüência dos di-
— atração pelos salários, em geral, mais elevados nas
ferentes estágios de desen-
cidades;
volvimento econômico, dos
— redução das áreas novas de ocupação agrícola;
aspectos físicos e dos fato-
— suposição de maiores oportunidades de emprego e
res históricos.
condições de vida cultural nas cidades;
— falta de incentivo à população rural.
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População economicamente ativa

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Geografia de Santa Catarina
Embora os setores primário (agricultura, pesca, silvicultura, pecuária) e secundário (indústrias extrativas mine-
rais, de construção e transformação) sejam expressivos, é no setor terciário (comércio, transportes, administração
pública, serviços, etc.) que se concentra a maior parte da força produtiva catarinense.

PARANÁ
ARGENTINA

RIO GRANDE DO SUL

Setores de atividades por População economicamente ativa por


microrregião geográfica microrregião geográfica

Setor primário 149 746 hab. OCEANO


N
NO NE
Setor secundário 100 000 hab. ATLÂNTICO
50 000 hab. O L
Setor terciário
20 000 hab.
SO SE
Procurando trabalho S

1. Santa Catarina apresenta densidade de- Analisando os fatores responsáveis por esse pro-
mográfica de 56,12 hab/km2, mas este valor não corres- cesso, reflita e aponte soluções que possam reverter o
ponde à realidade catarinense porque a distribuição da quadro fixando a população em seu lugar de origem.
população não é homogênea. A critério do aluno.
Pesquise qual é a densidade demográfica de sua re-
gião e se existe maior número de homens ou mulheres
em sua cidade.
A critério do aluno.
3. Com a orientação de seu professor pesquise os úl-
timos estudos demográficos de seu município e monte
uma tabela, relacionando os dados pesquisados com os
dados demográficos estaduais.

4. Descubra a origem de sua família, onde seus avós e


pais nasceram, estudaram e verifique se houve a neces-
2. O Estado, nos últimos decênios, tem sofrido o pro- sidade de mudança do campo para a cidade; se houve
cesso de desruralização com o crescimento vertiginoso migração para centros urbanos e quais razões levaram
da sua população urbana. seus familiares a buscarem outro lugar para viver. Faça
os registros da pesquisa.
A critério do aluno.
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Divisão territorial
Geografia de Santa Catarina
1. (Udesc—SC) Sobre as fronteiras catarinen- A alternativa contendo a seqüência verdadeira é:
ses, é incorreto afirmar que o Estado: a) 3—1—2—4
a) no oeste, faz divisa com o Uruguai e a Argentina. b) 1—2—3—4
b) no leste, tem o litoral banhado pelo Oceano Atlântico. c) 1—4—3—2
c) no sul, faz fronteira com o Rio Grande do Sul. d) 1—3—4—2
d) no norte, tem fronteira dividida com o Paraná. e) 2—4—1—3

2. (Acafe—SC) Considerando os limites de Santa Catarina, 3. (Udesc—SC) Sobre a distribuição da população no estado
correlacione a coluna da direita com a da esquerda. de Santa Catarina podemos afirmar que:
1. Norte ( ) Paraná a) é predominantemente rural.
2. Sul ( ) República Argentina b) é predominantemente urbana.
3. Oeste ( ) Oceano Atlântico c) a população se localiza nos campos, mas exerce ativi-
4. Leste ( ) Rio Grande do Sul dades no setor terciário.
d) 50% da população são rural e 50% são urbana.

4. A respeito do quadro demográfico catarinen- 7. (Acafe—SC) Considere os dados abaixo e assinale a alter-
se é correto assinalar que: nativa incorreta.
a) a população total, apurada pelo Censo 2000, é
7 639 302 habitantes (8ª maior população absoluta entre Cidades População Área / km2 D
as unidades da federação). Joinvile 429 004 hab. 1 079,7 379,33 hab/km2
b) as maiores densidades demográficas são registradas
no Vale do Rio do Peixe. Florianópolis 341 781 hab. 435,8 784,26 hab/km2
c) os indicadores de qualidade de vida são satisfatórios Blumenau 261 505 hab. 509,4 513,38 hab/km2
no Estado, atraindo imigrantes.
d) por se tratar de um Estado industrial, na população abso- São José 173 029 hab. 114,17 1 510,49 hab/km2
luta e na economicamente ativa — PEA —, a população Criciúma 170 322 hab. 209,8 812,02 hab/km2
masculina predomina com larga vantagem numérica.
Balneário
73 292 hab. 46,4 1 580,76 hab/km2 5
5. (Udesc—SC) Sobre o quadro humano de Santa Catarina é Camboriú
correto afirmar:
a) O analfabetismo ainda é grave problema para a popu- a) Joinvile possui a maior população, a mais baixa den-
lação catarinense. sidade demográfica e a maior extensão territorial.
b) A população atendida por rede de esgoto e água potá- b) Balneário Camboriú com a menor área, apresenta a
vel já atinge a marca próxima de 100% principalmente maior densidade demográfica do Estado.
no extremo oeste. c) Florianópolis, a capital do Estado, além de possuir a
c) No Estado catarinense há predomínio da população maior população apresenta também a maior extensão
urbana, sendo que as maiores densidades demográfi- territorial.
cas ocorrem perto do litoral. d) São José detém a segunda maior densidade demográ-
d) A maior parte da população economicamente ativa do fica do Estado.
Estado em sua maioria exerce atividades ligadas ao e) Blumenau situa-se em terceiro lugar com relação a po-
campo. pulação absoluta mas sua densidade demográfica é in-
ferior à de Criciúma.
6. (Furb/Univali—SC) Na segunda metade do século XX, a
Grande Florianópolis conseguiu alcançar uma posição de des- 8. Sobre o estado de Santa Catarina assinale a alternativa
taque em relação às demais regiões do Estado. Contribuiu (Con- correta.
tribuíram) para isso: a) O Trópico de Capricórnio atinge as terras do Planalto
a) a concentração político-administrativa e a evolução da Norte.
infra-estrutura no setor de transportes e turismo. b) Tem aproximadamente 120 mil km 2 e 392 municípios.
b) a predominância de elementos europeus entre os tu- c) A Ponte Hercílio Luz e a árvore araucária são os sím-
ristas na Ilha de Santa Catarina, em relação ao núme- bolos oficiais do Estado.
ro de turistas mercosulistas. d) No Vale do Rio do Peixe, localizado no oeste catarinen-
c) a presença das atividades industriais de exportação na se, encontra-se a cidade de Concórdia.
ilha em que se localiza, facilitando desta forma a ex-
portação de manufaturados.
d) o fato de ter tido posição—chave no comando das ro-
tas internas de ocupação do território do Estado.
e) as atividades predominantes do “agrobusiness”, favo-
recida pela presença de solos férteis.
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natural
Geografia de Santa Catarina

Quadro
6

Rio Itajaí

O extermínio da vegetação natural catarinense


O estado de Santa Catarina, apesar de possuir a maior área de floresta nativa da Re-
gião Sul, está com seu patrimônio vegetal natural em adiantado estágio de extermínio. Os
campos naturais, como as florestas, cedem espaço à agricultura. A expansão das áreas
agrícolas e pecuárias mudou a fisionomia geral das paisagens catarinenses, devastando
o patrimônio florestal do Estado. Somente na região costeira as reservas alcançam maior
expressão, entretanto, a grande maioria do verde natural que se observa são formações
secundárias pobres, reflexo da dinâmica de reconstituição da cobertura vegetal.
Atlas escolar de Santa Catarina.

Em sua opinião, quais serão os reflexos do acelerado extermínio do patrimônio vegetal catarinense para as ge-
rações futuras? Que medidas podem ser tomadas, a médio e a longo prazo, para reverter a situação atual?
A critério do aluno.
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Clima

Quadro natural
Geografia de Santa Catarina
Santa Catarina possui clima subtropical. Este tipo cli- de 3° a 18°C. Pertence ao grupo f, sem estação seca de-
mático ocorre em virtude da latitude, entre os paralelos finida. Nesse grupo é possível distinguir dois subtipos:
25° e 29° S, numa área de transição entre a zona tropi- verão quente (a) e verão fresco (b).
cal e a temperada. Segundo o mapa climático de Köppen, predominam no Es-
Os sistemas atmosféricos que atuam na Região tado os climas Cfa — verão quente e Cfb — verão fresco.
Sul do Brasil são controlados pela ação das mas-
sas de ar intertropicais (quentes) e polares (frias). CHUVAS E UMIDADE ATMOSFÉRICA
As massas polares são responsáveis pelo caráter meso- Pluviosidade
térmico desse clima. A pluviosidade está bem-distribuída no território ca-
Essas condições do tempo dependem da atuação tarinense em virtude das atuações do relevo, da mPa e
da massa tropical atlântica (mTa) e da massa polar atlân- da mTa, que, por suas constâncias, fazem com que não
tica (mPa). Orientação ao professor — Esse assunto está analisado na uni- haja estação chuvosa nem estação seca.
dade Clima e tempo de geografia geral.
A mTa atua o ano inteiro, principalmente na prima- A distribuição espacial do total anual de precipitação
vera e no verão. A mPa é responsável pela boa distribui- no Estado revela que a isoieta (linha num mapa que liga
ção das chuvas durante o ano. pontos do globo terrestre onde a média das precipitações
A mTa, originária do anticiclone semifixo do Atlântico, pluviais é igual durante certo período de tempo) de maior
caracteriza-se por ventos do quadrante norte e apresenta valor aparece no oeste e a de menor valor, no sul.
elevadas temperaturas e forte umidade. A amplitude pluviométrica no Estado é de 1 154 mm,
A mPa, originária da zona subantártica, caracteriza- diferença entre a estação de Xanxerê (2 373 mm), no
se por ventos do quadrante sul e por temperaturas bai- oeste, e a de Araranguá (1 219 mm), no litoral.
xas. O encontro da mPa com a mTa forma a frente polar
atlântica (fPa), resultando na ocorrência de chuvas com Umidade relativa do ar
a passagem da fPa em direção ao norte. Após o afasta- Os valores médios da umidade relativa no Estado variam
mento dessa frente, o tempo torna-se estável, com tem- entre 73,4% e 85%, tendo assim amplitude de 11,6%.
peraturas baixas. Outros fatores também contribuem para Na distribuição espacial da isoígra (linha que liga pon-
a composição da dinâmica climática catarinense, como tos com a mesma umidade relativa do ar), o extremo oeste
altitude, continentalidade, disposição do relevo e mari- catarinense registra valores médios de 75%; o oeste e o 7
timidade. planalto assinalam 80%, havendo aumento em direção
ao litoral com 85%. De modo geral, a isoígra decresce
CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA do litoral para o interior.
Segundo a classificação de Thornthwaite, Santa Ca-
tarina caracteriza-se pelo clima mesotérmico, com pre-
cipitação distribuída o ano todo.
A disposição do Estado na região temperada úmida
As quatro estações em
ocasiona bom nível de pluviosidade. A região oeste e em Santa Catarina
torno de Joinvile são áreas superúmidas. Uma das características do clima subtropical, “as
Por meio da classificação de Köppen, Santa Catarina quatro estações”, sempre gerou confusão. Comumente,
enquadra-se nos climas do grupo C (mesotérmico), uma elas são denominadas “bem-definidas”, o que não cor-
vez que as temperaturas médias do mês mais frio variam responde à realidade.
Observamos claramente, pelas temperaturas, o in-
Clima verno e o verão. A primavera e o outono passam des-
PARANÁ
percebidos. As chuvas ocorrem o ano todo e as fren-
ARGENTINA

tes, também.
O clima subtropical, segundo:
— Almanaque Abril 2001:
apresenta estações do ano relativamente marcadas;
— José W. Vesentini — Brasil, Sociedade e Espaço:
Florianópolis
começa a haver um esboço da primavera e outono;
N
NO NE RIO GRANDE
DO SUL
— Eustáquio de Sene — Geografia Geral e do Brasil:
O L
já começam a se delinear as quatro estações.
SO
S
SE
Vestibulares e concursos aceitam o clima subtropi-
Verão quente — mesotérmico úmido — Cfa
OCEANO
cal com estações bem ou mal definidas, depende da
Verão fresco — mesotérmico úmido — Cfb ATLÂNTICO bibliografia consultada para elaboração da questão.
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Quadro natural
Geografia de Santa Catarina Fenômeno El Niño
O fenômeno El Niño atua sobre o estado de Santa Cata- o padrão normal, mas não de forma concentrada, desfavo-
rina provocando aumento na pluviosidade e invernos mais recendo maiores inundações.
amenos. Em 1982—1983 o fenômeno ocasionou grandes Com menor intensidade que El Niño, no final de 1998,
enchentes no Vale do Itajaí, Planalto Norte e Sul do Estado. o Estado passou a ter sua dinâmica atmosférica perturbada
No ano de 1997, embora se tenha registrado o pior El Niño por La Niña. Durante 1999 houve agravamento das con-
desde o meio do século, o Estado ficou em alerta para en- dições impostas por La Niña, rigoroso inverno e redução
chentes de grandes proporções. Felizmente elas não ocor- dos níveis pluviométricos sobre Santa Catarina, em espe-
reram, salvo casos isolados. A pluviosidade foi maior que cial no interior.
Jornal de Santa Catarina, 31 mar. 2002. (Adaptado)

1. O estado de Santa Catarina apresenta grande variação climática durante um mesmo período. Expli-
que como e por que essas variações de tempo acontecem.
Orientação ao professor — Cite fatores como altitude, continentalidade, disposição do relevo, maritimidade, massas de ar que atuam no Estado e propiciam as variações cli-

máticas. Também é importante ressaltar o fenômeno El Niño que interfere no clima de Santa Catarina.

2. Pesquise, em jornais, livros, revistas e na internet o fenômeno El Niño e de que maneira o fenômeno interferiu
no clima de sua cidade.
A critério do aluno.

Relevo
Santa Catarina apresenta relevo (Eopaleozóicas), cobertura sedimen- Cobertura sedimentar
8
bastante acidentado, com formações tar gonduânica, rochas efusivas (for- gonduânica
de depressão, planaltos, planícies e mação da Serra Geral) e cobertura Surge no final da vertente orien-
serras. As terras baixas (depressão e sedimentar quaternária. tal da Serra do Mar e serras do leste
planície) situam-se na porção oriental, catarinense até o meio-oeste, sendo
em vales fluviais e região costeira. O Embasamento cristalino um conjunto de depósitos sedimen-
conjunto das terras altas compreende Ocupando o espaço da Serra do tares variado. Destacam-se na co-
o divisor de águas e a parte interio- Mar e serras do leste catarinense, o bertura sedimentar gonduânica as
rana do Estado. embasamento cristalino constitui- formações carboníferas, calcárias,
se de um conjunto de ro- argilosas e pirobetuminosas.
chas antigas e resistentes.
Destacam-se as formações Rochas efusivas (formação da
de gnaisses, xistos e gra- Serra Geral)
nitos. Sob essa designação são des-
critas as rochas vulcânicas efusivas
Coberturas vulcano — (ou extrusivas) da Bacia do Paraná,
sedimentares representadas por uma sucessão de
(Eopaleozóicas) derrames que cobrem quase 50% da
Conjunto de rochas superfície do estado de Santa Cata-
pouco dobradas e fra- rina na porção interiorana.
camente afetadas pelo
metamorfismo. Destacam-se os Cobertura sedimentar
GEOLOGIA arenitos e conglomerados entre- quaternária
A geologia catarinense oscila de meados por rochas vulcânicas ex- Junto ao litoral, os sedimentos de
rochas vulcânicas a sedimentares e trusivas (basalto). Aparecem nas re- origem marinha, aluvial, lacustre e en-
classifica-se em cinco grandes do- giões de Campo Alegre, Corupá, costas, apresentam-se inconsolidados
mínios: embasamento cristalino, Itajaí, Cambirela e Ilha de Santa ou fracamente consolidados, sendo
coberturas vulcano—sedimentares Catarina. areias, argilas e conglomerados.
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ALTIMETRIA de ações e processos marinhos e eó- As costas altimétricas mais eleva-

Quadro natural
Geografia de Santa Catarina
O plano altimétrico varia entre licos. Nas planícies costeiras também das encontram-se na porção leste da
zero e 1 600 metros de altitude, exis- aparecem com freqüência, ao longo unidade, ultrapassando 1 200 m, nas
tindo raros pontos acima de 1 800 m. do litoral catarinense, penínsulas, proximidades da cuesta da Serra Ge-
Estabelecidas as faixas, a altimetria ilhas, pontas, pontais, enseadas, ral; as menores, no Planalto de Cha-
catarinense assim se representa: baías e lagunas. pecó, atingindo 600 m.
— Faixa de 0 a 200 m: no litoral e pe- As altitudes médias registradas
queno trecho no extremo oeste. situam-se em torno de 10 m, atin- Serra Geral
— Faixa de 200 a 400 m: transição gindo até 30 m em alguns pontos É formada pelas escarpas do Pla-
entre as terras baixas do litoral mais afastados do mar, junto às ser- nalto dos Campos Gerais, com desní-
e as serras Geral e do Mar. Sua ras e montanhas. O contato entre as veis acentuados de até 1 000 m. A di-
presença também é notada nos planícies costeiras e esses relevos reção geral deste escarpamento é
afluentes do Rio Uruguai e com- elevados ocasiona contrastes altimé- N—S, porém, a direção NNE—SSW,
preende a menor porção alti- tricos acentuados. a mais freqüente, corresponde à
métrica catarinense. Serra do Rio do Rasto. As formas
— Faixa de 400 a 800 m: com cota Planícies fluviais de relevo abruptas apresentam va-
média de 600 m, esta faixa abri- Equivalem às áreas planas si- les fluviais com aprofundamentos
ga as serras litorâneas e planal- tuadas junto aos rios, periodicamente superiores a 500 m em suas nas-
tos ocidentais. inundadas e freqüentemente utiliza- centes, formando verdadeiros câ-
— Faixa de 800 a 1 200 m: a maior das para lavouras. Por sua localização nions.
parte da Serra do Mar e dos pla- particular surgem, ao contrário das
naltos interioranos, esta faixa demais unidades, de forma descon- Patamares da Serra Geral
corresponde à maior parcela tínua e em pequenas extensões. As Aparecem como faixa estreita
do território catarinense. mais expressivas localizam-se na di- e descontínua no extremo sul de
visa do Paraná (rios Iguaçu e Negro), Santa Catarina e representam tes-
PONTOS CULMINANTES no norte (Bacia do Itapocu), na por- temunhos do recuo da linha de es-
Existem divergências quanto ao ção central do território (vários pon- carpa denominada Serra Geral. As
ponto culminante de Santa Catarina. tos da Bacia do Itajaí), bem como a formas de relevo alongadas e irre-
Unidade de Relevo Planalto de Lages gulares avançam sobre as planícies 9
A indicação do Morro da Boa Vista
(entre os municípios de Bom Retiro e (rios Canoas e João Paulo). costeiras.
Urubici) aparece no Atlas Geográfico A alta capacidade erosiva dos
de Santa Catarina, mas é uma cota Planalto dissecado Rio Iguaçu— principais rios fragmenta a unidade,
não comprovada. Das indicações a Rio Uruguai interrompendo-a em alguns trechos,
seguir, somente o Morro Bela Vista e Sua principal característica é a como ao longo do Vale do Rio Mam-
do Quiriri têm cota comprovada. Daí, forte dissecação a que foi submetido pituba e de seus afluentes da mar-
encontrarem-se outras indicações nas o relevo, com vales profundos e en- gem esquerda.
bibliografias sobre o Estado. costas em patamares. As maiores al-
— Morro da Boa Vista: 1 827 m (Ser- titudes são registradas na borda leste Depressão da zona carbonífera
ra Geral) e ultrapassam 1 000 m; para oeste e catarinense
— Morro Bela Vista: 1 823,49 m (Ser- noroeste, as costas altimétricas de- Posicionada no extremo sul de
ra Geral) caem para menos de 300 m. Este cai- Santa Catarina, esta unidade confi-
— Morro da Igreja: 1 822 m (Serra mento topográfico caracteriza o relevo gura uma faixa alongada na direção
Geral) da área como planalto monoclinal. N—S. As características de relevo di-
— Morro Campo dos Padres: 1 790 m versificam-se: da cidade de Sideró-
(Serra Geral) Planalto dos Campos Gerais polis para o norte, predominam as
— Morro do Quiriri: 1 430,66 m (Ser- Apresenta-se distribuído em blo- formas colinosas, com vales encai-
ra do Mar) cos de relevos isolados pelo Planalto xados e vertentes íngremes; de Si-
dissecado Rio Iguaçu—Rio Uruguai. derópolis para o sul, as formas de
UNIDADES DE RELEVO Os blocos que constituem esta uni- relevo são côncavo-convexas com
Planícies costeiras dade são conhecidos como Planalto vales abertos. Disseminados nesta
Correspondem à estreita faixa si- de Palmas, Planalto de Capanema, última área, encontram-se relevos re-
tuada na porção mais oriental do Es- Planalto de Campos Novos e Planalto siduais de topo plano (mesas), man-
tado, junto ao Oceano Atlântico, onde de Chapecó. Esses blocos estão si- tidos por rochas mais resistentes, e
existem inúmeras praias arenosas e du- tuados topograficamente acima das que fazem parte dos Patamares da
nas, que evidenciam a predominância áreas circundantes. Serra Geral.
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Patamares do alto Rio Itajaí Patamar de Mafra Planalto de São

Quadro natural
Geografia de Santa Catarina
Os patamares distribuem-se em Localiza-se no extremo norte de Bento do Sul
uma faixa de direção geral NW—SE Santa Catarina. Apresenta relevo de Pequena parte desse planalto lo-
que se estreita para o sul e se carac- colinas com pequena amplitude alti- caliza-se no extremo norte de Santa
teriza pela intensa dissecação do re- métrica, formando superfície regular, Catarina, entre as unidades Serra do
levo e vales estruturais, como o Vale quase plana. Mar e Patamar de Mafra. Sua maior
do Itajaí do Norte ou Hercílio. A cuesta da Serra Geral, que serve extensão está no estado do Paraná.
A presença de extensos patama- de limite em alguns setores entre o Pa- O relevo apresenta formas colino-
res, alcançando dezenas de quilôme- tamar de Mafra e o Planalto dos Cam- sas, posicionando-se, altimetrica-
tros, e de relevos residuais de topo pos Gerais, corresponde a um desnível mente, entre 850 e 900 m.
plano (mesas), limitados por escar- de 300 m normalmente. As altitudes
pas, é causada por rochas de dife- médias são aproximadamente 750 m; Serras do leste catarinense
rentes resistências à erosão, como as menores cotas são registradas junto Estendem-se na direção N—S,
os arenitos, mais resistentes, e os fo- ao sopé da cuesta da Serra Geral, em desde as proximidades de Joinvile
lhelhos, menos resistentes. O relevo torno dos 650 m. até Laguna. A principal caracterís-
apresenta contrastes altimétricos. As tica do relevo é a seqüência de ser-
maiores altitudes (1 220 m) são en- Serra do Mar ras dispostas de forma subparalela.
contradas na Serra da Boa Vista, lo- Constitui-se num prolongamento Estas serras apresentam-se, predo-
calizada no sudoeste. As menores para o sul da escarpa do Planalto Pau- minantemente, no sentido NE—SW,
altitudes estão nos vales dos rios. listano. No extremo norte de Santa mais baixas em direção ao litoral,
A amplitude altimétrica entre os to- Catarina, o relevo possui vertentes terminando em pontais, penínsulas
pos dos morros e os fundos dos va- voltadas para leste e para oeste; a e ilhas. Nas proximidades da linha de
les é imensa. vertente leste (atlântica) é a de maior costa, as altitudes são em torno de
declividade. Esta unidade apresenta 100 m, enquanto no limite ocidental
Planalto de Lages conjunto de cristas e picos, separados da unidade, na área de contato com
Caracteriza-se, em quase toda a por vales profundos, com vertentes os patamares do alto Rio Itajaí, atin-
sua extensão, como um degrau en- de forte declividade. A amplitude al- gem 900 m. Nas serras do Tabuleiro
tre os patamares do alto Rio Itajaí e timétrica deve-se à profundidade dos e de Anitápolis há as maiores eleva-
10 o Planalto dos Campos Gerais, com vales, 400 m. Na Serra do Mar se re- ções, ultrapassando 1 200 m em al-
exceção da área da nascente do Rio gistram as segundas maiores altitu- guns pontos.
Canoas. des encontradas em Santa Catarina,
O relevo do Planalto de Lages 1 500 m em alguns picos.
é composto basica-
mente por formas
Relevo
colinosas, sendo PARANÁ
comum a presença
de relevos residuais
(morros testemu-
ARGENTINA

nhos), com desta-


que para o Morro do
Tributo que se eleva
a 1 200 m de altitude.
Nas demais porções
RIO GRANDE
do planalto, as co- DO SUL
tas altimétricas são
em torno de 850 a
900 m. Além das
colinas e dos rele-
vos residuais, ob- Planícies costeiras Patamares do alto Rio Itajaí

serva-se também Planícies fluviais Planalto de Lages


Planalto dissecado Patamar de Mafra
ressaltos topográ- Rio Iguaçu / Rio Uruguai
Planalto dos Campos Planalto de São Bento do Sul
ficos, com a frente Gerais
NO
N
NE
Serra Geral Serra do Mar
voltada geralmente Patamares da Serra Geral Serras do leste catarinense O L

para o sudeste. Depressão da zona SO SE


OCEANO
S
carbonífera catarinense
ATLÂNTICO
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Geografia de Santa Catarina
1. Analise o mapa do relevo catarinense. Localize seu município e identifique a unidade de relevo a que pertence.
A critério do aluno.

2. De maneira generalizada, como se pode classificar o relevo de Santa Catarina?


Santa Catarina apresenta relevo bastante acidentado, com formações de depressão, planaltos, planícies e serras. As terras baixas situam-se na porção oriental e na região

costeira e o conjunto de terras altas compreende o divisor de águas e a parte interiorana do Estado.

Vegetação
Santa Catarina, pela situação geográfica, formas de onde se observa a coe-
relevo, natureza de suas rochas e diversificação dos so- xistência da flora tropi-
los, apresenta variedade ambiental, traduzida na multi- cal e temperada, com-
plicidade das paisagens naturais e formações vegetais, pondo a Floresta de
distribuídas pelas várias regiões fitogeográficas. Araucária. A coexis-
tência de floras ad-
Vegetação PARANÁ versas determina o
padrão estrutural e
ARGENTINA

fitofisionômico da
floresta ombrófila
mista, cujo domí-
nio desce a 500 m
de altitude.
RIO GRANDE
A araucária
DO SUL
desempenha papel principal na fisionomia florestal
11
do planalto. Seu valor paisagístico, porém, foi des-
Vegetação litorânea cartado face ao valor econômico. Hoje, esta es-
N
Mata tropical atlântica NO NE
pécie está desaparecendo diante da expansão
Mata subtropical O L
OCEANO
da fronteira agrícola e exploração madeireira.
Campos
Mata das Araucárias
SO
S
SE ATLÂNTICO Nos ambientes ainda preservados é possível
observar a imponente araucária sobre a copagem
de outras espécies, como canelas e, em particular, im-
REGIÃO DA FLORESTA AMBRÓFILA buias, ao lado de camboatás, sapopemas, ervas-mate,
DENSA (MATA ATLÂNTICA) bracatingas e tantas outras arbóreas, arbustivas e her-
Abrange planícies e serras da costa catarinense, com báceas típicas do planalto.
ambientes marcados intensamente pela influência oceâ-
nica, traduzida em elevado índice de umidade e baixa REGIÃO DA FLORESTA ESTACIONAL
amplitude térmica. DECIDUAL (MATA CADUCIFÓLIA)
As excepcionais condições ambientais da região per- No oeste catarinense, descendo o planalto, penetra-
mitiram o desenvolvimento de uma floresta com fisiono- se na bacia do Rio Uruguai, por onde se estende o do-
mia e estrutura peculiares, ampla variedade de formas de mínio da floresta estacional decidual, de 500 a 600 m
vida e elevado contingente de espécies endêmicas. Ca- para baixo, em cujas formações já não se observa a
nelas, guamirins, bicuíbas, perobas-vermelhas, cedros, araucária.
paus-d’óleo, figueiras, olandis, palmiteiros e outras es- Nesses ambientes, freqüentemente marcados por
pécies de árvores, arvoretas, arbustos, palmeiras, ervas, forte dissecação do relevo, vales encaixados e pendentes
epífitas e lianas compõem as comunidades vegetais. íngremes, o clima caracteriza-se por acentuada variação
térmica e por temperaturas médias mais elevadas do que
REGIÃO DA FLORESTA OMBRÓFILA no planalto. Esses e outros gradientes ecológicos per-
MISTA (MATA DAS ARAUCÁRIAS) mitem o desenvolvimento de flora típica e floresta parti-
Transpondo as serras costeiras para o interior, de cularmente interessante por seu dinâmico aspecto fito-
clima mais ameno, penetra-se no planalto catarinense fisionômico. A dinamicidade é refletida magnificamente
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no estrato superior da floresta que anualmente, no in- áreas subtraídas naturalmente a outros ecossistemas ou

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Geografia de Santa Catarina
verno, perde suas folhas, recuperando-as na primavera surgidas em função de atuação dos agentes morfodinâmi-
e permanecendo verdes durante o verão e outono. Como cos e pedogenéticos.
exemplos a grápia, o angico vermelho, o louro-pardo, a ca- As espécies pioneiras desempenham importante papel
nafístula e a guajuvira. na preparação do meio à instalação subseqüente de espé-
cies mais exigentes ou menos adaptadas às condições de
REGIÃO SAVANA (CAMPOS DO PLANALTO) instabilidade. Conforme o ambiente em que se desenvol-
O clima ameno do planalto vem, há milhares de anos, vem, as formações pioneiras classificam-se em: formações
evoluindo de temperado para tropical, promovendo a na- de influência marinha, fluviomarinha e fluvial.
tural ampliação das florestas sobre os campos. As savanas A formação de influência marinha denomina-se res-
(campos) compõem-se de grande quantidade de espécies tinga. Cobre dunas, depressões interdunares e outros am-
de gramíneas, sobretudo capim-caninha, capim-colchão, bientes sob influência do mar e, em geral, tem porte arbus-
grama-forquilha, grama-sempre-verde, grama-missioneira, tivo e herbáceo.
além de outras, que se misturam a uma variedade de es- A formação fluviomarinha compreende a vegetação
pécies de diversas famílias como ciperáceas, leguminosas, de mangue, que surge do contato com ambientes salinos
verbenáceas e compostas. e lodosos.
A de influência fluvial, arbustiva e herbácea com ou sem
ÁREA DAS FORMAÇÕES PIONEIRAS agrupamentos significativos de palmeiras, desenvolve-se so-
A expressão formação pioneira é usada para desig- bre as planícies aluviais e fluvilacustres. Geralmente é domi-
nar a vegetação constituída de espécies colonizadoras de nada por ciperáceas e gramíneas altas, além de compostas
ambientes instáveis ou em fase de estabelecimento, isto é, e verbenáceas, estabelecidas em locais mais drenados.

Hidrografia
Santa Catarina é representada Canoas e Pelotas. Outra bacia que faz Na vertente do interior, os rios apre-
por dois sistemas independentes parte do mesmo sistema é a do Iguaçu, sentam, via de regra, perfil longitudi-
de drenagem: o integrado da ver- com área aproximada de 10 612 km2, nal, com longo percurso e ocorrência
tente do interior (Bacia do Prata), seus principais afluentes são os rios de inúmeras quedas d’água, represen-
12
comandado pelas bacias dos rios Jangada e Negro (limite do estado do tando importante riqueza de potencial
Paraná e Uruguai; e o da vertente Paraná), Timbó e Paciência. hidrelétrico.
do Atlântico (litoral de Santa Cata- O sistema de drenagem da vertente Os rios da vertente atlântica pos-
rina), formado por um conjunto de do Atlântico compreende uma área de suem perfil longitudinal bastante aci-
bacias isoladas. aproximadamente 35 298 km2, ou seja, dentado no curso superior, onde a
A Serra Geral é o grande divisor 37% da área total do Estado, onde topografia é muito movimentada.
das águas que drenam para os rios Uru- se destaca a Bacia do Itajaí, com No curso inferior, os rios geralmente
guai e Iguaçu, e das que se dirigem para 15 500 km 2 de área aproximada. formam meandros, e os perfis lon-
o litoral catarinense, no Oceano Atlân- Esta bacia tem como rio principal gitudinais assinalam baixas declivi-
tico. No norte do Estado, a Serra do o Itajaí, que conta com dois grandes dades, caracterizando-se como rios
Mar também serve como divisor entre formadores (rios Itajaí do Sul e Itajaí do de planície.
a Bacia do Iguaçu e as bacias da ver- Oeste) e dois grandes tributários (rios Os rios de Santa Catarina são nor-
tente atlântica. Itajaí do Norte ou Hercílio e Itajaí Mirim) malmente comandados pelo regime
O sistema de drenagem da ver- compondo a maior bacia inteiramente pluviométrico, caracterizado por chu-
tente do interior ocupa área aproxi- catarinense. vas distribuídas o ano inteiro, garan-
mada de 60 185 km2, equivalente a Ainda na vertente do Atlântico tindo, assim, o abastecimento normal
63% do território catarinense. Nesse existem bacias como a do Rio Tuba- dos mananciais. O comportamento da
sistema se destaca a Bacia do Uruguai rão (5 100 km 2 ), a do Rio Araranguá grande maioria dos rios, de acordo
com 49 573 km2, cujo curso apresenta (3 020 km2), a do Rio Itapocu (2 930 km2), com a distribuição das chuvas, é re-
extensão de 2 300 km, da cabeceira a do Rio Tijucas (2 420 km 2), a do Rio presentado por dois máximos (um na
principal à foz do Rio Peperi-Guaçu. Mampituba (divisa com o estado do primavera e outro no final do verão),
Essa bacia apresenta afluentes impor- Rio Grande do Sul, com 1 224 km 2), a e dois mínimos (um no início do ve-
tantes: rios Peperi-Guaçu, das Antas, do Rio Urussanga (580 km 2), a do Rio rão e outro no outono, com prolonga-
Chapecó (com seu afluente Chapeco- Cubatão (do norte, com 472 km 2), a mento no inverno), revelando carac-
zinho, formando o maior afluente do Rio do Rio Cubatão (do sul, com 900 km2) terísticas do regime subtropical.
Uruguai), Irani, Jacutinga, do Peixe, e a do Rio d’Uma (540 km2).
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Meio ambiente

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Geografia de Santa Catarina
O meio ambiente é formado por to- Os balneários mais visitados têm poluição, bem como proteger e recupe-
dos os elementos que constituem o lu- apresentado condições de balneabi- rar a natureza. Além da legislação não
gar, o espaço onde o homem vive. Fazem lidade bastante prejudicadas pelos ser cumprida por muitos pela falta
parte desse meio os recursos naturais esgotos cloacais que, muitas vezes, de consciência ecológica, a situação
produzidos diretamente pela natureza, escorrem por valas, córregos, rios agrava-se ainda mais pela insuficiên-
como vegetação, rios, solos, e os produ- e canalizações pluviais até a pró- cia de fiscalização competente.
zidos pelo homem, como edifícios, ruas, pria praia. Há, também, problemas Em Santa Catarina, o órgão esta-
agricultura, pontes, barragens, etc. generalizados de má ocupação do dual que cuida dos assuntos do meio
Os recursos naturais em Santa solo, destruição de mangues, dunas, ambiente é a Fundação de amparo
Catarina, como na grande maioria dos entre outros. à tecnologia e ao meio ambiente
lugares ocupados pelo homem, vêm No norte, onde predomina o se- (FATMA), vinculada à Secretaria de
sendo degradados. Este fato deve-se tor metal-mecânico, os indicadores Estado de Desenvolvimento Urbano
a três fatores principais: econômico, da poluição são metais pesados en- e Meio Ambiente, que faz parte do
cultural e legal. contrados na Lagoa de Saguaçu e na Sistema Nacional do Meio Am-
Baía da Babitonga reduzindo, assim, biente (Sisnama), coordenado na-
FATOR ECONÔMICO a produção pesqueira da região. cionalmente pelo Instituto Brasileiro
As atividades comerciais e produ- No planalto, as indústrias move- do Meio Ambiente e dos Recursos
tivas de forma geral e as condições leira e de madeira produzem tone- Naturais Renováveis (Ibama).
sociais delas decorrentes são respon- ladas de resíduos sólidos (aparas, As principais atividades da FATMA
sáveis pelas alterações ambientais ne- serragem, pó de serra), muitas ve- são: controle da poluição, pelo licen-
gativas, comumente chamadas de po- zes lançadas aos rios inadequada- ciamento ambiental das atividades po-
luição ou degradação ambiental. mente. Nos locais em que predomina tenciais ou efetivamente causadoras
Poluir o ambiente é degradar os a agropecuária, o uso indiscriminado de degradação ambiental; avaliação
recursos naturais existentes: ar, água, de agrotóxicos causa problemas de ambiental, pela aferição da qualidade
solo, fauna e flora. abrangência estadual. dos recursos naturais sujeitos à de-
O desenvolvimento econômico No Vale do Itajaí, os rios vêm gradação; promoção de pesquisas e
sendo contaminados por despejos geração de tecnologia aplicáveis na
envolve um custo ambiental que pre- 13
cisa ser bem-conhecido e avaliado. de tinturarias têxteis e fecularias, área ambiental; educação ambiental
Apesar de trazer benefícios à popu- comprometendo seriamente a vida e proteção dos recursos naturais por
lação, ele acarreta sérios danos ao nesses ambientes. meio de legislação e administração
meio ambiente. A cobertura vegetal No oeste do Estado, onde pre- de parques e reservas instituídas pelo
do Estado originalmente de 81%, hoje valece a agroindústria, a criação de Estado.
é apenas 14%. Se não forem tomadas aves e suínos contaminou pratica- A Secretaria de Estado da Agri-
providências rápidas e eficazes, a pró- mente todos os recursos hídricos. cultura, do Abastecimento e da Irri-
pria população sofrerá as conseqüên- No vale do Rio do Peixe, a indústria gação criou, em 1977, o Distrito Flo-
cias dos agentes poluidores. de papel despeja seus efluentes nos restal, estabelecendo critérios para a
Na região carbonífera, tida como rios, causando sérios problemas ao ordenação do espaço físico quanto
a 14ª área crítica nacional em termos meio ambiente. aos locais destinados ao refloresta-
de poluição, a lavra e o beneficiamento mento, bem como às áreas de pre-
do carvão mineral nos últimos anos FATOR CULTURAL servação permanente, no sentido de
deixaram um rastro de destruição. Para recuperar ambientes degra- dar atendimento ao setor madeireiro
A presença de carvão nos rios dados e manter os mananciais, faz- do Estado, dividindo-o em três seto-
compromete a qualidade da água para se necessário que a população te- res: Subdistrito Florestal Celulóico,
o abastecimento público, animais, ir- nha consciência de que é importante Subdistrito Florestal Energético e Flo-
rigação e uso industrial nos estuá- não poluir. Essa conscientização só restas de Preservação. Este abrange
rios dos rios da região. A presença virá mediante programa de educa- praticamente toda a unidade morfo-
da poluição compromete também a ção ambiental incentivado pelas au- lógica da Serra do Mar e da Serra
reprodução de peixes e crustáceos, toridades, educadores e pela própria Geral, onde se registram as maiores
deslocando os pescadores para ou- comunidade. declividades e se localiza a Floresta
tras frentes de trabalho. Tropical Atlântica.
O oeste catarinense não foi en-
As terras férteis foram inutilizadas FATOR LEGAL
ou esterilizaram-se pela lavra do car- volvido nas áreas de preservação
Os mecanismos legais e adminis-
vão mineral a céu aberto e pelo de- pela quase total ausência de mata
trativos são criados para disciplinar e
pósito de rejeitos de carvão. expressiva naquela região, por causa
orientar as atividades causadoras da
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da ação degradadora das atividades Em Santa Catarina, a preocupação da Estação Ecológica do Bracinho,

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Geografia de Santa Catarina
agrícolas, pastoris e industriais. Além do governo em criar unidades de con- propriedade das Centrais Elétricas de
do Distrito Florestal, que proíbe agres- servação surgiu em 1975, com a de- Santa Catarina S.A. — Celesc.
sões às florestas, outras unidades de cretação do Parque Estadual da Serra No território catarinense somente
conservação foram também criadas do Tabuleiro. Depois foram criados: Re- 236 769,34 hectares de florestas são
com a finalidade de dar proteção, não serva Biológica Estadual do Sassafrás, preservadas mediante ato institucional,
só à flora como também à fauna, aos Reserva Biológica da Canela Preta, Par- correspondendo a 2,44% da superfície
recursos hídricos e aos solos. Parques, que Estadual da Serra Furada, Reserva territorial. Este índice é preocupante em
reservas biológicas e estações eco- Biológica Estadual do Aguaí e Estação decorrência dos acelerados processos
lógicas são categorias adotadas de Ecológica do Bracinho. de desmatamentos para atender o setor
acordo com as condições ecológicas A administração dos parques e re- madeireiro, a expansão da fronteira agrí-
de cada área. servas depende da FATMA, com exceção cola e a produção de carvão vegetal.

Berçário gigante
Governo cria área de reprodução de baleia franca no litoral de Santa Catarina
A baleia franca, a mais gorda das nove espécies do mamífero aquático encontradas no
Brasil, é também a segunda mais ameaçada de extinção. Estima-se que existam apenas
7 000 exemplares nadando pelo mundo. No litoral de Santa Catarina, porém, elas parecem
as donas do território. Com 100 km de extensão, entre o Farol de Santa Marta e o sul da Ilha
de Santa Catarina, e 9 km de mar adentro, a nova APA vai garantir que esse lugar continue
sendo um berçário de baleias na costa brasileira. É ali que, todo ano, elas se reproduzem e amamentam seus filhotes até que te-
nham condições de sobreviver em alto-mar. O turismo de observação de baleias movimenta 500 milhões de dólares e atrai 5 mi-
lhões de pessoas para diversas praias do mundo. Em Santa Catarina, muitos donos de hotéis e pousadas estão se equipando para
oferecer aos hóspedes uma visão privilegiada do espetáculo das baleias.
Veja, 16 jun. 1999. (Adaptado)

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Atividade
Orientação ao pro-
1. As bacias do Negro, Tubarão, Itapocu e Descubra quais os projetos e as campanhas regionais e
fessor Itajaí-Açu, entre outras, freqüentemente assustam os ca- estaduais de preservação e despoluição dos rios.
1. As prefeituras po- tarinenses com enchentes. Reúna-se com dois colegas
dem informar quan-
to aos programas de e realizem pesquisa sobre os programas de monitora- 3. Com o auxílio do professor investigue as condições
monitoramento do ní- mento do nível dos rios para prever as cheias e quais as da água encanada de sua cidade. Se possível, faça pes-
vel dos rios. Essas in-
formações são noticia- soluções encontradas para evitar as tragédias provoca- quisa de campo visitando a unidade de tratamento e bus-
das freqüentemente nos das pelas enchentes. cando descobrir a origem da água de sua cidade.
jornais, telejornais e pe-
riódicos que circulam no
Estado. 2. O que o governo do Estado e a comunidade têm feito 4. Para onde vai o esgoto de seu município? Descubra se
para reverter o quadro de poluição dos rios catarinenses? há rede de esgoto e se existe uma unidade de tratamento.
2. Citar o projeto Va-
mos salvar o Itajaí-
Açu!, criado no Esta-
do, vinculado à mídia,
às escolas e aos de-
mais setores, no sen-
tido de elucidar a cam- 1. (Udesc—SC) Sobre o clima de Santa Cata- 02) A pluviosidade em Santa Catarina é bem-definida no
panha de preservação rina, podemos afirmar que: decorrer do ano, isto é, temos uma estação seca no
do rio.
a) possui estações bem-definidas com inverno rigoroso, inverno e outra úmida no verão.
4. Ressaltar as con- ocorrendo inclusive neve em todo seu território. 04) A umidade relativa do ar sobre o território catarinense
dições do saneamen- b) há ocorrência de chuvas o ano inteiro, com índices plu- decresce na medida em que nos afastamos do litoral
to básico do Estado, viométricos muito altos no inverno. em direção ao interior.
lembrando que pe- c) o clima é subtropical com estações bem-definidas. 08) De acordo com o sistema de Köppen, existem dois sub-
quena porcentagem d) sendo um clima equatorial, possui só uma das esta- tipos climáticos em Santa Catarina, o Cfa (com verões
dos municípios cata- ções bem-definidas. quentes), e o Cfb (com verões brandos).
rinenses possui rede
16) A Frente Polar Atlântica, gerada a partir do encontro
de esgoto.
2. (UFSC) Com relação aos aspectos climáticos de Santa Ca- da massa equatorial continental, atua sobre o território
tarina, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s). catarinense no inverno, provocando seca e ventos que
01) As massas de ar intertropicais (quentes) e polares (frias) vêm do quadrante norte.
são responsáveis pela dinâmica do sistema atmosféri- Soma: 13 (01+04+08)
co catarinense.
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3. (Udesc—SC) Sobre o meio ambiente de Santa Catarina, po- Assinale a alternativa correta.

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Geografia de Santa Catarina
demos afirmar: a) Somente as alternativas I e II são verdadeiras.
I. O clima é tropical úmido, com boa distribuição de chuvas. b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
II. Não existe estação ou local seco. c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
III. Nas regiões litorâneas o clima é mais quente e úmido. d) Todas as afirmativas são verdadeiras.

4. (Udesc—SC) Sobre o relevo de Santa Cata- 8. (Acafe—SC) Sobre as condições hídricas de Santa Cata-
rina, é incorreto afirmar: rina é incorreto afirmar:
a) Sua maior parte situa-se entre 800 e 1 200 metros. a) Na Ilha de Santa Catarina, os lençóis de águas subterrâ-
b) É pouco acidentado e favoreceu a colonização e o de- neas também estão ameaçados em função do desconhe-
senvolvimento da agropecuária. cimento da população, do descaso das autoridades e do
c) As menores altitudes, de zero a 200 metros, estão lo- crescimento desordenado da cidade e dos balneários.
calizadas na zona litorânea. b) No Estado catarinense não há escassez nem desperdí-
d) Seu ponto mais elevado fica na Serra Geral, entre Bom cio de água potável e isso se justifica por um equilíbrio
Retiro e Urubici. tanto no crescimento populacional como no dinamismo
de sua economia, que serve de modelo para a nação.
5. (Udesc—SC) Faz parte da vegetação de Santa Catarina: c) Santa Catarina tem fartura de águas superficiais, po-
I. Mata Tropical Atlântica rém, existem alguns problemas decorrentes de estia-
II. Mata dos Cocais gens prolongadas, além da poluição por diferentes
III. Taiga e Tundra agentes, como é o caso dos dejetos de suínos.
IV. Mata dos Pinhais (Araucária) d) A qualidade da água catarinense está comprometida,
V. Mangues em grande parte, pelo carvão no sul, pela suinocultu-
ra no oeste, pela celulose no planalto.
Assinale a alternativa correta.
e) O complexo Lagunar de Imaruí, Mirim e Santo Antônio
a) Somente são verdadeiras as afirmações I, II, III.
dos Anjos vem sendo poluído por metais pesados da
b) Somente são verdadeiras as afirmações II, III, V.
extração e beneficiamento do carvão, resíduos domés-
c) Somente são verdadeiras as afirmações I, IV e V.
ticos e industriais.
d) Somente são verdadeiras as afirmações III, IV e V.
9. (Udesc—SC) Em 14 de setembro de 2000 o presidente da
6. (Furb/Univali—SC) Santa Catarina, apesar de possuir a maior
República assinou um decreto criando a Área de Proteção (APA)
área florestal nativa da Região Sul, está com seu patrimônio na-
da Baleia Franca, no litoral de Santa Catarina, região considerada 15
tural em adiantado estágio de extermínio. Os campos naturais,
berçário desses cetáceos e um dos melhores pontos de observa-
como as florestas, cedem lugar à agricultura; a expansão das
ção dessa espécie no Brasil. Essa medida tem por objetivo:
áreas agrícolas e pecuárias mudou a fisionomia das paisagens,
a) facilitar a reprodução de baleias em cativeiro aumen-
devastando o patrimônio florestal do Estado.
tando seu número para o abate, transformando-a em
Em relação à distribuição da vegetação no estado de San-
uma nova fonte de renda para o Estado.
ta Catarina, é correto afirmar:
b) aumentar a extração e exportação do óleo de baleia,
a) A Mata Atlântica está presente nas planícies e serras
como foi praticado em larga escala no litoral catarinen-
da costa catarinense, com ambientes marcados forte-
se, no século XVIII.
mente pela influência oceânica.
c) tornar o Estado o único produtor e defensor das ba-
b) Os campos concentram-se principalmente na região
leias no sul do continente americano, evitando concor-
do Planalto Norte.
rências desleais nesse setor.
c) A Mata Atlântica, predominantemente no meio-oeste,
d) proteger a diversidade biológica, além de incrementar
está em franca recomposição, graças ao replantio e re-
o turismo na região em que as baleias aparecem em
florestamento particular e oficial.
maior número anualmente.
d) Na microrregião de Chapecó encontramos a maior con-
centração de restingas.
10. (Acafe—SC) Leia atentamente as preposições sobre o am-
e) A Mata das Araucárias desempenha papel principal na
biente em Santa Catarina e assinale a alternativa incorreta.
fisionomia florestal do Vale do Itajaí.
a) A região carbonífera é a área de maior degradação, em
face da lavra e do beneficiamento do carvão que dei-
7. (Furb/Univali—SC) Sobre a hidrografia da Região Sul do
xaram um rastro de destruição.
Brasil é correto afirmar:
b) Ao longo do litoral, os balneários mais visitados apresen-
a) O principal rio catarinense é o Uruguai e tem como afluentes
tam condições de balneabilidade muito prejudicadas pelo
principais os rios Chapecó, do Peixe, Itajaí e Itapocu.
excesso de esgotos cloacais e má ocupação do solo.
b) Os rios da Região Sul caracterizam-se por ser predo-
c) A Baia da Babitonga tem recebido, constantemente,
minantemente de planícies. Portanto, com baixo poten-
metais pesados vindos do setor metal-mecânico, que
cial hidroelétrico.
acabam por afetar enormemente a pesca na região.
c) Trechos dos rios Uruguai, Pelotas e Mampituba ser-
d) No Vale do Itajaí, onde o destaque é a indústria têxtil,
vem de limite entre os estados de Santa Catarina e Rio
o problema ambiental é o despejo das tinturarias que
Grande do Sul.
contaminam os rios da região.
d) O tipo de foz predominante nos rios da região é o del-
e) O Rio do Peixe é receptor de afluentes das indústrias
ta, o que explica as inúmeras ilhas encontradas no li-
moveleiras e metalúrgicas situadas ao longo do curso,
toral Sul do Brasil.
porque são em número pequeno, ainda não causam
e) Em relação ao volume de água, predominam na Re-
preocupação em termos ambientais.
gião Sul os rios do tipo temporários ou intermitentes.
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Geografia de Santa Catarina

econômico
Quadro
Oito mil empregos!
A indústria catarinense vai investir R$ 1,23 bilhão dentro do Esta-
do. Estima-se que serão criados oito mil novos empregos. Nos últimos
anos, multiplicaram-se, na mídia catarinense, manchetes festejando o
incremento da produção industrial. O Estado é alvo de investimentos
externos, atraídos por facilidades fiscais, proximidade de outros cen-
tros produtores, satisfatória rede de transportes, mão-de-obra quali-
ficada e consumidores, principalmente o Mercosul.

16 A Notícia, 1º set. 2001.

Na sua opinião, quais os reflexos da expansão industrial para os demais se-


tores da economia?
Orientação ao professor — Instigue os alunos com perguntas como: será que o avanço industrial prejudica a agricul-

tura e os pequenos proprietários de terra?


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Indústria

Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina
Responsável por mais de 30% do produto bruto es- Complexos industriais
tadual, a indústria catarinense encontra-se ligada a se-
Oeste catarinense Agroindústria, alimento e madeira
tores tradicionais (alimentar e têxtil) e dinâmicos (pape-
leiro e metal-mecânico). Planalto norte Móveis, erva-mate, madeira
O setor industrial acompanhou o desenvolvimento re- Eletro-metal-mecânica, informática,
Nordeste catarinense
gistrado no Brasil após 1930. Nota-se o aproveitamento plástico rígido (pvc), têxtil e vestuário
de setores conhecidos pelos imigrantes, caso das indús-
Têxtil, vestuário, naval, agroindústria,
trias têxtil e metal-mecânica. De maneira geral, a inexis-
Vale do Itajaí-Açu informática, metal-mecânica, mineral
tência de cidades de grande porte contribui para que o não-metálico (calcário), pescado
Estado não apresente grandes concentrações industriais.
Desde a década de 1960, o estabelecimento de novas Vale do Tijucas Cerâmica e calçado
rodovias em outras regiões do país e no próprio Estado, Informática, material gráfico, móveis,
Grande Florianópolis
impulsionou a indústria catarinense. vestuário
As empresas industriais estão agrupadas em pólos
Cerâmica, calçado, carvão mineral,
regionais especializados, destacando-se o de cerâmica, Sul catarinense
fécula, plástico descartável, têxtil
o têxtil, o eletro-metal-mecânico, o agroindustrial, o de
madeira e o de papel. São cerca de 43 mil indústrias que Planalto de Lages — papel, papelão,
Região serrana
empregam, aproximadamente, 365 mil trabalhadores. celulose, madeira

Turismo
Durante o ano todo, especial- Balneário Camboriú São Francisco do Sul
mente em outubro, festas animam Situado às margens da BR—101, a Esta cidade, com 496 anos, pos-
e atraem turistas de várias regiões 74 km da capital, no sentido sul—norte, sui praias como a da Enseada, muito
do país. As mais expressivas são: esse balneário recebe em média cerca procurada por paranaenses.
Oktoberfest (Blumenau), Marejada de oitocentos mil turistas nos meses São Francisco do Sul possui
(Itajaí), Fenarreco e Festa de Azam- de temporada de verão, desses, du- ruas estreitas e casarios da época 17
buja (Brusque), Fenatiro, Fenashopp, zentos mil são dos países do Merco- do Brasil Colônia tombados pela Se-
Festa das Flores e Festival de Dança sul, notadamente da Argentina. cretaria do Patrimônio Histórico e Ar-
(Joinvile), Festilha (São Francisco tístico Nacional (SPHAN).
do Sul) e Schutzenfest (Jaraguá Da capital até a divisa com o Rio
do Sul). Grande do Sul, a natureza também é
pródiga em belezas naturais. Situa-
das na Grande Florianópolis, no mu-
nicípio de Palhoça, encontram-se as
praias de Pinheira, Guarda do Embaú
e dos Sonhos, com recantos paradi-
síacos pouco conhecidos pelos turis-
tas. Nessa região é possível encontrar
as melhores ostras do país.
As praias de Imbituba também
Anualmente, a tradicional Oktoberfest possuem grande potencial turístico.
atrai milhares de turistas para a cidade de
Blumenau. As praias do Rosa, da Vila e Ibiraquera
Recortado por rochas que for- são consideradas paraíso dos surfis-
Teleférico, atração de Camboriú tas e um dos melhores pontos de ob-
mam costões, baías e enseadas de
areia limpa e águas claras, o litoral servação da baleia-franca.
catarinense tem característica muito Itapema
própria. São 530 km de costa situa- Situado às margens da BR—101, a Laguna
dos em 155 balneários. cerca de 60 km da capital, no sentido Bastante visitado por turistas
Os balneários mais importan- sul—norte, esse balneário é conside- de várias regiões, inclusive do exte-
tes, de acordo com pesquisa reali- rado o sétimo mais visitado do Bra- rior, esse balneário situa-se a pouco
zada pela Embratur são: sil pela pesquisa Embratur 2001, rece- mais de 100 km da capital, com praias
bendo, em média, duzentos e vinte mil como as do Mar Grosso, do Gi e da
turistas, sendo trinta mil estrangeiros. Tereza.
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O Farol da Santa Marta, ponto de dos Ingleses, Santinho, Jurerê, Ca- Itaimbezinho e a cachoeira Véu de

Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina
muita atração, construído em 1891, é nasvieiras, Brava, Joaquina, Arma- Noiva, com mais de 100 m de queda
o terceiro do mundo e o primeiro das ção, Mole e Campeche. livre. A parte catarinense dos Apara-
Américas em alcance (92 km). Considerada a capital turística do dos da Serra fica exatamente embaixo,
Laguna está situada entre a Serra Mercosul, Florianópolis vem atraindo onde cai a água das cachoeiras. Nessa
do Mar, à margem de um complexo la- turistas o ano inteiro. Além do movi- região, outros cânions têm maravi-
gunar, formado pelas lagoas de Santo mento natural dos meses de verão, a lhado os amantes do turismo agreste
Antônio dos Anjos da Laguna, Mirim, ilha tem sido divulgada no mundo in- e aventureiros em busca de esportes
Santa Marta, do Camacho, da Man- teiro durante os circuitos de surfe e de radicais. É o caso do Cânion de Mala-
teiga e outras menores. Destas lagoas locais para mergulho, como o da Ilha cara. Situado em Santa Catarina, no
os pescadores tiram camarão. No cen- do Arvoredo, hoje reserva biológica. município de Praia Grande, esse câ-
tro de Laguna, os antigos casarios No centro da cidade, a Praça XV, com nion é maior e mais profundo que o
tombados pela Secretaria do Patri- a centenária figueira, é local bastante do Itaimbezinho. Mesmo assim, muito
mônio Histórico e Artístico Nacional procurado pelos turistas, assim como pouco explorado. Como grande parte
contam um dos mais importantes epi- a Ponte Hercílio Luz, primeiro acesso do município é de área rural e pre-
sódios brasileiros: a Revolução Far- rodoviário continente—ilha. servação ambiental, a prefeitura está
roupilha ou, como ficou mais conhe- oferecendo incentivos especiais para
cida, a Guerra dos Farrapos. desenvolver o turismo ecológico na
região.
Saindo da BR—101, entramos na
Serra do Rio do Rastro (antiga Serra
do Doze). É nas margens dessa es-
trada que se encontram municípios
de colonização italiana, como Urus-
sanga; onde se toma vinho de boa
qualidade. Produtos coloniais como
queijos e outros derivados de leite
Desde 1999, Florianópolis passou
também estão à disposição dos vi-
18 a desenvolver mais intensamente o
sitantes.
turismo de eventos. Feiras e exposi-
ções passaram a fazer parte do ca-
lendário anual com o surgimento do
Centro Sul, pavilhão inteiramente
construído para esses fins.
Ainda pela BR—101, o roteiro mos-
tra um litoral mais aberto, de mar mais
Interior catarinense
grosso e com muitas belezas.
No rastro do minuano, o vento sul
Em direção ao Rio Grande do Sul,
do vizinho Estado gaúcho, o turista
vizinho à cidade de Criciúma, encon-
entra em Santa Catarina por Passo
tra-se o município de Içara e a Praia
de Torres (BR—101) para chegar à
do Rincão, a 180 km de Florianópolis,
Praia Grande. Apesar do nome, ali
e uma boa plataforma de pesca aden-
não existe mar, mas um dos manan-
trando o mar 400 m.
ciais de águas mais limpas e potá-
veis do país. Praia Grande faz divisa
Florianópolis
com Itaimbezinho, no lado gaúcho,
Com 155 km2, a ilha possui
onde está o Parque dos Aparados
4 2 p r a i a s com bom índice de bal-
da Serra. Nele situa-se o Cânion do
neabilidade. As mais conhecidas são:

Reúna-se com três colegas. Visitem e fotografem os pontos turísticos de sua cidade e, com o auxílio do
professor de língua portuguesa, construam um texto sobre os aspectos turísticos de seu município. Montem cartazes
com as fotos e o texto, criem legendas para as imagens e exponham os trabalhos em local de destaque da escola.
A critério do aluno.
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Transportes

Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina
A rede de transportes é fundamental para o bem-es- Os principais portos catarinenses são:
tar da população e o desenvolvimento econômico. Ao ob- — São Francisco do Sul: instalado em ilha homônima,
servarmos o sistema de transportes de Santa Catarina na Baía da Babitonga, é um grande terminal granelei-
extraímos informações importantes sobre o processo de ro e de contêineres. O acesso ao porto de São Fran-
ocupação do território e desenvolvimento econômico. cisco do Sul é possibilitado vias rodovia e ferrovia.
Próximo à cidade de São Francisco se encontra o ae-
RODOVIAS roporto de Joinvile, atribuindo ao porto a qualidade
As rodovias catarinenses abraçam boa parte do vo- de intermodal.
lume de cargas e praticamente todo o transporte de pas- — Itajaí: situado na foz do Rio Itajaí-Açu é importante
sageiros. O estado detém 61 115 km de rodovias. Den- no escoamento de mercadorias produzidas no vale.
tre as principais estão: O porto oferece terminal turístico para recepção de
Rodovias de integração nacional: BR—101 corta cruzeiros marítimos.
o litoral catarinense de São João do Sul até Garuva; — Imbituba (Porto Henrique Lage): no litoral sul, movi-
BR—116 atravessa o planalto e região serrana de Ma- menta cargas em geral. Privatizado em 1942 numa con-
fra / Rio Negro (PR) até Lages / Vacaria; BR—153 per- cessão de 70 anos à Companhia Docas de Imbituba.
corre a região de Concórdia; BR—163 passa pela região — Laguna: terminal pesqueiro que se encontra em es-
de São Miguel do Oeste, acompanhando a fronteira com tado de abandono.
a Argentina.
Rodovias transversais ou de penetração estadual:
Portos e aeroportos catarinenses
BR—280, no norte do Estado, liga São Francisco do Sul PARANÁ

ARGENTINA
Joinvile
a Porto União; BR—282, embora incompleta, ligará Flo- Navegantes
rianópolis a São Miguel do Oeste.
Chapecó Itajaí
Rodovias de ligação: BR—470 corta o Vale do Ita-
jaí ligando o litoral até as regiões serrana e oeste (Nave-
gantes a Campos Novos); BR—480 atravessa a região RIO
Lages
GRANDE Florianópolis
de Chapecó e também acompanha a fronteira com a Ar- DO SUL
gentina. Criciúma
Imbituba
19
Portos
Laguna
Rodovias Aeroportos com linhas
NO
N
NE
BR—280 regulares O L
PARANÁ
Aeroportos sem linhas OCEANO
ARGENTINA

regulares SO
S
SE
ATLÂNTICO

BR—282

470
BR—153 BR— AEROPORTOS
BR—163
BR—158 Santa Catarina possui mais de trinta aeródromos, sendo
os mais importantes: Florianópolis (Hercílio Luz — inter-
nacional), Navegantes, Joinvile, Criciúma, Blumenau e
BR—116 BR—101
RIO Lages.
GRANDE O transporte entre as cidades é muito pequeno. Todas
N DO SUL
NO NE
as grandes empresas operam no Estado promovendo
O L OCEANO
ATLÂNTICO a ligação com as demais regiões do Brasil.
SO SE
S
Pelo aeródromo de Florianópolis realizam-se vôos
internacionais. Destaca-se também o aeródromo de Na-
PORTOS vegantes pela proximidade com as praias de Balneário
O grande litoral de Santa Catarina, voltado para o Camboriú e de Penha.
Oceano Atlântico, oferece boas condições de navegabi-
lidade para o transporte de cabotagem ou de longo per- FERROVIAS
curso. Também o estabelecimento dos portos é facilitado, Santa Catarina tem 1 374 km de ferrovias. Todos os
haja vista os portos serem do tipo natural. trechos, antes coordenados pela Rede Ferroviária Fede-
Tais características denotam a importância atribuída ral S/A, foram privatizados.
aos terminais marítimos catarinenses, seja no contexto Embora não constitua uma rede, a malha ferroviária,
estadual, regional ou do Mercosul. desde o Porto de São Francisco do Sul, liga o litoral aos ra-
mais do planalto e também a outras regiões do Brasil.
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As ferrovias catarinenses movimentam os seguintes Tubarão — Usina Termoelétrica do Capivari (Jorge

Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina
produtos: farelo de soja, combustíveis, fertilizantes, ma- Lacerda).
deira, cimento, areia, carvão mineral, sucatas de metal — Estrada de Ferro Porto União / São Francisco do Sul:
e papel. no norte e nordeste do Estado, passando por Joinvile,
Jaraguá do Sul, São Bento do Sul e Mafra.
Rede ferroviária — Ferrovia do Contestado São Paulo—Rio Grande:
— Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina: totalmente cruza todo o Vale do Rio do Peixe.
em território catarinense, não está conectada à rede — Trecho do Tronco Principal Sul: corta o planalto
ferroviária nacional. Liga Criciúma ao Porto de Im- desde Mafra em direção ao sul.
bituba e foi construída para escoar o carvão mine- — Estrada de Ferro Trombudo Central / Blumenau:
ral da região. Atualmente, com a decadência da in- ferrovia do início do século, hoje desativada. Prefei-
dústria carvoeira, limita-se ao transporte de carvão turas do Alto Vale do Itajaí desejam reativar o trecho
mineral de Siderópolis (ramal desde Criciúma) até Rio do Sul / Ibirama para fins turísticos.

A rodovia de integração nacional BR—101, que corta o litoral catarinense, é conhecida popularmente
como “corredor da morte”. Após vários protestos populares e acordos governamentais, iniciou-se a obra do projeto
de duplicação da BR—101. Pesquise quais trechos já estão duplicados, se ainda existem trechos em construção e,
principalmente, a origem da verba para essa gigantesca obra.
A critério do aluno.

Agricultura
Está diretamente ligada à ocupa- O setor agrícola representa im- atua como fator limitante, permitindo
ção e à história do Estado. No litoral portante atividade na economia ca- uso a práticas convencionais de ma-
e vales atlânticos de ocupações aço- tarinense, respondendo por 17% do nejo de apenas 30% dos solos. Não
riana, alemã e italiana, desenvolveu- PIB estadual. O agrobusiness contribui obstante, 25% de seu território é
20 se a policultura de subsistência. No com mais de 40% do PIB estadual. Os ocupado com áreas cultivadas.
planalto, meio-oeste e oeste, a fixa- três mil estabelecimentos de indústrias Santa Catarina está entre os seis
ção de paulistas e gaúchos de forma agrícolas e agro-alimentares respon- principais estados produtores de ali-
mais tardia, desenvolveu as proprie- dem por 19% da renda, empregando mentos e apresenta os maiores índices
dades de maior porte, com destaque cerca de 35 mil pessoas. de produtividade por área pela capa-
à pecuária. Contudo, o território para a pro- cidade de trabalho e inovação do agri-
Quanto ao tamanho dos lotes ru- dução agrícola apresenta considerá- cultor, bem como o emprego de tec-
rais, predominam as pequenas e mé- veis limitações. O relevo bastante aci- nologias de ponta e o caráter familiar
dias propriedades (minifúndios), ainda dentado, associado às extensas áreas de mais de 90% das 203 000 proprie-
ligadas à estrutura familiar. pedregosas e afloramento de rochas, dades agrícolas catarinenses.

Pecuária
Nas porções do planalto, meio-oeste e oeste, as ativi-
dades de criação animal, iniciadas pelos paulistas e gaúchos,
ganham nova dinâmica pela implantação do sistema inte-
grado de criação, atrelado às necessidades do setor agroin-
dustrial. Cidades como Chapecó, Caçador, Seara, Joaçaba
e Videira abrigam grandes frigoríficos, a exemplo da Perdi-
gão, Sadia e Seara.
Em reconhecimento à qualidade dos produtos e por es-
tar livre da febre aftosa, Santa Catarina atinge mercados na-
cionais e internacionais.

A pecuária catarinense ganha


destaque pelo volume de
produção, produtividade aferida e
qualidade atingida no setor.
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Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina
Reúna-se com três colegas. Pesquisem os produtos agropecuários produzidos no Estado e preencham
a tabela com os principais.
Agropecuária catarinense
Regiões Agricultura (principais produtos) Pecuária (principais criações)

Oeste Alho, milho, soja, feijão, uva, laranja, pêssego, tangerina e Suínos, aves, bovinos, abelhas e peixes
catarinense mandioca

Planalto norte Feijão, milho, soja, fumo e cebola Abelhas

Nordeste
Arroz e banana Bovinos, peixes, mariscos e ostras
catarinense

Vale do Cebola, mandioca, arroz, fumo, batata-inglesa, cana-de-açúcar, Bovinos (leite), suínos, mariscos, ostras e peixes
batata-doce, milho
Itajaí-Açu

Vale do
Cebola, cana-de-açúcar, banana, mandioca Bovinos (corte), mariscos e ostras
Tijucas

Grande Fumo, cebola, feijão, mandioca na microrregião do Tabuleiro Abelhas, mariscos e ostras
Florianópolis
21

Sul
Fumo, mandioca, arroz, milho, banana, uva Suínos, aves, maricultura
catarinense

Região Maçã, milho, feijão, soja, fumo, cebola Bovinos (corte e leite), abelhas, peixes
serrana

Extrativismo
EXTRATIVISMO ANIMAL regiões do Planalto de Canoinhas, meio-oeste e princi-
Santa Catarina é importante produtor de pescados palmente no Vale do Rio do Peixe.
e crustáceos e o mais importante produtor de ostras e
mexilhões cultivados no país (maricultura). EXTRATIVISMO MINERAL
Nos últimos anos, a pesca artesanal vem sendo Santa Catarina possui a segunda maior reserva de
suplantada pelo modelo industrial. Itajaí, Navegantes, quartzo do país e grande concentração de argila cerâmica,
Florianópolis, Laguna, Governador Celso Ramos e Ja- bauxita e pedras semipreciosas. Petróleo e gás natural na
guaruna são destaques na produção pesqueira do Es- plataforma continental e uma das maiores reservas na-
tado. turais de água subterrânea potável do mundo (reserva
Botucatu) complementam o rol privilegiado de recursos
EXTRATIVISMO VEGETAL naturais de Santa Catarina. O Estado ainda detém uma
Santa Catarina é o terceiro maior Estado produtor de das maiores reservas de carvão mineral (2,4 bilhões de
papel e celulose do país, com 900 mil toneladas anuais. toneladas), de fluorita em produção (5,5 milhões de to-
O extrativismo vegetal ocorre com maior intensidade nas neladas) e de sílex (5,8 milhões de toneladas).
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Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina Estado de Santa Catarina tem petróleo de alto nível!
A descoberta de uma jazida de pe- O bloco descoberto é divido em três conjunto, a área total poderá ter capa-
tróleo de altíssima qualidade na Ba- zonas, cada uma com 20 m de espessura. cidade de produzir em torno de 10 mil
cia de Santa Catarina foi anunciada A primeira zona começou a ser testada barris diários.
pela Petrobras em outubro de 2001. em novembro de 2002, sendo compro- A Petrobras opera o bloco junto com
A jazida está localizada ao sul dos vada a alta qualidade do óleo. três outras empresas na exploração da
campos Coral e Estrela, a 170 km A zona já testada pode produzir tran- nova jazida.
de Itajaí. qüilamente seis mil barris diários. No
Diário Catarinense — economia, 10 dez. 2002. (Adaptado)

Pesquise sobre a disputa entre Paraná e Santa Catarina pela posse das jazidas.
A critério do aluno.

Divisão microrregional geográfica


As microrregiões geográficas constituem outra di- Microrregião de Canoinhas — parte do planalto
visão territorial, tanto para fins didáticos quanto estatís- tabular suavemente dissecado pela Bacia do Iguaçu.
ticos. Compreendem o agrupamento de vários municí- Povoada por imigrantes paulistas recebeu colonização
pios que apresentam, entre si, características naturais e alemã e eslava. Apresenta policultura intensiva, porém
socioeconômicas semelhantes. Segundo a divisão ela- predomina o setor secundário, com destaque para as in-
borada pelo IBGE, Santa Catarina possui 20 microrre- dústrias madeireiras.
giões geográficas: Microrregião de São Bento do Sul — os municípios
Microrregião de São Miguel d’Oeste — área que localizados na Bacia do Rio Negro, no norte do Estado,
abrange os municípios localizados nas bacias dos rios foram povoados por paulistas e por alemães. Destaca-
22 Peperi-Guaçu e das Antas; colonizada por alemães e ita- se a indústria moveleira.
lianos vindos de colônias do Rio Grande do Sul. Predo- Microrregião de Joinvile — marcada pelo Rio Ita-
minam as pequenas propriedades, com destaque para a pocu, de colonização vicentista e alemã, destaca-se como
produção de milho, soja, feijão, aves e suínos. zona industrial, possuindo também policultura e porto
Microrregião de Chapecó — municípios localiza- para exportação e importação.
dos no oeste catarinense e povoada por alemães e ita- Microrregião de Curitibanos — situada na área de
lianos vindos de colônias gaúchas. Possui zonas de ex- transição entre o Planalto de Lages e o Vale do Rio do
trativismo vegetal e policultura, destacando-se a cultura Peixe. Povoada por descendentes de italianos oriun-
do milho (associada à suinocultura), soja, feijão, laranja, dos do Rio Grande do Sul, constitui zona de grande
tangerina e uva. expressão agrícola, pecuária extensiva e comércio
Microrregião de Xanxerê — municípios localizados bem ativo.
na Bacia do Rio Chapecó, no oeste catarinense. Coloni- Microrregião dos Campos de Lages — situada em
zada por alemães e italianos vindos do Rio Grande do Sul, áreas de planalto suave, coberta de campos e povoada
predomina a policultura, com destaque para o milho, ce- por descendentes italianos oriundos do Rio Grande do
bola, soja e feijão, além da criação de suínos e aves. Sul. Há predomínio da atividade pecuária extensiva e das
Microrregião de Joaçaba — municípios situados no indústrias de papel e celulose.
Vale do Rio do Peixe. Povoada por colonos descendentes Microrregião de Rio do Sul — área dissecada pe-
de europeus, tem sua economia baseada na agricultura, los rios Itajaí do Norte, do Oeste e do Sul, de relevo
destacando-se as culturas do milho e da uva. Na pecuá- acidentado e zonas de pequenas propriedades e colo-
ria, sobressaem a suinocultura e a avicultura. nizada por alemães e italianos. Há predominância da
Microrregião de Concórdia — municípios localizados cultura do fumo e da criação de rebanho bovino des-
nas bacias dos rios Irani e Jacutinga, no oeste catarinense. tinado à produção de leite e derivados; há poucas in-
Colonizada por alemães e italianos vindos do Rio Grande dústrias, sobressaindo-se as de madeira e produtos
do Sul, predomina a cultura do milho associada à suino- alimentares.
cultura, além das indústrias de produtos alimentares.
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Microrregião de Blumenau — situa-se no médio Vale Microrregião de Tubarão — a maioria dos mu-

Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina
do Rio Itajaí-Açu, onde sobressai a colonização alemã. nicípios desta região fica na Bacia do Rio Tubarão.
Apresenta intensa área industrial e comercial; zona de Apresenta significativa área litorânea, colonizada prin-
pequenas propriedades rurais, com predominância da cipalmente pelos vicentistas. A agricultura é pouco ex-
policultura. pressiva e a pesca abundante. O interior é colonizado
Microrregião de Itajaí — área de planície costeira por italianos e destaca-se pela agricultura, principal-
junto à foz do Rio Itajaí-Açu e Itapocu. Apresenta coloni- mente cultura de arroz, mandioca e fumo. As princi-
zação diversificada de açorianos, alemães e italianos. É pais indústrias desta microrregião estão ligadas ao
zona de intenso turismo, possuindo também policultura sistema carbonífero.
e um porto para exportação e importação. Microrregião de Criciúma — abrange os municípios
Microrregião de Ituporanga — localizada nas ba- localizados na bacia carbonífera; colonização predomi-
cias dos rios Itajaí do Sul e Itajaí Mirim, em relevo aci- nantemente italiana. A agricultura é sobrepujada pela ex-
dentado. Colonizada por alemães e italianos, predomina tração de carvão mineral e indústria cerâmica.
a pequena propriedade com policultura, onde se desta- Microrregião de Araranguá — compreende o litoral
cam a cebola, a mandioca e o feijão. sul catarinense, além de áreas da escarpa da Serra Ge-
Microrregião de Tijucas — na Bacia do Rio Tiju- ral. Com povoamentos açoriano, italiano e alemão, tem
cas, oeste da microrregião de Florianópolis, apresenta na agricultura sua ação mais intensa e apresenta peque-
relevo acidentado. Predomínio da colonizações italiana nas propriedades.
e alemã; zona industrial e
Divisão microrregional geográfica
de policultura.
Microrregião de Flo- PARANÁ 458
459
rianópolis — localizada em
ARGENTINA

457
torno da capital. Coloni-
zada por vicentistas e aço- 452
453
454

rianos, apresenta atividade 455 463 464

rural hortigranjeira, pesca 462


456
abundante, centro adminis-
trativo, cultural, comercial
460
466
23
465
e de serviços.
452 — Microrregião de São Miguel d’Oeste
453 — Microrregião de Chapecó
Microrregião do Ta- 454 — Microrregião de Xanxerê 468 467
455 — Microrregião de Joaçaba
buleiro — a oeste da mi- 456 — Microrregião de Concórdia
461
457 — Microrregião de Canoinhas
crorregião de Florianópolis, 458 — Microrregião de São Bento do Sul
RIO GRANDE
459 — Microrregião de Joinvile DO SUL 469
região bastante monta- 460 — Microrregião de Curitibanos
461 — Microrregião dos Campos de Lages
nhosa, predomínio de pe- 462 — Microrregião de Rio do Sul
463 — Microrregião de Blumenau 470
quenas propriedades e da 464 — Microrregião de Itajaí
465 — Microrregião de Ituporanga
policultura, com destaque 466 — Microrregião de Tijucas N
NO NE
467 — Microrregião de Florianópolis 471
para a cebola e a produção 468 — Microrregião do Tabuleiro
469 — Microrregião de Tubarão
O L OCEANO
de mel de abelha. 470 — Microrregião de Criciúma SO SE
ATLÂNTICO
471 — Microrregião de Araranguá S

1. (Acafe—SC) Santa Catarina é um Estado com d) O destaque nacional da produção agrícola catarinense
destaque nacional por sua economia dinâmica e bastante diver- deve-se ao enorme padrão de concentração da terra.
sificada .
A alternativa que não condiz com o enunciado acima é: 2. (Udesc—SC) Nas proposições abaixo, assinale a alternati-
a) O turismo é uma atividade promissora, em função do va incorreta.
potencial diversificado, como por exemplo os balneá- a) Os principais produtos agrícolas catarinenses são mi-
rios, as cidades históricas, as festas populares e o eco- lho, arroz e soja.
turismo. O oeste é a região agrícola mais forte onde b) A maçã é o produto mais expressivo da cidade de Frai-
os produtores rurais trabalham em integração com as burgo.
agroindústrias. c) Na região sul do Estado estão localizadas as maiores
b) Empresas catarinenses como a Tigre, a Embraco, a fábricas de descartáveis plásticos.
Weg e a Douat Inox têm seus produtos vendidos em d) A maricultura é uma atividade em amplo desenvolvi-
vários países. mento nas cidades do oeste catarinense.
c) Além do carvão, o sul catarinense apresenta a maior
concentração de pisos e azulejos cerâmicos do país.
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Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina 3. (Acafe—SC) Sobre a estrutura fundiária de V. O grande problema está na persistência da febre afto-
Santa Catarina, podemos afirmar: sa, doença que atinge cerca de 30% do rebanho esta-
I. Imigrantes italianos, árabes e açorianos fixaram-se no dual.
oeste catarinense, constituindo pequenas proprieda- VI. Trabalha exclusivamente com rebanho ovino.
des rurais. Estão corretos:
II. Encontramos uma concentração de latifúndios no lito- a) I, II e III
ral catarinense. b) I, III e IV
III. O Estado catarinense destaca-se pela pequena proprie- c) I, II, III e V
dade rural, com exploração da mão-de-obra familiar. d) I, III, IV e VI
IV. Na microrregião de Florianópolis predominam as pe-
quenas propriedades que produzem hortigranjeiros 6. (Udesc—SC) A atividade portuária é um serviço público fe-
para a capital. deral, passível de concessão tanto para governos quanto para
Analise as afirmativas acima e assinale a alternativa correta. a iniciativa privada. Os portos catarinenses administrados por
a) Somente as afirmações I e II são verdadeiras. concessão atribuída ao Estado, a um município e à iniciativa pri-
b) Somente as afirmações I e III são verdadeiras. vada são, respectivamente, os de:
c) Somente as afirmações II e IV são verdadeiras. a) Itajaí, São Francisco do Sul e Imbituba.
d) Somente as afirmações III e IV são verdadeiras. b) Imbituba, Itajaí, São Francisco do Sul.
c) Itajaí, Imbituba, São Francisco do Sul.
4. Sobre a pesca artesanal em Santa Catarina, assinale a al- d) São Francisco do Sul, Itajaí, Imbituba.
ternativa incorreta.
a) Os grandes barcos de pesca industrial são os respon- 7. (Udesc—SC) A duplicação da BR—101 (trecho sul) está
sáveis pela dizimação das espécies, com a captura pre- enfrentando um impasse na região do Morro dos Cavalos, em
datória. Os chamados atuneiros fazem arrastões perto Palhoça, com relação à construção de um túnel naquele local,
da praia, em busca de peixes jovens, para utilizá-los porque:
como isca em alto mar. a) na região vive uma comunidade indígena guarani que
b) Os mais de 500 km do litoral abrigam centenas de pe- pode ser prejudicada.
quenas comunidades que ainda cultivam hábitos arte- b) técnicos do Ibama não permitem a sua construção por
sanais de pesca. ela agredir o meio ambiente.
c) O Estado nunca foi grande produtor de pescado, pois c) famílias de posseiros não aceitam sair dali sem uma
a pesca artesanal representou no máximo 10% da pro- indenização.
dução total de pescados. d) donos de uma mina de carvão exigem a alteração no
24 d) No verão os pescadores viram “hoteleiros” e oferecem traçado da estrada.
as próprias casas para o aluguel a turistas, como for-
ma de garantir outra fonte de renda. 8. Sobre os transportes em Santa Catarina é correto afirmar
que:
5. Sobre a agroindústria catarinense, considere os itens que a) a rede de estrada de ferro no Estado vem sendo forte-
se seguem: mente ampliada nos últimos anos, buscando facilitar o
I. Seu eixo de desenvolvimento é o oeste catarinense. escoamento de nossa produção agrícola e industrial.
II. É um setor que emprega técnicas obsoletas, apresen- b) a BR—101, sendo a mais importante rodovia longitudi-
tando resultados poucos significantes. nal federal em Santa Catarina, passa por obras de du-
III. Trabalha no sistema integrado, aliando interesses da plicação.
indústria e do produtor. c) o transporte fluvial no Estado tem contribuído para uma
IV. Ocupa lugar de destaque na economia catarinense, efetiva redução do frete.
atingindo até o mercado internacional.

9. O estado de Santa Catarina é exportador de do ramo têxtil — Teka e Hering — e Embraco, Tigre e Weg com-
vários produtos. Assinale a alternativa que contenha somente pletam o grupo das principais empresas de Santa Catarina.
produtos que não são exportados pelo Estado. Pela afirmação é correto afirmar que:
a) Maçã e carrocerias para ônibus a) as empresas mencionadas comercializam seus produ-
b) Carne suína e compressor para refrigeração tos no âmbito nacional e do Mercosul, não atingindo os
c) Frango e calçado exigentes mercados norte-americano e da União Euro-
d) Rosa e melancia péia .
b) é curioso o fato de nenhuma delas estar localizada no
10. São 14 as empresas catarinenses listadas entre as mil maio- Vale do Itajaí—Açu.
res da América Latina. As três primeiras da fila são do setor ali- c) Ceval, Sadia, Perdigão e Seara estão localizadas no
mentar — a Ceval, 96º lugar, a Sadia, 106º, e a Perdigão, 180º. eixo agroindustrial do oeste catarinense; Embraco, Ti-
A Seara completa o rol das grandes nesse setor. Três de ener- gre e Weg estão localizadas no nordeste do Estado.
gia — Eletrosul, Celesc, Gerasul também constam na relação, d) as empresas citadas não apresentam filiais em outros
bem como a privatizada Telesc Celular e a estatal Casan. Duas estados e são de capital exclusivamente catarinense.

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