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Divisão territorial
Geografia de Santa Catarina
POSIÇÃO GEOGRÁFICA Oceano Atlântico. Ao sul, com o estado do Rio Grande
O estado de Santa Catarina localiza-se no Sul junta- do Sul, apresenta 958 km de fronteiras desde a foz do
mente com os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, Rio Mampituba até a confluência do Rio Peperi-Guaçu
formando a Região Sul do Brasil. com o Rio Uruguai. A leste com o Oceano Atlântico e a
R.
P aran oeste com a Argentina, tendo 246 km de fronteiras ini-
PARAGUAI MATO apan
GROSSO
ema
Região Sul ciando na foz do Rio Peperi-Guaçu, no Uruguai.
DO SUL Maringá
Capital
Londrina
Represa de
aná
SÃO PAULO
Cidade principal Itaipu
CAPITAL ADMINISTRATIVA
ar
Cataratas
R. P
Limite dos do Iguaçu PARANÁ
estados da região
Ponta Grossa
O Estado possui 293 municípios. Sua capital adminis-
Represa Cascavel
Rodovia R. Iguaçu Curitiba
Paranaguá
trativa, a cidade de Florianópolis, é uma ilha e está unida ao
pavimentada Guarapuava
Pato Branco continente por duas pontes, a mais antiga (Hercílio Luz) foi
Joinvile
recentemente interditada por estar afetada pela corrosão.
Chapecó Blumenau
SANTA CATARINA
Florianópolis está situada em rica região agrícola,
industrial, comercial, e importante centro cultural, con-
i
Florianópolis
ua
Criciúma
ARGENTINA RIO GRANDE Caxias rior: Universidade Federal de Santa Catarina, fundada
DO SUL do Sul
cui
em 1960, e Universidade do Estado de Santa Catarina,
Santa Maria R. Ja Porto Alegre
Santana do fundada em 1966.
os
Livramento
at
OCEANO
sP
N
NO NE ATLÂNTICO
do
Bagé
a
go
O L Pelotas
La
SO SE Rio Grande
S
URUGUAI
LIMITES E DIMENSÕES
O estado de Santa Catarina limita-se ao norte com
o Paraná, tendo 754 km de fronteiras desde as nas-
centes do Rio Peperi-Guaçu até a foz do Saí-Guaçu no
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2. Pesquise, em jornais e revistas de sua região, a partici-
Divisão territorial
Geografia de Santa Catarina
População SÃO PAULO
pação de Santa Catarina nas negociações do Mercosul. Des-
cubra se o município onde você mora participa de forma di-
reta ou indireta no processo de globalização da América PARANÁ
Habitantes por km2
do Sul. 10—50
Florianópolis
POPULAÇÃO
Os aspectos demográfi- N
OCEANO
ATLÂNTICO
NO NE
cos têm sido alvo de preocupa- O L
Divisão territorial
Geografia de Santa Catarina
Embora os setores primário (agricultura, pesca, silvicultura, pecuária) e secundário (indústrias extrativas mine-
rais, de construção e transformação) sejam expressivos, é no setor terciário (comércio, transportes, administração
pública, serviços, etc.) que se concentra a maior parte da força produtiva catarinense.
PARANÁ
ARGENTINA
1. Santa Catarina apresenta densidade de- Analisando os fatores responsáveis por esse pro-
mográfica de 56,12 hab/km2, mas este valor não corres- cesso, reflita e aponte soluções que possam reverter o
ponde à realidade catarinense porque a distribuição da quadro fixando a população em seu lugar de origem.
população não é homogênea. A critério do aluno.
Pesquise qual é a densidade demográfica de sua re-
gião e se existe maior número de homens ou mulheres
em sua cidade.
A critério do aluno.
3. Com a orientação de seu professor pesquise os úl-
timos estudos demográficos de seu município e monte
uma tabela, relacionando os dados pesquisados com os
dados demográficos estaduais.
Divisão territorial
Geografia de Santa Catarina
1. (Udesc—SC) Sobre as fronteiras catarinen- A alternativa contendo a seqüência verdadeira é:
ses, é incorreto afirmar que o Estado: a) 3—1—2—4
a) no oeste, faz divisa com o Uruguai e a Argentina. b) 1—2—3—4
b) no leste, tem o litoral banhado pelo Oceano Atlântico. c) 1—4—3—2
c) no sul, faz fronteira com o Rio Grande do Sul. d) 1—3—4—2
d) no norte, tem fronteira dividida com o Paraná. e) 2—4—1—3
2. (Acafe—SC) Considerando os limites de Santa Catarina, 3. (Udesc—SC) Sobre a distribuição da população no estado
correlacione a coluna da direita com a da esquerda. de Santa Catarina podemos afirmar que:
1. Norte ( ) Paraná a) é predominantemente rural.
2. Sul ( ) República Argentina b) é predominantemente urbana.
3. Oeste ( ) Oceano Atlântico c) a população se localiza nos campos, mas exerce ativi-
4. Leste ( ) Rio Grande do Sul dades no setor terciário.
d) 50% da população são rural e 50% são urbana.
4. A respeito do quadro demográfico catarinen- 7. (Acafe—SC) Considere os dados abaixo e assinale a alter-
se é correto assinalar que: nativa incorreta.
a) a população total, apurada pelo Censo 2000, é
7 639 302 habitantes (8ª maior população absoluta entre Cidades População Área / km2 D
as unidades da federação). Joinvile 429 004 hab. 1 079,7 379,33 hab/km2
b) as maiores densidades demográficas são registradas
no Vale do Rio do Peixe. Florianópolis 341 781 hab. 435,8 784,26 hab/km2
c) os indicadores de qualidade de vida são satisfatórios Blumenau 261 505 hab. 509,4 513,38 hab/km2
no Estado, atraindo imigrantes.
d) por se tratar de um Estado industrial, na população abso- São José 173 029 hab. 114,17 1 510,49 hab/km2
luta e na economicamente ativa — PEA —, a população Criciúma 170 322 hab. 209,8 812,02 hab/km2
masculina predomina com larga vantagem numérica.
Balneário
73 292 hab. 46,4 1 580,76 hab/km2 5
5. (Udesc—SC) Sobre o quadro humano de Santa Catarina é Camboriú
correto afirmar:
a) O analfabetismo ainda é grave problema para a popu- a) Joinvile possui a maior população, a mais baixa den-
lação catarinense. sidade demográfica e a maior extensão territorial.
b) A população atendida por rede de esgoto e água potá- b) Balneário Camboriú com a menor área, apresenta a
vel já atinge a marca próxima de 100% principalmente maior densidade demográfica do Estado.
no extremo oeste. c) Florianópolis, a capital do Estado, além de possuir a
c) No Estado catarinense há predomínio da população maior população apresenta também a maior extensão
urbana, sendo que as maiores densidades demográfi- territorial.
cas ocorrem perto do litoral. d) São José detém a segunda maior densidade demográ-
d) A maior parte da população economicamente ativa do fica do Estado.
Estado em sua maioria exerce atividades ligadas ao e) Blumenau situa-se em terceiro lugar com relação a po-
campo. pulação absoluta mas sua densidade demográfica é in-
ferior à de Criciúma.
6. (Furb/Univali—SC) Na segunda metade do século XX, a
Grande Florianópolis conseguiu alcançar uma posição de des- 8. Sobre o estado de Santa Catarina assinale a alternativa
taque em relação às demais regiões do Estado. Contribuiu (Con- correta.
tribuíram) para isso: a) O Trópico de Capricórnio atinge as terras do Planalto
a) a concentração político-administrativa e a evolução da Norte.
infra-estrutura no setor de transportes e turismo. b) Tem aproximadamente 120 mil km 2 e 392 municípios.
b) a predominância de elementos europeus entre os tu- c) A Ponte Hercílio Luz e a árvore araucária são os sím-
ristas na Ilha de Santa Catarina, em relação ao núme- bolos oficiais do Estado.
ro de turistas mercosulistas. d) No Vale do Rio do Peixe, localizado no oeste catarinen-
c) a presença das atividades industriais de exportação na se, encontra-se a cidade de Concórdia.
ilha em que se localiza, facilitando desta forma a ex-
portação de manufaturados.
d) o fato de ter tido posição—chave no comando das ro-
tas internas de ocupação do território do Estado.
e) as atividades predominantes do “agrobusiness”, favo-
recida pela presença de solos férteis.
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natural
Geografia de Santa Catarina
Quadro
6
Rio Itajaí
Em sua opinião, quais serão os reflexos do acelerado extermínio do patrimônio vegetal catarinense para as ge-
rações futuras? Que medidas podem ser tomadas, a médio e a longo prazo, para reverter a situação atual?
A critério do aluno.
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Clima
Quadro natural
Geografia de Santa Catarina
Santa Catarina possui clima subtropical. Este tipo cli- de 3° a 18°C. Pertence ao grupo f, sem estação seca de-
mático ocorre em virtude da latitude, entre os paralelos finida. Nesse grupo é possível distinguir dois subtipos:
25° e 29° S, numa área de transição entre a zona tropi- verão quente (a) e verão fresco (b).
cal e a temperada. Segundo o mapa climático de Köppen, predominam no Es-
Os sistemas atmosféricos que atuam na Região tado os climas Cfa — verão quente e Cfb — verão fresco.
Sul do Brasil são controlados pela ação das mas-
sas de ar intertropicais (quentes) e polares (frias). CHUVAS E UMIDADE ATMOSFÉRICA
As massas polares são responsáveis pelo caráter meso- Pluviosidade
térmico desse clima. A pluviosidade está bem-distribuída no território ca-
Essas condições do tempo dependem da atuação tarinense em virtude das atuações do relevo, da mPa e
da massa tropical atlântica (mTa) e da massa polar atlân- da mTa, que, por suas constâncias, fazem com que não
tica (mPa). Orientação ao professor — Esse assunto está analisado na uni- haja estação chuvosa nem estação seca.
dade Clima e tempo de geografia geral.
A mTa atua o ano inteiro, principalmente na prima- A distribuição espacial do total anual de precipitação
vera e no verão. A mPa é responsável pela boa distribui- no Estado revela que a isoieta (linha num mapa que liga
ção das chuvas durante o ano. pontos do globo terrestre onde a média das precipitações
A mTa, originária do anticiclone semifixo do Atlântico, pluviais é igual durante certo período de tempo) de maior
caracteriza-se por ventos do quadrante norte e apresenta valor aparece no oeste e a de menor valor, no sul.
elevadas temperaturas e forte umidade. A amplitude pluviométrica no Estado é de 1 154 mm,
A mPa, originária da zona subantártica, caracteriza- diferença entre a estação de Xanxerê (2 373 mm), no
se por ventos do quadrante sul e por temperaturas bai- oeste, e a de Araranguá (1 219 mm), no litoral.
xas. O encontro da mPa com a mTa forma a frente polar
atlântica (fPa), resultando na ocorrência de chuvas com Umidade relativa do ar
a passagem da fPa em direção ao norte. Após o afasta- Os valores médios da umidade relativa no Estado variam
mento dessa frente, o tempo torna-se estável, com tem- entre 73,4% e 85%, tendo assim amplitude de 11,6%.
peraturas baixas. Outros fatores também contribuem para Na distribuição espacial da isoígra (linha que liga pon-
a composição da dinâmica climática catarinense, como tos com a mesma umidade relativa do ar), o extremo oeste
altitude, continentalidade, disposição do relevo e mari- catarinense registra valores médios de 75%; o oeste e o 7
timidade. planalto assinalam 80%, havendo aumento em direção
ao litoral com 85%. De modo geral, a isoígra decresce
CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA do litoral para o interior.
Segundo a classificação de Thornthwaite, Santa Ca-
tarina caracteriza-se pelo clima mesotérmico, com pre-
cipitação distribuída o ano todo.
A disposição do Estado na região temperada úmida
As quatro estações em
ocasiona bom nível de pluviosidade. A região oeste e em Santa Catarina
torno de Joinvile são áreas superúmidas. Uma das características do clima subtropical, “as
Por meio da classificação de Köppen, Santa Catarina quatro estações”, sempre gerou confusão. Comumente,
enquadra-se nos climas do grupo C (mesotérmico), uma elas são denominadas “bem-definidas”, o que não cor-
vez que as temperaturas médias do mês mais frio variam responde à realidade.
Observamos claramente, pelas temperaturas, o in-
Clima verno e o verão. A primavera e o outono passam des-
PARANÁ
percebidos. As chuvas ocorrem o ano todo e as fren-
ARGENTINA
tes, também.
O clima subtropical, segundo:
— Almanaque Abril 2001:
apresenta estações do ano relativamente marcadas;
— José W. Vesentini — Brasil, Sociedade e Espaço:
Florianópolis
começa a haver um esboço da primavera e outono;
N
NO NE RIO GRANDE
DO SUL
— Eustáquio de Sene — Geografia Geral e do Brasil:
O L
já começam a se delinear as quatro estações.
SO
S
SE
Vestibulares e concursos aceitam o clima subtropi-
Verão quente — mesotérmico úmido — Cfa
OCEANO
cal com estações bem ou mal definidas, depende da
Verão fresco — mesotérmico úmido — Cfb ATLÂNTICO bibliografia consultada para elaboração da questão.
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Quadro natural
Geografia de Santa Catarina Fenômeno El Niño
O fenômeno El Niño atua sobre o estado de Santa Cata- o padrão normal, mas não de forma concentrada, desfavo-
rina provocando aumento na pluviosidade e invernos mais recendo maiores inundações.
amenos. Em 1982—1983 o fenômeno ocasionou grandes Com menor intensidade que El Niño, no final de 1998,
enchentes no Vale do Itajaí, Planalto Norte e Sul do Estado. o Estado passou a ter sua dinâmica atmosférica perturbada
No ano de 1997, embora se tenha registrado o pior El Niño por La Niña. Durante 1999 houve agravamento das con-
desde o meio do século, o Estado ficou em alerta para en- dições impostas por La Niña, rigoroso inverno e redução
chentes de grandes proporções. Felizmente elas não ocor- dos níveis pluviométricos sobre Santa Catarina, em espe-
reram, salvo casos isolados. A pluviosidade foi maior que cial no interior.
Jornal de Santa Catarina, 31 mar. 2002. (Adaptado)
1. O estado de Santa Catarina apresenta grande variação climática durante um mesmo período. Expli-
que como e por que essas variações de tempo acontecem.
Orientação ao professor — Cite fatores como altitude, continentalidade, disposição do relevo, maritimidade, massas de ar que atuam no Estado e propiciam as variações cli-
máticas. Também é importante ressaltar o fenômeno El Niño que interfere no clima de Santa Catarina.
2. Pesquise, em jornais, livros, revistas e na internet o fenômeno El Niño e de que maneira o fenômeno interferiu
no clima de sua cidade.
A critério do aluno.
Relevo
Santa Catarina apresenta relevo (Eopaleozóicas), cobertura sedimen- Cobertura sedimentar
8
bastante acidentado, com formações tar gonduânica, rochas efusivas (for- gonduânica
de depressão, planaltos, planícies e mação da Serra Geral) e cobertura Surge no final da vertente orien-
serras. As terras baixas (depressão e sedimentar quaternária. tal da Serra do Mar e serras do leste
planície) situam-se na porção oriental, catarinense até o meio-oeste, sendo
em vales fluviais e região costeira. O Embasamento cristalino um conjunto de depósitos sedimen-
conjunto das terras altas compreende Ocupando o espaço da Serra do tares variado. Destacam-se na co-
o divisor de águas e a parte interio- Mar e serras do leste catarinense, o bertura sedimentar gonduânica as
rana do Estado. embasamento cristalino constitui- formações carboníferas, calcárias,
se de um conjunto de ro- argilosas e pirobetuminosas.
chas antigas e resistentes.
Destacam-se as formações Rochas efusivas (formação da
de gnaisses, xistos e gra- Serra Geral)
nitos. Sob essa designação são des-
critas as rochas vulcânicas efusivas
Coberturas vulcano — (ou extrusivas) da Bacia do Paraná,
sedimentares representadas por uma sucessão de
(Eopaleozóicas) derrames que cobrem quase 50% da
Conjunto de rochas superfície do estado de Santa Cata-
pouco dobradas e fra- rina na porção interiorana.
camente afetadas pelo
metamorfismo. Destacam-se os Cobertura sedimentar
GEOLOGIA arenitos e conglomerados entre- quaternária
A geologia catarinense oscila de meados por rochas vulcânicas ex- Junto ao litoral, os sedimentos de
rochas vulcânicas a sedimentares e trusivas (basalto). Aparecem nas re- origem marinha, aluvial, lacustre e en-
classifica-se em cinco grandes do- giões de Campo Alegre, Corupá, costas, apresentam-se inconsolidados
mínios: embasamento cristalino, Itajaí, Cambirela e Ilha de Santa ou fracamente consolidados, sendo
coberturas vulcano—sedimentares Catarina. areias, argilas e conglomerados.
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ALTIMETRIA de ações e processos marinhos e eó- As costas altimétricas mais eleva-
Quadro natural
Geografia de Santa Catarina
O plano altimétrico varia entre licos. Nas planícies costeiras também das encontram-se na porção leste da
zero e 1 600 metros de altitude, exis- aparecem com freqüência, ao longo unidade, ultrapassando 1 200 m, nas
tindo raros pontos acima de 1 800 m. do litoral catarinense, penínsulas, proximidades da cuesta da Serra Ge-
Estabelecidas as faixas, a altimetria ilhas, pontas, pontais, enseadas, ral; as menores, no Planalto de Cha-
catarinense assim se representa: baías e lagunas. pecó, atingindo 600 m.
— Faixa de 0 a 200 m: no litoral e pe- As altitudes médias registradas
queno trecho no extremo oeste. situam-se em torno de 10 m, atin- Serra Geral
— Faixa de 200 a 400 m: transição gindo até 30 m em alguns pontos É formada pelas escarpas do Pla-
entre as terras baixas do litoral mais afastados do mar, junto às ser- nalto dos Campos Gerais, com desní-
e as serras Geral e do Mar. Sua ras e montanhas. O contato entre as veis acentuados de até 1 000 m. A di-
presença também é notada nos planícies costeiras e esses relevos reção geral deste escarpamento é
afluentes do Rio Uruguai e com- elevados ocasiona contrastes altimé- N—S, porém, a direção NNE—SSW,
preende a menor porção alti- tricos acentuados. a mais freqüente, corresponde à
métrica catarinense. Serra do Rio do Rasto. As formas
— Faixa de 400 a 800 m: com cota Planícies fluviais de relevo abruptas apresentam va-
média de 600 m, esta faixa abri- Equivalem às áreas planas si- les fluviais com aprofundamentos
ga as serras litorâneas e planal- tuadas junto aos rios, periodicamente superiores a 500 m em suas nas-
tos ocidentais. inundadas e freqüentemente utiliza- centes, formando verdadeiros câ-
— Faixa de 800 a 1 200 m: a maior das para lavouras. Por sua localização nions.
parte da Serra do Mar e dos pla- particular surgem, ao contrário das
naltos interioranos, esta faixa demais unidades, de forma descon- Patamares da Serra Geral
corresponde à maior parcela tínua e em pequenas extensões. As Aparecem como faixa estreita
do território catarinense. mais expressivas localizam-se na di- e descontínua no extremo sul de
visa do Paraná (rios Iguaçu e Negro), Santa Catarina e representam tes-
PONTOS CULMINANTES no norte (Bacia do Itapocu), na por- temunhos do recuo da linha de es-
Existem divergências quanto ao ção central do território (vários pon- carpa denominada Serra Geral. As
ponto culminante de Santa Catarina. tos da Bacia do Itajaí), bem como a formas de relevo alongadas e irre-
Unidade de Relevo Planalto de Lages gulares avançam sobre as planícies 9
A indicação do Morro da Boa Vista
(entre os municípios de Bom Retiro e (rios Canoas e João Paulo). costeiras.
Urubici) aparece no Atlas Geográfico A alta capacidade erosiva dos
de Santa Catarina, mas é uma cota Planalto dissecado Rio Iguaçu— principais rios fragmenta a unidade,
não comprovada. Das indicações a Rio Uruguai interrompendo-a em alguns trechos,
seguir, somente o Morro Bela Vista e Sua principal característica é a como ao longo do Vale do Rio Mam-
do Quiriri têm cota comprovada. Daí, forte dissecação a que foi submetido pituba e de seus afluentes da mar-
encontrarem-se outras indicações nas o relevo, com vales profundos e en- gem esquerda.
bibliografias sobre o Estado. costas em patamares. As maiores al-
— Morro da Boa Vista: 1 827 m (Ser- titudes são registradas na borda leste Depressão da zona carbonífera
ra Geral) e ultrapassam 1 000 m; para oeste e catarinense
— Morro Bela Vista: 1 823,49 m (Ser- noroeste, as costas altimétricas de- Posicionada no extremo sul de
ra Geral) caem para menos de 300 m. Este cai- Santa Catarina, esta unidade confi-
— Morro da Igreja: 1 822 m (Serra mento topográfico caracteriza o relevo gura uma faixa alongada na direção
Geral) da área como planalto monoclinal. N—S. As características de relevo di-
— Morro Campo dos Padres: 1 790 m versificam-se: da cidade de Sideró-
(Serra Geral) Planalto dos Campos Gerais polis para o norte, predominam as
— Morro do Quiriri: 1 430,66 m (Ser- Apresenta-se distribuído em blo- formas colinosas, com vales encai-
ra do Mar) cos de relevos isolados pelo Planalto xados e vertentes íngremes; de Si-
dissecado Rio Iguaçu—Rio Uruguai. derópolis para o sul, as formas de
UNIDADES DE RELEVO Os blocos que constituem esta uni- relevo são côncavo-convexas com
Planícies costeiras dade são conhecidos como Planalto vales abertos. Disseminados nesta
Correspondem à estreita faixa si- de Palmas, Planalto de Capanema, última área, encontram-se relevos re-
tuada na porção mais oriental do Es- Planalto de Campos Novos e Planalto siduais de topo plano (mesas), man-
tado, junto ao Oceano Atlântico, onde de Chapecó. Esses blocos estão si- tidos por rochas mais resistentes, e
existem inúmeras praias arenosas e du- tuados topograficamente acima das que fazem parte dos Patamares da
nas, que evidenciam a predominância áreas circundantes. Serra Geral.
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Patamares do alto Rio Itajaí Patamar de Mafra Planalto de São
Quadro natural
Geografia de Santa Catarina
Os patamares distribuem-se em Localiza-se no extremo norte de Bento do Sul
uma faixa de direção geral NW—SE Santa Catarina. Apresenta relevo de Pequena parte desse planalto lo-
que se estreita para o sul e se carac- colinas com pequena amplitude alti- caliza-se no extremo norte de Santa
teriza pela intensa dissecação do re- métrica, formando superfície regular, Catarina, entre as unidades Serra do
levo e vales estruturais, como o Vale quase plana. Mar e Patamar de Mafra. Sua maior
do Itajaí do Norte ou Hercílio. A cuesta da Serra Geral, que serve extensão está no estado do Paraná.
A presença de extensos patama- de limite em alguns setores entre o Pa- O relevo apresenta formas colino-
res, alcançando dezenas de quilôme- tamar de Mafra e o Planalto dos Cam- sas, posicionando-se, altimetrica-
tros, e de relevos residuais de topo pos Gerais, corresponde a um desnível mente, entre 850 e 900 m.
plano (mesas), limitados por escar- de 300 m normalmente. As altitudes
pas, é causada por rochas de dife- médias são aproximadamente 750 m; Serras do leste catarinense
rentes resistências à erosão, como as menores cotas são registradas junto Estendem-se na direção N—S,
os arenitos, mais resistentes, e os fo- ao sopé da cuesta da Serra Geral, em desde as proximidades de Joinvile
lhelhos, menos resistentes. O relevo torno dos 650 m. até Laguna. A principal caracterís-
apresenta contrastes altimétricos. As tica do relevo é a seqüência de ser-
maiores altitudes (1 220 m) são en- Serra do Mar ras dispostas de forma subparalela.
contradas na Serra da Boa Vista, lo- Constitui-se num prolongamento Estas serras apresentam-se, predo-
calizada no sudoeste. As menores para o sul da escarpa do Planalto Pau- minantemente, no sentido NE—SW,
altitudes estão nos vales dos rios. listano. No extremo norte de Santa mais baixas em direção ao litoral,
A amplitude altimétrica entre os to- Catarina, o relevo possui vertentes terminando em pontais, penínsulas
pos dos morros e os fundos dos va- voltadas para leste e para oeste; a e ilhas. Nas proximidades da linha de
les é imensa. vertente leste (atlântica) é a de maior costa, as altitudes são em torno de
declividade. Esta unidade apresenta 100 m, enquanto no limite ocidental
Planalto de Lages conjunto de cristas e picos, separados da unidade, na área de contato com
Caracteriza-se, em quase toda a por vales profundos, com vertentes os patamares do alto Rio Itajaí, atin-
sua extensão, como um degrau en- de forte declividade. A amplitude al- gem 900 m. Nas serras do Tabuleiro
tre os patamares do alto Rio Itajaí e timétrica deve-se à profundidade dos e de Anitápolis há as maiores eleva-
10 o Planalto dos Campos Gerais, com vales, 400 m. Na Serra do Mar se re- ções, ultrapassando 1 200 m em al-
exceção da área da nascente do Rio gistram as segundas maiores altitu- guns pontos.
Canoas. des encontradas em Santa Catarina,
O relevo do Planalto de Lages 1 500 m em alguns picos.
é composto basica-
mente por formas
Relevo
colinosas, sendo PARANÁ
comum a presença
de relevos residuais
(morros testemu-
ARGENTINA
Quadro natural
Geografia de Santa Catarina
1. Analise o mapa do relevo catarinense. Localize seu município e identifique a unidade de relevo a que pertence.
A critério do aluno.
costeira e o conjunto de terras altas compreende o divisor de águas e a parte interiorana do Estado.
Vegetação
Santa Catarina, pela situação geográfica, formas de onde se observa a coe-
relevo, natureza de suas rochas e diversificação dos so- xistência da flora tropi-
los, apresenta variedade ambiental, traduzida na multi- cal e temperada, com-
plicidade das paisagens naturais e formações vegetais, pondo a Floresta de
distribuídas pelas várias regiões fitogeográficas. Araucária. A coexis-
tência de floras ad-
Vegetação PARANÁ versas determina o
padrão estrutural e
ARGENTINA
fitofisionômico da
floresta ombrófila
mista, cujo domí-
nio desce a 500 m
de altitude.
RIO GRANDE
A araucária
DO SUL
desempenha papel principal na fisionomia florestal
11
do planalto. Seu valor paisagístico, porém, foi des-
Vegetação litorânea cartado face ao valor econômico. Hoje, esta es-
N
Mata tropical atlântica NO NE
pécie está desaparecendo diante da expansão
Mata subtropical O L
OCEANO
da fronteira agrícola e exploração madeireira.
Campos
Mata das Araucárias
SO
S
SE ATLÂNTICO Nos ambientes ainda preservados é possível
observar a imponente araucária sobre a copagem
de outras espécies, como canelas e, em particular, im-
REGIÃO DA FLORESTA AMBRÓFILA buias, ao lado de camboatás, sapopemas, ervas-mate,
DENSA (MATA ATLÂNTICA) bracatingas e tantas outras arbóreas, arbustivas e her-
Abrange planícies e serras da costa catarinense, com báceas típicas do planalto.
ambientes marcados intensamente pela influência oceâ-
nica, traduzida em elevado índice de umidade e baixa REGIÃO DA FLORESTA ESTACIONAL
amplitude térmica. DECIDUAL (MATA CADUCIFÓLIA)
As excepcionais condições ambientais da região per- No oeste catarinense, descendo o planalto, penetra-
mitiram o desenvolvimento de uma floresta com fisiono- se na bacia do Rio Uruguai, por onde se estende o do-
mia e estrutura peculiares, ampla variedade de formas de mínio da floresta estacional decidual, de 500 a 600 m
vida e elevado contingente de espécies endêmicas. Ca- para baixo, em cujas formações já não se observa a
nelas, guamirins, bicuíbas, perobas-vermelhas, cedros, araucária.
paus-d’óleo, figueiras, olandis, palmiteiros e outras es- Nesses ambientes, freqüentemente marcados por
pécies de árvores, arvoretas, arbustos, palmeiras, ervas, forte dissecação do relevo, vales encaixados e pendentes
epífitas e lianas compõem as comunidades vegetais. íngremes, o clima caracteriza-se por acentuada variação
térmica e por temperaturas médias mais elevadas do que
REGIÃO DA FLORESTA OMBRÓFILA no planalto. Esses e outros gradientes ecológicos per-
MISTA (MATA DAS ARAUCÁRIAS) mitem o desenvolvimento de flora típica e floresta parti-
Transpondo as serras costeiras para o interior, de cularmente interessante por seu dinâmico aspecto fito-
clima mais ameno, penetra-se no planalto catarinense fisionômico. A dinamicidade é refletida magnificamente
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no estrato superior da floresta que anualmente, no in- áreas subtraídas naturalmente a outros ecossistemas ou
Quadro natural
Geografia de Santa Catarina
verno, perde suas folhas, recuperando-as na primavera surgidas em função de atuação dos agentes morfodinâmi-
e permanecendo verdes durante o verão e outono. Como cos e pedogenéticos.
exemplos a grápia, o angico vermelho, o louro-pardo, a ca- As espécies pioneiras desempenham importante papel
nafístula e a guajuvira. na preparação do meio à instalação subseqüente de espé-
cies mais exigentes ou menos adaptadas às condições de
REGIÃO SAVANA (CAMPOS DO PLANALTO) instabilidade. Conforme o ambiente em que se desenvol-
O clima ameno do planalto vem, há milhares de anos, vem, as formações pioneiras classificam-se em: formações
evoluindo de temperado para tropical, promovendo a na- de influência marinha, fluviomarinha e fluvial.
tural ampliação das florestas sobre os campos. As savanas A formação de influência marinha denomina-se res-
(campos) compõem-se de grande quantidade de espécies tinga. Cobre dunas, depressões interdunares e outros am-
de gramíneas, sobretudo capim-caninha, capim-colchão, bientes sob influência do mar e, em geral, tem porte arbus-
grama-forquilha, grama-sempre-verde, grama-missioneira, tivo e herbáceo.
além de outras, que se misturam a uma variedade de es- A formação fluviomarinha compreende a vegetação
pécies de diversas famílias como ciperáceas, leguminosas, de mangue, que surge do contato com ambientes salinos
verbenáceas e compostas. e lodosos.
A de influência fluvial, arbustiva e herbácea com ou sem
ÁREA DAS FORMAÇÕES PIONEIRAS agrupamentos significativos de palmeiras, desenvolve-se so-
A expressão formação pioneira é usada para desig- bre as planícies aluviais e fluvilacustres. Geralmente é domi-
nar a vegetação constituída de espécies colonizadoras de nada por ciperáceas e gramíneas altas, além de compostas
ambientes instáveis ou em fase de estabelecimento, isto é, e verbenáceas, estabelecidas em locais mais drenados.
Hidrografia
Santa Catarina é representada Canoas e Pelotas. Outra bacia que faz Na vertente do interior, os rios apre-
por dois sistemas independentes parte do mesmo sistema é a do Iguaçu, sentam, via de regra, perfil longitudi-
de drenagem: o integrado da ver- com área aproximada de 10 612 km2, nal, com longo percurso e ocorrência
tente do interior (Bacia do Prata), seus principais afluentes são os rios de inúmeras quedas d’água, represen-
12
comandado pelas bacias dos rios Jangada e Negro (limite do estado do tando importante riqueza de potencial
Paraná e Uruguai; e o da vertente Paraná), Timbó e Paciência. hidrelétrico.
do Atlântico (litoral de Santa Cata- O sistema de drenagem da vertente Os rios da vertente atlântica pos-
rina), formado por um conjunto de do Atlântico compreende uma área de suem perfil longitudinal bastante aci-
bacias isoladas. aproximadamente 35 298 km2, ou seja, dentado no curso superior, onde a
A Serra Geral é o grande divisor 37% da área total do Estado, onde topografia é muito movimentada.
das águas que drenam para os rios Uru- se destaca a Bacia do Itajaí, com No curso inferior, os rios geralmente
guai e Iguaçu, e das que se dirigem para 15 500 km 2 de área aproximada. formam meandros, e os perfis lon-
o litoral catarinense, no Oceano Atlân- Esta bacia tem como rio principal gitudinais assinalam baixas declivi-
tico. No norte do Estado, a Serra do o Itajaí, que conta com dois grandes dades, caracterizando-se como rios
Mar também serve como divisor entre formadores (rios Itajaí do Sul e Itajaí do de planície.
a Bacia do Iguaçu e as bacias da ver- Oeste) e dois grandes tributários (rios Os rios de Santa Catarina são nor-
tente atlântica. Itajaí do Norte ou Hercílio e Itajaí Mirim) malmente comandados pelo regime
O sistema de drenagem da ver- compondo a maior bacia inteiramente pluviométrico, caracterizado por chu-
tente do interior ocupa área aproxi- catarinense. vas distribuídas o ano inteiro, garan-
mada de 60 185 km2, equivalente a Ainda na vertente do Atlântico tindo, assim, o abastecimento normal
63% do território catarinense. Nesse existem bacias como a do Rio Tuba- dos mananciais. O comportamento da
sistema se destaca a Bacia do Uruguai rão (5 100 km 2 ), a do Rio Araranguá grande maioria dos rios, de acordo
com 49 573 km2, cujo curso apresenta (3 020 km2), a do Rio Itapocu (2 930 km2), com a distribuição das chuvas, é re-
extensão de 2 300 km, da cabeceira a do Rio Tijucas (2 420 km 2), a do Rio presentado por dois máximos (um na
principal à foz do Rio Peperi-Guaçu. Mampituba (divisa com o estado do primavera e outro no final do verão),
Essa bacia apresenta afluentes impor- Rio Grande do Sul, com 1 224 km 2), a e dois mínimos (um no início do ve-
tantes: rios Peperi-Guaçu, das Antas, do Rio Urussanga (580 km 2), a do Rio rão e outro no outono, com prolonga-
Chapecó (com seu afluente Chapeco- Cubatão (do norte, com 472 km 2), a mento no inverno), revelando carac-
zinho, formando o maior afluente do Rio do Rio Cubatão (do sul, com 900 km2) terísticas do regime subtropical.
Uruguai), Irani, Jacutinga, do Peixe, e a do Rio d’Uma (540 km2).
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Meio ambiente
Quadro natural
Geografia de Santa Catarina
O meio ambiente é formado por to- Os balneários mais visitados têm poluição, bem como proteger e recupe-
dos os elementos que constituem o lu- apresentado condições de balneabi- rar a natureza. Além da legislação não
gar, o espaço onde o homem vive. Fazem lidade bastante prejudicadas pelos ser cumprida por muitos pela falta
parte desse meio os recursos naturais esgotos cloacais que, muitas vezes, de consciência ecológica, a situação
produzidos diretamente pela natureza, escorrem por valas, córregos, rios agrava-se ainda mais pela insuficiên-
como vegetação, rios, solos, e os produ- e canalizações pluviais até a pró- cia de fiscalização competente.
zidos pelo homem, como edifícios, ruas, pria praia. Há, também, problemas Em Santa Catarina, o órgão esta-
agricultura, pontes, barragens, etc. generalizados de má ocupação do dual que cuida dos assuntos do meio
Os recursos naturais em Santa solo, destruição de mangues, dunas, ambiente é a Fundação de amparo
Catarina, como na grande maioria dos entre outros. à tecnologia e ao meio ambiente
lugares ocupados pelo homem, vêm No norte, onde predomina o se- (FATMA), vinculada à Secretaria de
sendo degradados. Este fato deve-se tor metal-mecânico, os indicadores Estado de Desenvolvimento Urbano
a três fatores principais: econômico, da poluição são metais pesados en- e Meio Ambiente, que faz parte do
cultural e legal. contrados na Lagoa de Saguaçu e na Sistema Nacional do Meio Am-
Baía da Babitonga reduzindo, assim, biente (Sisnama), coordenado na-
FATOR ECONÔMICO a produção pesqueira da região. cionalmente pelo Instituto Brasileiro
As atividades comerciais e produ- No planalto, as indústrias move- do Meio Ambiente e dos Recursos
tivas de forma geral e as condições leira e de madeira produzem tone- Naturais Renováveis (Ibama).
sociais delas decorrentes são respon- ladas de resíduos sólidos (aparas, As principais atividades da FATMA
sáveis pelas alterações ambientais ne- serragem, pó de serra), muitas ve- são: controle da poluição, pelo licen-
gativas, comumente chamadas de po- zes lançadas aos rios inadequada- ciamento ambiental das atividades po-
luição ou degradação ambiental. mente. Nos locais em que predomina tenciais ou efetivamente causadoras
Poluir o ambiente é degradar os a agropecuária, o uso indiscriminado de degradação ambiental; avaliação
recursos naturais existentes: ar, água, de agrotóxicos causa problemas de ambiental, pela aferição da qualidade
solo, fauna e flora. abrangência estadual. dos recursos naturais sujeitos à de-
O desenvolvimento econômico No Vale do Itajaí, os rios vêm gradação; promoção de pesquisas e
sendo contaminados por despejos geração de tecnologia aplicáveis na
envolve um custo ambiental que pre- 13
cisa ser bem-conhecido e avaliado. de tinturarias têxteis e fecularias, área ambiental; educação ambiental
Apesar de trazer benefícios à popu- comprometendo seriamente a vida e proteção dos recursos naturais por
lação, ele acarreta sérios danos ao nesses ambientes. meio de legislação e administração
meio ambiente. A cobertura vegetal No oeste do Estado, onde pre- de parques e reservas instituídas pelo
do Estado originalmente de 81%, hoje valece a agroindústria, a criação de Estado.
é apenas 14%. Se não forem tomadas aves e suínos contaminou pratica- A Secretaria de Estado da Agri-
providências rápidas e eficazes, a pró- mente todos os recursos hídricos. cultura, do Abastecimento e da Irri-
pria população sofrerá as conseqüên- No vale do Rio do Peixe, a indústria gação criou, em 1977, o Distrito Flo-
cias dos agentes poluidores. de papel despeja seus efluentes nos restal, estabelecendo critérios para a
Na região carbonífera, tida como rios, causando sérios problemas ao ordenação do espaço físico quanto
a 14ª área crítica nacional em termos meio ambiente. aos locais destinados ao refloresta-
de poluição, a lavra e o beneficiamento mento, bem como às áreas de pre-
do carvão mineral nos últimos anos FATOR CULTURAL servação permanente, no sentido de
deixaram um rastro de destruição. Para recuperar ambientes degra- dar atendimento ao setor madeireiro
A presença de carvão nos rios dados e manter os mananciais, faz- do Estado, dividindo-o em três seto-
compromete a qualidade da água para se necessário que a população te- res: Subdistrito Florestal Celulóico,
o abastecimento público, animais, ir- nha consciência de que é importante Subdistrito Florestal Energético e Flo-
rigação e uso industrial nos estuá- não poluir. Essa conscientização só restas de Preservação. Este abrange
rios dos rios da região. A presença virá mediante programa de educa- praticamente toda a unidade morfo-
da poluição compromete também a ção ambiental incentivado pelas au- lógica da Serra do Mar e da Serra
reprodução de peixes e crustáceos, toridades, educadores e pela própria Geral, onde se registram as maiores
deslocando os pescadores para ou- comunidade. declividades e se localiza a Floresta
tras frentes de trabalho. Tropical Atlântica.
O oeste catarinense não foi en-
As terras férteis foram inutilizadas FATOR LEGAL
ou esterilizaram-se pela lavra do car- volvido nas áreas de preservação
Os mecanismos legais e adminis-
vão mineral a céu aberto e pelo de- pela quase total ausência de mata
trativos são criados para disciplinar e
pósito de rejeitos de carvão. expressiva naquela região, por causa
orientar as atividades causadoras da
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da ação degradadora das atividades Em Santa Catarina, a preocupação da Estação Ecológica do Bracinho,
Quadro natural
Geografia de Santa Catarina
agrícolas, pastoris e industriais. Além do governo em criar unidades de con- propriedade das Centrais Elétricas de
do Distrito Florestal, que proíbe agres- servação surgiu em 1975, com a de- Santa Catarina S.A. — Celesc.
sões às florestas, outras unidades de cretação do Parque Estadual da Serra No território catarinense somente
conservação foram também criadas do Tabuleiro. Depois foram criados: Re- 236 769,34 hectares de florestas são
com a finalidade de dar proteção, não serva Biológica Estadual do Sassafrás, preservadas mediante ato institucional,
só à flora como também à fauna, aos Reserva Biológica da Canela Preta, Par- correspondendo a 2,44% da superfície
recursos hídricos e aos solos. Parques, que Estadual da Serra Furada, Reserva territorial. Este índice é preocupante em
reservas biológicas e estações eco- Biológica Estadual do Aguaí e Estação decorrência dos acelerados processos
lógicas são categorias adotadas de Ecológica do Bracinho. de desmatamentos para atender o setor
acordo com as condições ecológicas A administração dos parques e re- madeireiro, a expansão da fronteira agrí-
de cada área. servas depende da FATMA, com exceção cola e a produção de carvão vegetal.
Berçário gigante
Governo cria área de reprodução de baleia franca no litoral de Santa Catarina
A baleia franca, a mais gorda das nove espécies do mamífero aquático encontradas no
Brasil, é também a segunda mais ameaçada de extinção. Estima-se que existam apenas
7 000 exemplares nadando pelo mundo. No litoral de Santa Catarina, porém, elas parecem
as donas do território. Com 100 km de extensão, entre o Farol de Santa Marta e o sul da Ilha
de Santa Catarina, e 9 km de mar adentro, a nova APA vai garantir que esse lugar continue
sendo um berçário de baleias na costa brasileira. É ali que, todo ano, elas se reproduzem e amamentam seus filhotes até que te-
nham condições de sobreviver em alto-mar. O turismo de observação de baleias movimenta 500 milhões de dólares e atrai 5 mi-
lhões de pessoas para diversas praias do mundo. Em Santa Catarina, muitos donos de hotéis e pousadas estão se equipando para
oferecer aos hóspedes uma visão privilegiada do espetáculo das baleias.
Veja, 16 jun. 1999. (Adaptado)
14
Atividade
Orientação ao pro-
1. As bacias do Negro, Tubarão, Itapocu e Descubra quais os projetos e as campanhas regionais e
fessor Itajaí-Açu, entre outras, freqüentemente assustam os ca- estaduais de preservação e despoluição dos rios.
1. As prefeituras po- tarinenses com enchentes. Reúna-se com dois colegas
dem informar quan-
to aos programas de e realizem pesquisa sobre os programas de monitora- 3. Com o auxílio do professor investigue as condições
monitoramento do ní- mento do nível dos rios para prever as cheias e quais as da água encanada de sua cidade. Se possível, faça pes-
vel dos rios. Essas in-
formações são noticia- soluções encontradas para evitar as tragédias provoca- quisa de campo visitando a unidade de tratamento e bus-
das freqüentemente nos das pelas enchentes. cando descobrir a origem da água de sua cidade.
jornais, telejornais e pe-
riódicos que circulam no
Estado. 2. O que o governo do Estado e a comunidade têm feito 4. Para onde vai o esgoto de seu município? Descubra se
para reverter o quadro de poluição dos rios catarinenses? há rede de esgoto e se existe uma unidade de tratamento.
2. Citar o projeto Va-
mos salvar o Itajaí-
Açu!, criado no Esta-
do, vinculado à mídia,
às escolas e aos de-
mais setores, no sen-
tido de elucidar a cam- 1. (Udesc—SC) Sobre o clima de Santa Cata- 02) A pluviosidade em Santa Catarina é bem-definida no
panha de preservação rina, podemos afirmar que: decorrer do ano, isto é, temos uma estação seca no
do rio.
a) possui estações bem-definidas com inverno rigoroso, inverno e outra úmida no verão.
4. Ressaltar as con- ocorrendo inclusive neve em todo seu território. 04) A umidade relativa do ar sobre o território catarinense
dições do saneamen- b) há ocorrência de chuvas o ano inteiro, com índices plu- decresce na medida em que nos afastamos do litoral
to básico do Estado, viométricos muito altos no inverno. em direção ao interior.
lembrando que pe- c) o clima é subtropical com estações bem-definidas. 08) De acordo com o sistema de Köppen, existem dois sub-
quena porcentagem d) sendo um clima equatorial, possui só uma das esta- tipos climáticos em Santa Catarina, o Cfa (com verões
dos municípios cata- ções bem-definidas. quentes), e o Cfb (com verões brandos).
rinenses possui rede
16) A Frente Polar Atlântica, gerada a partir do encontro
de esgoto.
2. (UFSC) Com relação aos aspectos climáticos de Santa Ca- da massa equatorial continental, atua sobre o território
tarina, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s). catarinense no inverno, provocando seca e ventos que
01) As massas de ar intertropicais (quentes) e polares (frias) vêm do quadrante norte.
são responsáveis pela dinâmica do sistema atmosféri- Soma: 13 (01+04+08)
co catarinense.
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3. (Udesc—SC) Sobre o meio ambiente de Santa Catarina, po- Assinale a alternativa correta.
Quadro natural
Geografia de Santa Catarina
demos afirmar: a) Somente as alternativas I e II são verdadeiras.
I. O clima é tropical úmido, com boa distribuição de chuvas. b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
II. Não existe estação ou local seco. c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
III. Nas regiões litorâneas o clima é mais quente e úmido. d) Todas as afirmativas são verdadeiras.
4. (Udesc—SC) Sobre o relevo de Santa Cata- 8. (Acafe—SC) Sobre as condições hídricas de Santa Cata-
rina, é incorreto afirmar: rina é incorreto afirmar:
a) Sua maior parte situa-se entre 800 e 1 200 metros. a) Na Ilha de Santa Catarina, os lençóis de águas subterrâ-
b) É pouco acidentado e favoreceu a colonização e o de- neas também estão ameaçados em função do desconhe-
senvolvimento da agropecuária. cimento da população, do descaso das autoridades e do
c) As menores altitudes, de zero a 200 metros, estão lo- crescimento desordenado da cidade e dos balneários.
calizadas na zona litorânea. b) No Estado catarinense não há escassez nem desperdí-
d) Seu ponto mais elevado fica na Serra Geral, entre Bom cio de água potável e isso se justifica por um equilíbrio
Retiro e Urubici. tanto no crescimento populacional como no dinamismo
de sua economia, que serve de modelo para a nação.
5. (Udesc—SC) Faz parte da vegetação de Santa Catarina: c) Santa Catarina tem fartura de águas superficiais, po-
I. Mata Tropical Atlântica rém, existem alguns problemas decorrentes de estia-
II. Mata dos Cocais gens prolongadas, além da poluição por diferentes
III. Taiga e Tundra agentes, como é o caso dos dejetos de suínos.
IV. Mata dos Pinhais (Araucária) d) A qualidade da água catarinense está comprometida,
V. Mangues em grande parte, pelo carvão no sul, pela suinocultu-
ra no oeste, pela celulose no planalto.
Assinale a alternativa correta.
e) O complexo Lagunar de Imaruí, Mirim e Santo Antônio
a) Somente são verdadeiras as afirmações I, II, III.
dos Anjos vem sendo poluído por metais pesados da
b) Somente são verdadeiras as afirmações II, III, V.
extração e beneficiamento do carvão, resíduos domés-
c) Somente são verdadeiras as afirmações I, IV e V.
ticos e industriais.
d) Somente são verdadeiras as afirmações III, IV e V.
9. (Udesc—SC) Em 14 de setembro de 2000 o presidente da
6. (Furb/Univali—SC) Santa Catarina, apesar de possuir a maior
República assinou um decreto criando a Área de Proteção (APA)
área florestal nativa da Região Sul, está com seu patrimônio na-
da Baleia Franca, no litoral de Santa Catarina, região considerada 15
tural em adiantado estágio de extermínio. Os campos naturais,
berçário desses cetáceos e um dos melhores pontos de observa-
como as florestas, cedem lugar à agricultura; a expansão das
ção dessa espécie no Brasil. Essa medida tem por objetivo:
áreas agrícolas e pecuárias mudou a fisionomia das paisagens,
a) facilitar a reprodução de baleias em cativeiro aumen-
devastando o patrimônio florestal do Estado.
tando seu número para o abate, transformando-a em
Em relação à distribuição da vegetação no estado de San-
uma nova fonte de renda para o Estado.
ta Catarina, é correto afirmar:
b) aumentar a extração e exportação do óleo de baleia,
a) A Mata Atlântica está presente nas planícies e serras
como foi praticado em larga escala no litoral catarinen-
da costa catarinense, com ambientes marcados forte-
se, no século XVIII.
mente pela influência oceânica.
c) tornar o Estado o único produtor e defensor das ba-
b) Os campos concentram-se principalmente na região
leias no sul do continente americano, evitando concor-
do Planalto Norte.
rências desleais nesse setor.
c) A Mata Atlântica, predominantemente no meio-oeste,
d) proteger a diversidade biológica, além de incrementar
está em franca recomposição, graças ao replantio e re-
o turismo na região em que as baleias aparecem em
florestamento particular e oficial.
maior número anualmente.
d) Na microrregião de Chapecó encontramos a maior con-
centração de restingas.
10. (Acafe—SC) Leia atentamente as preposições sobre o am-
e) A Mata das Araucárias desempenha papel principal na
biente em Santa Catarina e assinale a alternativa incorreta.
fisionomia florestal do Vale do Itajaí.
a) A região carbonífera é a área de maior degradação, em
face da lavra e do beneficiamento do carvão que dei-
7. (Furb/Univali—SC) Sobre a hidrografia da Região Sul do
xaram um rastro de destruição.
Brasil é correto afirmar:
b) Ao longo do litoral, os balneários mais visitados apresen-
a) O principal rio catarinense é o Uruguai e tem como afluentes
tam condições de balneabilidade muito prejudicadas pelo
principais os rios Chapecó, do Peixe, Itajaí e Itapocu.
excesso de esgotos cloacais e má ocupação do solo.
b) Os rios da Região Sul caracterizam-se por ser predo-
c) A Baia da Babitonga tem recebido, constantemente,
minantemente de planícies. Portanto, com baixo poten-
metais pesados vindos do setor metal-mecânico, que
cial hidroelétrico.
acabam por afetar enormemente a pesca na região.
c) Trechos dos rios Uruguai, Pelotas e Mampituba ser-
d) No Vale do Itajaí, onde o destaque é a indústria têxtil,
vem de limite entre os estados de Santa Catarina e Rio
o problema ambiental é o despejo das tinturarias que
Grande do Sul.
contaminam os rios da região.
d) O tipo de foz predominante nos rios da região é o del-
e) O Rio do Peixe é receptor de afluentes das indústrias
ta, o que explica as inúmeras ilhas encontradas no li-
moveleiras e metalúrgicas situadas ao longo do curso,
toral Sul do Brasil.
porque são em número pequeno, ainda não causam
e) Em relação ao volume de água, predominam na Re-
preocupação em termos ambientais.
gião Sul os rios do tipo temporários ou intermitentes.
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econômico
Quadro
Oito mil empregos!
A indústria catarinense vai investir R$ 1,23 bilhão dentro do Esta-
do. Estima-se que serão criados oito mil novos empregos. Nos últimos
anos, multiplicaram-se, na mídia catarinense, manchetes festejando o
incremento da produção industrial. O Estado é alvo de investimentos
externos, atraídos por facilidades fiscais, proximidade de outros cen-
tros produtores, satisfatória rede de transportes, mão-de-obra quali-
ficada e consumidores, principalmente o Mercosul.
Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina
Responsável por mais de 30% do produto bruto es- Complexos industriais
tadual, a indústria catarinense encontra-se ligada a se-
Oeste catarinense Agroindústria, alimento e madeira
tores tradicionais (alimentar e têxtil) e dinâmicos (pape-
leiro e metal-mecânico). Planalto norte Móveis, erva-mate, madeira
O setor industrial acompanhou o desenvolvimento re- Eletro-metal-mecânica, informática,
Nordeste catarinense
gistrado no Brasil após 1930. Nota-se o aproveitamento plástico rígido (pvc), têxtil e vestuário
de setores conhecidos pelos imigrantes, caso das indús-
Têxtil, vestuário, naval, agroindústria,
trias têxtil e metal-mecânica. De maneira geral, a inexis-
Vale do Itajaí-Açu informática, metal-mecânica, mineral
tência de cidades de grande porte contribui para que o não-metálico (calcário), pescado
Estado não apresente grandes concentrações industriais.
Desde a década de 1960, o estabelecimento de novas Vale do Tijucas Cerâmica e calçado
rodovias em outras regiões do país e no próprio Estado, Informática, material gráfico, móveis,
Grande Florianópolis
impulsionou a indústria catarinense. vestuário
As empresas industriais estão agrupadas em pólos
Cerâmica, calçado, carvão mineral,
regionais especializados, destacando-se o de cerâmica, Sul catarinense
fécula, plástico descartável, têxtil
o têxtil, o eletro-metal-mecânico, o agroindustrial, o de
madeira e o de papel. São cerca de 43 mil indústrias que Planalto de Lages — papel, papelão,
Região serrana
empregam, aproximadamente, 365 mil trabalhadores. celulose, madeira
Turismo
Durante o ano todo, especial- Balneário Camboriú São Francisco do Sul
mente em outubro, festas animam Situado às margens da BR—101, a Esta cidade, com 496 anos, pos-
e atraem turistas de várias regiões 74 km da capital, no sentido sul—norte, sui praias como a da Enseada, muito
do país. As mais expressivas são: esse balneário recebe em média cerca procurada por paranaenses.
Oktoberfest (Blumenau), Marejada de oitocentos mil turistas nos meses São Francisco do Sul possui
(Itajaí), Fenarreco e Festa de Azam- de temporada de verão, desses, du- ruas estreitas e casarios da época 17
buja (Brusque), Fenatiro, Fenashopp, zentos mil são dos países do Merco- do Brasil Colônia tombados pela Se-
Festa das Flores e Festival de Dança sul, notadamente da Argentina. cretaria do Patrimônio Histórico e Ar-
(Joinvile), Festilha (São Francisco tístico Nacional (SPHAN).
do Sul) e Schutzenfest (Jaraguá Da capital até a divisa com o Rio
do Sul). Grande do Sul, a natureza também é
pródiga em belezas naturais. Situa-
das na Grande Florianópolis, no mu-
nicípio de Palhoça, encontram-se as
praias de Pinheira, Guarda do Embaú
e dos Sonhos, com recantos paradi-
síacos pouco conhecidos pelos turis-
tas. Nessa região é possível encontrar
as melhores ostras do país.
As praias de Imbituba também
Anualmente, a tradicional Oktoberfest possuem grande potencial turístico.
atrai milhares de turistas para a cidade de
Blumenau. As praias do Rosa, da Vila e Ibiraquera
Recortado por rochas que for- são consideradas paraíso dos surfis-
Teleférico, atração de Camboriú tas e um dos melhores pontos de ob-
mam costões, baías e enseadas de
areia limpa e águas claras, o litoral servação da baleia-franca.
catarinense tem característica muito Itapema
própria. São 530 km de costa situa- Situado às margens da BR—101, a Laguna
dos em 155 balneários. cerca de 60 km da capital, no sentido Bastante visitado por turistas
Os balneários mais importan- sul—norte, esse balneário é conside- de várias regiões, inclusive do exte-
tes, de acordo com pesquisa reali- rado o sétimo mais visitado do Bra- rior, esse balneário situa-se a pouco
zada pela Embratur são: sil pela pesquisa Embratur 2001, rece- mais de 100 km da capital, com praias
bendo, em média, duzentos e vinte mil como as do Mar Grosso, do Gi e da
turistas, sendo trinta mil estrangeiros. Tereza.
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O Farol da Santa Marta, ponto de dos Ingleses, Santinho, Jurerê, Ca- Itaimbezinho e a cachoeira Véu de
Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina
muita atração, construído em 1891, é nasvieiras, Brava, Joaquina, Arma- Noiva, com mais de 100 m de queda
o terceiro do mundo e o primeiro das ção, Mole e Campeche. livre. A parte catarinense dos Apara-
Américas em alcance (92 km). Considerada a capital turística do dos da Serra fica exatamente embaixo,
Laguna está situada entre a Serra Mercosul, Florianópolis vem atraindo onde cai a água das cachoeiras. Nessa
do Mar, à margem de um complexo la- turistas o ano inteiro. Além do movi- região, outros cânions têm maravi-
gunar, formado pelas lagoas de Santo mento natural dos meses de verão, a lhado os amantes do turismo agreste
Antônio dos Anjos da Laguna, Mirim, ilha tem sido divulgada no mundo in- e aventureiros em busca de esportes
Santa Marta, do Camacho, da Man- teiro durante os circuitos de surfe e de radicais. É o caso do Cânion de Mala-
teiga e outras menores. Destas lagoas locais para mergulho, como o da Ilha cara. Situado em Santa Catarina, no
os pescadores tiram camarão. No cen- do Arvoredo, hoje reserva biológica. município de Praia Grande, esse câ-
tro de Laguna, os antigos casarios No centro da cidade, a Praça XV, com nion é maior e mais profundo que o
tombados pela Secretaria do Patri- a centenária figueira, é local bastante do Itaimbezinho. Mesmo assim, muito
mônio Histórico e Artístico Nacional procurado pelos turistas, assim como pouco explorado. Como grande parte
contam um dos mais importantes epi- a Ponte Hercílio Luz, primeiro acesso do município é de área rural e pre-
sódios brasileiros: a Revolução Far- rodoviário continente—ilha. servação ambiental, a prefeitura está
roupilha ou, como ficou mais conhe- oferecendo incentivos especiais para
cida, a Guerra dos Farrapos. desenvolver o turismo ecológico na
região.
Saindo da BR—101, entramos na
Serra do Rio do Rastro (antiga Serra
do Doze). É nas margens dessa es-
trada que se encontram municípios
de colonização italiana, como Urus-
sanga; onde se toma vinho de boa
qualidade. Produtos coloniais como
queijos e outros derivados de leite
Desde 1999, Florianópolis passou
também estão à disposição dos vi-
18 a desenvolver mais intensamente o
sitantes.
turismo de eventos. Feiras e exposi-
ções passaram a fazer parte do ca-
lendário anual com o surgimento do
Centro Sul, pavilhão inteiramente
construído para esses fins.
Ainda pela BR—101, o roteiro mos-
tra um litoral mais aberto, de mar mais
Interior catarinense
grosso e com muitas belezas.
No rastro do minuano, o vento sul
Em direção ao Rio Grande do Sul,
do vizinho Estado gaúcho, o turista
vizinho à cidade de Criciúma, encon-
entra em Santa Catarina por Passo
tra-se o município de Içara e a Praia
de Torres (BR—101) para chegar à
do Rincão, a 180 km de Florianópolis,
Praia Grande. Apesar do nome, ali
e uma boa plataforma de pesca aden-
não existe mar, mas um dos manan-
trando o mar 400 m.
ciais de águas mais limpas e potá-
veis do país. Praia Grande faz divisa
Florianópolis
com Itaimbezinho, no lado gaúcho,
Com 155 km2, a ilha possui
onde está o Parque dos Aparados
4 2 p r a i a s com bom índice de bal-
da Serra. Nele situa-se o Cânion do
neabilidade. As mais conhecidas são:
Reúna-se com três colegas. Visitem e fotografem os pontos turísticos de sua cidade e, com o auxílio do
professor de língua portuguesa, construam um texto sobre os aspectos turísticos de seu município. Montem cartazes
com as fotos e o texto, criem legendas para as imagens e exponham os trabalhos em local de destaque da escola.
A critério do aluno.
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Transportes
Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina
A rede de transportes é fundamental para o bem-es- Os principais portos catarinenses são:
tar da população e o desenvolvimento econômico. Ao ob- — São Francisco do Sul: instalado em ilha homônima,
servarmos o sistema de transportes de Santa Catarina na Baía da Babitonga, é um grande terminal granelei-
extraímos informações importantes sobre o processo de ro e de contêineres. O acesso ao porto de São Fran-
ocupação do território e desenvolvimento econômico. cisco do Sul é possibilitado vias rodovia e ferrovia.
Próximo à cidade de São Francisco se encontra o ae-
RODOVIAS roporto de Joinvile, atribuindo ao porto a qualidade
As rodovias catarinenses abraçam boa parte do vo- de intermodal.
lume de cargas e praticamente todo o transporte de pas- — Itajaí: situado na foz do Rio Itajaí-Açu é importante
sageiros. O estado detém 61 115 km de rodovias. Den- no escoamento de mercadorias produzidas no vale.
tre as principais estão: O porto oferece terminal turístico para recepção de
Rodovias de integração nacional: BR—101 corta cruzeiros marítimos.
o litoral catarinense de São João do Sul até Garuva; — Imbituba (Porto Henrique Lage): no litoral sul, movi-
BR—116 atravessa o planalto e região serrana de Ma- menta cargas em geral. Privatizado em 1942 numa con-
fra / Rio Negro (PR) até Lages / Vacaria; BR—153 per- cessão de 70 anos à Companhia Docas de Imbituba.
corre a região de Concórdia; BR—163 passa pela região — Laguna: terminal pesqueiro que se encontra em es-
de São Miguel do Oeste, acompanhando a fronteira com tado de abandono.
a Argentina.
Rodovias transversais ou de penetração estadual:
Portos e aeroportos catarinenses
BR—280, no norte do Estado, liga São Francisco do Sul PARANÁ
ARGENTINA
Joinvile
a Porto União; BR—282, embora incompleta, ligará Flo- Navegantes
rianópolis a São Miguel do Oeste.
Chapecó Itajaí
Rodovias de ligação: BR—470 corta o Vale do Ita-
jaí ligando o litoral até as regiões serrana e oeste (Nave-
gantes a Campos Novos); BR—480 atravessa a região RIO
Lages
GRANDE Florianópolis
de Chapecó e também acompanha a fronteira com a Ar- DO SUL
gentina. Criciúma
Imbituba
19
Portos
Laguna
Rodovias Aeroportos com linhas
NO
N
NE
BR—280 regulares O L
PARANÁ
Aeroportos sem linhas OCEANO
ARGENTINA
regulares SO
S
SE
ATLÂNTICO
BR—282
470
BR—153 BR— AEROPORTOS
BR—163
BR—158 Santa Catarina possui mais de trinta aeródromos, sendo
os mais importantes: Florianópolis (Hercílio Luz — inter-
nacional), Navegantes, Joinvile, Criciúma, Blumenau e
BR—116 BR—101
RIO Lages.
GRANDE O transporte entre as cidades é muito pequeno. Todas
N DO SUL
NO NE
as grandes empresas operam no Estado promovendo
O L OCEANO
ATLÂNTICO a ligação com as demais regiões do Brasil.
SO SE
S
Pelo aeródromo de Florianópolis realizam-se vôos
internacionais. Destaca-se também o aeródromo de Na-
PORTOS vegantes pela proximidade com as praias de Balneário
O grande litoral de Santa Catarina, voltado para o Camboriú e de Penha.
Oceano Atlântico, oferece boas condições de navegabi-
lidade para o transporte de cabotagem ou de longo per- FERROVIAS
curso. Também o estabelecimento dos portos é facilitado, Santa Catarina tem 1 374 km de ferrovias. Todos os
haja vista os portos serem do tipo natural. trechos, antes coordenados pela Rede Ferroviária Fede-
Tais características denotam a importância atribuída ral S/A, foram privatizados.
aos terminais marítimos catarinenses, seja no contexto Embora não constitua uma rede, a malha ferroviária,
estadual, regional ou do Mercosul. desde o Porto de São Francisco do Sul, liga o litoral aos ra-
mais do planalto e também a outras regiões do Brasil.
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As ferrovias catarinenses movimentam os seguintes Tubarão — Usina Termoelétrica do Capivari (Jorge
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Geografia de Santa Catarina
produtos: farelo de soja, combustíveis, fertilizantes, ma- Lacerda).
deira, cimento, areia, carvão mineral, sucatas de metal — Estrada de Ferro Porto União / São Francisco do Sul:
e papel. no norte e nordeste do Estado, passando por Joinvile,
Jaraguá do Sul, São Bento do Sul e Mafra.
Rede ferroviária — Ferrovia do Contestado São Paulo—Rio Grande:
— Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina: totalmente cruza todo o Vale do Rio do Peixe.
em território catarinense, não está conectada à rede — Trecho do Tronco Principal Sul: corta o planalto
ferroviária nacional. Liga Criciúma ao Porto de Im- desde Mafra em direção ao sul.
bituba e foi construída para escoar o carvão mine- — Estrada de Ferro Trombudo Central / Blumenau:
ral da região. Atualmente, com a decadência da in- ferrovia do início do século, hoje desativada. Prefei-
dústria carvoeira, limita-se ao transporte de carvão turas do Alto Vale do Itajaí desejam reativar o trecho
mineral de Siderópolis (ramal desde Criciúma) até Rio do Sul / Ibirama para fins turísticos.
A rodovia de integração nacional BR—101, que corta o litoral catarinense, é conhecida popularmente
como “corredor da morte”. Após vários protestos populares e acordos governamentais, iniciou-se a obra do projeto
de duplicação da BR—101. Pesquise quais trechos já estão duplicados, se ainda existem trechos em construção e,
principalmente, a origem da verba para essa gigantesca obra.
A critério do aluno.
Agricultura
Está diretamente ligada à ocupa- O setor agrícola representa im- atua como fator limitante, permitindo
ção e à história do Estado. No litoral portante atividade na economia ca- uso a práticas convencionais de ma-
e vales atlânticos de ocupações aço- tarinense, respondendo por 17% do nejo de apenas 30% dos solos. Não
riana, alemã e italiana, desenvolveu- PIB estadual. O agrobusiness contribui obstante, 25% de seu território é
20 se a policultura de subsistência. No com mais de 40% do PIB estadual. Os ocupado com áreas cultivadas.
planalto, meio-oeste e oeste, a fixa- três mil estabelecimentos de indústrias Santa Catarina está entre os seis
ção de paulistas e gaúchos de forma agrícolas e agro-alimentares respon- principais estados produtores de ali-
mais tardia, desenvolveu as proprie- dem por 19% da renda, empregando mentos e apresenta os maiores índices
dades de maior porte, com destaque cerca de 35 mil pessoas. de produtividade por área pela capa-
à pecuária. Contudo, o território para a pro- cidade de trabalho e inovação do agri-
Quanto ao tamanho dos lotes ru- dução agrícola apresenta considerá- cultor, bem como o emprego de tec-
rais, predominam as pequenas e mé- veis limitações. O relevo bastante aci- nologias de ponta e o caráter familiar
dias propriedades (minifúndios), ainda dentado, associado às extensas áreas de mais de 90% das 203 000 proprie-
ligadas à estrutura familiar. pedregosas e afloramento de rochas, dades agrícolas catarinenses.
Pecuária
Nas porções do planalto, meio-oeste e oeste, as ativi-
dades de criação animal, iniciadas pelos paulistas e gaúchos,
ganham nova dinâmica pela implantação do sistema inte-
grado de criação, atrelado às necessidades do setor agroin-
dustrial. Cidades como Chapecó, Caçador, Seara, Joaçaba
e Videira abrigam grandes frigoríficos, a exemplo da Perdi-
gão, Sadia e Seara.
Em reconhecimento à qualidade dos produtos e por es-
tar livre da febre aftosa, Santa Catarina atinge mercados na-
cionais e internacionais.
Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina
Reúna-se com três colegas. Pesquisem os produtos agropecuários produzidos no Estado e preencham
a tabela com os principais.
Agropecuária catarinense
Regiões Agricultura (principais produtos) Pecuária (principais criações)
Oeste Alho, milho, soja, feijão, uva, laranja, pêssego, tangerina e Suínos, aves, bovinos, abelhas e peixes
catarinense mandioca
Nordeste
Arroz e banana Bovinos, peixes, mariscos e ostras
catarinense
Vale do Cebola, mandioca, arroz, fumo, batata-inglesa, cana-de-açúcar, Bovinos (leite), suínos, mariscos, ostras e peixes
batata-doce, milho
Itajaí-Açu
Vale do
Cebola, cana-de-açúcar, banana, mandioca Bovinos (corte), mariscos e ostras
Tijucas
Grande Fumo, cebola, feijão, mandioca na microrregião do Tabuleiro Abelhas, mariscos e ostras
Florianópolis
21
Sul
Fumo, mandioca, arroz, milho, banana, uva Suínos, aves, maricultura
catarinense
Região Maçã, milho, feijão, soja, fumo, cebola Bovinos (corte e leite), abelhas, peixes
serrana
Extrativismo
EXTRATIVISMO ANIMAL regiões do Planalto de Canoinhas, meio-oeste e princi-
Santa Catarina é importante produtor de pescados palmente no Vale do Rio do Peixe.
e crustáceos e o mais importante produtor de ostras e
mexilhões cultivados no país (maricultura). EXTRATIVISMO MINERAL
Nos últimos anos, a pesca artesanal vem sendo Santa Catarina possui a segunda maior reserva de
suplantada pelo modelo industrial. Itajaí, Navegantes, quartzo do país e grande concentração de argila cerâmica,
Florianópolis, Laguna, Governador Celso Ramos e Ja- bauxita e pedras semipreciosas. Petróleo e gás natural na
guaruna são destaques na produção pesqueira do Es- plataforma continental e uma das maiores reservas na-
tado. turais de água subterrânea potável do mundo (reserva
Botucatu) complementam o rol privilegiado de recursos
EXTRATIVISMO VEGETAL naturais de Santa Catarina. O Estado ainda detém uma
Santa Catarina é o terceiro maior Estado produtor de das maiores reservas de carvão mineral (2,4 bilhões de
papel e celulose do país, com 900 mil toneladas anuais. toneladas), de fluorita em produção (5,5 milhões de to-
O extrativismo vegetal ocorre com maior intensidade nas neladas) e de sílex (5,8 milhões de toneladas).
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Quadro econômico
Geografia de Santa Catarina Estado de Santa Catarina tem petróleo de alto nível!
A descoberta de uma jazida de pe- O bloco descoberto é divido em três conjunto, a área total poderá ter capa-
tróleo de altíssima qualidade na Ba- zonas, cada uma com 20 m de espessura. cidade de produzir em torno de 10 mil
cia de Santa Catarina foi anunciada A primeira zona começou a ser testada barris diários.
pela Petrobras em outubro de 2001. em novembro de 2002, sendo compro- A Petrobras opera o bloco junto com
A jazida está localizada ao sul dos vada a alta qualidade do óleo. três outras empresas na exploração da
campos Coral e Estrela, a 170 km A zona já testada pode produzir tran- nova jazida.
de Itajaí. qüilamente seis mil barris diários. No
Diário Catarinense — economia, 10 dez. 2002. (Adaptado)
Pesquise sobre a disputa entre Paraná e Santa Catarina pela posse das jazidas.
A critério do aluno.
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Geografia de Santa Catarina
do Rio Itajaí-Açu, onde sobressai a colonização alemã. nicípios desta região fica na Bacia do Rio Tubarão.
Apresenta intensa área industrial e comercial; zona de Apresenta significativa área litorânea, colonizada prin-
pequenas propriedades rurais, com predominância da cipalmente pelos vicentistas. A agricultura é pouco ex-
policultura. pressiva e a pesca abundante. O interior é colonizado
Microrregião de Itajaí — área de planície costeira por italianos e destaca-se pela agricultura, principal-
junto à foz do Rio Itajaí-Açu e Itapocu. Apresenta coloni- mente cultura de arroz, mandioca e fumo. As princi-
zação diversificada de açorianos, alemães e italianos. É pais indústrias desta microrregião estão ligadas ao
zona de intenso turismo, possuindo também policultura sistema carbonífero.
e um porto para exportação e importação. Microrregião de Criciúma — abrange os municípios
Microrregião de Ituporanga — localizada nas ba- localizados na bacia carbonífera; colonização predomi-
cias dos rios Itajaí do Sul e Itajaí Mirim, em relevo aci- nantemente italiana. A agricultura é sobrepujada pela ex-
dentado. Colonizada por alemães e italianos, predomina tração de carvão mineral e indústria cerâmica.
a pequena propriedade com policultura, onde se desta- Microrregião de Araranguá — compreende o litoral
cam a cebola, a mandioca e o feijão. sul catarinense, além de áreas da escarpa da Serra Ge-
Microrregião de Tijucas — na Bacia do Rio Tiju- ral. Com povoamentos açoriano, italiano e alemão, tem
cas, oeste da microrregião de Florianópolis, apresenta na agricultura sua ação mais intensa e apresenta peque-
relevo acidentado. Predomínio da colonizações italiana nas propriedades.
e alemã; zona industrial e
Divisão microrregional geográfica
de policultura.
Microrregião de Flo- PARANÁ 458
459
rianópolis — localizada em
ARGENTINA
457
torno da capital. Coloni-
zada por vicentistas e aço- 452
453
454
1. (Acafe—SC) Santa Catarina é um Estado com d) O destaque nacional da produção agrícola catarinense
destaque nacional por sua economia dinâmica e bastante diver- deve-se ao enorme padrão de concentração da terra.
sificada .
A alternativa que não condiz com o enunciado acima é: 2. (Udesc—SC) Nas proposições abaixo, assinale a alternati-
a) O turismo é uma atividade promissora, em função do va incorreta.
potencial diversificado, como por exemplo os balneá- a) Os principais produtos agrícolas catarinenses são mi-
rios, as cidades históricas, as festas populares e o eco- lho, arroz e soja.
turismo. O oeste é a região agrícola mais forte onde b) A maçã é o produto mais expressivo da cidade de Frai-
os produtores rurais trabalham em integração com as burgo.
agroindústrias. c) Na região sul do Estado estão localizadas as maiores
b) Empresas catarinenses como a Tigre, a Embraco, a fábricas de descartáveis plásticos.
Weg e a Douat Inox têm seus produtos vendidos em d) A maricultura é uma atividade em amplo desenvolvi-
vários países. mento nas cidades do oeste catarinense.
c) Além do carvão, o sul catarinense apresenta a maior
concentração de pisos e azulejos cerâmicos do país.
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Geografia de Santa Catarina 3. (Acafe—SC) Sobre a estrutura fundiária de V. O grande problema está na persistência da febre afto-
Santa Catarina, podemos afirmar: sa, doença que atinge cerca de 30% do rebanho esta-
I. Imigrantes italianos, árabes e açorianos fixaram-se no dual.
oeste catarinense, constituindo pequenas proprieda- VI. Trabalha exclusivamente com rebanho ovino.
des rurais. Estão corretos:
II. Encontramos uma concentração de latifúndios no lito- a) I, II e III
ral catarinense. b) I, III e IV
III. O Estado catarinense destaca-se pela pequena proprie- c) I, II, III e V
dade rural, com exploração da mão-de-obra familiar. d) I, III, IV e VI
IV. Na microrregião de Florianópolis predominam as pe-
quenas propriedades que produzem hortigranjeiros 6. (Udesc—SC) A atividade portuária é um serviço público fe-
para a capital. deral, passível de concessão tanto para governos quanto para
Analise as afirmativas acima e assinale a alternativa correta. a iniciativa privada. Os portos catarinenses administrados por
a) Somente as afirmações I e II são verdadeiras. concessão atribuída ao Estado, a um município e à iniciativa pri-
b) Somente as afirmações I e III são verdadeiras. vada são, respectivamente, os de:
c) Somente as afirmações II e IV são verdadeiras. a) Itajaí, São Francisco do Sul e Imbituba.
d) Somente as afirmações III e IV são verdadeiras. b) Imbituba, Itajaí, São Francisco do Sul.
c) Itajaí, Imbituba, São Francisco do Sul.
4. Sobre a pesca artesanal em Santa Catarina, assinale a al- d) São Francisco do Sul, Itajaí, Imbituba.
ternativa incorreta.
a) Os grandes barcos de pesca industrial são os respon- 7. (Udesc—SC) A duplicação da BR—101 (trecho sul) está
sáveis pela dizimação das espécies, com a captura pre- enfrentando um impasse na região do Morro dos Cavalos, em
datória. Os chamados atuneiros fazem arrastões perto Palhoça, com relação à construção de um túnel naquele local,
da praia, em busca de peixes jovens, para utilizá-los porque:
como isca em alto mar. a) na região vive uma comunidade indígena guarani que
b) Os mais de 500 km do litoral abrigam centenas de pe- pode ser prejudicada.
quenas comunidades que ainda cultivam hábitos arte- b) técnicos do Ibama não permitem a sua construção por
sanais de pesca. ela agredir o meio ambiente.
c) O Estado nunca foi grande produtor de pescado, pois c) famílias de posseiros não aceitam sair dali sem uma
a pesca artesanal representou no máximo 10% da pro- indenização.
dução total de pescados. d) donos de uma mina de carvão exigem a alteração no
24 d) No verão os pescadores viram “hoteleiros” e oferecem traçado da estrada.
as próprias casas para o aluguel a turistas, como for-
ma de garantir outra fonte de renda. 8. Sobre os transportes em Santa Catarina é correto afirmar
que:
5. Sobre a agroindústria catarinense, considere os itens que a) a rede de estrada de ferro no Estado vem sendo forte-
se seguem: mente ampliada nos últimos anos, buscando facilitar o
I. Seu eixo de desenvolvimento é o oeste catarinense. escoamento de nossa produção agrícola e industrial.
II. É um setor que emprega técnicas obsoletas, apresen- b) a BR—101, sendo a mais importante rodovia longitudi-
tando resultados poucos significantes. nal federal em Santa Catarina, passa por obras de du-
III. Trabalha no sistema integrado, aliando interesses da plicação.
indústria e do produtor. c) o transporte fluvial no Estado tem contribuído para uma
IV. Ocupa lugar de destaque na economia catarinense, efetiva redução do frete.
atingindo até o mercado internacional.
9. O estado de Santa Catarina é exportador de do ramo têxtil — Teka e Hering — e Embraco, Tigre e Weg com-
vários produtos. Assinale a alternativa que contenha somente pletam o grupo das principais empresas de Santa Catarina.
produtos que não são exportados pelo Estado. Pela afirmação é correto afirmar que:
a) Maçã e carrocerias para ônibus a) as empresas mencionadas comercializam seus produ-
b) Carne suína e compressor para refrigeração tos no âmbito nacional e do Mercosul, não atingindo os
c) Frango e calçado exigentes mercados norte-americano e da União Euro-
d) Rosa e melancia péia .
b) é curioso o fato de nenhuma delas estar localizada no
10. São 14 as empresas catarinenses listadas entre as mil maio- Vale do Itajaí—Açu.
res da América Latina. As três primeiras da fila são do setor ali- c) Ceval, Sadia, Perdigão e Seara estão localizadas no
mentar — a Ceval, 96º lugar, a Sadia, 106º, e a Perdigão, 180º. eixo agroindustrial do oeste catarinense; Embraco, Ti-
A Seara completa o rol das grandes nesse setor. Três de ener- gre e Weg estão localizadas no nordeste do Estado.
gia — Eletrosul, Celesc, Gerasul também constam na relação, d) as empresas citadas não apresentam filiais em outros
bem como a privatizada Telesc Celular e a estatal Casan. Duas estados e são de capital exclusivamente catarinense.