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COLEÇÃO IPR DE
Neste volume estão registradas, de maneira catalográfica, as
principais informações referentes à caracterização morfológica
e molecular das 159 estirpes mantidas in vivo na Coleção IPR de
MICROALGAS
Microalgas, assim como informações metodológicas sobre a coleta,
COLEÇ ÃO IPR DE MICROALGAS • Diva Souza Andrade e Arnaldo Colozzi Filho | Editores
isolamento e caracterização.
Estas informações também podem ser acessadas no endereço
eletrônico: www.iapar.br > Coleção IPR de Microalgas.
ISBN 858818449-4
9 788588 184497
Diva Souza Andrade
Arnaldo Colozzi Filho
Editores
FLORINDO DALBERTO
Diretor-Presidente
COLEÇÃO IPR DE
MICROALGAS
Editor ExEcutivo
Álisson Néri
rEvisão, diagramação E imprEssão
Midiograf
distribuição
Área de Difusão de Tecnologia - ADT
adt@iapar.br | (43) 3376-2373
tiragEm: 300 exemplares
Trabalho realizado em parceria com a Fundação de Apoio
à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (FAPEAGRO).
Todos os direitos reservados.
É permitida a reprodução parcial, desde
que citada a fonte.
É proibida a reprodução total desta obra.
Inclui bibliografia.
Conteúdo: v.1. Potencialidades e desafios do cultivo - v.2.
Produção de biomassa e coprodutos - v.3. Coleção IPR de
microalgas.
ISBN 978-85-8818-449-7 (obra compl.)
CDU 582.26
É
nosso dever preservar o meio ambiente para as
futuras gerações, um compromisso que afeta
praticamente todas as áreas da atividade hu-
mana e, em particular, leva à busca de alternativas
renováveis de energia para a promoção do desenvol-
vimento econômico e social.
Com essa preocupação, Instituto Agronômico do
Paraná (IAPAR), a Companhia Paranaense de Ener-
gia (COPEL) e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao
Desenvolvimento do Agronegócio (FAPEAGRO) ini-
ciaram o Projeto Microalgas, em 2009, com o obje-
tivo de investigar o potencial desses microrganismos
como opção energética.
A dedicada equipe avançou na coleta, classifica-
ção e identificação, cultivo em diferentes meios de
cultura e chegou a definir parâmetros para avaliar a
quantidade e qualidade do material graxo e dos co-
produtos que possam vir a ser de interesse tecnológi-
co e comercial.
Como resultado, além do fortalecimento da pes-
quisa em energias renováveis, chegou-se a uma vasta
diversidade de informações úteis à comunidade cien-
tífica e ao desenvolvimento da matriz energética bra-
sileira e mundial, compiladas em três volumes (dois
Florindo Dalberto
Diretor-Presidente do IAPAR
A
s coleções biológicas são constituídas pela reu-
nião ordenada de exemplares de organismos,
vivos ou mortos, juntamente com informações
a seu respeito. Por isso, são valiosas fontes de infor-
mação e servem de base para o desenvolvimento de
estudos de classificação (sistemática e taxonômica),
biogeografia, ecológicos e de fisiologia, dentre outros.
As coleções de microrganismos são fundamentais fon-
tes de material genético para a realização de estu-
dos básicos e sobre o envolvimento desses seres em
importantes processos bioquímicos que ocorrem na
natureza.
As microalgas representam um grupo de micror-
ganismos de grande diversidade morfofisiológica e
genética, de ocorrência generalizada e de interesse
para a produção de pigmentos, proteínas e lipídeos,
com diversas aplicações biotecnológicas na indústria
farmacêutica, alimentícia e na produção de energias
renováveis (biodiesel e biogás).
Coleções de culturas in vivo de microalgas são de
grande importância porque mantêm material genéti-
co vivo para estudos.
A Coleção IPR de Microalgas foi formada e é
mantida no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR)
como parte das atividades do Projeto Microalgas, exe-
cutado em parceria com a Companhia Paranaense de
Os autores
INTRODUÇÃO
As algas representam um grupo de organismos de grande
diversidade morfofisiológica e genética, englobando indiví-
duos macroscópicos e microscópicos. Segundo Bicudo e Mene-
zes (2006), o termo alga foi proposto por Lineu como categoria
taxonômica em 1753, no clássico trabalho Species plantarum.
O número de espécies de algas foi estimado em cerca de dez
milhões, sendo que a maioria delas são microalgas, de acordo
com a revisão de Barsanti e Gualtieri (2008). O termo “micro-
algas” refere-se às algas microscópicas unicelulares, procarion-
tes e eucariontes, sendo o grupo abordado nesta publicação.
A maioria das espécies de microalgas de interesse para
produção de pigmentos, proteínas e lipídeos, com diversas
aplicações biotecnológicas na indústria farmacêutica, alimen-
tícia e também na produção de energias renováveis (biodiesel
e biogás) está distribuída nos reinos Eubacteria e Eukaryota,
especialmente dentro dos grupos cianófitas e clorófitas (LEE,
2011). As diversas classes de microalgas são diferenciadas pelas
características morfológicas, composição bioquímica (especial-
mente pigmentos e cloroplastos), ultraestrutura celular, ciclo
de vida e dados de sequências do genoma (ANDERSEN, 2004).
As coleções de microrganismos desempenham papel fun-
damental na preservação da biodiversidade e são fontes de
matéria-prima para estudos básicos e para tecnologias envol-
vendo processos com a ativa participação de microrganismos.
Coleções de culturas in vivo, especificamente de microalgas,
podem ser definidas como um conjunto de espécimes que são
mantidos de maneira axênica, ou não, criopreservadas, liofili-
zadas ou em subcultivo. Embora os processos de manutenção
constante dos espécimes para proporcionar condições adequa-
das de viabilidade sejam onerosos, diversas instituições colo-
cam essas coleções como prioridade, em função da importância
do material genético in vivo para estudos básicos e aplicados,
bem como fonte de material biológico de interesse tecnológico.
OBJETIVO DO CATÁLOGO
Este catálogo visa reunir e manter, de forma clara e de fácil
acesso, informações sobre as estirpes de microalgas que com-
põem a Coleção IPR de Microalgas do IAPAR. Estas informações
também podem ser acessadas no site: www.iapar.br>Coleção
IPR de Microalgas.
Esta coleção foi formada para atender à demanda do Pro-
jeto de Pesquisa Microalgas, que tinha como um de seus objeti-
vos a obtenção de estirpes produtoras de óleo e coprodutos de
interesse biotecnológico.
METODOLOGIA
A Coleção IPR de Microalgas do IAPAR foi estabelecida por
meio de coletas realizadas em águas continentais no Estado do
Paraná e também por meio de aquisição e doações de espéci-
mes provenientes de diferentes instituições.
Para a formação da Coleção IPR, a metodologia utilizada
foi a coleta, o isolamento e a caracterização morfológica e
molecular das microalgas.
No IAPAR, a Coleção é mantida no Laboratório de Micro-
biologia de Solos.
COLETA DO MATERIAL
As amostras de água foram coletadas em lagoas fotossinté-
ticas (sedimentação de resíduos), reservatórios de água doce,
lagoas naturais e tanques de piscicultura. Os locais de coleta
estão localizados em diferentes regiões do Estado do Paraná,
abrangendo os municípios de Umuarama, Tapejara, Pato
Branco, Palotina, São Mateus do Sul, Fernandes Pinheiro, Gua-
rapuava, Porecatu, Londrina e Arapongas.
Em cada local foram coletadas duas amostras de água a uma
profundidade de 20-30 cm. As amostras foram acondicionadas
• NaNO3, 250;
• KH2PO4, 175;
• CaCl2 × 2H2O, 25;
• MgSO4× 7H2O, 75;
• K2HPO4, 75;
• NaCl, 25;
• EDTA, 50;
• FeSO4 × 7H2O, 4,98;
• H3BO3, 11,42;
• ZnSO4× 7H2O, 8,82;
• NaMoO4× 2H2O, 0,72;
• CoCl × 6H2O, 0,38;
• MnCl2 × 4H2O, 1,44;
• CuSO4× 5H2O, 1,57;
• Tiamina, 10;
• Biotina, 0,1;
• Vitamina B12, 0,01;
• pH ajustado em 6,8.
• NaNO3, 1500;
• NaCl, 15000;
• K2HPO4, 40;
• MgSO4. 7H2O, 75;
• CaCl2. H2O, 36;
• Na2CO3, 20;
• Ácido cítrico, 6;
• Citrato férrico de amônio, 6;
• EDTA, 1;
• H3BO3, 2860;
• MnCl2. 4H2O, 1810;
• ZnSO4. 7H2O, 222;
• Na2MoO4. 2H2O; 390;
• CuSO2. 5H2O, 79;
• Co(NO3)2. 6H2O, 49,4.
CÓDIGO IPR
A Coleção IPR de Microalgas adota a seguinte codifica-
ção: cada estirpe de microalga recebe um número precedido da
sigla IPR, por exemplo, IPR7001.
MANUTENÇÃO DA COLEÇÃO
Para a manutenção da Coleção IPR de Microalgas, devem-
-se preparar os meios de cultivo BBM e BG-11 e distribuí-los
(8 mL) em tubos com rosca. Após a esterilização, estirpes de
microalgas devem ser transferidas para os novos tubos em
câmara de fluxo laminar, mantida à temperatura de 28°C,
intensidade luminosa de 20-60 µmol fótons m-2 s-1, fotope-
ríodo de 12:12 h ou 16:8 h de claro/escuro por alguns dias
(a quantidade de dias depende do tempo de crescimento de
cada estirpe). Após verificar o crescimento nos tubos, estes
devem ser incubados em condições subótimas (temperatura de
15-20°C, intensidade luminosa de 10-30 µmol fótons m-2 s-1 e
fotoperíodo de 12:12 h para a preservação.
• Biomassa seca;
• Teor de proteína;
• Clorofila a;
• Feofitina a;
• Carotenoides totais.
Cianobactérias:
Clorófitas:
Cianobactérias
Bacteria
Eubacteria
Oscillatoriales
Cyanobacteria
Cyanophyceae
Synechococcaceaea Synechococcus sp.
Synechococcales
Continua.
Coleção IPR de Microalgas
29
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30
Quadro 1. Continuação.
Ankistrodesmus bibraianus
Selenastraceae Ankistrodesmus
Ankistrodesmus falcatus
Sphaeropleales
Hydrodictyacea Stauridium Stauridium tetras
Sphaeropleaceae Ourococcus Ourococcus sp.
Microalgas de Águas Continentais | Volume 3
Chlorophyceae
Chlorococcaceae Chlorococcum Chlorococcum sp.
Plantae
Eukaryota
Chlorophyta
Viridiplantae
Chlorococcaceae Characium Characium saccatum
Chlamydomonadales
Chlorellaceae Chlorella Chlorella sorokiniana
Chlorellales
Trebouxiophyceae
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4 Livro Microalgas V3.indb 31
Tabela 1. Microalgas (cianófitas) da Coleção IPR de Microalgas.
Continua.
31
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32
Tabela 1. Continuação.
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4 Livro Microalgas V3.indb 33
Tabela 1. Continuação.
19/08/2014 09:34:55
34
Tabela 1. Continuação.
19/08/2014 09:34:55
4 Livro Microalgas V3.indb 35
Tabela 1. Continuação.
Continua.
35
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36
Tabela 1. Continuação.
19/08/2014 09:34:55
4 Livro Microalgas V3.indb 37
Tabela 2. Microalgas (clorófitas) da Coleção IPR de Microalgas.
Chlorella
7023 TAP Unicelular Esférica 5,1 5,4 ND
Beijerinck 1890
Continua.
Coleção IPR de Microalgas
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38
Tabela 2. Continuação.
Chlamydomonas
7024 TAP Unicelular Esférica 14,2 15,1 ND
Ehrenberg 1835
Chlamydomonas
7025 TAP Unicelular Elipsoide 9,7 11,8 ND
Ehrenberg 1835
Chlorella
7032 TAP Cenobial Elipsoide 3,4 6,3 ND
Beijerinck 1890
Chlorella
7033 TAP Unicelular Esférica 2,7 3,9 ND
Beijerinck 1890
Chlorella
7034 TAP Unicelular Esférica 3,2 3,8 ND
Beijerinck 1890
Gonium
7043 TAP Unicelular Esférica 5,1 6,0 ND
Muller 1773
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4 Livro Microalgas V3.indb 39
Tabela 2. Continuação.
Chlorella
7049 TAP Colonial Esférica 2,0 2,0 ND
Beijerinck 1890
Scenedesmus
7055 TAP Unicelular Esférica 2,0 2,0 ND
Meyen 1829
Chlorella
7071 TAP Unicelular Esférica 4,2 4,2 ND
Beijerinck 1890
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40
Tabela 2. Continuação.
19/08/2014 09:34:56
4 Livro Microalgas V3.indb 41
Tabela 2. Continuação.
Chlorella
7020 UMU Unicelular Esférica 8,8 9,1 ND
Beijerinck 1890
Chlorella
7035 UMU Unicelular Esférica 5,1 5,9 ND
Beijerinck 1890
Chlorella
Coleção IPR de Microalgas
19/08/2014 09:34:56
42
Tabela 2. Continuação.
Chlorella
7042 UMU Unicelular Esférica 3,6 3,7 ND
Beijerinck 1890
Ankistrodesmus
7047 UMU Unicelular Esférica 5,0 5,0 ND
Corda 1838
Microalgas de Águas Continentais | Volume 3
Ankistrodesmus
7056 UMU Unicelular Fusiforme 3,9 8,7 ND
Corda1838
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4 Livro Microalgas V3.indb 43
Tabela 2. Continuação.
Gonium
7044 UMU Unicelular Esférica 3,9 4,8 ND
Muller 1773
Chlamydomonas
7068 LDA Unicelular Esférica 8,7 9,3 ND
Ehrenberg 1835
Continua.
43
19/08/2014 09:34:56
44
Tabela 2. Continuação.
19/08/2014 09:34:56
4 Livro Microalgas V3.indb 45
Tabela 2. Continuação.
Continua.
45
19/08/2014 09:34:56
46
Tabela 2. Continuação.
19/08/2014 09:34:56
4 Livro Microalgas V3.indb 47
Tabela 2. Continuação.
19/08/2014 09:34:56
48 Microalgas de Águas Continentais | Volume 3
Carotenoides
Feofitina a
Clorofila a
Biomassa
Proteína
Lipídeo
Código IPR
Quadro 2. Continuação.
Carotenoides
Feofitina a
Clorofila a
Biomassa
Proteína
Lipídeo
Código IPR
Quadro 2. Continuação.
Carotenoides
Feofitina a
Clorofila a
Biomassa
Proteína
Lipídeo
Código IPR
Carotenoides
Feofitina a
Clorofila a
Biomassa
Proteína
Lipídeo
Código IPR
Quadro 3. Continuação.
Carotenoides
Feofitina a
Clorofila a
Biomassa
Proteína
Lipídeo
Código IPR
Quadro 3. Continuação.
Carotenoides
Feofitina a
Clorofila a
Biomassa
Proteína
Lipídeo
Código IPR
Quadro 3. Continuação.
Carotenoides
Feofitina a
Clorofila a
Biomassa
Proteína
Lipídeo
Código IPR
Quadro 3. Continuação.
Carotenoides
Feofitina a
Clorofila a
Biomassa
Proteína
Lipídeo
Código IPR
Quadro 3. Continuação.
Carotenoides
Feofitina a
Clorofila a
Biomassa
Proteína
Lipídeo
Código IPR
REFERÊNCIAS
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algae on plates. Journal of Phycology, Lawrence, v. 4, n. 1, p. 1-4, 1968.
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BOLD, H. C. The morphology of chlamydomonas chlamydogama sp. nov.
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108, 1949.
FLORINDO DALBERTO
Diretor-Presidente
COLEÇÃO IPR DE
Neste volume estão registradas, de maneira catalográfica, as
principais informações referentes à caracterização morfológica
e molecular das 159 estirpes mantidas in vivo na Coleção IPR de
MICROALGAS
Microalgas, assim como informações metodológicas sobre a coleta,
COLEÇ ÃO IPR DE MICROALGAS • Diva Souza Andrade e Arnaldo Colozzi Filho | Editores
isolamento e caracterização.
Estas informações também podem ser acessadas no endereço
eletrônico: www.iapar.br > Coleção IPR de Microalgas.
ISBN 858818449-4
9 788588 184497
Diva Souza Andrade
Arnaldo Colozzi Filho
Editores