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M.l.

NISTtRIO DAS MINAS E ENERGIA

DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL


DIVISÃO DE GEOLOGIA E MINERALOGIA
EVARISTO PENNA SCORZA - Diretor

BOLETIM N. 0 241

ORIGEM E EVOLUÇAO -
DA
PLATAFORMA BRASILEIRA

F. F. M. DE ALMEIDA

RIO DE JANEIRO
1967
ÍNDICE
Págs .
O conceito de plataforma 5
O ciclo tecto-orogênico Baicaliano e a origem da plataforma
Brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
As plataformas Baicalianas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
As faixas tecto-orogênicas Baicalianas ....... ................. 11
A paraplataforma Eopaleozóica ................................ 20
A fase das grandes bacias Paleozóicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Os períodos geocráticos do Permiano ao Jurá ssico . . . . . . . . . . . . . 24
A reativação Wealdeniana e suas conseqüências . . . . . . . . . . . . . . . 25
Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Obras citadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
ORIGEM E EVOLUÇÃO DA PLATAFORMA BRASILEffiA
F. F. M. DE ALMEIDA

O avanço alcançado nos últimos dois lustros, no conheci-


mento da geologia do País e os progressos já obtidos no campo
da geocronologia vieram trazer importantes subsídios a quem
tente realizar uma síntese da evolução tectônica do Brasil
durante o Neogêico. A elaboração da Carta Tectônica do
Brasil, em que está empenhado o DEPARTAMENTO NACIO-
NAL DA PRODUÇÃO MINERAL, torna oportuna a tentativa
de semelhante síntese, que ora nos propomos fazer, baseados
no conhecimento que temos, de campo, de quase tôdas as for-
mações e grupos a serem referidos, e na análise da moderna
literatura geológica do País. Bem sabemos os riscos de incor-
rermos em interpretações equívocas e formularmos hipóteses
inverossímeis, mesmo porque os fatos conhecidos são ainda es-
cassos, nem sempre permitindo a devida elaboração das hipó-
teses e a adequada opção entre elas.
Limitar-nos-emos, nesta dissertação, unicamente à his-
tória Neogêica, por reconhecermos que os documentos ora
disponíveis sôbre o Proterogêico no País são ainda de tal modo
esparsos e confusos que se não prestariam a uma interpretação
de conjunto. Somos igualmente forçados a deixar de lado, nas
considerações seguintes, a vasta e desconhecida área cristalina
coberta pela floresta Amazônica, assim como a borda ocidental
da plataforma Brasileira, situada fora dos limites do território
nacional, cujos escassos conhecimentos não nos sentimos ha-
bilitados a interpretar. Reconhecemos, porém, que a definição
dos limites ocidentais da plataforma Brasileira e as modifi-
cações por êles sofridas no decorrer do desenvolvimento dos
ciclos tecto-orogênicos Alpino e mais antigos, representam
temas da maior importância, da geologia sul-americana, a
serem futuramente investigados.

O conceito de plataforma

O têrmo plataforma será aqui empregado no sentido que


lhe atribuem os geólogos soviéticos e chineses (v. A . V. PEYVE
e V. M. SINITXYN, 1950; T. K. HUANG, 1954; T. K. HUANG e
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JIANG CHUN-FA, 1962) ~le corresponde, aproximadamente, ao


Hochkraton de STILLE, um craton de estrutura siálica, contras-
tando com o Tief kraton, de estrutura oceânica.
T. K. HUANG, em 1954, classüicou as plataformas em pa-
raplataformas e ortoplataformas. As primeiras constituem-se
de um embasamento menos consolidado que o das últimas.
Recobrem-se de sedimentos típicos de plataforma, porém de
espessuras geralmente maiores que as verificadas sôbre as or-
toplataformas, e freqüentemente menos matures e extensos .
Localmente podem mesmo apresentar caráter de sedimentação
geossinclinal. Intrusões e efusões de material magmá tico
ácido a intermediário são freqüentemente encontradas nas
paraplataformas, sobretudo nos primeiros tempos de sua for-
mação. Grandes elevações e abatimentos nas paraplataformas
são inicialmente lineares, tornando-se não-lineares na tran-
sição para a fase de ortoplataforma. Os aulacógenos , grandes
fossas tectônicas definidas por N. S. SHATSKIY, tais como os
ri~ valleys africanos, são feições das paraplataformas e das
épocas de reativação das ortoplataformas. Grandes fraturas
abissais (A. V. PEYVE, 1956, 1960) , ou geossuturas no sentido
de H. CLOos (1948), quando atravessam o embasamento das
paraplataformas, reativam-se em cada ciclo orogênico. As or-
toplataforma.s caracterizam-se por se estenderem a vastas
regiões e apresentarem grau de consolidação de seu embasa-
mento, muito mais avançado que o das paraplataformas. Suas
coberturas são geralmente delgadas, típicas de ambiente tec-
tônicamente estável, podendo estender-se a áreas vastíssimas.
Ciclos tecto-orogênicos posteriores à constituição das ortopla-
taformas, não lhes causam dobramentos extensivos. Atividade
magmática ácida a intermediária é insignificante, em con-
traste com o que se observa nas paraplataformas, porém mani-
festações do magma basáltico podem apresentar importância .
As maiores elevações e depressões das ortoplataformas não são
lineares, mas têm caráter de sinéclises e antéclises. Fraturas
abissais ativas são inconspícuas.
T. K. HUANG e JIANG CHUN-FA distinguiram, em 1962, as
plataformas de longa duração, que persistem como tais du-
rante vários períodos geológicos podendo compreender diversos
ciclos tectônicos, e as plataformas de curta duração, que per-
duram aproximadamente um período geológico. Reconhe-
ceram, também, a existência de plataformas de duração ultra-
longa. Para êstes tectonistas chineses, as plataformas antigas
são as que se constituíram a partir dos finais dos tempos Pré-
Cambrianos ou do Cambriano, enquanto que consideram novas
-7-

as formadas a partir do ciclo Caledoniano ou de ciclos mais


novos. As plataformas transformam-se localmente em geos-
sinclíneos, por um processo a que STILLE denominou regene-
ração, enquanto que o inverso se constitui no que se chama
consolidação (H. STILLE, 1924) . A transformação de geossin-
clíneos em plataformas é um processo lento, variando no
tempo e no espaço, podendo subsistir longamente condições
geossinclinais na paraplataforma, constituindo o que V. V.
BELoussov (1962) chamou parageossinclíneos.
Dentro dos conceitos acima expostos, definimos como a
plataforma Brasileira uma antiga ortoplataforma de longa
duração, constituída a partir da consolidação que sobreveio
ao ciclo tecto-orogênico Baicaliano, no início do Neogêico. O
território brasileiro acha-se todo compreendido nessa grande
ortoplataforma, que se estende além de nossas fronteiras para
constituir quase tôda a área extra-Andina da América do Sul.

O ciclo tecto-orogênico Baicaliano e a origem


da plataforma Brasileira

A plataforma Brasileira acha-se ligada, em sua origem, à


evolução dos geossinclíneos Rifeanos, no início do Neogêico.
Os ciclos tecto-orogênicos subseqüentes ao Baicaliano (ou As-
sintico, ou Cadomiano) , só a fizeram crescer, para conduzi-
rem-na ao estado atual de ortoplataforma de extensão conti-
nental, cuja borda ocidental ainda se sujeita às vicissitudes de
recém-formada paraplataforma, ainda não inteiramente con-
solidada.
Graças às pesquisas realizadas nos últimos anos, torna-se
possível reconhecer-se, no complexo dos dobramentos Pré-
Cambrianos, o plano geral de distribuição dos geossinclineos
Rifeanos, apesar das dúvidas que freqüentemente se apresen-
tam ao se procurar distinguir os dobramentos Baicalianos dos
correspondentes a ciclos mais antigos, em áreas de remobili-
zação tectônica. É por ora impossível saber-se (o mesmo acon-
tecendo na Europa, apesar do grande conhecimento que se
tem de sua geologia) se os geossinclineos Rifeanos se estabe-
leceram sôbre uma pau-plataforma mais antiga, que se teria
sujeitado à regeneração por um processo de colapso que cor-
responderia ao Algonkische Umbruch de STILLE (1958) ou se
a distribuição dêsses geossinclíneos obedeceu antes, à de
núcleos siálicos, às bordas dos quais êles se teriam desenvol-
vido. Em certas áreas do vale do Paraíba e do Nordeste, tem-se
a impressão de que a posição das faixas tectogênicas Baica-
-8-

lianas foi em parte herdada de estruturas mais antigas, à se-


melhança do que ocorre na Europa (A. A. BoGDANOFF, 1962,
1964) com os dobramentos Variscanos em relação aos Cale-
donianos e Baicalianos.
Como veremos, as estruturas criadas pela tectogênese que
afetou os geossinclíneos Rifeanos da plataforma Brasileira im-
puseram-se, mais tarde, na delimitação das grandes sinéclises
paleozóicas, seus efeitos ainda hoje se fazendo por tôda parte
sentir, como no traçado da linha de costa e no plano geral de
distribuição das linhas mestras do relêvo e do sistema de dre-
nagem.
As plataformas Baicalianas

Abstração feita de outras possivelmente existentes na área


coberta pela floresta Amazônica, distinguimos no Brasil duas
principais plataformas Baicalíanas: a do Guaporé, a oeste, e
a do São Francisco a leste. Recentes datações geocronológicas
vêm apontando a borda norte da bacia do Parnaíba como reco-
brindo uma área cratônica muito antiga.
As bordas das plataformas Baicalianas dispuseram-se as
faixas geossinclinais Rifeanas, no interior das quais, com
maior ou menor freqüência, se expõe o embasamento, consti-
tuído de estruturas atribuíveis a ciclos mais antigos, remobili-
zadas pela tectogênese Baicaliana. As próprias plataformas
dêste ciclo devem ter sofrido fenômenos termo-tectônicos (W.
Q. KENNEDY, 1964) durante a fase em que atuaram como para-
plataformas, que recristalizaram suas rochas, não sendo
mesmo de se excluir a possibilidade de nelas se terem introdu-
zido granitos.
Já em 1951 D. GUIMARÃES havia considerado a bacia do
São Francisco, a oeste do Espinhaço, com um maciço Arqueo-
zóico envolvido pelo mar Algonquiano que o separava do ma-
ciço goiano. A leste e oeste da Bacia processavam-se trans-
r gressões e regressões marinhas Proterozóicas. Em 1957,
H. EeERT apontou a área da bacia do São Francisco, nela in-
cluída a cadeia do Espinhaço, como constituindo o antepaís
dos dobramentos Assínticos que se realizaram na região vi-
zinha à costa, do vale do Paraiba e Salvador.
A plataforma do São Francisco, a mais conhecida das pla-
taformas Baicalianas do Pais, limita-se a oeste de maneira
clara, na faixa de dobramentos do geossinclíneo Brasília. A
norte, seus confins acham-se ocultos sob os sedimentos Paleo-
zóicos da bacia do São
,... Francisco, mas os limites com o geossin-
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clíneo Sergipano na Bahia e Sergipe, coincidem claramente


com a zona de grandes falhas de empurrão que têm sido ma-
peadas na região. Datações isotópicas de rochas de Salvador
e Itabuna sugerem que a plataforma do São Francisco se es-
tenda à região costeira da Bahia, pelo menos de Ilhéus para
norte. Ocorrências dos grupos Bambuí e Salôbro, no baixo 1io
Pardo, parecem indicar a presença da faixa geossinclinal Bai-
caliana, que dali se estenderia para o sul de Minas Gerais, sem
que se saiba ao certo sua posição. A linha que limita a leste a
plataforma, que, com dúvida assinalamos na Fig. 1, desenvol-
ve-se a leste da sugerida por EBERT em 1957.
O embasamento da plataforma do São Francisco tem uma
história complexa e muito antiga, pois que rochas de idade
até Catarqueana nela existem na região central da Bahia *.
Um ciclo tectogênico de suma importância desenvolveu-se
entre cêrca de 1 800 e 2 000 m.a., pelo menos na Bahia e norte
de Minas Gerais. Suas rochas, altamente metamórficas e in-
cluindo muito material metabasítico, apresentam estruturas
tipicamente submeridianas, paralelas à costa da Bahia a sul
de Salvador. As estruturas mais novas do embasamento dr
plataforma são as que correspondem ao geossinclíneo do E1
pinhaço (O. BARBOSA, 1954) , que da região central de Min:;
Gerais (J. V. N. DORR II et al., 1959 R. PFLUG, 1965) se estenc
para norte, constituindo um cinturão tectogênico do qual a
mais típica assembléia metassedimentar geossinclinal é repre-
sentada pelo Grupo Minas, cuja idade possivelmente se acha
compreendida entre 970 ·e 1 200 m .a . (M. T . DA CosTA e C. V.
DUTRA, 1966) .
Por ocasião do desenvolvimento do ciclo Baicaliano, a faixa
tectogênica do Espinhaço, então a mais recente do embasa-
mento da plataforma, ainda não se achava plenamente conso-
lidada. Apresentava-se em condições de paraplataforma, pare-
cendo que em Minas Gerais incluía, mesmo um parageossin-
clíneo em que se teria depositado a Formação Macaúbas, se
realmente esta fôr correlacionável ao Grupo Lavras baiano.
Essa formação, em seus metassedimentos metamorfisados em
facies até anfibolítica (D. GUIMARÃES, 1937), contém camadas
descritas como de origem glacial (L. J . DE MoRAEs e D. GUI-
MARÃES, 1930) que testemunhariam a glaciação Eocambriana.
Na Bahia, fora da faixa do Espinhaço, onde imperavam con-
dições tectônicas mais calmas, constituiu-se então a bacia de
Lençóis (F. F. M. DE ALMEIDA, 1964a), que inicialmente rece-
beu importante sedimentação detrítica, representada pelo
• U. O. CORDANI, comunlooção pessoal.
-10-

Grupo Lavras s. 1. Em contraste com os milhares de metros de


espessura que L. J . DE MoRAEs referiu ter a Formação Macaú-
bas, aquêle grupo não tem mais que centenas de m etros de es-
pessura, suas rochas unicamente apresentando efeitos de an-
quimetamorfismo. Parte de seus sedimentos parece r ealmen te
constituírem típicos tilitos que represen tariam a m esm a gla-
ciação, suposta do Rifeano Superior (Eocambriano) a que se
sujeitou a plataforma.
A invasão marinha que acarretou a sedimentação do
Grupo Bambuí, no Eocambriano, foi fenômeno dos mais no-
táveis então ocorridos na plataforma do São F ran cisco. Com
a provável exceção das estrut uras do Espinhaço, que deviam
ter permanecido emersas, fornecendo detritos à plataforma,
foi esta quase inteiramente inundada. As camadas Bambuí
recobrem em discordância as formaçõ es mais ant igas da co-
bertura (L. J. DE MoRAEs, 1937; B. B. DE B. NEVES, s/ d). Sua
espessura, de centenas de metros, e litologia predominan te-
mente pelítica e carbonatada, indicam condições tectônicas
calmas, ·à época da sedimentação. Simultâneamen te, m as em
condições miogeossinclinais, de plataforma instável , proces-
sava-se a sedimentação às bordas da plataforma do Sã o F ran-
cisco, nos geossinclíneos Brasília e Sergipano.
Com a inversão do geossinclíneo Brasília, a seqüência cal-
cária de pré-inversão, representada pela Formação Sete
Lagoas, foi recoberta, na região ocidental da plataforma por
importantes depósitos detríticos, encimados por formaçã o ar-
coseana de natureza molassóide, que se não estende a lest e do
Espinhaço, à bacia de Lençóis.
As formações de cobertura da plataforma do São Fran-
cisco foram geralmente afetadas por dobramentos suaves, n ão
holomórficos, típicos de plataforma, e por longos falhamentos
longitudinais. Tais deformações parecem em parte apresen-
tar caráter póstumo, pois quando lineares orientam-se como
as da faixa tectogênica do Espinhaço, nas vizinhanças da qual
se mostram mais intensas. Longe delas, porém, onde presu-
mivelmente recobrem estruturas mais antigas do embasa-
mento, o que é certo na Bahia, as camadas do Grupo Bambuí
são sub-horizontais em vastas extensões, na região que de Cor-
rentina e Bom Jesus da Lapa (A. P. DOMINGUES, 1947, 1949)
se estende para sul, a área das camadas Gerais, de FREYBERO
(1932), e ao médio vale do rio das Velhas, acompanhando o
vale do São Francisco até cercanias de Pirapora, em Minas
Gerais.
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As faixas tecto-orogênicas Baicalianas

As plataformas do Guaporé e do São Francisco são orla-


das, no Centro-Oeste brasileiro, de extensas faixas de dobra-
mentos lineares afetando camadas miogeossinclinais Rifeanas.
A presença de rochas datadas de 780 e 490 m.a. na região do
estuário Amazônico sugere que a faixa ocidental se continue
para norte, em direção à plataforma continental ao largo do
Amapá, mas não há elementos que o comprovem.
A faixa de dobramentos geossinclinais que orla a plata-
forma do Guaporé desenvolvida no sítio do geossinclíneo Pa-
raguai-Araguaia, estende-se continuamente, desde pelo menos
a zona do rio Apa, na fronteira com a República do Paraguai,
ao baixo vale do rio Tocantins, perfazendo mais de 2 500 km
de extensão, dos quais 1 600 já reconhecidos no terreno, por
meio de 16 seções geológicas transversais (F. F . M. DE ALMEI-
DA, 1955, 1966 ; w. T. HENNIES 1967· F. F. M. de ALMEIDA e
W. T. HENNIES, 1966). Nessa faixa, distingui-se uma espêssa
seqüência terrigena iruerior, em parte com caráter de flysch,
constituída de filitos quartzitos, grauvacas e raros calcários,
dos Grupos Ouiabá, Tocantins e Araguacema. Em seu alto, o
primeiro é recoberto por depósitos da grande glaciação Eocam-
briana, representados pelo Grupo Jangada. Seguem-se seqüên-
cías de rochas carbonatadas de pré-inversão, constituindo os
Grupos Itapocumi (no Paraguai), Corumbá e Araras. O úl-
timo, por sua vez, é recoberto por depósitos detríticos terrí-
genos de pós-inversão (Grupo Alto Paraguai), que terminam
com molassa distal vermelha de natureza arcoseana. Tal mo-
lassa preenche uma antefossa (marginal deep, no sentido de
UMBGROVE, 1947) que recolheu cêrca de 5 000 metros de espes-
sura de sedimentos do Grupo Alto Paraguai, que dela se es-
tendem para sôbre a plataforma do Guaporé, onde se mostram
em espessuras muito menores. Faltam depósitos vulcânir::os as-
sociados a tôda a seqüência, unicamente fragmentos de mate-
rial vulcânico tendo sido reconhecidos nas grauvacas. As for-
mações dêsse miogeossin.clíneo foram metamorfisadas em
facies xisto verde, em intensidade decrescente em direção à
plataforma do Guaporé. Sôbre esta, os depósitos transgressivos
do Grupo Jangada, das seqüências carbonatadas e do Grupo
Alto Paraguai, não se mostram metamórficos. No geossinclíneo
desenvolveu-se dobramento holomórfico acentuadamente li-
near, orientado paralelamente às bordas da plataforma, contra
a qual se fêz o transporte de grandes blocos de falhas inversas,
algumas com mais de 100 quilômetros de extensão. As camadas
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que do geossinclíneo se estendem sôbre a plataforma do Gua-


poré não mostram dobramentos orogênicos, porém descon-
tínuos, pouco intensos, comumente não lineares quando longe
da borda da plataforma, sem sinclinais bem definidos. Plut ões
graníticos circunscritos, de caráter tardi.ci.nemático, n ão acom-
panhados de auréolas de migmatização mas de efeitos térmicos
de metamorfismo de contato, penetram nas zonas mais in-
ternas, expostas, do miogeossinclíneo, na Serra Negra em
Goiás, e nas serras de São Vicente, São José e Santa Cruz, em
Mato Grosso. Sua idade isotópica corresponde à tectogênese
Baicaliana.
A borda ocidental da plataforma do São Francisco dis-
põe-se, igualmente, importante faixa de m etassedimentos
caracterizando o geossinclíneo Brasília. Sua seqüência t errí-
gena inferior, de deposição marinha, compreende filitos , mi-
caxistos, paragnaisses, grauvacas e calcários do Grupo Ca-
nastra (0. BARBOSA, 1963) e pro parte, do Grupo Araxá (no
norte do Goiás). Seguem-se, em discordância, os depósitos car-
bonatados pelágicos, de pré-inversão, representados pelos cal-
cários de Sete Lagoas. ~stes recobrem-se pela seqüência ter-
rígena superior, em maior parte pelítica, da Formação Rio
Paraopeba, que termina com apreciável espessura de arcóseos
cinzentos e vermelhos, finos, de caráter molassóide (Formação
Três Marias). Faltam, completamente, materiais vulcânicos.
Note-se a perfeita homologia no caráter da sedimentação con-
tida nas duas faixas miogeossinclinais do Centro-Oeste bra-
sileiro.
Também o enchimento sedimentar do geossinclíneo Bra-
sília sofreu os efeitos da tectogênese Baicaliana, com o desen-
volvimento de cerrado dobramento holomórfico, acentuada-
mente linear, primeiramente descrito por F. RUELLAN (1956).
Em conjunto, tal dobramento apresenta direções paralelas à
borda ocidental da plataforma do São Francisco, contra a qual
manifesta vergência e termina de maneira mais ou m enos
brusca. Magnífica sucessão de sinclinais e ant iclinais, ilus-
trando essa tectônica, pode ser examinada ao longo da rodovia
recém-construída entre Brasília e Posse, passando pelo vale do
Piraim, ou ainda na rodovia de Belo Horizonte a Brasília, a
partir de João Pinheiro (vide seções geológicas in J. J. R.
BRANCO, 1961). Grandes falhas de empurrão foram mapeadas
por O. BARBOSA em 1963, no oeste de Minas Gerais e em Goiás,
na área do miogeossinclíneo. Algumas parecem ter mais de
400 quilômetros de extensão, tôdas indicando transporte em
direção à plataforma do São Francisco. As camadas do geos-
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sinclíneo Brasília foram metamorfisadas em facies variando


de anfibolito a xisto verde, com intensidade decrescente de
oest~ para leste. Sôbre a plataforma, em Minas Gerais e na
Bahia, os pelitos do Grupo Bambuí foram tão-sómente trans-
formados em ardósias.
A área central de Goiás, separando as duas faixas mio-
geossinclinais descritas, caracteriza-se pela presença de um
complexo antigo de ectinítos e migmatitos, pertencentes pelo
menos a um ciclo tecto-orogênico pré-Baicaliano, correspon-
dente ao Grupo Araxá O. BARBOSA, 1955). Suas rochas são
micaxistos, gnaisses, quartzitos mármores, metabasitos, anfi-
bolitos e outras, de facíes geralmente anfibolítico. Associam-
-se-lhes migmatitos e granitos anatexíticos. Denotam orien-
\ tações estruturais que oscilam geralmente entre NNW e E -
, W, em contraste com as submeridianas, dos geossinclíneos la-
terais.
Na região vizinha à antiga capital de Goiás verifica-se que
êsse embasamento é recoberto, em flagrante discordância,
pelos quartzitos que suportam a Serra Dourada. Sôbre êstes
repousam, concordantemente filitos sericíticos, grafitosos ou
cloríticos, metassiltitos calcários e dolomitos, e quartzitos,
num conjunto que só difere dos metassedimentos dos Grupos
Canastra e Cuiabá por conter intercalações concordantes de
anfibolitos, como nos mostrou o geólogo A. GonoY.
A maior parte das rochas do substrato cristalino mais in-
tensamente metamorfisado e migmatisado da região central
de Goiás parece representar o embasamento pré-Baicaliano
retrabalhado neste ciclo. É possível, contudo, que parte dos
micaxístos, gnaisses e migmatitos que ali ocorrem representem
realmente os estádios precoces da evolução das áreas internas
dos geossinclíneos laterais, mas os ainda parcos conheci-
mentos de que ora se dispõem sôbre a geologia da região não
permitem decidir-se a respeito.
Os dobramentos das seqüências calcárias e das molassas
dos miogeossinclíneos, e as grandes falhas de empurrão que
os afetam, representam episódios tardios, provàvelmente já
Cambrianos, da tectogênese geossinclinal, quando só então se
processou a inversão final das áreas geossinclinais e a defini-
tiva cratonização de todo o espaço Paraguai - Araguaia -
Tocantins.
Importante fenômeno que estaria ligado às fases precoces
dessa evolução geossinclinal é representado pelo serpentine
belt (H. H. HEss, 1939, 1955) que identificamos em Goiás em
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1965. Trata-se de uma faixa bifurca da de intrusões de rochas


básicas e ultrabásicas, em grande parte serpentinizadas, cons-
tituída de pelo menos 40 maciços, que se dispõe a o longo de
500 quilômetros, em direção geral NNE , entre as bordas ero-
sivas das bacias sedimentares do Paraná e do Parnaíba. No
maior e mais conhecido de tais maciços, o da Serra da Manti-
queira, a norte de Niquelândia, tais eruptivas constituem-se de
gabros, noritos, piroxenitos, peridotitos, dunitos, saxonitos
troctolitos, hornblenditos e anortositos (W. T. PEcoRA e A. L.
M. BARBOSA, 1944). Rochas idênticas vem sendo encontradas
em vários outros maciços, ora em estudo. A faixa é franca-
mente discordante, em sua direção geral, das estruturas do
Grupo Araxá em que as eruptivas se introduziram a sul do pa-
ralelo 15º S, mas a norte dêste apresenta-se concordante com
as orientações gerais NNE dos filitos e quartzitos do geossin-
clíneo Brasília.
Desconhece-se a idade dessas intrusões ultrabásicas, a da-
tação única de 1 000 m.a. , feita em plagioclásio (K-Ar) de um
gabro de Ceres, sendo por ora destituída de significado. Estudo
geocronológico que vem de ser iniciado em São Paulo espe-
ramos que possa esclarecer a questão importante da idade
dessa faixa de serpentinitos e de saber se ela está r ealmente
relacionada com a origem dos geossinclíneos Baicalianos aos
quais é paralela, relação que nos parece provável.
Os fatos acima apontados evidenciam apresentar-se em
Goiás uma simetria tectônica bilateral, com eixo submeridiano,
que forçosamente tem significado geotectônico. As margens
das plataformas do Guaporé e São Francisco manifestam idên-
tica evolução tectônica, não necessária mas provàvelmen te si-
multânea. Parece-nos ter existido no Centro-Oeste brasileiro
um grande geossinclíneo Rife ano, de caráter biliminai1
(L. GLANGEAUD, 1951), ou par geossinclinal de polaridade cen-
trifuga (J. AuBOuIM, 1961, 1965), tendo em sua área central
uma região de simetria centrífuga. Nesta apresentavam-se
rochas pré-Baicalianas, que provàvelmente constituíam uma
Zwischengebirge no sentido de L. KoBER (1928), que teria
atuado como pós-país dos dobramentos dos geossinclíneos la-
terais e sede do magmatismo ofiolítico precoce, de que resultou
a faixa de rochas básicas e ultrabásicas serpentinizadas. É bem
manifesta a polaridade centrífuga a partir dessa zona me-
diana, com gradientes decrescentes em direção às duas plata-
formas, da intensidade dos dobramentos, do m etamorfismo e
plutonismo. As flechas na Fig. 1 assinalam tal polaridade e
gradientes decrescentes, onde foram reconhecidos.
-15-

A borda nordeste da plataforma do São Francisco dis-


põe-se outra importante faixa de dobramento afetada pelo
ciclo tecto-orogênico Baicaliano. Equivale ao geossinclíneo
Sergipano. Sob muitos aspectos, lembram tais estruturas as do
Centro-Oeste brasileiro. Foram em 1962 reconhecidas no Es-
tado de Sergipe, como integrantes de um ortogeossinclíneo,
pelos geólogos da PETROBRAS, F. L. HUMPHREY e G. O. AL-
LARD. Estendem-se por sob a cobertura mesozóica da fossa de
Tucano para ressurgirem na Bahia, onde atravessam o rio São
F~ancisco a jusante de Curaçá. A faixa de dobramentos ter-
mina bruscamente a noroeste, truncada pelo falhamento
transcorrente do lineamento de Pernambuco. Em Sergipe,
aquêles dois geólogos identificaram uma zona interna, com
caráter eugeossinclinal, contendo milhares de metros de es-
pessura de metassedimentos, incluindo formações de tipo
flysch, calcários e materiais vulcânicos, constituindo o Grupo
Vasa Barris s.s., de MORAES REGO (1933). Tais camadas foram
atingidas por dobramentos holomórficos orientados a WNW,
com vergência dirigida para a plataforma do São Francisco. O
metamorfismo alcançou nessas rochas, facies anfibolito, ten-
do-se desenvolvido granodioritos, adamelitos e granitos. Nas
áreas mais próximas à plataforma apresentam-se facies sedi-
mentares miogeossinclinais, com sedimentação em parte car-
bonatada, constituindo o Grupo Miaba. No setor baiano dessa
faixa de dobramentos, o Grupo Macururé (O. BARBOSA et al.,
1964) equivale ao Vasa Barris de Sergipe. Compõem-no mica-
xistos, paragnaissee e quartzitos micáceos, rochas denotando
metamorfismo em facies anfibolito. Houve migmatização local
e formação de granodioritos. O Grupo Canudos, na Bahia,
equivale a Miaba, correspondendo à facies epizonal miogeos-
sinclinal, que se expõe entre Curaçá e Canudos. Constituem-no
sobretudo filitos e calcários. Mediante grandes falhas de em-
purrão, mapeadas tanto em Sergipe como na Bahia, foi lan-
çado o enchimento do eugeossinclíneo sôbre os depositas mio-
geossinclinais, em transpcrte dirigido para a plataforma do
São Francisco. Presumimos que as ocorrências do Grupo Bam-
buí que recobrem o embasamento cristalino Arqueano a no-
roeste de Patamuté, na Bahia, representem restos da cober-
tura da plataforma do São Francisco contemporânea do geos-
sinclíneo Sergipano.
Estudo geocronológico desenvolvido por grupo de pesqui-
sadores do Centro de Pesquisas Geocronológicas da Universi-
dade de São Paulo (F. F. M. DE ALMEIDA, G. C. MELCHER, u. G.
CORDANI, K. KAWASHITA e P. VANDOROS, 1966), em colaboração
-16-

com o Massachusetts Institute of Technology (P. HURLEY, G.


e. MELCHER, J. R . RANo, H. w. FArRBAIRN e w. H. PINSON, 1966)
permite concluir-se que as estruturas do geossinclíneo Ser-
gipano desenvolveram-se durante o ciclo Baicaliano e esten-
deram-se à margem esquerda do baixo rio São Francisco, ao
interior do Estado de Alagoas, onde, contudo estão expostas
importantes áreas do embasamento pré-Baicaliano com es-
truturas orientadas a NE (W. KEGEL e J . A. BARROSO, 1966)
poss'1velmente remobilizadas nesse ciclo.
Os estados nordestinos acham-se compreendidos em vasta
área de regeneração do final do Pré-Cambriano, onde espêssa
seqüência de sedimentos geossinclinais, de provável idade
Rifeana, foi orogênicamente deformada no ciclo Baicaliano.
Tais metassedimentos constituem o Gr upo Ceará (R. CRAN-
DALL, 1910; L. J. DE MORAES, 1924· H. EBERT, 1957 1962, 1966).
Recentemente, detalhados mapeamen tos levados a efeito por
A. R. MEUNIER e J. A. DE MEDEIROS FERREIBA na chamada região
do Seridó, no Rio Grande do Norte e Paraíba, levaram êsses
geólogos a modificarem divisão anteriormente proposta por
H. EBERT, reconhecendo nesse grupo dois complexos clasto-pe-
líticos separados por uma formação psamítica, o quartzito
Equador, de H. EBERT. O complexo inferior, cuja espessura
pode alcançar 2 400 metros, foi denominado Caicó, por
MEUNIER (1964). Constituem-no meta-arcóseos, biot ita-xistos,
para-anfibolitos e quartzitos, com lentes subsidiárias de cal-
cários, existentes no alto do conjunto. O quartzito Equador,
geralmente continuo na área do Seridó, tem espessura variá-
vel de 20 a 800 metros. O complexo superior equivale aos xistos
Seridó, de L. J. DE MoRAEs (1924), sendo predominantemente
constituído de biotita-xistos. Pode iniciar-se com facies meta-
conglomerática, em sua parte inferior incluindo-se grandes
e pequenas lentes de calcários mais ou m enos marmorizados,
localmente mineralizados com sheeli ta. Gnaissificados, os
xistos Seridó passam ao que MEDEIROS FERREIRA (1967) chamou
de gnaisses Jucurutu, rochas muito típicas p ela freqüência
com que intercalam pequenas lentes enriquecidas em epídoto,
que localmente evoluem para tactitos.
As rochas do Grupo Ceará denotam metamorfismo va-
riável desde xisto verde a anfibolito alto. Freqüentemente se
apresentam migmatizadas, transformadas em variedades de
embrechitos. Associam-se-lhes corpos sincinemáticos de gra-
nodioritos, tonalitos, adamelitos e granitos porfiroblásticos, e
outros, tardicinemáticos, de biotita granitos intrusivos, gra-
nitos albíticos róseos, granitos hiperalcalinos e sienitos (F. F .
- 17-

M. DE ALMEIDA, J. VALENÇA e o. LE0NARDOS, JR., inédito). o


granito da Serra de Meruoca, no Ceará (R. DE Q. COBRA, 1963;
W. D. CosTA, 1963) é um plutão pós-cinemático dêsse ciclo oro-
gênico.
O Grupo Ceará mostra-se linearmente dobrado segundo
direções variáveis entre NNE e ENE, dobras que se infletem
nos grandes falhamentos dos lineamentos de Patos (W.
KEGEL, 1959) e de Pernambuco (H. EBERT, 1962). 1!:stes corres-
pondem a grandes falhas de rasgamento orientadas E-W, ex-
tensas de centenas de quilômetros, com rejeitas dextrais de
dezenas de quilômetros. São geossuturas cujo aparecimento
provàvelmente precedeu o ciclo Baicaliano, mas que neste
apresentaram importante atividade que em menor escala foi
retomada em épocas de reativação da plataforma Brasileira,
como veremos. Outras grandes falhas, geralmente dirigidas a
NE, retalham a área de dobramentos.
Os dobramentos Caririanos, como os denominamos (F. F .
M. DE ALMEIDA, 1966) não mostram vergências claras sendo
geralmente indistintas polaridades ou gradientes de metamor-
fismo e plutonismo. A faixa tecto-orogênica Caririana desen-
volveu-se a norte da plataforma do São Francisco, mas dela e
da Sergipana separa-se pelo grande acidente tectônico que
corresponde ao lineamento de Pernambuco. Sabe-se, por estu-
dos geocronológicos e levantamentos geológicos, que o emba
sarnento pré-Baicaliano está exposto em certas áreas do e,
paço Caririano, seja no núcleo de grandes anticlinais, con:
no de Caicó (J. A . DE MEDEIROS FERREIRA, 1967) ou em blocos
elevados, como o sinclinório de Jabitacá, atravessado por wn
dique de metagabro com 1 860 m.a. Várias dezenas de datações
de rochas do espaço Caririano foram feitas pelos métodos K-A
e Rb-Sr (rocha total) , nos laboratórios de Centro de Pesquisas
Geocronológicas da Universidade de São Paulo e Massachu-
setts Institue of Technology, pelos investigadores já citados,
certificando-se a idade Pré-Cambriana tardia a Cambriana
para a tectogênese que afetou o geossinclíneo Caririano do
Nordeste brasileiro.
Estudos de H. EBERT (1957) e G. F. RosIER (1957 e 1965)
na Guanabara, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais, levaram
êsses geólogos a identificar importante faixa tectogênica
Baicaliana representando um geossinclíneo tendo área interna
(Grupo Paraíba-Desengano) localizado no vale do rio Pa-
raíba do Sul, e externa, no sul de Minas Gerais (Grupo São
João del Rei). O primeiro constitui-se de gnaisses, sobretudo
-18 -

kinzigíticos, charnockitos, leptinitos, xistos, quartzitos e már-


mores, rochas que se apresentam parcialmente migmatizadas
e penetradas de granitos. Situam-se nas zonas mais internas
do geossinclíneo, onde EBERT indicou existirem localmente,
vergências divergentes. A tectônica apresenta complexo con-
jW1to de escamas imbricadas, com vergências em direção à
plataforma do São Francisco, a NW. O embasamento pré-Bai-
caliano, na interpretação dêsses autores, acha-se localmente
expostos na área dos dobramentos, possivelmente por remo-
bilização palingenética processada durante o ciclo Baicaliano.
O grupo de xistos a que EBERT denominou Série Andrelândia
representaria, no sul de Minas Gerais, as seqüências gnaissi-
ficadas do vale do Paraíba, porém mostrando-se em facies epi-
metamórfica, com raros granitos. As facies miogeossinclinais
dêsse grande ortogeossinclíneo seriam representadas pelos fi-
litos, quartzitos e calcários da região de São João Del Rei, onde
se expõem as Formações Carandaí, Barroso e Prados. A grande
faixa tectogênica do Paraíba estende-se para NNE, paralela-
mente à costa, segundo EBERT alcançando a região de Salva-
dor, o que parece improvável. Para sul, tal faixa poderia se
continuar pelo planalto Atlântico paulista, mas as relações
entre os Grupos Paraíba-Desengano e Açunguí ainda não
foram devidamente esclarecidas. Os Grupos Açunguí e Brus-
que parecem também representar depósitos de um ortogeos-
sinclíneo do ciclo Baicaliano, a julgar por datações de suas
rochas, feitas em São Paulo. São estas, vastas espessuras de
metassedimentos pelíticos, de quartzitos e calcários, ocorrendo
subordinadamente metabasitos e numerosos corpos de granitos
e granodioritos sincinemáticos e tardicinemáticos. Foram oro-
gênicamente dobrados em direções vizinhas de NE. Não há
estudos que procurem esclarecer detalhes da complexa tec-
tônica, complicada por grandes falhamentos, dessa faixa or-
togeossinclinal.
Os sistemas de dobramentos Baicalianos no Brasil Me-
ridional parecem estar representados também na região cen-
trersul do Rio Grande do Sul. Ali se mostra importante suces-
são de ectinitos, com associações magmáticas ácidas e básicas,
que claramente constitui produto de sedimentação ortogeos-
sinclinal seguida de fenômenos tecto-orogênicos, que datações
isotópicas parecem indicar pertencerem ao ciclo Baicaliano. A
seqüência sedimentar de pré-inversão, representada pelo Gru-
po Porongos, tem caráter detrítico, possuindo vulcanitos bási-
cos e ultrabásicos de natureza ofiolítica (J. GoNI, 1962). É pene-
trada de granitos sincinemáticos (Caçapava e Encruzilhada).
- 19 -

Os Grupos Maricá e Bom Jardim (M. RIBEIRO, 1966) parecem


constituir formações da seqüência terrígena superior, de pós-
-inversão, acumuladas às faldas de relevos em rápido soergui-
mento. Associam-se a vulcanismo de caráter riolítico e dacítico
(H. MA.u, 1962) e a intrusões graníticas (Lavras, Ramada, São
Sepé, Cerro da Cria) . O Grupo Camaquã, por sua litologia, pa-
rece constituir vasta espessura de molassa continental ver-
melha, associada a vulcanismo andesítico pós-orogênico.
A definição tão precisa quanto possível, dos sistemas de
dobramentos Baicalianos apresenta alto interêsse, não só para
o progresso da geologia do País como para sua economia.
Realmente constituiu o ciclo Baicaliano, infelizmente, o úl-
~imo episódio metalogênico de grande importância havido na
area da plataforma Brasileira em território nacional. Cada
uma das faixas tectogênicas acima referidas contém sua ri-
queza mineral própria e característica. As do Centro-Oeste
fazem notar-se pela generalizada ocorrência de ouro. Sua zona
axial, em Goiás, apresenta mineralização de origem magmá-
tica, seja pegmatítica (Sn, Be Nb etc.) ou relacionada com as
intrusões ultrabásicas da faixa de serpentinitos, mineralizadas
com Ni, Cu, Co e Cr, além de constituírem a mais importante
faixa de ocorrência de amianto crisotila no Brasil. As bordas
das plataformas do Guaporé e São Francisco, mostram-se im-
portantes concentrações detríticas de diamante, sem que se
saiba a razão. As grandes quantidades de rutilo existentes na
zona central de Goiás, cuja idade de resto é ainda desconhe-
cida, talvez estejam relacionadas com a abundância de erup-
tivas básicas que ali ocorrem. A faixa miogeossinclinal de
Brasília e as zonas externas que com ela confinam, da plata
forma do São Francisco, em flagrante analogia com o que ~
observa à borda sul e oeste do craton do Congo na Africa {T.
N. CLIFFORD, 1964), apresentam importante mineralização em
metais básicos, fato que recomenda sua procura na faixa ho-
móloga, do miogeossinclíneo Paraguai-Araguaia. Igualmente
importante pela ocorrência de ouro e metais básicos é a faixa
de dobramentos Açungui - Brusque, que também apresenta
mineralização pegmatítica (Sn, W, Li, etc.). No Rio Grande
do Sul, as estruturas Baicalianas contêm Sn, Cu, W e Au.
A área Caririana do Nordeste é caracterizada pela ocorrência
de W em seus escarnitos e de minerais de Ta, Nb, Be, Sn e Li
relacionados com a mineralização pegmatítica da Borborema e
da bacia do rio Jaguaribe. Igualmente importante é a minera-
lização pegmatítica da bacia do rio Doce, em Minas Gerais.
- 20 -

A paraplataforma Eopaleozóica

A análise da história tectônica dos primeiros tempos da


paraplataforma Brasileira em território nacional oferece
óbvias dificuldades pela falta de fósseis que permitam estabe-
lecer uma bioestratigrafia nos moldes clássicos. Só com os pro-
gressos da geotectônica e da geocronologia pode-se esperar
sejam alcançados resultados satisfatórios com tal análise.
É sabido que os grandes ciclos tecto-orogênicos são se-
guidos de períodos geocráticos em que generalizado recuo dos
mares expõe vastas extensões continentais aos processos glip-
togênicos. Assim foi no Devoniano Inferior após o ciclo Cale-
doniano, no Permiano Superior e Triásico, após o Variscano,
e assim o é hoje, no ocaso da orogênese Alpina. O ciclo Baica-
liano na América do Sul deve ter conduzido a conseqüências
comparáveis. Desconhecem-se, no País, sedimentos que possam
ser, com segurança, atribuídos ao Cambriano ou ao Ordovi-
ciano, salvo em áreas restritas, onde repousam sôbre as ruínas
das estruturas Baicalianas e acham-se recobertos pelo Silu-
riano Inferior fossilífero. Presumimos, porém, que aquêles dois
períodos, em território nacional, tiveram caráter geocrático, o
que de certo modo parece confirmado pela natureza da sedi-
mentação que lhe tem sido atribuída e pela geral falta de
fósseis.
Espalham-se pela imensa área da paraplataforma Eopa-
leozóica brasileira numerosas formações e grupos que mani-
festam certas características em comum, que os distingui dos
sedimentos paleozóicos mais novos. Indicam, geralmente, con-
dições de fixação relacionadas com tectonismo epeirogênico
local. São, em geral, depósitos unicamente detríticos, de sedi-
mentação maiormente não marinha, cujo caráter imaturo se
reflete na abundância de arcóseos, grauvacas e espessos con-
glomerados contendo seixos de granito, gnaisse e outras rochas
feldspáticas do embasamento cristalino. Diversas dessas for
mações apresentam intercalações de produtos de vulcanismo
ácido a intermediário, menos freqüentemente básico, piroclas-
tos, derrames e intrusões subvulcânicas de quartzo-pórfiros,
riólitos, latitos, andesitos, basaltos, etc. Quando não horizon-
tais, essas camadas mostram deformações descontínuas, ondu-
lações suaves, configurações dômicas ou adernamentos resul-
tantes do jôgo de falhas. Geralmente não são metamórficas ou
o são no mais baixo grau, desenvolvendo-se ardósias à custa de
seus pelitos. Ocupam, freqüentemente, áreas restritas, no que
-21-

muito contrastam com a vastidão, pôsto que de espessura


geralmente modesta, das formações Paleozóicas mais novas.
Algumas recobrem em discordância angular, as estruturas
Baicalianas, das quais podem representar molassas tardias,
com produtos do vulcanismo subseqüente. Suas relações com
grandes falhas podem às vêzes ser demonstradas. Tal parece
o caso do Grupo Camaquã, no Rio Grande do Sul, e do Grupo
Jaibara no Ceará, ao qual não falta, mesmo, intrusão de um
plutão subvulcánico pós-cinemático que outra coisa não é o
granito da serra de Meruoca, com seus 425 m.a. mesma idade
dos piroclastos e rochas efusivas da bacia (F. F. M. DE ALMEIDA
et al., 1966). O Grupo Itajaí em Santa Catarina, ainda muito
pouco estudado, parece ter o mesmo caráter geotectônico da-
quêles dois. As Formações Castro e Piraí no Paraná, Campo
Alegre em Santa Catarina, os conglomerados de Correntes e
Curimatã no Piauí e o Grupo Jacadigo, em Mato Grosso, são
outros exemplos de coberturas típicas da paraplataforma
Eopaleozóica, repousando em discordância sôbre estruturas
Baicalianas e apresentando as características gerais acima re-
feridas, que bem refletem a instabilidade da paraplataforma
brasileira em seus p1imórdios.
Fora das áreas dos dobramentos Baicalianos também
existem algumas formações com aquelas características gerai~
mas sua idade é cheia de dúvidas. Umas são certamente ant ·
riores àqueles dobramentos, como Cadiueus e Amoguijá e
Mato Grosso (F. F . M. DE ALMEIDA, 1965), Surumu e Kaietet:.
no Rio Branco (O. BARBOSA e J . R. DE ANDRADE R.AMos, 1959),
ambas Eoproterozóicas, a julgar pela idade de cêrca de .....
1 700 m.a. atribuída às intrusões gábricas no arenito Roraima
e idades dos granitos do embasamento das Guianas (I.
McDouGALL, W. COMPSTON, D. HAWKES, 1963; N. J. SNELL!NG,
1963, 1966). Com sua natureza não metamórfica, vasta exten-
são e ausência de dobramentos, o arenito Roraima caracteriza
a área cratônica das Guianas como uma das mais estáveis do
globo. Outras formações espalham-se pelas plataformas Baica-
lianas, sem apresentarem relações que pelo menos permitam
inferir sua idade, como é o caso das existentes na plataforma
do Guaporé: as Formações Cubencranquem e Gorotire (O.
BARBOSA, J. R. DE ANDRADE RAMOS, F. DE A. GOMES e R. HELM-
BOLD, 1966), Uatumã (E. O. FERREIRA, 1959), Beneficente e
Dardanelos (F. F. M. DE ALMEIDA e J. DO VALE NOGUEIRA FI-
LHO, 1959) e Rio Fresco (0. BARBOSA, J. R. DE ANDRADE R.AMos,
F. DE A. GoMEs e R . HELMBOLD, 1966), assim como a vasta ex-
tensão de quartzo-pórfiros do rio Aripuanã, no Amazonas (F.
- 22 -

F. M. DE ALMEIDA e J. oo VALE NOGUEIRA, 1959). Algumas delas


poderão ter idade Eopaleozóica, mas outras devem r elacio-
nar-se a ciclos tecto-orogênicos mais antigos, possivelmente
mesmo Arqueanos.
Em conjunto, pouca riqueza herdamos dessa fase da his-
tória tectônica da plataforma Brasileira, além dos volumes
imensos de minérios de ferro e manganês sedimentar do Grupo
Jacadigo, em Mato Grosso.

A fase das grandes bacias Paleozóicas

No Siluriano Inferior, o mar, procedente provàvel.mente


dos geossinclíneos pré-Andinos, realizou a primeira grande in-
vasão da plataforma Brasileira, então já uma bem consolidada
ortoplataforma. Ocupou a bacia do Gran Chaco, estendendo-se
ao Paraguai Oriental (Formação Caacupé, de J. HARRINGTON,
1950; E. B. ECKEL, 1958) e a região Chiquitana da Bolívia Ori-
ental (Formação El Carmen, O BARBOSA, 1'949,; F. W. L.ANGE,
1955). Sem que se saiba bem por onde, êsse mar penetrou na
área Amazônica (Formação Trombetas) e na bacia do Par-
naíba (Arenito Serra Grande e provàvelmente Formação
Itaím, v. I. M . BRITO e A. DA Srr.vA SANTOS, 1965). Inaugurava-se
a era das grandes invasões marinhas de caráter epicontinen-
tal, sôbre a plataforma Brasileira. As poucas centenas de
metros de máxima espessura que êsse mar deixou nas regiões
citadas, bem refletem a estabilidade da plataforma. Possivel-
mente já recuava o mar no Siluriano Médio, ausentando-se no
Superior para retornar no Eodevoniano, realizando uma trans-
gressão tão extensa que não encontra similar nos tempos que
se seguiram ao Eocambriano . Não se limitou a ocupar as
quatro grandes bacias (onde sua extensão foi certamente
muito superior aos limites erosivos atuais de suas formações) ,
mas cobriu amplas áreas que se haviam sujeitado à tecto-
gênse Baicaliana, pelo que seus restos são conhecidos no
soalho da bacia de Jatobá (M. S. P. REGALI, 1964), na base
oriental da bacia do Araripe (O. BARBOSA, 1964) e na Serra do
Roncador (F. F. M. DE ALMEIDA e w. T. HENNIES, 1966) . Recen-
temente M. B. BAPTISTA e R. CARTNER-DYER (1966) descobriram
uma fossa tectônica na região intermediária goiana, a meia
distância entre as coberturas das bacias do Paraná e Par-
naíba. Os arenitos que preenchem essa fossa foram por êles
atribuídos ao Siluriano, mas parece-nos mais provável que
correspondam ao Arenito Furnas, do qual importantes aflora-
mentos existem sôbre a Serra do Roncador a menos de 180 qui-
- 23 -

lômetros de distância. Se Devoniana Inferior fôr realmente a


idade dessa Formação Agua Bonita, ela comprova a continui-
dade da invasão marinha das duas bacias nessa época, através
da área de dobramentos Baicalianos do Centro-Oeste.
As grandes sinéclises Paleozóicas da plataforma possivel-
mente se delinearam no Devoniano Inferior. Sua posição, pelo
menos no que se refere às do Paraná e Parnaíba, haviam-na
claramente herdado das estruturas Baicalianas, que ainda
hoje contornam, em grande parte, seus limites erosivos, em-
bora ·nada se possa afirmar em tal sentido, quanto à bacia
~azônica . A bacia do Gran Chaco parece que se estabeleceu
amda no Siluriano, em plena área cratônica Baicaliana. As
grandes bacias do Paraná e Parnaíba apresentam-se como
bacias nucleares (J. H. F. UMBGROVE, 1947) de nenhum modo
p_rocedendo a classificação de miogeossinclíneo dos ortogeos-
smclíneos pré-Andinos atribuída à primeira por R. ,M. STAN-
FORD e F. W. LANG E, em 1960. Essas bacias permaneceram como
tais durante todo o Paleozóico, embora seus limites, como é
natural, devam ter sofrido importantes modificações durante
sua história. O Devoniano e Carbonífero foram seus períodos
áureos. A sedimentação, quase tôda de caráter detritice, atinge
espessura de 3 a 5 000 metros em cada uma delas, estenden-
do-se a áreas de centenas de milhares de quilômetros quadra-
dos. Em tôdas, as condições favorecendo a presença do mar
diminuíram no decorrer do tempo, denunciando o aumento
continuado da estabilidade da plataforma. Assim, as camadas
do Devoniano Inferior marinho apresentam-se com caracterís-
ticas idênticas nas quatro bacias : Grupo Paraná na homô-
nima, Formação Itacurubi na do Gran Chaco, Pimenteira na
do Parnaíba e Maecuru na Amazônica. São mantos detríticos
arenosos recobertos de fácies pel ít ica de águas mais profundas,
em espessuras totais de poucas centenas de metros. No Devo-
niano Médio, embora persistindo nas duas últimas, já o mar
regredia para abandonar a plataforma no Devoniano Superior.
No Carbonífero Superior, e ainda antes, na do Parnaíba, voltou
o mar a ocupar as bacias brasileiras, porém em áreas bem mais
restritas, salvo na Amazônica, onde a transgressão vinda do
Peru (Grupo Tarma) e Equador (Formação Macuma), esten-
deu-se a oeste do arco do Purus, no Amazonas (L. Loczy,
1966). Na bacia do Parnaíba, a Formação Mississipiana Poti é
marinha na base, mas no alto já adquire caráter deltáico a
continental, indicando recuo do mar (W. KEGEL, 1956). A For-
mação Piauí, Pensilvaniana, é quase tôda continental, salvo
o nível marinho Mocambo (O. R. ALBUQUERQUE e V. DEQUECH,
- 24-

1946), de sua parte superior. Retirou-se, então, definitiva-


mente o mar. Na bacia do Paraná a sedimentação Pensilva-
niana é predominantemente continental, mas documentando
ingressões locais do mar. Na bacia Amazônica, após a deposi-
ção detrítica basal da Formação Monte Alegre, em parte con-
tinental, acumularam-se os calcários e pelitos da Formação
Itaituba, em condições marinhas de ampla ligação com as
bacias Andinas. Seguem-se condições de bacia confinada, com
a deposição dos 1 200 metros de evaporitos da Formação Nova
Olinda, após o que o mar recuou definitivamente da baéia.
Bem pouco lucrou o patrimônio mineral do País com o de-
senvolvimento das grandes sinéclises Paleozóicas. O carvão do
Sul foi a única riqueza de importância então acumulada assim
mesmo em volumes limitados, em desproporção com a grande
extensão das camadas Carboníferas existentes sôbre a plata-
forma. Além dêle, depósitos salinos na Amazônia, algumas
concentrações detríticas de diamante em Mato Grosso, de mi-
nério de ferro oolítico na Amazônia (Jatapu) * e calcários Car-
boníferos existentes nas duas bacias do norte. A estabilidade
da plataforma parece ter sido fatal à formação de grandes vo-
lumes de petróleo, que nenhum até agora foi encontrado nessas
bacias que dispertasse interêsse econômico.

Os períodos geocráticos do Pcrmiano ao Jurássico

O longo intervalo de tempo que separou o final do Pen-


silvaniano do final do Jurássico foi assinalado na plataforma
Brasileira, por acentuadas características geocráticas, as con-
dições tectônicas muito calmas não ensejando o ingresso do
mar. No Permiano Inferior a sedimentação ainda se processou
nas bacias do Paraná e Parnaíba, mas com caráter detrítico
fino, e em parte salino na última (J. C. MESNER e L . C. WooL-
DRIDGE, 1962). No Triásico e Jurássico, com o crescer da quie-
tação na ortoplataforma, as condições tectônicas deixaram de
propiciar a fixação de sedimentos sôbre ela, limitados à For-
mação Santa Maria no Rio Grande do Sul e aos 70 metros
de espessura da Formação Pastos Bons na bacia do Parnaiba,
se realmente Triásica fôr sua idade.
• Temos veritlcado que a camada de minério de !erro oolltlco do Igarapé
Oriente, no vale do rio Jatapu, está l.ntercalada em sedimento Devonta nos ou
Silurianos, não procedendo s ua atribuição ao Pré-Cambriano (H. F . DA COSTA, 1965) .
ocorrência semelhante verificamos existir no vale do rio Sete de Setembro, na alta
bacia do rio Xlngu em Mato Grosso, cm camadas Devonlanas ou Carbonlteras .
- 25

Com exceção de folhelhos betuminosos pràticaroente


nula, para o enriquecimento do patrimônio mineral do País,
foi essa longa fase geocrática que assistiu a passagem das
Eras.

A reativação Wealdeniana e suas conseqüências

Tão longa fase de estabilidade foi subitamente interrom-


pida por verdadeiro drama tectônico de caráter germanótipo :
a reativação W ealdeniana.
Manifestou-se o fenômeno com maior intensidade na
região costeira e suas proximidade, mas se estendeu às áreas
das bacias sedimentares e, possivelmente, à maior parte da
plataforma e ao próprio escudo das Guianas, tão estável desde
o Arqueano. O início do fenômeno deve ser atribuído ao Ju-
rássico Superior ao chamado Wealden , pois datam de então
as camadas da Formação Aliança do soalho da fossa do Re-
côncavo-Jatobá (K. KROMMELBEIN, 1962 ; R. WEBER, 1963), da
bacia de Mirandiba em Pernambuco e da borda oriental da
bacia do Araripe assim como da Formação Japoatã (média)
em Sergipe (O. P . GRoss BRAUN 1964). Tais camadas se for-
maram e encontraram condições favoráveis de fixação, em
conseqüência da reativação da plataforma.
Numerosas for am as conseqüências do fenômeno, que fí
sentir seus efeitos até durante o Terciário. Grandes falhas a
tigas foram reativadas, como nos lineamentos de Patos e P«
nambuco, no Nordeste, cuja atividade redundou na formaç
das bacias de Souza e Iguatu e provàvelmente influiu na deli-
mitação das bacias de Jatobá e Araripe. Vasto sistema de fra-
turas surgiu na região costeira e na plataforma continental
atuais, fraturas que vêm sendo postas em evidência pelas pes-
quisas de petróleo, nas costas nordeste e leste do País. O
grande aulacógeno complexo que é o sistema de fossas Recôn-
cavo-Tucano-Jatobá, e sua possível extensão para sul, à área
de Ilhéus (bacia de Almada), foi uma clara conseqüência dessa
reativação. Outras importantes bacias tectônicas a partir de
então se desenvolveram. O graben de Marajá tem 4 000 metros
de espessura de sedimentos em maior parte marinhos, que se
acumularam entre o Cretáceo e o Terciário Inferior; a fossa
de São Luiz, no Maranhão, tem 3 500 metros de sedimentos
de idade Aptiana-Albian e a bacia de Barreirinhas tem mais
de 9 000 metros de sedimentos marinhos, dos quais cêrca de
8 000 se depositaram entre o Aptiano e o Maestrichtiano (J.
C. MESNER e L. e. WOOLDRIGE, 1962). Na bacia Amazônica, a
- 26 -

reativação Wealdeniana provocou a entrada em atividade de


velhas fraturas orientadas a NE, aparecimento de novas fra-
turas a NW e E-W e a ingressão do mar, em sucessivos episó-
dios, na borda ocidental da plataforma no Peru Equador,
Acre, etc. A fossa tectônica do Takutu, na Guiana (C. N. BAR-
RON, 1966) que certamente se estende aos campos de São
Marcos, no Território do Rio Branco, assinala o fenômeno no
tão estável escudo das Guianas. A linha de costa só então veio
a ocupar posição vizinha à atual, pelo menos desde o sul da
Bahia para norte. Quando se iniciou o fenômeno, no Jurássico
Superior, o mar devia encontrar-se muito afastado da posição
que hoje ocupa, pelo que não invadiu o aulacógeno do Recôn-
cavo e a área do atual litoral nordestino. Só mais tarde no
Aptiano, efetuaram-se as primeiras invasões marinhas do
Atlântico sôbre a plataforma·, nela deixando as Formações
Santana, na Chapada do Araripe, Codó, na bacia do Parnaíba,
e Muribeca, na costa de Sergipe. A partir de então, r epetidas
ingressões do mar fizeram sentir-se na região.
Outra manifestação da reativação Wealdeniana foi o
magmatismo basáltico que se apresentou nas bacias Paleozói-
cas, na maior parte da área do Planalto Atlântico e em m enor
escala, nas regiões mais afetadas do interior do País. Tal mag-
matismo, com seus derivados alcalinos e ultrabásicos, parece
haver se desencadeado ainda no Wealden pois datam de cêrca
de 130 a 140 milhões de anos as eruptivas de Ipanema, Serrote,
Jacupiranga e Ubatuba, em São Paulo de Anitápolis em
Santa Catarina, e da Serra de Tapirapuã, em Mato Grosso
(G. AMARAL et al., 1966a). O máximo de intensidade do fenô-
meno, todavia, parece ter ocorrido no Cretáceo Médio-Infe-
rior, a cêrca de 120 milhões de anos (G. AMARAL et al, 1966).
Sabe-se, hoje, que pelo menos um plutão granítico cratônico,
subvulcânico, se introduziu na plataforma, como provável
conseqüência dessa reativação: o granito do Cabo, com cêrca
de 90 milhões de anos (P. VANDOROS, U. G. CORDANI e J.
J. MATZKO, 1966). ~le constitui uma réplica dos " granitos
novos" da Nigéria e Camerum, também relacionados com im-
portante reativação havida no Jurássico, na Africa Ocidental
e Equatorial.
Parece que se deve atribuir à reativação Wealdeniana a
subsidência que no Cretáceo se manifestou nas bacias do Pa-
raná e Parnaíba, propiciando condições de fixação à sedimen-
tação dos Grupos Bauru, na primeira, Corda, Codó e Itape-
curu, na última.
- 27 -

A reativação Wealdeniana acarretou apreciável aumento


do patrimônio mineral do País. Minérios de Nb, Zr U, Th, Fe,
Ba, terras raras e jazidas de apatita mostram-se nas intrusivas
alcalinas e ultrabásicas então surgidas no centro e sul do
País. No Nordeste, as invasões marinhas conseqüentes dessa
reativação deram origem a importantes concentraçeõs de cal-
cário, salgema sais de potássio gipsito e fosforito. A instabi-
lidade manifestada na plataforma a partir do final do Jurás-
sico relaciona-se a gênese e acumulação de petróleo nas únicas
áreas do território nacional onde até hoje êle foi encontrado
em volumes de interêsse econômico: a costa de Alagoas a Ser-
gipe, a bacia do Recôncavo-Tucano e, ao que se espera, a bacia
de Barreirinhas. A presença de minério de urânio na bacia
de Tucano é quando menos uma esperança de que êle haja se
concentrado em quantidades ec·o nômicas nas áreas de reati-
vação Wealdeniana da plataforma Brasileira. É de se crer que
apreciável remobilização mineral haja se processado em ja-
zidas hidrotermais relacionadas com antigas fraturas como
resultado dêsse fenômeno tectônico.
Os efeitos da reativação Wealdeniana perduraram em todo
o Cretáceo. No Terciário, seja ainda como conseqüência tardia
dêsse fenômeno ou como réplica das atividades tect~orogê-
nicas que então se manifestavam no geossinclíneo Andino, fi-
zeram sentir-se perturbações em várias áreas da plataforma,
se bem que em intensidades sensivelmente menores que no
Cretáceo. A antéclise do rio Paraíba do Sul com seu grande
graben mediano, a bacia tectônica de São Paulo, ambas preen-
chidas de sedimentos Neogênicos, e menores bacias similares
então tiveram origem. Vulcanismo basáltico manifestou-se até
pelo menos o Pliocênico, originando os grandes diques e necks
do Rio Grande do Norte (L. J. de MORAES, 1924; P. A. DE AL-
MEIDA RoLFF, 1965). As condições tectônicas não foram, con-
tudo, capazes de causar fixação de grandes espessuras de se-
dimentos na área hoje exposta da platàforma, tendo o mar
permanecido afastado de seus limites atuais a maior parte do
tempo. As imensas extensões cobertas pelas relativamente mo-.
destas espessuras dos sedimentos detríticos do chamado Grupo
Barreiras atestam amplos movimentos epeirogênico que pro-
vocaram a destruição das extensas superfícies de erosão ter-
ciárias.
Não se apresentaram no Terciário, ao que se saiba, con-
dições propiciando a gênese do petróleo na área hoje emersa
da plataforma, o que acarretou grande prejuízo à economia
mineral brasileira, se considerarmos o fato de que 58 % do pe-
- 28 -

tróleo extraído no mundo ser de idade Terciária e dêle, apa-


rentemente, não nos ter cabido qualquer quinhão. Segundo
P. I . STEPANOV e I. M. GUBKIN (cit. p. V. V. BELOUSSOV, 1962) ,
a distribuição do carvão e petróleo no mundo apresenta má-
xima conc_e ntração nas formações Terciárias e Carboníferas.
Para BELoussov, isso representa acumulação havida nas oca-
siões de inversão e formação de bacias marginais nos ciclos
Herciniano e Alpino. A estabilidade da plataforma Brasileira
no decorrer dêsses dois ciclos prejudicou a acumulação dessas
substâncias em sua superfície.
- O Quaternário parece assinalar o início de outra vasta
fase de estabilidade da plataforma Brasileira. Tectonizada a
faixa dos geossinclíneos Andinos, assiste os derradeiros episó-
dios da grande orogênese Alpina como uma superplataforma,
inteiramente emersa. Em solo brasileiro não se apresentam
condições de fixação de sedimentos, salvo em áreas limitadas
da costa, da bacia Amazônica e Pantanal mato-grossense. O
vulcanismo Terciário cessou completamente e a sismicidade é
insignificante, estando inativas as grandes fraturas. Reafir-
mam-se as condições geocráticas na velha ortoplataforma, que
por tôda parte se sujeita à erosão. Certamente também a essa
estabilidade e não sómente ao clima tropical favorável, de-
ve-se atribuir a riqueza do País em minérios de natureza late-
rítica, de manganês, alumínio niquel, cobalto e ferro, todos
ocorrendo em jazidas relacionadas com ciclos de erosão Ceno-
zóicos.
A geografia do Pais muito herdou dessa longa história
tectônica. As áreas correspondentes às grandes plataformas
Baicalianas ainda hoje se apresentam como escudos da pla-
taforma Brasileira, mostrando-se como vastas extensões de
terrenos arrasados por sucessivos ciclos de erosão. As bacias
sedimentares Paleozóicas abrigam as linhas mestras da rêde
de drenagem, enquanto que as faixas de dobramentos Baica-
lianos favorecem o desenvolvimento de grandes cursos d'água
por erosão remontante: o alto curso do rio Paraguai e seu
afluente, o rio Cuiabá; os rios Araguaia e das Mortes, o Jagua-
ribe, o Piranhas, o Paraíba do Sul, o Ribeira, etc. O rio São
Francisco desenvolve-se próximo à borda da plataforma homô-
nima, a jusante de Cabrobó adaptando-se às estruturas do
geossínclíneo Sergipano. A vastidão da bacia hidrográfica
Amazônica e o traçado de seus maiores coletores, independente
das estruturas pré-Paleozóicas, refletem a estabilidade da pla-
taforma Brasileira através de sua longa e complexa história.
- 29-

CONCLUSõES

A plataforma Brasileira originou-se com a consolidação


resultante da tecto-orogênese do ciclo Baicaliano que afetou
extensos geossinclíneos Rifeanos, do início do Neogêico. Em
sua evolução distinguem-se claramente grandes etapas. No
Cambro-Ordovíciano comportou-se como vasta paraplata-
forma, acumulando sedimentos em bacias tectônicas locais e
assistindo a vulcanismo ácido a intermediário, subseqüente à
orogênese Baicaliana. Seguiu-se a fase de ortoplataforma, que
assistiu, no restante do Paleozóico, a sedimentação em ex-
tensas bacias intracratônicas, de modesto tectonismo. A pro-
gressiva quietação da plataforma, no decorrer dessa etapa,
conduziu ao recuo definitivo do mar Paleozóico, êle que, so-
bretudo no Devoniano, praticara vastas transgressões nas
faixas de dobramentos Baicalianos. Tal calma tectônica dei-
x9u de propiciar condições favoráveis à fixação de sedimentos
sobre a plataforma no Triásico e part icularmente no Jurás-
sico.
No final do Jurássico, um diastrofismo de caráter ger-
~anótipo, a reativação Wealdeniana, inaugura nova fase da
história tectônica da plataforma. Tal fenômeno, manifestado
sobretudo nas áreas mais próximas ao mar, acarretou apre-
ciável movimentação ao longo de falhas, vasto magmatismo
basáltico, fixação de sedimentos na área das bacias Paleo-
zóicas e fora delas , em zonas de subsidência local, e o ingresso
do mar nas bordas da plataforma. Os efeitos dêsse fenômeno
atenuaram-se no decorrer do Cenozóico, e no Quaternário já
a plataforma se apresenta novamente em condições de calma
tectônica.
A criação de bens minerais metálicos e não-metálicos,
na área da plataforma Brasileira, processou-se em razão di-
reta da intensidade do tectonismo que a afetou , pelo que, no
Neogêico, duas ocasiões se mostraram mais propícias para
isso: durante a tecto-orogêne"se Baicaliana e a reativação
Wealdeniana.

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ESBOÇO DOS
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NEOGEICOS
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~ PLATAFORMAS E FAIXAS TECTOGÊNICAS BAICALIANAS

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DIREÇÕES DOS DOBRAMENTOS BAICAL!ANOS

MACIÇOS ANTIGOS REMOBILIZADOS NO RIFEANO

1 ► 1 POLARIDADE
I= ==I FAIXA OE SERPENTINITOS

1~ x ~I COBERTURAS EOCAMBRIANAS DAS PLATAFORMAS

~ BACIAS SE91MENTARES PALEOZÓICAS


~ E SUAS ISOPACAS ( M l
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1 1
□ COBERTURAS PÓS - PALEOZÓICAS

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