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Ambientes das rochas ígneas,

metamórficas e sedimentares:
Os ciclos geológicos

Matheus Andrade Nascimento


INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
CICLO DAS ROCHAS
CICLO DAS ROCHAS
➢1965 o geólogo e
geofísico canadense John
O CICLO DE WILSON

Tuzo Wilson descreveu


pela primeira vez a
tectônica em torno do
globo em termos de
placas rígidas movendo-se
sobre a superfície
terrestre e caracterizou
três tipos básicos de
limites de placas.
➢Caracterizou o desenvolvimento e fechamento de um
oceano relacionado à tectônica de placas, este ciclo de
O CICLO DE WILSON

criação de destruição da placa foi denominado de Ciclo


de Wilson
➢O ciclo tem início com a formação de um oceano a
partir de um rift em crosta continental sobre um ponto
quente mantélico (hot spot); segue-se a expansão desse
oceano com a deriva das massas continentais antes
ligadas e agora separadas pelo rifteamento
➢Em determinado momento, ocorre a mudança do processo de
afastamento ou deriva para aproximação de massas continentais
O CICLO DE WILSON

em decorrência de processo de subducção da crosta oceânica,


desenvolvimento de arcos de ilha e/ou cadeias de montanhas
(orogênese); finalizando o ciclo ocorre o fechamento do oceano,
sucedido de colisão continental.
O CICLO DE WILSON
À medida que continua a extensão e o
O rifteamento de um oceano se abre, ocorre o resfriamento da
continente ocorre à medida margem passiva e os sedimentos acumulam-
O CICLO DE WILSON

que ele se fragmenta. se durante a expansão do assoalho oceânico

O continente é
erodido, adelgaçando a A convergência inicia-se; uma
placa oceânica é subduzida em
crosta. Por fim, o
uma continental, criando uma
processo pode iniciar- cadeia vulcânica na margem ativa.
se novamente.

A acreção de terreno ( a partir


Quando os dois continentes
da cunha sedimenar acrescional
colidem, a orogenia espessa a
crosta e constrói montanhas,
ou de fragmentos carregados
formando um novo pela placa em subducção)
supercontinente. agrega material ao continente.
O CICLO DE WILSON
TECTONICAMENTE ESTÁVEL ➢Cráton continental tectonicamente estável e erodido,
CRÁTON CONTINENTAL

cercado por bacias oceânicas ao redor;


➢Intemperismo e erosão por Ma – sedimentos,
continentais maturos (arenitos)
➢Bacias oceânicas: carbonatos (se clima quente), siltitos,
argilitos.
➢ Bacias oceânicas: carbonatos (se clima quente), siltitos, argilitos.
TECTONICAMENTE ESTÁVEL ➢ Em equilíbrio isostático (não há soerguimento ou subsidência)
CRÁTON CONTINENTAL

crosta continental em nível constante no topo do manto.


➢ Ausência de vulcanismo, terremotos
➢ Continentes: granitos, granodioritos. Leves o suficiente que
quando erodidos para uma peneplanície e "flutuante" em
equilíbrio isostático, a superfície está acima do n.m.
CRÁTON CONTINENTAL
TECTONICAMENTE ESTÁVEL
CRÁTON CONTINENTAL
TECTONICAMENTE ESTÁVEL
TECTONICAMENTE ESTÁVEL
CRÁTON CONTINENTAL

A profundidade de compensação do carbonato de cálcio (CCD) representa a transição abrupta do


aumento do CO2 dissolvido nas águas do oceano, o que aumenta a solubilidade do CaCO3. O calcário não
precipita abaixo desta profundidade e a precipitação de sílica (formação de sílex) domina.
CRÁTON
CONTINENTAL
TECTONIC AMENT
E INSTÁVEL

• precedido por um cráton


estável

• Ausência de atividade vulcânica


e terremotos até que, sob o
cráton estável, surge um
hotspot → adelgaçamento
e o fraturamento da crosta
continental, com o
desenvolvimento de um rift.
TECTONICAMENTE INSTÁVEL
Fases do rift
CRÁTON CONTINENTAL

1. Pré-rift

2. Sin-Rift

3. Pós rift
CRÁTON CONTINENTAL
TECTONICAMENTE INSTÁVEL
Hot Spot and Rifting

Distúrbio.......
CRÁTON CONTINENTAL
TECTONICAMENTE INSTÁVEL
TECTONICAMENTE INSTÁVEL
CRÁTON CONTINENTAL

Alívio de tensões de elevação em uma


esfera: 120 ° modo mais eficaz
• Tensão deviatórica > Tensão mínima de rompimento da
TECTONICAMENTE INSTÁVEL litosfera (3 x 1013Nm-1)
CRÁTON CONTINENTAL

• d1 > 2d3 para que ocorra o rompimento litosférico


Fatores que determinam a tensão deviatórica (Motores):
• Movimento das placas tectônicas
• Flutuabilidade Térmica (diminuição de densidade causada
pelo aquecimento proveniente da ascensão astenosférica)
• Tração na base da litosfera produzida pelo movimento de
convecção da astenosfera
• Flutuabilidade Gravitacional causada pela variação da
espessura da crosta
CRÁTON CONTINENTAL
TECTONICAMENTE INSTÁVEL
TECTONICAMENTE INSTÁVEL • Afinamento e soerguimento
CRÁTON CONTINENTAL

• Formação de Domos Continental


• Formação de falhas incipientes e rasas
• Formação de bacias flexurais (compensação
isostática)
• Sistemas Sedimentares: Eolica, Flúvio-
lacustrino, oxidado
• Sinéclise
CRÁTON CONTINENTAL
TECTONICAMENTE INSTÁVEL
• Chama-se de Rifte
TECTONICAMENTE INSTÁVEL Abortado o Rift que para
CRÁTON CONTINENTAL

antes da separação do
continente e formação de
crosta oceânica

• Um Rifte Abortado que


adentra uma margem
continental é chamado de
Aulacógeno
CRÁTON CONTINENTAL
TECTONICAMENTE INSTÁVEL
TECTONICAMENTE INSTÁVEL • Sinéclise é uma depressão no substrato
CRÁTON CONTINENTAL

rochoso da crosta terrestre, que se formou


como resultado do afundamento da área
devido à atividade tectônica. As sinéclises são
caracterizadas por uma série de camadas
sedimentares inclinadas em direção ao
centro da depressão, e podem estar
associadas a bacias sedimentares, onde
sedimentos acumularam-se ao longo do
tempo geológico
Estágio Domo

TECTONICAMENTE INSTÁVEL
CRÁTON CONTINENTAL

Estágio Leste da África

Estágio Mar Vermelho


TECTONICAMENTE INSTÁVEL
CRÁTON CONTINENTAL

A A’

Wassuk Gillis
Range Range
Lago Walker
A A’

A A’
0 8km
CRÁTON CONTINENTAL
TECTONICAMENTE INSTÁVEL

Range
Range

Range
Basin
Range

Range
TECTONICAMENTE INSTÁVEL • Vulcanismo
CRÁTON CONTINENTAL

• Formação de diversas
suítes magmáticas
• Predomina plutonismo
máfico e ultramáfico.
• Formação de diques e sills
• Formação de granito
alcalinos (underplating)
➢Se continuidade do processo → continente em 2 → criação de um novo
TECTONICAMENTE INSTÁVEL limite divergente entre as duas placas tectônicas que passam a se separar.
CRÁTON CONTINENTAL

Ex. rift da África Oriental entre as placas tectônicas


Africana e Somali
PLACA OCEÂNICA
➢ magma ascendente → dilatação e fraturamento da crosta
➢ Progressão da ruptura do continente com o afastamento das placas
tectônicas, formando-se um corpo de água.
PLACA OCEÂNICA

➢ Criação de uma bacia oceânica jovem

Esquema do estágio Juvenil exemplificado


através do mar Vermelho entre as placas
tectônicas Africana e Árabe
Mar Vermelho

➢Rift continental → rift oceânico


PLACA OCEÂNICA

➢Rompimento da litosfera
continental
➢Estende-se do sistema de falha
Transformante Mar Morto,
termina no cruzamento com o
Aden Ridge e o Rift da África
Oriental, formando a Junção
Tríplice de Afar na Depressão
Afar do Chifre da África Divergência entre Placas Africana e Arabica.
PLACA OCEÂNICA
PLACA OCEÂNICA
PLACA OCEÂNICA
PLACA OCEÂNICA
➢A medida que se afastam
os continentes, a crosta
oceânica próxima a eles vai
PLACA OCEÂNICA

envelhecendo, esfriando e
se tornando mais pesada,
com consequente
afundamento do fundo do
mar.
➢Grande bacia oceânica entre as margens
continentais, com uma dorsal oceânica bem
PLACA OCEÂNICA

desenvolvida ao longo do limite divergente das


placas tectônicas.
✓ Margens continentais divergentes se completam.
✓ As placas se afastam com a bacia oceânica tendo uma dorsal no
limite das placas com a crosta oceânica mais quente e jovem nas
proximidades da dorsal. Os continents se separaram…
PLACA OCEÂNICA
PLACA
OCEÂNICA

• Bacia oceânica se alarga:


margem continental divergente
ou uma margem continental
passiva (MCP) que se afasta da
fonte de calor e esfria.
• Crosta fria é mais densa →
MCP afunda rapidamente no
início, mas cada vez mais
lentamente com o tempo =
decaimento térmico
✓ Grande cunha de sedimentos é depositada sobre o MCP, expandindo
e espessamento;
PLACA OCEÂNICA

✓ Sedimentos: derivados da erosão do continente (clásticos) e pela


atividade química e biológica (carbonatos);
✓ Depósitos marinhos de águas rasas (subsidência e deposição com
mesma taxa);
✓ Quando ao lado de um Cráton estável, a cunha de rochas
sedimentares = arenito maduro, calcários e dolomitos;
✓ Se o continente tem alguma atividade tectônica: rochas
sedimentares imaturas: arenitos sublíticos e folhelhos;
✓ A região costeira Brasil: moderna MCP, neste momento estabilizado
desde o rifting que abriu o Oceano Atlântico
MCP
PLACA OCEÂNICA
AMBIENTE CONVERGENTE (CC -CO) ➢ zonas de subducção se formam, como características dos limites
convergentes entre placas tectônicas, e a bacia oceânica inicia seu
fechamento.

➢ Essas zonas de subducção podem se formar em qualquer parte da


bacia e em qualquer direção, subjugando-a ao longo do tempo
geológico e, assim, condenando-a ao desaparecimento.
O estágio em Declínio segue mantendo o ciclo em andamento
com zonas de subducção ativas, como é o caso do oceano Pacífico
e seu conhecido Anel de Fogo.
AMBIENTE CONVERGENTE
✓ 2 tipos de locais para zonas de subducção:
✓ dentro de uma bacia oceânica (tipo arco insular ou arco de ilhas)
✓ ao longo da borda de um continente (tipo Cordilheirano)
AMBIENTE CONVERGENTE

criação de cadeias de
montanha, vulcões
AMBIENTE CONVERGENTE
• Bacias associadas a zonas de subducção: Ante-arco; Intra-arco; Retro-arco
• Fossas oceânicas
• Prisma acrescionário
AMBIENTE CONVERGENTE
terminal
Ex. atual Mar Mediterrâneo,
Black Sea;
AMBIENTE CONVERGENTE

Caspian Sea
✓Construção de cordilheira por colisão continente-continente
✓Duplicação Crustal (espessamento).
✓A bacia oceânica remanescente do oceano entre os continentes
OROGÊNESE

fechou e eles colidiram para formar uma orogenia de colisão


continente-continente
Esquema do estágio em Sutura (e.g.
Himalaia) entre as placas tectônicas
Indiana e Eurasiana
OROGÊNESE

Himalaia: exemplo clássico de um


sistema orogênico gerado através da
colisão entre continentes,
evidenciando as forças tectônicas
associadas ao Ciclo de Wilson.
Metassomatismo

Metassomatismo refere-se ao processo pelo qual uma


OROGÊNESE

rocha ígnea, sedimentar ou metamórfica preexistente sofre


transformações composicionais e mineralógicas associadas
a reações químicas desencadeadas pela reação de fluidos
(os chamados agentes metassomáticos) que invadem o
protólito.
OROGÊNESE
OROGÊNESE Ásia

Cadeia do
Himalaia
OROGÊNESE
OROGÊNESE
REFERENCIAS

• Teixeira, W.; Toledo, M.C.M.; Fairchild, T.R.;


Taioli, F. – Decifrando a Terra.
• Dana, J.D. - Introdução à mineralogia
• Grotzinger , J; Jordan, T. (2013) Para
Entender a Terra.

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