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Resumo Geologia_10ºano

3. Dos princípios do raciocínio geológico à tectónica de placas

Observações acerca da morfologia do fundo dos oceanos:


 Existe contínua formação de nova crusta (zona do rifte), contudo a Terra não aumenta
de tamanho, pois, também existe contínua destruição de crusta (zona de subducção).
Logo, a hipótese de expansão dos fundos oceânico possibilitou a compreensão do facto
da Terra ter mantido, sensivelmente constante o volume, desde a sua formação há
cerca de 4600 Ma.
 A idade das rochas na crusta oceânica é menor do que a idade das rochas na crusta
continental, pois o fundo dos oceanos está constantemente a ser renovado e
destruído.
 Os oceanos são mais jovens perto das dorsais, pois é no rifte que ocorre a expansão
dos fundos oceânicos.

Dos princípios do raciocínio geológico à tectónica de placas


Hess apresentou informalmente, em 1959, o seu modelo que designou por Hipótese da
Expansão dos Fundos Oceânicos – a ascensão de magma do interior da Terra ao longo do vale
de rifte forma crusta oceânica, a qual se expande a partir da dorsal médio-oceânica em direção
às fossas oceânicas, onde é destruída. No rifte há acreção/adição de litosfera. Na fossa
oceânica, há subducção/destruição de litosfera.

Correntes de convecção térmica

O calor interno da Terra provoca correntes


de convecção térmica na astenosfera, onde
a rocha é menos rígida, embora esteja no
estado sólido.

Estas correntes arrastam consigo a litosfera,


camada rochosa mais exterior, fria e rígida.
Estas forças acabam por partir a litosfera em
pedaços – as placas litosféricas.

Elas são arrastadas, afastando-se em alguns


locais e chocando noutros locais.
De forma idêntica, pensa-se que os materiais rochosos do manto terrestre também descrevem
estes movimentos cíclicos de convecção, porém de forma muito mais lenta, à escala de tempo
geológico. Estes movimentos são possíveis porque, à escala do tempo geológico, a astenosfera
e a mesosfera, embora, no estado sólido, se comportam como líquidos de alta viscosidade.

Teoria da Tectónica de Placas


Segundo a Teoria da Tectónica de Placas, a parte superior rochosa da Terra, designada litosfera,
não é contínua, mas dividida num conjunto de placas litosféricas ou tectónicas que se
movimentam umas em relação às outras sobre a astenosfera, transportando a crusta.
Algumas placas litosféricas são constituídas:

Apenas por áreas da Por áreas da litosfera


litosfera oceânica oceânica e continental

PLACA OCEÂNICA PLACA MISTA


O que faz mover as placas tectónicas?
Em relação às forças que fazem mover as placas. Existem quatro forças conhecidas:
 slab pull (ou puxão da placa)
 ridge push (ou “empurrão” da placa)
 slab suction (sucção da placa)
 plume push (empurrão das plumas)
Destas quatro forças, a força de slab pull contribui com cerca de 90% do total da força (ou seja,
é dez vezes maior do que as outras três forças combinadas).

 slab pull (ou puxão da placa) - É a força, causada pelo afundamento da litosfera densa e
fria na astenosfera (quente e menos densa/viscosa) numa margem destrutiva, que se
supõe ser uma das duas principais forças motrizes para o movimento das placas
litosféricas. A placa mais densa afunda sob a influência da gravidade e puxa o resto da
placa atrás de si.
 ridge push (ou “empurrão” da placa) – o magma sobe à medida que as placas se
afastam. O magma arrefece para formar novo material da placa oceânica. À medida que
arrefece, torna-se mais denso e desliza para longe da crista. Isso faz com que a as placas
se afastem uma da outra. Passivamente, abre as cadeias médio-oceânicas por força
distancional.

Tectónica de placas:
Limites divergentes/construtivos

 forças distensivas

 Pode iniciar-se como um rifte intracontinental e levar à fragmentação dos continentes,


devido à atuação de forças distensivas

 Nos estádios mais avançados ocorre formação de placa oceânica ao nível dos riftes que
se encontram nas dorsais oceânicas.

 Formam-se bacias oceânicas profundas

instalação de riftes foi


essencial na fragmentação do supercontinente Pageia, através da formação de novos limites
convergentes.

Limites convergentes/destrutivos

 forças compressivas

Continente-Continente Continente-Oceano Oceano-Oceano

Colisão de dois continentes, que não Subducção da placa oceânica mais densa. Subducção da placa oceânica mais
sofrem subducção, pois são ambos antiga (mais densa e mais fria).
Forma-se uma fossa oceânica no contacto
pouco densos. da placa oceânica com a continental. Forma-se uma fossa oceânica no
Ocorre espessamento crustal e contacto das placas oceânicas.
Intensa atividade sísmica em ambas as
formação de uma cadeia placas. Intensa atividade sísmica em ambas
montanhosa. as placas. Intensa atividade vulcânica
Formação de uma cadeia montanhosa na placa que não subducta.
Intensa atividade sísmica em ambas com intensa atividade vulcânica na placa
as placas. continental.
Limites transformantes/conservativos

 forças de cisalhamento/transformantes

 Não ocorre construção nem destruição de placas


litosféricas – as placas deslizam horizontalmente.
 São comuns nas dorsais oceânicas perpendiculares ao rifte.
 Nos limites conservativos ocorre intensa atividade sísmica.

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