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TEMA 1

DA TEORIA DA DERIVA DOS CONTINENTES À TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS. A


DINÂMICA DA LITOSFERA

2 - Dinâmica da litosfera e grandes estruturas geológicas

Fluxo térmico
O fluxo de energia na Terra, sob a forma de calor (fluxo térmico), pode ocorrer por três mecanismos
distintos: radiação, convecção e condução.
Pontos Quentes

Quando as plumas térmicas1 atingem a superfície


expressam-se sob a forma de pontos quentes, que
delimitam regiões de extensão limitada na ordem de
quilómetros de diâmetro.

1 A ascensão por convecção de material rochoso a elevadas


temperaturas, mas ainda sólido que só atinge o ponto de fusão a
algumas dezenas de quilómetros da superfície.
PERCURSO VULCÂNICO DESENVOLVIDO A PARTIR DE…

… UM “HOT-SPOT”

Um ponto quente é considerada uma evidência da existência das


correntes de convecção do manto.
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Exemplo típico de um Ponto Quente

do Pacífico
Possíveis localizações
dos pontos quentes
que fragmentaram a
Pangea.
PONTOS QUENTES _ AMBIENTES DE FORMAÇÃO

Zonas entre placa ou de Dorsal

Zonas de Rifte Continental

Zonas Intraplaca Continental e Ocêanica


TOMOGRAFIA SÍSMICA
• A tomografia sísmica permite realizar uma
cartografia do interior da Terra, tendo como base a
propagação das ondas sísmicas a uma determinada
profundidade.

• As variações de velocidade das ondas sísmicas são


comparadas com uma velocidade de referência.
Assim, uma velocidade lenta sinaliza um manto mais
quente, uma velocidade mais rápida revela um
manto mais frio.
Isostasia

É uma teoria relativa ao equilíbrio dos blocos continentais partindo


do princípio que estes flutuam num substrato rígido e
simultaneamente plástico e mais denso (astenosfera).

Procura interpretar as compensações que ocorrem em profundidade


dos relevos superficiais em função do seu peso (densidade),
tentando explicar como se mantém o equilíbrio entre a litosfera e a
astenosfera.

Sempre que o equilíbrio se altera ocorrem ajustamentos isostáticos


que envolvem movimentos verticais da litosfera, de levantamento
ou de afundamento.
g/cm3 g/cm3
AIRY PRATT
• Os blocos crustais apresentam a • Os blocos crustais têm diferentes
mesma densidade e diferentes densidades;
espessuras;
• Todos os blocos crustais estão ao
• Os blocos continentais apresentam- mesmo nível (nível de
se mais elevados que os oceânicos, compensação);
uma vez que têm maior espessura.
• A crusta continental possui maior
elevação, uma vez que é menos densa
que a crusta oceânica.
TEMA 1
DA TEORIA DA DERIVA DOS CONTINENTES À TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS. A
DINÂMICA DA LITOSFERA

2 - Dinâmica da litosfera e grandes estruturas geológicas

Movimentos verticais da litosfera. Equilíbrio isostático

A capacidade de o manto superior próximo da crusta


e da astenosfera permitirem movimentos verticais são
princípios fundamentais para compreendermos os
movimentos verticais na litosfera, que afetam a
gravidade num dado local da Terra.

A gravidade pode ser definida como a atração da


massa entre dois blocos. Quanto maior é a massa,
mais intensa é a força gravítica.

No século XIX começou a surgir a ideia de que a


crusta menos densa estaria a flutuar sobre o manto
superior mais denso e capaz de sofrer deformação
lenta ao longo de milhões de anos. A crusta e o manto
encontram-se num balanço gravitacional permanente,
designado por isostasia.
TEMA 1
DA TEORIA DA DERIVA DOS CONTINENTES À TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS. A
DINÂMICA DA LITOSFERA

2 - Dinâmica da litosfera e grandes estruturas geológicas

Anomalias isostáticas
O ajustamento isostático ocorre quando se
adiciona ou remove material, originando
Anomalia isostática positiva
movimentos verticais da crusta, que visam
 A gravidade é superior ao valor médio medido ao atingir o nível de compensação isostático.
nível do mar, indicando que há um excesso de
massa nessa secção da Terra, em resultado da
maior densidade.
 São comuns nas regiões oceânicas (os basaltos
são mais densos que as rochas graníticas),
principalmente nas zonas de subducção.

Anomalia isostática negativa


 O volume de material numa dada secção
apresenta uma baixa densidade, pelo que diminui a
atração gravítica.
 São frequentes nas regiões montanhosas,
indicando que estas possuem “raízes” profundas
compostas por material crustal, formando uma
espessa coluna de material pouco denso.
TEMA 1
DA TEORIA DA DERIVA DOS CONTINENTES À TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS. A
DINÂMICA DA LITOSFERA

2 - Dinâmica da litosfera e grandes estruturas geológicas

Anomalias isostáticas

A sedimentação e as glaciações originam anomalias positivas


compensadas por afundamentos verticais da litosfera.

A erosão e o degelo são processos naturais que originam


anomalias negativas que são compensadas por
levantamentos verticais da litosfera.
Atualmente a Antártida encontra-se afundada na astenosfera,
devido ao peso do gelo sobre ela depositado. Se a calote glaciária
for desaparecendo, por degelo ( o que não será de estranhar dado
ao aumento da temperatura em função do aquecimento global),
este continente iniciará o seu levantamento vertical.

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