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DECLARAÇÃO
Declaro por minha honra que esta monografia, que no presente momento submeto a
Universidade Wutivi-Unitiva, em cumprimento dos requisitos para obtenção do grau de
Licenciatura em Engenharia Civil, nunca foi apresentada para obtenção de qualquer outro grau
académico e que constitui o resultado da minha investigação pessoal, tendo indicado no texto
as fontes que usei.
O Candidato A Supervisora
________________________ ________________________
i
Agradecimentos
À Deus em primeiro por me guiar, pela força, coragem e motivação para superar todas as
barreiras; tem protegido me em toda trajectória que percorro e por presentear-me com os meus
maiores bens, ou seja, minha vida, família e amigos.
A Supervisora deste trabalho, Engª Graciete Gomes pelas excelentes orientações, instruções,
criticas e sugestões positivas que foram úteis, durante a realização do presente trabalho.
Agradeço desta forma a universidade Wutivi por ter-me recebido e aberto um espaço o para
desenvolvimento profissional e ter criado ambiente aberto para a aprendizagem.
Ao laboratório da Universidade Wutivi-Unitiva que contribuiu na realização do presente
trabalho e os técnicos do laboratório.
A todos docentes do curso de Engenharia Civil, pela instrução e pelos sábios conhecimentos,
habilidades, capacidades e aptidões por mim adquiridas, aos colegas de turma e a todos que
participaram directa ou indirectamente durante o período da minha formação.
Ao Conselho Municipal da Cidade de Maputo pelo facto de ter me recebido para estagiar e
conduzido de forma a poder concluir este trabalho com sucesso desejado.
ii
Resumo
Avenida 4 de Outubro ocupa uma posição de destaque no Município da Matola, por ela liga
inúmeros bairros nomeadamente Ndhavela, Zona verde, Benfica e Infulene A.
Uma rodovia que atenda as necessidades do trânsito vai além do uso de bons materiais e um
dimensionamento calculado correctamente no projecto. Sem um sistema de drenagem
eficiente, acaba afectando directamente a vida útil de toda a estrutura e promovendo o
aparecimento de degradações.
Sabe se que uma via que apresenta degradações constantes pode provocar inúmeros prejuízos
como congestionamento, acidentes, consequentemente gasto de dinheiro e outros.
Portanto o presente trabalho tem como objectivo em analisar as degradações da Avenida 4 de
Outubro e dar proposta de drenagem.
iii
Abstract
Key words: Avenida 4 de Outubro, degradations, soil, water table, precipitation, granulometry
and drainage system
iv
Lista de Abreviaturas e Símbolos Usados
v
Índice
Dedicatória .................................................................................................................................. i
Agradecimentos .........................................................................................................................ii
Abstract ..................................................................................................................................... iv
1. Introdução ........................................................................................................................... 1
2.1. Hipótese....................................................................................................................... 2
2.2. Objectivos.................................................................................................................... 2
vi
3.5.1.1.6. Afundamento...................................................................................................... 12
3.6.5. Rachão................................................................................................................ 16
4.1. Drenagem............................................................................................................... 17
vii
4.4.1.2.3. Pavimento com infiltração parcial.................................................................. 22
viii
9.3. Análise das degradações das vias .............................................................................. 54
Anexos.................................................................................................................................. 63
ix
Índice de Tabelas
Tabela 1:Tabela dos resultados da Análise Granulométrica .................................................... 30
Tabela 2:Descrição dos códigos usados no sistema SUCS ...................................................... 32
Tabela 3: Tabela de SUCS ....................................................................................................... 33
Tabela 4: Tabela de HRB ......................................................................................................... 34
Tabela 5:Dados de furos do Infulene ....................................................................................... 40
Tabela 6:Precipitação total mensal .......................................................................................... 41
Tabela 7: Tabela da Secção Rectangular ................................................................................. 48
Tabela 8: Tabela da Secção Trapezoidal ................................................................................. 50
Tabela 9: Tabela da Secção Triangular .................................................................................... 52
Tabela 10:Valores de Coeficiente de Rugosidade ................................................................... 64
Tabela 11:Elementos Geométricos Diversos ........................................................................... 65
Tabela 12:Valores de C para várias superfícies, declividade e tempo de retorno ................... 66
Tabela 13:Velocidade mínima em função da água conduzida no canal .................................. 67
Tabela 14:Velocidade máxima em função do material da parede do canal ............................. 67
Tabela 15: Estabilidade dos lados ............................................................................................ 68
x
Índice de Figuras
Figura 1:Configuração da distribuição de tensões verticais no solo de fundação de um
pavimento flexível e rígido ........................................................................................................ 4
Figura 2: Esquema das camadas de um pavimento ................................................................... 5
Figura 3:Pavimento rígido - Secção típica ................................................................................. 6
Figura 4: Pavimento flexível – Secção típica ............................................................................ 6
Figura 5: Exsudação ................................................................................................................... 7
Figura 6: Subida de finos ........................................................................................................... 8
Figura 7:Desgaste....................................................................................................................... 9
Figura 8:Escorregamento ......................................................................................................... 10
Figura 9:Tipos de Trincas ........................................................................................................ 10
Figura 10: Trinca isolada longitudinal .................................................................................... 11
Figura 11: Trincas interligadas jacaré ...................................................................................... 11
Figura 12:Esquema (a) e fotografia do afundamento local (b) e por consolidação em trilha de
roda (c) ..................................................................................................................................... 12
Figura 13:Ondulações .............................................................................................................. 13
Figura 14:Panela ou buraco ..................................................................................................... 14
Figura 15: Remendo mal executado ........................................................................................ 14
Figura 16:Vala de infiltração ................................................................................................... 18
Figura 17: Sarjeta ..................................................................................................................... 19
Figura 18: Blocos Vazados ...................................................................................................... 20
Figura 19: Blocos de betão ...................................................................................................... 20
Figura 20: Infiltração total ....................................................................................................... 21
Figura 21: Pavimento sem infiltração ...................................................................................... 21
Figura 22: Infiltração parcial ................................................................................................... 22
Figura 23: Mapa de localização geral ...................................................................................... 25
Figura 24:Mapa da Descrição do Local de Estudo desenhado pelo Google Earth .................. 26
Figura 25:Curvas de níveis ...................................................................................................... 35
Figura 26: Pontos críticos ........................................................................................................ 36
Figura 27: Mapa de Declividades ou elevação ........................................................................ 36
Figura 28: Esquema de representação do desnível .................................................................. 37
Figura 29: Delimitação da bacia do infulene ........................................................................... 44
Figura 30: Secção rectangular .................................................................................................. 48
Figura 31: Secção transversal do canal rectangular ................................................................ 49
Figura 32: Secção aberta trapezoidal ....................................................................................... 50
Figura 33: Secção trapezoidal .................................................................................................. 51
Figura 34: Secção triangular ................................................................................................... 52
Figura 35:Secção Triangular .................................................................................................... 53
Figura 36: Degradações da rodovia ......................................................................................... 55
xi
Índice de anexos
xii
1. Introdução
A presente pesquisa tem como objectivo abordar as degradações que se encontram na rodovia,
que tem gerados impactos negativos. Nesta pesquisa é feita uma abordagem das degradações
que se encontram nas diferentes literaturas associadas.
Na caracterização dos diferentes tipos de pavimento, de acordo com a sua estrutura: flexíveis,
rígidos e semi-rígidos, com vista à análise dos efeitos do tráfego, das condições atmosféricas,
e outros factores responsáveis pela degradação destas infra-estruturas, existe a necessidade de
reabilitação destas vias, proporcionando lhes, um aumento da vida útil.
2. Problema de pesquisa
Moçambique é um país vasto e pouco povoado, cuja principal actividade económica é a
agricultura. O transporte rodoviário é o principal modo de transporte e garante a movimentação
de cerca de 10% de cargas e 90% de passageiros e constitui o meio de acesso aos restantes
modos de transporte. Como consequência as estradas são infra-estruturas de transporte nas
quais se concentra na actualidade o principal esforço de investimentos do país. (ANE,
2018,Abril 30)
1
As principais causas dos grandes danos em estradas em Moçambique são as obstruções das
passagens hidráulicas por sedimentos, erosões por falta de perfis horizontais e valas
longitudinais, falta de capacidade na vazão de perfis horizontais e valas, infra escavação de
encontros de pontes, galgamento de estradas, taludes sem protecção, empoçamento, saturação
dos solos, nível elevado da água subterrânea, excesso de carga, projecto de construção
deficiente. (Drenagem de estradas, 2018)
Tendo muitas infra-estruturas rodoviárias degradadas e com a situação económica actual que
impossibilita novos projectos no âmbito rodoviário, a manutenção e a reabilitação das vias
existentes assume um papel determinante.
2.1. Hipótese
b. A norma do traçado JAE não foi seguida correctamente seguindo princípios básicos,
métodos e valores limite e de referência para o projecto de estradas.
2.2. Objectivos
2.2.1. Gerais
Analisar o pavimento da rodovia Avenida 4 de Outubro, Cidade da Matola no troço da
EDM-Piquete á paragem da Zona Verde.
2.2.2. Específicos
Identificar as principais degradações do pavimento desta rodovia;
Investigar as causas dos problemas apontados em campo;
Propor possíveis soluções ou estratégias a serem empregadas para minimização ou
eliminação das patologias;
2
2.3. Justificativa
O estado de conservação da rede de estradas em grande medida, reflexo das guerras que
afectaram o País, tem impacto extenso e profundo nas demais actividades socioeconómicas,
cujo desenvolvimento deve tomar em consideração a política de estradas, para que não sejam
afectadas por problemas de transporte rodoviário. (ANE, 2018,Abril 30)
Ao nível académico esta pesquisa irá despertar mais interesse sobre as degradações das
rodovias moçambicanas e consequentemente criação de métodos eficazes para a minimização.
Social e política, pode-se dizer que a abertura de novas estradas possibilita o alargamento das
fronteiras internas formando novos aglomerados humanos que, futuramente, transformar-se-ão
em cidades que constituirão as células do desenvolvimento nacional.
Este estudo trará um impacto positivo para a comunidade facilitando a circulação dos utentes,
assim como facilita a escoação das populações vizinhas. Sendo que com a estrada degradada
os utentes são obrigados a usar a via Avenida de Moçambique que lhes cria mais problemas
pois esta é uma via com muito tráfego.
3
Capitulo I: Revisão da Literatura
3. Definição do Pavimento
“É uma estrutura não perene, composta por camadas sobrepostas de diferentes materiais
compactados, adequada para atender estrutural e operacionalmente ao tráfego, de maneira
durável e ao custo mínimo possível, considerando diferentes horizontes para serviços de
manutenção preventiva, correctiva e de reabilitação obrigatórios”. (Balbo, 2007)
4
“Camada de material construída em cima da sub-base, ou na ausência desta, sobre o leito do
pavimento (camada de material seleccionado). A base pode estender-se para além da faixa de
rodagem”. (SATCC, 1998)
“Os pavimentos de betão cimento são aqueles em que o revestimento é uma placa de betão em
cimento Portland, com a espessura fixada em função da resistência a flexão das placas e das
resistências das camadas subjacentes”. (BERNUCCI, 2008)
5
“O pavimento rígido é, aquele que o revestimento tem uma elevada rigidez em relação as
camadas inferiores, absorvendo praticamente todo carregamento imposto a estrutura”. (DNIT,
2006)
6
3.5. Defeitos funcionais
A cada tipo de defeito são associadas algumas causas prováveis para seu aparecimento na
superfície.
Segundo (Bernucci, 2006) “O importante a ser ressaltado é que o diagnóstico da situação geral,
envolvendo a compressão das causas dos defeitos é a etapa mais importante do levantamento
da condição funcional para fins de projecto de restauração ou de gerência de manutenção”.
Figura 5: Exsudação
7
Figura 6: Subida de finos
Causas prováveis – subida á superfície por meio de fendas de material fino devido á
presença de água sob pressão causada pela acção do trafego e rapidamente aliviada após
solicitação provocando a ascensão dos finos.
3.5.1.1.3. Desgaste
“O desgaste ou ainda desagregação decorre do desprendimento de agregados da superfície ou
ainda da perda de mástique junto aos agregados e é caracterizado por esforços tangenciais o
que ocasiona arrancamento progressivo do ligante e do agregado do pavimento, o tornado mais
áspero”. (Bernucci L. B., 2008)
8
Figura 7:Desgaste
“Os veículos são os responsáveis por sua formação quando causam deslizamento ou a
deformação da massa asfáltica na área de frenagem”. (SILVA, 2008)
9
Figura 8:Escorregamento
10
Figura 10: Trinca isolada longitudinal
Causas prováveis – várias causas podem gerar o tricamento jacaré, entre elas: acção da
repetição de cargas do trafego; acção climática – gradientes térmicos; envelhecimento
do ligante e perda de flexibilidade seja pelo tempo de exposição seja pelo excesso de
temperatura na usinagem; compactação deficiente do revestimento; deficiência no teor
11
de ligante asfáltico; sub – dimensionamento; rigidez excessiva do revestimento em
estrutura com elevada deflexão; reflexão de trincas de mesma natureza; recalques
diferencias; entre outros. As trincas ´´ couro de jacaré´´ representam o estágio actual
avançado de fadiga.
3.5.1.1.6. Afundamento
Segundo (SILVA, 2008), “pode ser do tipo afundamento plástico ou de consolidação. O
primeiro ocorre por causa das deformações plásticas das camadas do pavimento e apresentam
também elevações que contornam o afundamento. Quando possuem até 6 metros de extensão,
são ditos de plástico local, mas se maiores, são ditos de plástico da trilha. O do tipo
consolidação existe pelo fato de a consolidação diferencial ocorrer em camadas do pavimento
e/ou do subleito. Quando tem até 6 metros de extensão, são chamados de consolidação local;
quando maiores que 6 metros, consolidação na trilha”.
Figura 12:Esquema (a) e fotografia do afundamento local (b) e por consolidação em trilha de
roda (c)
12
3.5.1.1.7. Corrugações ou ondulações
De acordo com (SILVA, 2008), “isso se deve à base instável resultante de má execução e à
baixa resistência da massa asfáltica, resultando excesso de asfalto ou finos. Esta patologia está
associada às tensões cisalhantes horizontais que se formam em áreas submetidas à aceleração
dos veículos”.
“As corrugações são deformações transversais ao eixo da pista, em geral compensatórias, com
depressões intercaladas de elevações, com comprimento de onda entre duas cristas de alguns
centímetros ou dezenas de centímetros”. (Bernucci L. B., 2008)
Figura 13:Ondulações
13
Figura 14:Panela ou buraco
3.5.1.1.9. Remendo
“É a panela preenchida com uma ou mais camadas de pavimento na operação denominada de
tapa – buraco”. (DNIT D. N., 2003)
14
A detioração de um pavimento por fadiga caracteriza se pelo rompimento da camada de betão
asfáltico quando esta é solicitada continuamente por cargas que provocam tensões menores do
que a resistência á tracção do revestimento. (Albano, 2005)
“Mistura em usina, de produtos de britagem de rocha sã que, nas proporções adequadas, resulta
no enquadramento em uma faixa granulométrica contínua que, correctamente compactada,
resulta em um produto final com propriedades adequadas de estabilidade e durabilidade”.
(DNIT, 2009)
“Camada de pavimento constituída por uma ou mais camadas de agregados graúdos com
diâmetro variável de 3 ½ pol a 1/2 pol (88,9 mm a 12,7 mm), compactadas, com as partículas
firmemente entrosadas umas às outras, e os vazios preenchidos por material de enchimento,
com ajuda lubrificante da água”. (DNIT, 2009)
15
3.6.3. Macadame Seco
“É similar ao macadame hidráulico, porém a diferença é que nesse caso não há presença de
água para realizar o preenchimento dos vazios na camada” (ODA, 2016)
“É a camada granular composta por agregados graúdos naturais ou britados, preenchidos a seco
por agregados miúdos, cuja estabilidade é obtida pela acção mecânica energética de
compactação”. (DER\PR, 2005)
“As partículas individuais constituintes das fracções areia, silte e argila se encontram ligadas
umas às outras, pela acção de agentes cimentantes e de forças de coesão e adesão que se
estabelecem nas interfaces entre as partículas e entre as partículas e substâncias presentes no
meio”. (Cooper, 2018, Abril, 29)
3.6.5. Rachão
“O rachão é um material mais bruto e utilizado em camadas onde há a necessidade de aumentar
a resistência, basicamente são pedregulhos de grandes dimensões que são aplicados no solo
sem que sejam compactados. Normalmente utilizado para reforço do subleito ou sub-base”
(ODA, 2016).
3.6.6. Asfalto
Asfalto é um material betuminoso, escuro, de estrutura sólida, sendo resíduo da destilação a
vácuo do petróleo bruto. (Ecivil, 2019)
3.6.7. Betume
Betume pode referir-se a uma mistura natural de vários líquidos orgânicos, também chamado
betume bruto, ou um resíduo, originando no processo de destilação de carvão ou de petróleo,
chamado betume refinado. É um produto de cor castanho-negro, extremamente viscoso, sendo
16
um material de tipo alcatrão que era o produto do óleo utilizado devido às suas propriedades
adesivas e coesivas. Seu uso contemporâneo está na pavimentação de estradas. (Civil, 2019)
Existem no subleito;
Penetrem por infiltração no pavimento;
Precipitem-se sobre o corpo da estrada;
Cheguem ao corpo da estrada provenientes de áreas adjacentes;
Cheguem através dos talvegues aos aterros.
17
4.3. Dispositivos de drenagem
4.3.1. Valas de infiltração
“As valas de infiltração são técnicas compensatórias mais antigas, sendo inicialmente utlizadas
ao longo de ruas, rodovias e estradas rurais, com a finalidade de transportar a vazão afluente
ao mesmo tempo em que facilitam a sua infiltração”. (Pinto L. , 2011)
Vantagens
Desvantagens
Não deve ser implantada em terrenos íngremes ou onde o lençol freático estiver a menos
de 1,20m abaixo do fundo da vala;
Necessidade de manutenção periódica, do contrario, seu funcionamento será
prejudicado;
Facilitam o acumulo de lixo.
4.3.2. Sarjetas
“Dispositivos de drenagem longitudinal construídos lateralmente ás pistas de rolamento e ás
plataformas dos escalamentos destinados a interceptar os deflúvios, que escoando pelo talude
ou terrenos marginais podem comprometer a estabilidade dos taludes, a integridade dos
18
pavimentos e a segurança do trafego e geralmente tem, por razões de segurança, a forma
triangular ou rectangular”. (DNIT, 2004)
19
Figura 18: Blocos Vazados
“Os blocos interligados de betão também possuem permeabilidade, cuja magnitude depende
da permeabilidade do concreto do bloco em si e da granulometria do material de assentamento
e das juntas (granulometrias mais abertas favorecendo a infiltração). Contudo, a
permeabilidade desse tipo de pavimento, que já é menor que a dos demais tipos de pavimento
permeável, diminui com o tempo (ou seja, com a passagem de tráfego) e chega a metade do
valor original após apenas cinco anos de vida em média”. (Madrid, 2010)
20
Figura 20: Infiltração total
21
4.4.1.2.3. Pavimento com infiltração parcial
“Situação intermediária das condições de solo ou do lençol freático, permitindo infiltração
parcial (apesar da necessidade de sistema de colecta por dreno)”. (Filho & Martins, 2014)
22
Capitulo II: Metodologia do Trabalho
Para o presente trabalho recorreu-se á vários métodos e técnicas.
5. Classificação de pesquisa
5.1. Quanto a natureza
Aplicada
“Caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, que os resultados sejam aplicados ou utilizados,
imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na realidade”. (Lakato & all, 2008)
Espera –se que os resultados da análise da rodovia Avenida 4 de Outubro sejam aplicados no
melhoramento da estrada.
Nesta etapa foram usados vários tipos de livros, normas e trabalhos de licenciatura.
23
Pesquisa experimental
“De modo geral, o experimento representa o melhor exemplo de pesquisa científica.
Essencialmente, a pesquisa experimental consiste em determinar um objecto de estudo,
seleccionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de
observação dos efeitos que a variável produz no objecto”. (GIL A. C., 1991)
Nesta fase para melhor estudo do objecto, recorreu-se a análise dos dados de precipitação
fornecidos pelo INAM, dados do lençol freático fornecidos pela DNA, análise do solo da área
da rodovia e dados de cota nível fornecidos pelo programa Global Mapper 20.
b) Espacial
“Um primeiro critério é o espacial. Por ser a pesquisa social eminentemente empírica, é preciso
delimitar o local onde o fenómeno em estudo ocorre. Um estudo que trate da violência urbana,
por exemplo, pode comportar diversos recortes espaciais (um município, uma área
metropolitana, uma região, etc.). Certo é que o parâmetro espacial escolhido implicará no
resultado dos dados obtidos e nas conclusões do estudo”. (GIL A. , 2009 )
24
Figura 23: Mapa de localização geral
Fonte: ArcGIS 10.3.1
25
Figura 24:Mapa da Descrição do Local de Estudo desenhado pelo Google Earth
Fonte: Google Earth 2019
26
Objectivo
Instrumentos e utensílios
Procedimentos
Das 500g, separam-se 100g que são posteriormente usadas para se fazer a peneiração.
Passa-se a amostra pela série de peneiros e coloca-se no agitador mecânico (vibrador) durante
3 minutos.
27
Objectivo
O ensaio de Limite de Liquidez tem como objectivo verificar a humidade abaixo da qual o solo
se comporta como material plástico, e a humidade de transição entre os estados liquido e
plástico do solo ou até que ponto o solo pode conter a água.
Aparelhos e utensílios
Concha de Casa-grande;
Riscador;
Estufa de secagem capaz de manter 110º - 115ºC
Almofariz com mão de borracha ou de outro material macio;
Peneiro de malha de quadrada de 420µ (peneiro nº 40 da ASTM);
Cápsula de porcelana ou recipiente de vidro com cerca de 10cm de diâmetro;
Espátula para preparar a pasta do solo com água destilada;
Repartidores.
Procedimentos
Tara-se a balança e pesam-se 500g iniciais da amostra, que se pisam no almofariz com mão de
borracha com objectivo de desfazer os torrões;
Passamos a seguir o riscador ao meio da massa que esta sobre a concha, fizemos 10 pancadas
inicialmente e retiramos com a ponta da espátula uma amostra considerável da zona do sulco
em que se deu a união.
28
Depois disto, passamos as amostras na balança para retirar o seu peso e levamos as amostras a
estufa onde permanecem lá 24h. Por fim, retiramo-las e voltamos a pesar.
29
Capitulo III: Apresentação dos Resultados
Após se pesar o material retido em cada peneiro, preenche-se a tabela abaixo, fazendo o uso de
fórmulas para calcular as massas acumuladas, as massas passantes, a percentagem passante, e
a percentagem que passa.
30
6.1. Curva granulométrica
O Sistema Unificado de classificação de solos foi criado pelo Engenheiro Arthur Casagrande
para aplicação em obras de aeroportos, contudo seu emprego foi generalizado sendo muito
utilizado actualmente pelos engenheiros geotécnicos, principalmente em barragens de terra.
No sistema unificado os tipos de solos são representados pelo conjunto de duas letras conforme
a tabela 2. A primeira letra indica o tipo principal e a segunda a descrição complementar.
31
Tabela 2:Descrição dos códigos usados no sistema SUCS
Código Descrição
G Cascalho ou Seixo
S Areia
M Silte
C Argila
O Solo Orgânico
W Bem Graduado
P Mal Graduado
H Alta compressibilidade
L Baixa Compressibilidade
Pt Turfas
Fonte: (Player, 2019)
Formulas necessárias
𝑫𝟔𝟎
𝑪𝒖 =
𝑫𝟏𝟎
(𝑫𝟑𝟎)𝟐
𝑪𝒄 =
𝑫𝟏𝟎 . 𝑫𝟔𝟎
Onde:
D10- Diâmetro efectivo: É o ponto característico da curva granulométrica para medir a finura
do solo, que corresponde ao ponto de 10%, tal que 10% das partículas do solo possuem
diâmetro inferiores a ele.
32
Dados
#P200= 0.72% - mais de 50% de material retido logo – Solo Granular
D60 = 0.25
D10 = 0.150
D30 = 0.170
𝑫𝟔𝟎 𝟎. 𝟐𝟓
𝑪𝒖 = = = 𝟏. 𝟔𝟕
𝑫𝟏𝟎 𝟎. 𝟏𝟓𝟎
Como:
33
Classificação Rodoviário HRB
Dados
34
8. Dados Recolhidos
8.1. Curvas de níveis
Uma curva de nível refere-se a curvas altimétricas ou linhas isoípsas (ligam pontos de mesma
altitude), essa é a mais eficiente maneira de representar as irregularidades da superfície terrestre
(relevo).
35
8.2. Cálculo dos desníveis
36
Fórmulas necessárias
Desnível
𝐝𝐡
𝐃=
𝐝𝐇
Onde:
𝐝𝐡 − Diferença de altura BC
𝐝𝐇 − Diferença horizontal BC
Escala
𝐝
𝐄=
𝐃
onde:
𝐄 − Escala do mapa
𝐝 − Distância do mapa na folha em cm
𝐃 − Distância real do desenho em m
1º ponto:
Dados:
Ponto A = 50 m
Ponto B = 40 m
dH = 1,5 cm
37
Escala: 1/10 000
Fórmula/ resolução
𝐝
𝐄=
𝐃
𝟏 𝐝
=
𝟏𝟎 𝟎𝟎𝟎 𝐃
𝟏 𝟏, 𝟓
=
𝟏𝟎 𝟎𝟎𝟎 𝐃
𝐃 = 𝟏𝟓𝟎𝟎𝟎 𝐜𝐦 = 𝟏𝟓𝟎𝐦
𝐝𝐡 = 𝐏𝐨𝐧𝐭𝐨 𝐁 − 𝐏𝐨𝐧𝐭𝐨 𝐀
𝐝𝐡 = 𝟓𝟎𝐦 − 𝟒𝟎 𝐦
𝐝𝐡 = 𝟏𝟎 𝐦
3º Passo: Calcular o declive
𝐝𝐡
𝐃=
𝐝𝐇
𝟏𝟎𝐦
𝐃=
𝟏𝟓𝟎 𝐦
𝐃 = 𝟎, 𝟎𝟔𝟕 𝐦
2º ponto:
Dados:
Ponto A = 30 m
Ponto B = 40 m
dH = 2,2 cm
38
Fórmula/ resolução
𝐝
𝐄=
𝐃
𝟏 𝐝
=
𝟏𝟎 𝟎𝟎𝟎 𝐃
𝟏 𝟐, 𝟐
=
𝟏𝟎 𝟎𝟎𝟎 𝐃
𝐃 = 𝟐𝟐𝟎𝟎𝟎 𝐜𝐦 = 𝟐𝟐𝟎𝐦
𝐝𝐡 = 𝐏𝐨𝐧𝐭𝐨 𝐁 − 𝐏𝐨𝐧𝐭𝐨 𝐀
𝐝𝐡 = 𝟒𝟎𝐦 − 𝟑𝟎 𝐦
𝐝𝐡 = 𝟏𝟎 𝐦
𝐝𝐡
𝐃=
𝐝𝐇
𝟏𝟎𝐦
𝐃=
𝟐𝟐𝟎 𝐦
𝐃 = 𝟎, 𝟎𝟒𝟓 𝐦
O desnível nos pontos A e B é de 0,045 m
39
Tabela 5:Dados de furos do Infulene
Código Localidade Longitude Latitude Profundidade Profundidade Nível Caudal Caudal Nivel Nivel Caudal
nacional de revestida (m.) Estático recomend (m3/h) dinámico est咜ico Específico
do furo sondagem (m.-sup) ado (m.-sup.) (m.-sup.) (m3/h/m)
(m.) (m3/h)
11907243 D.U. 32:32:48 25:52:54 51.45 51.45 14.25 0 36 26.34 14.25 2.82
11907250 D.U. 32:32:42 25:52:54 50.83 49.7 23.75 0 24 32.27 23.75 2.67
11908204 D.U. 32:32:48 25:52:54 42.77 42.59 22.25 0 24 31.25 22.25 0.69
Para determinação da profundidade do lençol freático vamos fazer a média do nível estático
M=(25+14.25+23.75+22.225+5.2+13.45+15.5+23+6+11+3.85+13.34+5+12.5+11+7.21)/16
M=11.50 m
40
8.5. Dados de precipitação
É a quantidade de chuva que cai numa região. É medida pela altura em milímetros, da água
acumulada em um copo especialmente graduado para esse fim. Os dados podem ser
apresentados, por dia, por mês ou por ano, para efeito de dimensionamento de dispositivos de
drenagem e outros.
Fórmulas necessárias
Tempo de concentração
Tempo de concentração (Tc) é o tempo necessário par que toda a área da bacia contribua para
o escoamento superficial na secção de saída.
Em pequenas bacias, o que é o caso, o tempo de concentração é o tempo após o qual todos os
pontos dela estão a contribuir para o escoamento e após o qual este escoamento permanece
constante enquanto a chuva for constante.
41
Equação de picking
𝟏
𝟐 𝟑
𝐋
𝐭𝐜 = 𝟓𝟏, 𝟕𝟗 ( )
𝐒𝐨
Onde:
𝐭𝐜 − Minutos
𝐋 − Comprimento em Km
𝐃 − Declive
Tempo de retorno
Tempo de retorno é escolhida com base em vários aspectos, levando-se em conta a segurança
da obra e seus custos, inclusive de manutenção. Quando se conhece a vida útil da obra a ser
projetada e o risco máximo permissível, o tempo de retorno pode ser assim calculado
𝟏
𝐓𝐑 = 𝟏
𝟏 − (𝟏 − 𝐊)𝐧
Onde:
𝐧 − Vida útil ou número de anos
𝐊 − Risco assumido para a obra a ser projectada
Intensidade da chuva
Intensidade da chuva ou pluviométrica é quantidade de chuva que cai por unidade de tempo.
Essa quantidade é o volume de chuva que é dado em mm no sistema internacional de unidades.
42
Cálculo da vazão
Vazão ou caudal é o volume ou massa de um determinado fluido que passa por uma
determinada seção de um conduto livre ou fechado, por unidade de tempo. Ou seja, vazão é a
rapidez com a qual um volume ou massa escoa.
𝐐= 𝐂×𝐈×𝐀
Onde:
𝐂 − Coeficiente de escoamento
𝐈 − Intesidade da chuva (mm⁄h)
Esta pequena bacia hidrográfica de uns 20 Km de comprimento e com uma largura média de
500 m, desemboca na baia da cidade de Maputo. A principal origem da sua água é a das
infiltrações das encostas arenosas, sendo bastante explorada pelo sector familiar, privado e
cooperativo (Zonas Verdes da Cidade de Maputo), para irrigação de hortofrutícolas.
principalmente pelo método de valas de regulação do lençol freático. Verifica-se um
considerável aumento de salinidade e poluição pelas águas de esgoto de jusante para montante.
(Kauffman J.H, 1980)
43
Figura 29: Delimitação da bacia do infulene
Fonte: Google Earth 2019
Dados:
𝐋 = 20 km (ARA-Sul)
Á𝐫𝐞𝐚 𝐝𝐚 𝐛𝐚𝐜𝐢𝐚 = 185 km2 (ARA-Sul)
𝐃 = 0,067 m
Á𝐫𝐞𝐚 𝐚 𝐬𝐞𝐫 𝐝𝐫𝐞𝐧𝐚𝐝𝐚 = 0,119 = 0,20 km2
Resolução
1º Passo: Calcular o tempo de concentração
Dados
𝐋 = 20 km
𝐃 = 0,067 m
𝐭𝐜 = ?
44
Fórmula/ resolução
𝟏
𝟐 𝟑
𝐋
𝐭𝐜 = 𝟓𝟏, 𝟕𝟗 ( )
𝐒𝐨
𝟏
𝟐 𝟑
𝟐𝟎
𝐭𝐜 = 𝟓𝟏, 𝟕𝟗 ( )
𝟎, 𝟎𝟔𝟕
𝐭𝐜 = 𝟓𝟏, 𝟕𝟗 × 𝟏𝟖. 𝟏𝟒𝟏𝟎
𝐭𝐜 = 𝟗𝟑𝟗, 𝟓𝟐𝐦𝐢𝐧𝐮𝐭𝐨𝐬
Fórmula/ resolução
𝟏
𝐓𝐑 = 𝟏
𝟏 − (𝟏 − 𝐊)𝐧
𝟏
𝐓𝐑 = 𝟏
𝟏 − (𝟏 − 𝟎, 𝟓)𝟏𝟎
𝐓𝐑 = 𝟏𝟒, 𝟗𝟑 𝐚𝐧𝐨𝐬
3º Passo: Calcular a intensidade da chuva
Dados
tc = 939,52 minutos
TR = 14,93 anos
I=?
Fórmula/resolução
𝟖𝟒𝟐, 𝟕𝟎𝟐 × 𝐓𝐑𝟎,𝟏𝟕𝟗
𝐈=
(𝟏𝟎, 𝟑𝟗 + 𝐭𝐜)𝟎,𝟕𝟑𝟔
𝟖𝟒𝟐, 𝟕𝟎𝟐 × 𝟏𝟒, 𝟗𝟑𝟎,𝟏𝟕𝟗
𝐈=
(𝟏𝟎, 𝟑𝟗 + 𝟗𝟑𝟗, 𝟓𝟐)𝟎,𝟕𝟑𝟔
𝐈 = 𝟖, 𝟕𝟗 𝐦𝐦/𝐡
45
4º Passo: Calcular a vazão ou caudal
Dados
𝐋 = 20 km
𝐃 = 0,067 m
Área da drenagem = 0.20 km2
𝟏𝐡𝐚 ↔ 𝟎, 𝟎𝟏 𝐤𝐦𝟐
𝐱 ↔ 𝟎, 𝟐𝟎𝐤𝐦𝟐
𝟎, 𝟐𝟎 𝐤𝐦𝟐 × 𝟏𝐡𝐚
𝐗=
𝟎, 𝟎𝟏𝐤𝐦𝟐
𝐗 = 20 ha
Area da bacia = 185 km2
𝐂=?
Para se ter o valor de C (coeficiente de escoamento superficial) vai se recorrer a tabela 12 em
anexo, que vai ser de 0,81.
𝐐=?
Fórmula/resolução
𝐂×𝐈×𝐀
𝐐=
𝟑𝟔𝟎
𝟎, 𝟖𝟏 × 𝟖, 𝟕𝟗 × 𝟐𝟎
𝐐=
𝟑𝟔𝟎
𝐦𝟑
𝐐 = 𝟎, 𝟑𝟗𝟓𝟓
𝐬
Fórmulas necessárias
Equação de Manning Strickler
𝟐 𝟏
𝐐 = 𝐀 × 𝐊 × 𝐑 𝟑 × 𝐊 × 𝐃𝟐
Onde:
3
𝐐 = Vazão (m ⁄S)
46
1⁄
𝐊 = Coeficiente de rugosidade de Strickler (m 3⁄
s) ;
1
𝐊= = Coeficiente de rugosidade de Manning;
n
𝐕 = Velocidade de escoamento (m⁄s);
𝐑 = Raio Hidráulico(m)
𝐃 = Declividade do fundo (m⁄m).
Elementos geométricos
Dados:
m3
𝐐 = 0,3995
S
𝐀 =?
𝐑 =?
𝐃 = 0,067
1
m3
𝐊 𝐬 = 67 (Tabela 87 – A. Lencastre)
s
1º Caso: Rectangular
Dados:
m3
𝐐 = 0,3995
S
𝐀 =?
𝐑 =?
𝐃 = 0,067
47
1
m3
𝐊 𝐬 = 67 (Tabela 87 – A. Lencastre)
s
Fórmulas necessárias
𝐀
Á𝐫𝐞𝐚 = 𝐥 × 𝐛 ; 𝐏𝐞𝐫í𝐦𝐞𝐭𝐫𝐨 𝐦𝐨𝐥𝐡𝐚𝐝𝐨 = 𝐥 + 𝟐 × 𝐡 ; 𝐑𝐚𝐢𝐨 𝐡𝐢𝐝𝐫á𝐮𝐥𝐢𝐜𝐨 = 𝐏 ;
𝐋𝐚𝐫𝐠𝐮𝐫𝐚 𝐬𝐮𝐩𝐞𝐫𝐟𝐢𝐜𝐢𝐚𝐥 = 𝐥
48
Folga do canal
Folga: é a distância na vertical entre a superfície da água e o topo do canal nas condições do
projecto.
Objectivo: Evitar que o canal seja galgado (o que poderia provocar erosões) devido a ondas e
flutuações provocados por: Vento, ressalto hidráulico, assoreamento, aumento de altura em
curvas, aumento de rugosidade
2º Caso: Trapezoidal
Dados:
m3
𝐐 = 0,3995
S
𝐀 =?
𝐑 =?
𝐃 = 0,067
1
m3
𝐊 𝐬 = 67 (Tabela 87 – A. Lencastre)
s
49
Fórmulas necessárias
Resolução
𝟐 𝟏
𝐐 = 𝐀 × 𝐊 × 𝐑𝟑 × 𝐉 𝟐
𝟐 𝟏
𝟎, 𝟑𝟗𝟓𝟓 = 𝐀 × 𝟔𝟕 × 𝐑𝟑 × 𝟎, 𝟎𝟔𝟕𝟐
𝟎, 𝟑𝟗𝟓𝟓 𝟐
𝟏 = 𝐀 × 𝐑𝟑
𝟎, 𝟎𝟔𝟕𝟐 × 𝟔𝟕
𝟐
𝑨 × 𝑹𝟑 = 𝟎, 𝟐𝟐𝟖
Usando o método de tentativa:
50
Figura 33: Secção trapezoidal
Fonte: (Autor 2018)
Folga do canal
Q = 0,4 < 1; folga = 0,5 m; Altura do revestimento acima da superfície da água: 0.15 m
3º Caso: Triangular
Dados:
m3
𝐐 = 0,3995
S
𝐀 =?
𝐑 =?
𝐃 = 0,067
1
m3
𝐊 𝐬 = 67 (Tabela 87 – M. Lencastre)
s
Fórmulas necessárias
𝐀
Á𝐫𝐞𝐚 = 𝐦 × 𝐡𝟐 ; 𝐏𝐞𝐫í𝐦𝐞𝐭𝐫𝐨 𝐦𝐨𝐥𝐡𝐚𝐝𝐨 = 𝟐𝐡 × √𝟏 + 𝐦𝟐 ; 𝐑𝐚𝐢𝐨 𝐡𝐢𝐝𝐫á𝐮𝐥𝐢𝐜𝐨 = 𝐏 ;
51
Figura 34: Secção triangular
Fonte: Autor 2018
Resolução
𝟐 𝟏
𝐐 = 𝐀 × 𝐊 × 𝐑𝟑 × 𝐉 𝟐
𝟐 𝟏
𝟎, 𝟑𝟗𝟓𝟓 = 𝐀 × 𝟔𝟕 × 𝐑𝟑 × 𝟎, 𝟎𝟔𝟕𝟐
𝟎, 𝟑𝟗𝟓𝟓 𝟐
𝟏 = 𝐀 × 𝐑𝟑
𝟎, 𝟎𝟔𝟕𝟐 × 𝟔𝟕
𝟐
𝐀 × 𝐑𝟑 = 𝟎, 𝟐𝟐𝟖
H A P R 𝟐
𝑨 × 𝑹𝟑
1 2,25 3,60 0,625 1,649
0,5 1,125 2,80 0,40 0,61
0,2 0,45 0,72 0,625 0,32
0,1 0,225 0,36 0,61 0,072
Fonte: (Autor 2018)
52
Figura 35:Secção Triangular
Fonte: (Autor 2018)
Folga do Canal
Q = 0,4 < 1; folga = 0,5 m; Altura do revestimento acima da superfície da água: 0.15 m
a) Secção quadrática
Área = 0,12 m
m3
Q = 0,4
s
V=?
𝐅ó𝐫𝐦𝐮𝐥𝐚/𝐫𝐞𝐬𝐨𝐥𝐮çã𝐨
Q= VXA
m
V = 3,3 s
53
b) Trapézio
Area = 0,1 m
m3
Q = 0,4
s
V=?
𝐅ó𝐫𝐦𝐮𝐥𝐚/𝐫𝐞𝐬𝐨𝐥𝐮çã𝐨
Q= VXA
m
V=4 s
c) Triangular
Área = 0,225 m
m3
Q = 0,4
s
V=?
𝐅ó𝐫𝐦𝐮𝐥𝐚/𝐫𝐞𝐬𝐨𝐥𝐮çã𝐨
Q= VXA
m
V = 1,7 s
Dentre quais foi possível constatar as seguintes degradações, burracos, desgaste, exsudação de
asfalto, subida de finos e remendos.
Causas do aparecimento
Burracos -falta de aderência entre camadas sobrepostas, vida útil do revestimento e como
consequência causando separação das camadas. (DNIT D. N., 2003)
54
Desgaste - presença de água aprisionada e sobre pressão em vazios da camada de revestimento
gerando deslocamento de ligante, problemas de dosagem, deficiência no teor de ligante,
problemas executivos ou de projecto de misturas. (Bernucci 2008)
Remendos - preenchimento de depressões ou panelas com massa asfáltica; apesar de ser uma
actividade de conservação é considerado um defeito por apontar um local de fragilidade do
revestimento e por provocar danos ao conforto ao rolamento. ( Bernucci 2006)
Subida de finos - subida á superfície por meio de fendas de material fino devido á presença de
água sob pressão causada pela acção do trafego e rapidamente aliviada após solicitação
provocando a ascensão dos finos. ( Pinto 2003)
Secção adoptada
Secção triangular é a melhor porque tem um perímetro molhado reduzido que resulta em maior
velocidade de escoamento por causa da redução do atrito entre as paredes canal e o líquido, no
que resulta na autolimpeza da vala e aumenta a durabilidade da vala.
Revestimento
A vala será revestida por betão porque tem uma elevada resistência a compressão, boa
resistência ao desgaste mecânico como choques e vibrações, o custo de manutenção é baixo,
rapidez na construção e não exige mão de obra qualificada.
55
Capitulo IV: Discussão dos resultados
O solo arenoso possui cerca de 70% de areia em relação ao total de partículas sólidas. Ele
possui uma textura leve e granulosa, sendo composto, em grande parte, por areia (70%) e, em
menor parte, por argila (15%). Apresenta poros grandes entre os grãos de areia pelos quais a
água e o ar circulam com relativa facilidade. Por isso, nos solos arenosos em geral o escoamento
de água através dos poros costuma ser rápido e seca rápido após as chuvas. Nesse escoamento,
a água pode levar consideravelmente sais minerais, contribuindo para tornar o solo pobre
desses nutrientes. (Greenwood, 1998).
O solo do troço analisado é arenoso e facilita no processo de escoamento das águas pluviais.
Solo analisado não apresenta argilas e facilita a permeabilidade das águas pluviais.
Em toda obra de engenharia civil é de vital importância conhecer a posição do lençol freático,
bem como suas variações em decorrência de precipitações e outros agentes climáticos.
(Vitorino & Gehling, 2003)
O lençol freático do troço em análise não constitui nenhum perigo a obra implantada por ela
ter uma profundidade de 11,50 m.
56
De acordo com a norma JAE de Portugal, as valetas destinam se a colectar as águas superficiais
para fora da estrada devendo por isso ser convenientemente dimensionadas para os caudais a
escoar.
A estrada não apresenta nenhum sistema de drenagem, não cumprindo com a norma,
consequentemente surgem varias degradações na estrada.
57
Capitulo V: Conclusão
Sendo objectivo desta pesquisa analisar o pavimento da rodovia Avenida 4 de Outubro, Cidade
da Matola no troço da EDM-Piquete á paragem da Zona Verde, pode se tirar as seguintes
conclusões.
58
Capitulo VI: Recomendações
Sendo objectivo desta pesquisa analisar o pavimento da rodovia Avenida 4 de Outubro, Cidade
da Matola no troço da EDM-Piquete á paragem da Zona Verde:
59
Capitulo VII: Referências Bibliográficas
Livros
60
24. Lencastre, A. (1996). Hidráulica Geral . Lisboa.
25. Madrid, G. (2010). Pavimento intertravado: mais ou menos perméavel. Revista Pisma.
26. Maia, I. M. (2012). Caraterização de patologias em pavimentos rodoviários. Faculdade
de Engenharia da Universidade do Porto.
27. Medina, J. (1997). Mecânica dos pavimentos.
28. ODA, S. (2016). Notas de aula de Pavimentação. Rio de Janeiro.
29. Pinto, L. (2011). O desempenho de pavimentos permeáveis como medida mitigadora
da impermeabilização do solo urbano. São Paulo.
30. Pinto. (2003). Caracterização superficial de pavimentos rodoviários. Dissertação
(Mestrado em Vias de Comunicação). Porto.
31. Ratton, E., & Blasi, G. F. (2007). Dispositivos de drenagem para obras rodoviárias.
UFPR- Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia; Departamento de
Transportes.
32. Silva, E. L. (2005). Metodologia da pesquisa e Elaboração de Dissertação.
Florianópolis.
33. SILVA, P. F. (2008). Manual de patologia e manutenção de pavimentos. São Paulo:
Pni.
34. Tomaz, E. P. Fórmula de Manning e canais. Curso de Manejo de águas pluviais.
35. UEM ,( 2007). Manual Teórico Hidráulica 2. Maputo
36. Vaz, Á. c. (2018). Drenagem de estradas em moçambique problemas e perspectivas.
Congresso Rodoviário Portugués, (p. 10).
37. Vitorino, D., & Gehling, W. (2003). Congresso regional de iniciação científica e
tecnológica. Porto Alegre: UFGRS.
Normas:
61
Website:
62
Anexos
63
Anexo 3: Problemas causados pela degradação da via. Por exemplo congestionamento
Fonte: (Autor 2018)
Betão
Liso 75
Rugoso 59
Terra
Muito regular 60
Irregular 45
Alvenaria
Cascalho cimentado 40
Cascalho 31
Asfalto
Liso 77
Rugoso 63
Fonte: (Lencastre, 1996)
64
Tabela 11:Elementos Geométricos Diversos
65
Tabela 12:Valores de C para várias superfícies, declividade e tempo de retorno
Superfície Tempos de Retorno (anos)
2 5 10 25 50 100 500
Asfalto 0,73 0,77 0,81 0,86 0,90 0,95 1,00
Betão/telhado 0,75 0,80 0,83 0,88 0,92 0,97 1,00
Vegetação (Cobrimento de
50% da área)
66
Pastos
Saibro 0,40
Seixos 0,80
67
Canais em rocha compacta 4,00
68