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ECHOENERGIA PARTICIPAÇÕES S.A.

5° RELATÓRIO CONSOLIDADO
REPLANTIO, MANUTENÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROCESSO
DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL EM ÁREAS DE PRAD.

“PRAD – PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS”

PRAD DO COMPLEXO EÓLICO VENTOS DE SÃO CLEMENTE.

(MANUTENÇÃO DAS ÁREAS DE PLANTIO DO PRAD)

RELATÓRIO TÉCNICO/FOTOGRÁFICO ELABORADO PELA EMPRESA RESPONSÁVEL:

CONSULTORIA E SERVIÇOS AMBIENTAIS

CAETÉS, PERNAMBUCO.
AGOSTO - 2019
Responsável pela manutenção do PRAD e emissão do relatório técnico. (março a julho/2019)

Caetés, 15 de Agosto de 2019.

Ilma. Senhora.
MARÍLIA AMARAL.
Engenheira Ambiental.
ECHOENERGIA.
São Paulo - SP.

A Biosfera Consultoria e Serviços Ambientais ME, vem por meio


deste Relatório Técnico consolidado, apresentar seus registros
fotográficos e os resultados de monitoramento e avaliação florestal,
realizados durante os últimos 5 (cinco) meses do 2° ciclo de atividades de
manutenção do plano de recuperação das áreas alteradas, executado entre
os meses de março a julho de 2019.

Na certeza da atenção dispensada, antecipamos nossos


agradecimentos e colocamo-nos a disposição para eventuais
esclarecimentos.

Atenciosamente,

Analista Ambiental/Eng° Florestal


CREA n° 40.080/D-BA
RESPONSÁVEL TÉCNICO E COORDENADOR.

Biosfera Consultoria e Serviços Ambientais ME.

Relatório consolidado de manutenção e monitoramento dos plantios do PRAD de São Clemente. 2


Responsável pela manutenção do PRAD e emissão do relatório técnico. (março a julho/2019)

APRESENTAÇÃO

O referente trabalho tem por objetivo o fornecimento das informações


referente às etapas de replantio e manutenção do Plano de Recuperação de
Áreas Degradadas (PRAD) realizadas nas áreas reflorestadas do Complexo
Eólico Ventos de São Clemente, em atendimento à condicionante da
Licença de Operação do empreendimento instalado na zona rural dos
municípios de Caetés, Capoeiras e Venturosa, Estado de Pernambuco.

Dessa forma será apresentada neste relatório, uma descrição consolidada


dos últimos cinco meses das medidas adotadas na recuperação destas
áreas.

Salienta-se que a Biosfera Consultoria é exclusivamente responsável pela


manutenção dos plantios florestais de revegetação das áreas alteradas e,
elaboração dos relatórios mensais de andamento dos plantios, e que, todas
as ações, cronogramas, metodologias, responsabilidades e recomendações
técnicas pelos plantios são da Biosfera, sendo apresentadas mensalmente a
Echoenergia por meio dos documentos técnico-fotográficos.

Todas as informações para construção desse relatório consolidado foram


compiladas dos documentos técnico-fotográficos mensais apresentados a
Echoenergia, sendo de total responsabilidade da Biosfera Consultoria e
Serviços Ambientais.

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Responsável pela manutenção do PRAD e emissão do relatório técnico. (março a julho/2019)

SUMÁRIO
1. Reflorestamentos em áreas de PRAD. 05.

2. Dados básicos do PRAD. 08.

2.1. Propriedade. 08.

2.1.1. Localização das áreas. 08.

2.2. Responsável técnico. 13.

2.3. Áreas repovoadas. 13.

2.4. Metodologia utilizada na manutenção. 15.

3. Localização das principais áreas do PRAD. 16.

4. Atividades desenvolvidas. 18.

4.1. Combate às formigas cortadeiras. 18.

4.2. Replantio de adensamento das áreas de PRAD. 24.

4.3. Limpeza e manutenção das bacias de contenção 28.

4.4. Poda de formação e condução das copas. 31.

4.5. Roçada da vegetação invasora. 36.

4.6. Adubação de reforço (fertilizante líquido). 39.

4.7. Controle de pragas (aplicação herbicida). 46.

4.8. Aplicação de fertilizante granulado (NPK). 52.

5. Avaliação preliminar do plantio do PRAD. 57.

6. Regeneração Natural. 60.

7. Quantitativo realizado. 62.

8. Considerações finais. 63.

9. ART de execução da manutenção do PRAD. 65.

10. CTF IBAMA da BIOSFERA. 67.

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1. REFLORESTAMENTO EM ÁREAS DE ‘PRAD’.


O grande crescimento econômico e industrial do século XX promoveu
uma intensa ocupação de áreas, causando grandes perturbações ao meio
ambiente e intensa fragmentação de biomas.

A produção de energia eólica tem se mostrado ao longo dos anos


como uma das formas mais viáveis do ponto de vista econômico e
sustentável. Entretanto, existem consideráveis questões socioambientais
para serem avaliadas perante a implantação de unidades de produção de
energia eólica.

Todos os ecossistemas sofrem alterações por diferentes agentes de


degradação, sobretudo pela pressão antrópica, sendo muitas vezes
necessária a intervenção humana para a sua recuperação. Até o momento,
estão sendo desenvolvidas algumas técnicas de restauração para os Biomas
brasileiros, contudo pouco se sabe sobre este processo para a Caatinga.
A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa
que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrada em
nenhum outro lugar do planeta.
A região do Bioma da Caatinga apresenta uma diversidade muito
particular do clima semiárido e devido as suas características, apresenta
uma capacidade de regeneração natural mais lenta, necessitando uma
atenção maior quanto às intervenções a serem realizadas para instalação
de empreendimentos e para a execução de seus respectivos planos de
conservação e recuperação ambiental.

Assim sendo, a execução do PRAD de São Clemente objetivou


atender não somente aos dispositivos legais vigentes, mas, e
principalmente, devolver ao ambiente alterado, condições próximas as que
anteriormente possuíam antes da instalação do Complexo Eólico. Pois, a
legislação ambiental em vigor atualmente no Brasil é ampla, mesmo
quando consideramos aquela aplicada no âmbito estadual.

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A mensuração dos impactos em um empreendimento é de suma


importância para a avaliação destes e proposição de medidas mitigadoras e
compensatórias para cada um, através de um projeto técnico, onde se
pode diminuir a ação destes no meio ambiente. Cabe salientar, que quando
se fala em impacto ambiental pela instalação de um empreendimento, pode
se ter este do tipo negativo, assim como, positivo.

O estudo de impacto ambiental para o licenciamento deste


empreendimento foi indispensável contribuição que subsidiou na elaboração
e adaptação de um PRAD – plano de recuperação das áreas degradadas
para aqueles locais que sofreram alguma alteração de paisagem.
O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas do
empreendimento consistiu em conformar o solo revolvido durante a
implantação do Complexo, preparar as áreas e repovoá-las com vegetação
nativa da região. No PRAD de São Clemente atualmente está sendo
realizado o replantio com adensamento das áreas repovoadas, uma
estratégia de recobrimento rápido do solo tão castigado pelos intepéres e
pela ação do homem.

A vegetação da região da Caatinga é caracterizada por espécies


xerófitas aclimatadas ao clima semiárido e de poucas chuvas, sendo,
portanto uma vegetação de caráter mais seco, com abundância de cactácea
e plantas de porte mais baixas e espalhadas. Isso significa que a
regeneração natural dos componentes da flora deste Bioma apresenta uma
capacidade de resiliência menor, em comparação a outros ecossistemas em
regiões tropicais, entretanto mais lentos que as mudas plantadas.

Com a realização de procedimentos de revegetação dessas áreas que


sofreram alterações na paisagem e, com as manutenções diárias destes
povoamentos, esperamos alcançar a Recuperação das localidades. Que de
acordo com o Decreto Federal nº 97.623/89, nada mais que o “retorno do
sítio degradado a uma forma de utilização, visando à obtenção de uma
estabilidade do meio ambiente”.

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Em suma, o plano consistiu num conjunto de atividades que estão sendo


executadas com a finalidade de recuperar a cobertura vegetal das áreas
que sofreram alguma degradação ou alteração. Seu objetivo principal foi e
ainda é a de recuperação do ambiente alterado durante a instalação do
empreendimento, garantindo a proteção do solo contra processos erosivos
e carregamento de partículas acarretando o assoreamento de rios e
córregos.

A biodiversidade desse bioma foi um aspecto que foi levado em


consideração, pois as florestas abrigam milhares de espécies
arbóreas/arbustivas como também de animais, que são essenciais na
dinâmica da reprodução e regeneração da vegetação. E, por tal, a
diversidade das mudas nativas utilizadas na recomposição florística das
localidades que tiveram a paisagens alteradas, está sendo bastante
relevante, uma vez que atrai espécies de aves e animais e como, isso
outras sementes disseminadas nestas áreas alteradas.

O monitoramento e avaliação dos plantios e da regeneração natural,


realizados nas áreas do PRAD nos permite sempre definir quais atividades
são intensificadas e as que podem ser reduzidas. E, os plantios de
adensamento que vem sendo realizados em todas as áreas do PRAD onde
houve revegetação contribuem para o surgimento de espécies secundárias
tardias e clímax, tanto nas áreas reflorestadas, como na de regeneração.

Este documento é a consolidação dos dados obtidos durante as


atividades de replantio, preservação, monitoramento e avaliação dos cinco
últimos meses do 2° ciclo de manutenção deste PRAD.

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2. DADOS BÁSICOS DO PRAD.


2.1 Propriedade:

Localização do PRAD: Complexo Eólico Ventos de São Clemente.


Proprietária: ECHOENERGIA PARTICIPAÇÕES S.A.
Cidade/UF: Caetés – PE.
Área aproximada do plantio: 3,7ha.
Quantidade de mudas replantadas: 251 unidades nativas.
Quantidade de mudas semeadas: 0,0 unidades.
(Período: março a julho/2019)

2.1.1. Localização das áreas:

Foram demarcados os locais de execução do PRAD e a empresa


responsável pelos serviços ambientais, Biosfera Consultoria, realizou as
atividades iniciais de conformação dos solos, antes da revegetação das
áreas.

As maiores áreas objetos do replantio do PRAD encontra-se no


entorno da SE (Subestação de energia), que compõem um total de 3,5ha,
onde são periodicamente monitorados e realizados todos os tratos
silviculturais necessários para o estabelecimento da nova formação
florestal.

As demais áreas da recuperação com plantios florestais encontram-se


distribuídos em pequenos trechos de propriedades particulares e, em
alguns casos as cercas de divisa atrapalharam a manutenção e
monitoramento. Contudo, foram realizados os devidos preparos dos solos e
plantios de mudas e, essas pequenas áreas, hoje já estão em estágio
avançado de regeneração. Estando a localização exata desses locais
descritas suas coordenadas na figura do mapa do complexo a seguir.

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Figura 1. Complexo Eólico Ventos de São Clemente – Caetés – PE.

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Figura 2. Áreas do entorno da Subestação de energia do complexo.

Figura 3. Área ao lado do aerogerador CLE6-02.

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Figura 4. Área do talude entre os aeros CLE6-03 e CLE6-04.

Figura 5. Área em frente ao aero CLE2-05.

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Figura 6. Entrada do parque 05 do complexo eólico.

Figura 7. Área de clareira após o CLE8-06.

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Figura 8. Área do talude de um barreiro antes do CLE8-05.

2.2 Responsável técnico pelo plantio, manutenção e avaliação do PRAD.

Nome: Carlos Daniel S. Araujo.


Formação básica: Engenharia Florestal.
CREA: Registro Nacional 050085169-7.
CTF IBAMA: 535239.
Empresa executora: BIOSFERA Consultoria e Serviços Ambientais.
CREA: Registro Regional 00058381 DDPE.
CTF IBAMA: 6133158.
Contatos: (81) 9.9669-7881.
E-mail’s: cardansa@yahoo.com.br ; biosferaprojetos@yahoo.com.br

2.3 Áreas repovoadas.

Todas as áreas que sofreram alguma alteração na paisagem durante


a construção do Complexo Eólico, foram identificadas como solos rasos e de
baixa fertilidade. E por tal, após a conformação dos solos, foi aplicada uma
camada de calcário para que pudesse baixar o pH, e só então colocado o
adubo no fundo das covas de plantio.

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Foto 1. Área após a conformação do solo sendo demarcadas as covas de plantio (maio/2016).

Nas manutenções das áreas de plantio do PRAD de São Clemente,


estão sendo realizadas: O controle das formigas cortadeiras, as roçadas
das áreas de plantio e da regeneração natural, replantio com adensamento,
fertilizações e irrigações em períodos secos da região e, podas de condução
das mudas.

Foto 2. Área de plantio de maio de 2016 sendo realizada a manutenção em maio de 2019.

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2.4 Metodologia utilizada na manutenção dos plantios do PRAD.

Estamos seguindo uma metodologia de manutenção e monitoramento


dos plantios florestais recomendadas por estudos ambientais bem
sucedidos e, sugerido na Instrução Normativa ICMBIO nº 11, de 11 de
dezembro de 2014, que estabelece procedimentos para elaboração, análise,
aprovação e acompanhamento da execução de Projeto de Recuperação de Área
Degradada ou Perturbada – PRAD. Sendo realizada conforme descrição
sucinta das seguintes etapas:

 Controle sistemático das formigas cortadeiras: (sendo essa atividade


sendo executada desde o preparo do terreno, passando pelo plantio e
replantios, até nas manutenções);

 Roçadas e capinas: (com ferramentas manuais, são periodicamente


rebaixadas a vegetação invasora que atrapalha o desenvolvimento das
mudas nativas);

 Adubação de cobertura: (periodicamente são realizadas a


fertirrigação com um adubo liquido);

 Podas de condução e formação das copas das mudas: (o corte das


galhadas inferiores propicia que a planta emita novos brotos apicais e com
isso estimule o crescimento em altura);

 Irrigação: (a aguação das mudas só é realizada em longos períodos


de estiagem, pois as mudas como estão com o polímero envolvente às
raízes (gel de plantio), a planta suporta e se adapta mais rápido as
condições climáticas da região);

 Plantio de adensamento: (operação realizada sempre que


identificamos um incremento no plantio inicial, pois o sombreamento
propicia o replantio de mudas secundárias e climaxicas);

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 Tratos culturais secundários.


(os tratos culturais de manutenção mencionados nos itens anteriores são
sempre incorporados a outras técnicas de conservação e preservação dos
solos, como exemplo, a instalação de irrigação com regadores ecológicos).

 Período de monitoramento das mudas:


(Os monitoramentos das áreas de plantio estão sendo realizados desde o
plantio direto no solo, passando por medições semestrais, até que a muda
atinja uma altura de pelo menos 2,5m e um diâmetro mínimo de 3cm).

3. LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ÁREAS DO PRAD.

Figura 9. Áreas do entorno da subestação que recebem uma maior atenção na manutenção.

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As áreas demarcadas na figura 9, por estarem no perímetro cercado


do imóvel particular da Echoenergia, são as que praticamente não acontece
movimentação de transeuntes e animais da vizinhança. Permitindo desta
forma, obtermos um resultado melhor no processo recuperação florestal
destes locais.

Fotos 3 e 4. Áreas do PRAD do entorno da subestação sendo roçadas e limpas.

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4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.
As atividades de manutenção seguiram o recomendado em estudos
ambientais de recomposição florestal de áreas alteradas e/ou degradadas
e, nesses últimos 5 (cinco) meses do 2° ciclo de manutenções serão
apresentados neste documento consolidado.
Os tratamentos silviculturais são intervenções florestais destinadas a
manter ou melhorar o desenvolvimento da floresta.
As limpezas frequentes com capinas e roçadas, os plantios de substituição
das mudas mortas e replantios com adensamentos, adubações, irrigações e
fertirrigações, entre outras atividades são diariamente realizados nessas áreas do
PRAD.

4.1. Combate às formigas cortadeiras (controle sistemático).

O controle de formigas-cortadeiras é um dos problemas com grande


demanda entre os plantios de florestas. É necessário monitorar as formigas
em áreas não somente dos plantios, mas principalmente nas adjacências e,
especialmente, em áreas de pastagens, de bordas de estradas e de
lavouras abandonadas.

As formigas devem ser controladas antes das revoadas de reprodução


e antes do inicio dos plantios florestais. O controle deve ser feito antes das
revoadas para evitar a disseminação de novos formigueiros e a infestação
no ano seguinte.

As formigas cortadeiras constroem seus ninhos subterrâneos com


dezenas ou centenas de câmaras ligadas entre si e, com o exterior por
meio de galerias. E, quando se iniciam os períodos de ‘trovoadas’, ocorre a
revoada das formigas, a fim de constituírem novos ninhos.

O uso do formicida (MIREX-S) que tem o princípio ativo “Sulforamida”


vem sendo utilizado e trazendo resultados satisfatórios, mesmo não
exterminando as formigas, controla a proliferação do formigueiro.

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O monitoramento e controle de novos ninhos de formigas evitam que


o ataque às folhas novas das mudas seja severo.

Fotos 5 a 7. Novos formigueiros, identificados e combatidos com isca granulada.

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Devido o aumento das precipitações pluviométricas neste período


chuvoso da região, a isca está sendo colocada no apetrecho confeccionado
de garrafa pet, desenvolvida para evitar que se estrague rapidamente com
água. E o pequeno equipamento, além de proteger da chuva atrai as
formigas que atacam àquelas mudas mais propensas a desfolhagem.

Fotos 8 e 9 . Plantas mais suscetível ao ataque das formigas com isca protegida da chuva.

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Foto 10. Equipamento protetor da isca contra as chuvas.

A chuva é um dos fatores que causam o ‘amuamento’ de ninhos. A


formiga pode carregar toda isca no período de 24 a 48 horas. Mas, se
ocorrer à aplicação de isca formicida e no mesmo dia chover, pode não
ocorrer o carregamento total do produto e, o que não foi levado ao interior
do ninho molhará. A isca molhada ou úmida se esfarela e perde
atratividade e, desta forma não será mais carregada pelas cortadeiras. Por
isso, é importante refazer a aplicação na área molhada com a chuva, após
120 dias.

As iscas formicidas são feitas à base de polpa cítrica para serem


atrativas às formigas durante o forrageamento e carregadas para o interior
do ninho. A isca colocada em cima do carreiro atrapalha a comunicação
química que serve para orientação das operárias à fonte de alimento e
então, elas retiram a isca e não carregam. Isca colocada no interior do
olheiro obstrui esse canal de entrada e saída de formigas e é também
rejeitada. O correto é sempre aplicar a isca formicida ao lado das trilhas
que possuem olheiros ativos ou ao lado do olheiro.

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Fotos 11 a 13. Detalhe do apetrecho colocado ao lado de uma muda para que não seja molhada
com as chuvas e as formigas carregando a isca colocada no olheiro do formigueiro.

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Fotos 14 a 16 . Isca sendo aplicada junto a uma muda susceptível ao ataque de formigas.

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4.2. Replantio de adensamento das áreas do PRAD.

A densidade do plantio (número de plantas por unidade de área) é


uma variável importante, por estar diretamente ligada ao crescimento
rápido e retilíneo das plantas, aos níveis de produtividade e,
consequentemente, ao custo direto da floresta.

A regeneração natural é um processo importante na recuperação


florestal, mas lento, que pode ser acelerado pelo plantio adensado de pelo
menos algumas mudas de árvores que funcionem como núcleos iniciais,
aonde as aves venham pousar, trazendo e levando sementes. Por tal, além
do adensamento realizado nas áreas do PRAD e onde a regeneração
ocorreu, também foi realizado o plantio de adensamento, pois além de
estimular o surgimento de outras espécies secundárias, ajuda na atração
de aves e animais da região.

Foto 15. Seleção e transporte das mudas para o replantio de adensamento.

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Fotos 16 e 17. Distribuição das mudas em locais para o replantio de adensamento.

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Fotos 18 a 20. Plantio de adensamento realizado com a utilização do hidrogel.

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Fotos 21 a 23 – Plantio de muda frutífera (abacateiro), espécie exótica.

O método de adensamento possui como vantagens a possibilidade de


promover a restauração florestal controlando a expansão de espécies
agressivas ao mesmo tempo em que favorece o desenvolvimento de
espécies que toleram o sombreamento. Em nosso projeto, estamos
adensando com mudas frutíferas que toleram ‘meia’ sombra, com intuito de
atrair a avifauna quando estiverem frutificando.

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4.3. Limpeza e manutenção das bacias de contenção de águas.

Os solos sob florestas possuem as melhores condições de infiltração


de água, quando é construída uma bacia ao redor das mudas plantadas.
Logo, essa nova formação florestal terá maior possibilidade de desenvolver
seu sistema radicular e, como isso, crescer em menor espaço de tempo.
Sempre após alguma chuva com maior intensidade, é necessário a
limpeza e confecção das bacias de contenção de águas, pois, sempre há
crescimento de vegetação invasora e acumulo de terra nas bacias.

Foto 24. Limpeza e confecção da bacia de contenção de águas em muda plantada.

As chuvas do período invernoso da região faz com que a vegetação


invasora se desenvolva em demasia e com isso, prejudicam o crescimento
das mudas nativas, pois, competem por luz, água e nutrientes disponíveis.

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Foto 25 e 26. Coroamento das mudas nativas plantadas no PRAD.

O coroamento das mudas, ou seja, capina ao redor das mudas, tem


como objetivo a retirada cuidadosamente desta vegetação invasora,
eliminando a concorrência das mudas com essa a vegetação.

Foto 26. Muda plantada sendo coroada para aplicação posterior de fertilizante.

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Fotos 27 a 29. Limpeza e confecção da bacia de contenção de águas na regeneração natural.

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4.4. Poda de formação e condução de crescimento.

Poda, podadura ou desbaste é o ato de se retirar partes das plantas,


arbustos e árvores, cortando-se ramos, rama ou braços inúteis.
Independentemente do tipo da poda, essas, estimulam a produção de
ramos, flores e frutos.

As podas podem ser:

1). Poda de limpeza ou Manutenção. Este tipo de poda é utilizado


para remoção de partes indesejadas da planta como:
1.1). Poda de Formação. (formação das copas dos indivíduos);
1.2). Poda de Condução ou desbrota. (conduz o crescimento do
indivíduo para um crescimento desejado, retirando as brotações
exageradas e ramos ladrões que interferem no crescimento apical);
2). Podas de Raízes. (geralmente utilizada quando se necessita fazer
o transplante de uma muda).

Fotos 30 e 31. Poda de condução e formação da copa de uma espécie da RN.

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Fotos 32 e 33. Diminuição dos ramos ladrões de uma espécie da RN.

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Vale salientar que a poda de formação da copa visa para sustentar


futuras florações e frutificações, aproveitando melhor o potencial de
produção de cada planta. Entretanto, esse tipo de ‘orientação’ da planta só
se faz quando a muda já apresenta uma copa frondosa.

Fotos 34 e 35. Mudas podadas que já apresentam floração e frutificação.

Já as podas de condução são as mais utilizadas nos plantios de


mudas nativas com intuito de acelerar o crescimento das plantas. Neste
tipo de poda, cortam-se somente os ramos que não tem função, doentes
ou em excesso, conforme demonstração na figura 10. Isso estimula o
crescimento dos ramos que não se desenvolveram satisfatoriamente,
fazendo o encurtamento desses ramos no inverno.

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Foto 36. Poda sendo realizada numa muda de canafistula (Cassia fistula).

Figura 10. Forma que está sendo realizado os corte (podas) dos ramos das mudas.

Algumas mudas após a realização da poda de condução de


crescimento sentem-se estimuladas com novas brotações e emitem
florações e, posteriormente, frutificação.

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Fotos 37 a 40. Realização da Poda de condução do crescimento das mudas nativas do PRAD.

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4.5. Roçadas da vegetação invasora nas áreas de plantio do PRAD e RN.

As limpezas das áreas por meio de roçadas visam evitar a competição


das mudas em busca de luz e de nutrientes. A matéria vegetal morta,
resultante da roçada, é sempre mantida na área, formando uma manta
protetora e redutora da temperatura do solo, que servirá também como
fonte futura de nutrientes e matéria orgânica.

Fotos 41 e 42. Roçada do matocompetição em área de plantio e regeneração natural.

A regeneração natural tende a ser a forma de restauração do bioma


da Caatinga de mais baixo custo, entretanto, é normalmente um processo
lento. No PRAD optou-se pela recomposição com plantio de mudas, com a
escolha de espécies apropriadas, devido à proximidade de áreas
remanescentes de floresta. E a roçada nas épocas com maior precipitação
pluviométrica diminui que o matocompetição prejudique o desenvolvimento
da RN e das mudas plantadas.

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Fotos 43 a 45 – Roçada no matocompetição em área de PRAD com RN e mudas plantadas.

O mais simples e eficaz processo de recuperação de uma área


degradada é o acompanhamento e monitoramento do repovoamento
florestal. Com as devidas manutenções desses plantios, realizando desde
as roçadas da área total, até a capina do mato que possa atrasar o
crescimento das mudas.

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Fotos 46 a 48 – Roçadas e desbastes realizadas em mudas plantadas.

O controle sistemático do matocompetição pode acelerar o


desenvolvimento do plantio florestal e reduzir a proliferação de pragas que
atacam as planta.

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4.6. Adubação de reforço (fertirrigação líquida).

A fertirrigação é uma técnica de adubação que utiliza a água de


irrigação para levar nutrientes ao solo que foi repovoado com mudas
nativas. Esta aplicação é feita através do sistema de irrigação mais
conveniente à ‘cultura’, podendo-se utilizar técnicas como micro-irrigação
(por gotejamento ou por micro-aspersão). No caso do plantio florestal, é
sempre utilizado um sistema simples de regadores, onde o fertilizante
liquido (concentrado) é diluído e, aplicado na base da muda.

A TURFA LÍQUIDA (fertilizante desenvolvido à base de cama de


galinha) é o produto escolhido para essa atividade, pois é um material
orgânico de origem vegetal, utilizada como insumo agrícola, tem uma alta
ctc (700 a 940 mmol c./dm3), bastante utilizada na agricultura e,
ultimamente em plantios florestais nativos.

Foto 49 – Fertilizante líquido (turfa liquida) utilizado para a fertirrigação das mudas.

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Fotos 50 e 51. Produto sendo diluído em água limpa para a fertirrigação.

Os benefícios da utilização da Turfa Líquida na época das chuvas são:

 Aumento do poder tampão dos solos, ou seja, maior resistente à


mudança de pH e consequentemente, nutrientes sempre disponiveis para
as mudas;
 Redução da perda de água e nutrientes, pois ficam armazendos e
disponiveis no gel de plantio, envolto nas raízes;
 Aumento da capacidade da planta em absorver energia solar, uma
vez que estimulam em novas brotações, consequentemente, mais folhas
para realizar a fotossintese;
 Estímulo à formação de raízes, quanto mais raízes a planta emite,
mais nutrientes ela absorve e, mais folhas ela desenvolve;
 Finalmente, melhora a germinação e a viabilidade das sementes que
a planta irá produzir.

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Foto 52. Muda de Leucena com floração, mas com déficit nutricional.

As condições que predispõem à deficiência são:


 Insuficiência de fertilizante nitrogenado;
 Baixo nível de matéria orgânica no solo;
 Elevado nível de matéria orgânica não decomposta no solo;
 Deficiência de molibdênio (Mo);
 Compactação do solo;
 Intensa lixiviação e seca prolongada.

A correção faz-se pela aplicação de nitrogênio, preferencialmente na


forma nítrica, em cobertura ou foliar, ou ainda por um nutriente liquido fico
em nitrogênio.

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Figura 11. – Diagrama das deficiências nutricionais presentes nas folhas.

Baseados nas observações in loco, utilizamos um diagrama de análise


foliar, figura 11, visando antecipar a necessidade que cada planta em
relação à falta de nutrientes, e com isso, disponibilizar a quantidade do
fertilizante para o desenvolvimento mais sadio e rápido das mudas.

Fotos 53 e 54. Característica foliar do déficit nutricional de uma muda plantada.

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O fertilizante liquido (TURFA) e, as precipitações pluviométricas do


período, devolverão a pigmentação das folhas e proporcionarão o
desenvolvimento satisfatório das mudas nativas, plantadas em solos pobres
em nutrientes, rasos e pedregosos. Será desta forma que o PRAD será
conduzido e, os resultados virão a mostrar a capacidade de retenção
desses nutrientes aplicados nas bacias de contenção.

Fotos 55 e 56. Distribuição do fertilizante líquido em regadores para a irrigação.

Com o solo úmido devido às chuvas do período, está sendo realizado


mais uma adubação líquida para estimular novas brotações verticais e, com
isso acelerar o crescimento retilíneo das mudas.

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Fotos 57 a 59. Fertirrigação com TURFA nas mudas do PRAD já podadas.

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Fotos 60 a 62. Área de plantio do PRAD tendo mudas nativas fertirrigadas.

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Fotos 63 e 64 – Adubação líquida sendo realizada nas mudas plantadas em áreas do PRAD.

4.7. Controle de pragas (larvas, lagartas e mariposas).

Sempre monitorando as chuvas e a umidade dos solos nesta época, é


possível combater a proliferação das larvas, lagartas e mariposas que, se
alimentam das folhas novas das plantas.

Fotos 65 e 66. Identificação de duas espécies de lagartas que atacam as folhas jovens.

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Essas pragas na fase de lagartas possuem aparelho bucal mastigador


bastante devastador. As lagartas podem ser de três tipos básicos,
dependendo do número de pseudopatas: lagartas (com quatro pares de
pseudopatas), lagartas falsa-medideiras (com dois pares de pseudopatas) e
lagartas medideiras (com um par de pseudopatas). Geralmente, a mais
comum encontrada na região do agreste é a lagarta com quatro pares de
pseudopatas, altamente devastadora de plantações de milho, mas que
podem aparecer em plantios florestais, à procura das folhas jovens.

Existem vários tipos de inseticidas naturais que podem ser utilizados


no controle desse tipo de praga sem contaminar o solo e os animais.
Entretanto, os dois mais comuns e facéis de se produzir, são os seguintes:

 O ÓLEO DE NEEM:
É um composto natural extraído a frio das sementes da árvore do Neem
(Azadirachta Indica.) É um inseticida totalmente natural, que não polui, não
é nocivo à saúde humana, é eficiente no combate a mais de 500 espécies
de insetos e ácaros. E o;

 EXTRATO DE FUMO:
A nicotina é um alcalóide que se obtém através do fumo (Nicotiana
tabacum) principalmente das folhas; é um poderoso inseticida, devido a
sua ação tóxica aos insetos.

Por ser mais fácil de se encontrar e de manipular, escolhemos


confecionar o extrato de fumo de corda, para espantar insetos e controlar
as mariposas e lagartas.

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Fotos 67 a 69. Fumo de corda e álcool para confecção do extrato.

De posse dos produtos, realizamos a confecção do extrato do fumo,


que está sendo utilizado como inseticida nas plantas.

O fumo de corda foi cortado em pedaços pequenos que pudessem ser


colocados dentro de uma garrafa ‘pet’. Em seguida colocou-se então o
álcool a 90% e completou com água limpa. Só então a garrafa foi colocada
em um local escuro e aguardou por 72h, até o extrato ficar pronto.

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Fotos 70 e 71. Preparação do inseticida.

Após as 72h que o extrato descansou na garrafa num local escuro, a


solução apresentou uma coloração escura que foi diluida em 20L de água
limpa, sendo colocada no pulverizador para ser aplicado nas folhas das
plantas atacadas pelas pragas.

Foto 72. Extrato de fumo concentrado.

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Fotos 73 e 74. Diluição do extrato de fumo em 20L de água limpa.

Uma vez diluido e colocado no pulverizador, foi realizado uma


primeira aplicação em todas as plantas que foram atacadas pelas pragas.

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Fotos 75 a 78. Pulverizações das plantas atacadas pelas pragas (larvas, lagartas e mariposas).

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4.8. Aplicação do fertilizante granulado (NPK).

A adubação de cobertura tanto nas plantas adultas como nas mudas


substituídas e, na regeneração natural, está sendo realizada com o
fertilizante granulado N:P:K na formulação de 20:10:20. Pois, na análise de
solo executada no início do projeto, apontou uma deficiência de potássio,
mineral de extrema importância no desenvolvimento das plantas.

Foto 79. Fertilizante químico (Fertine) utilizado na adubação das plantas.

A aplicação de 200 gramas do NPK se faz necessário para que a


Regeneração Natural se desenvolva mais rapidamente e, com isso, traga
condições para que novas espécies possam surgir nessas áreas. O
fertilizante químico com uma maior concentração de Nitrogênio e Potássio
aceleram o crescimento das plantas no período de chuvas.

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Fotos 80 e 81. Utilização de uma balança para formatar um recipiente com a quantidade exata.

A adubação de reforço da regeneração natural foi pré-programada


para ser realizada no período de chuvas da região, visando melhor
aproveitamento dos nutrientes do adubo pelas plantas, durante a
dissolução do mesmo quando o solo estará mais úmido.

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Fotos 82 a 84. Adubação química nas plantas da Regeneração Natural das áreas do PRAD.

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A adubação é uma etapa fundamental para o sucesso de qualquer


plantio, mas para espécies nativas ainda há muita desinformação,
principalmente em biomas de regiões áridas, como Caatinga e Cerrado.

Fotos 85 a 87 - Abertura de cova para adubação de reforço nas plantas da RN.

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A adubação de reforço, definida na formulação do fertilizante, levou


em consideração os resultados obtidos na análise do solo e nas condições
edafoclimáticas dos locais de plantio das mudas com uma maior incidência
da regeneração natural.

Sendo assim, estão sendo aplicados, aproximadamente 200 g/cova


de adubo NPK na projeção da sombra da copa da planta, aproveitando os
dias chuvosos, pois a água dissolve mais rapidamente os grãos do
fertilizante.

Fotos 88 e 89. Adubação de reforço realizada em uma espécie da regeneração natural.

Quanto mais chuvosa for à região menor e mais divididas serão as


doses da adubação de reforço. Entretanto, no período das chuvas é
aconselhável realizar duas aplicações do fertilizante químico (NPK), pois a
água da chuva dissolve mais rapidamente os grãos do adubo, liberando
para as raízes das plantas os minerais necessários ao seu crescimento.

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5. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DO PLANTIO DO PRAD.

A avaliação e o monitoramento de áreas em processo de restauração


abrangem aspectos mais amplos do que apenas a avaliação fisionômica
exigida pelos órgãos ambientais competentes. Os indicadores de
restauração avaliam não só a recuperação visual da paisagem, mas
também a reconstrução dos processos ecológicos mantenedores da
dinâmica vegetal, de forma que a área restaurada seja sustentável no
tempo e cumpra seu papel de neutralizar e compensar as emissões de
carbono, conservando a biodiversidade local.

As avaliações semestrais dos engenheiros florestais da Biosfera buscam:

1. Assegurar uma metodologia de condução da regeneração natural;

2. Assegurar o plantio total das áreas;

3. Assegurar a comunidade de espécies nativas implantadas: riqueza,


diversidade, cobertura, altura, mortalidade, presença de espécies exóticas
e coerência fitogeográfica;

4. Assegurar a regeneração natural arbórea: riqueza, diversidade e


controle da cobertura de gramíneas invasoras.

Todas as áreas do projeto, independente da técnica utilizada, estão


sendo monitoradas e avaliadas. No caso dos plantios, as mudas mortas são
sempre substituídas por outras de tamanhos próximas ou maiores e, o
mato retirado através do coroamento. Em áreas em processo de
regeneração natural é observado a chegada e estabelecimento de espécies
novas aos ambientes repovoados. Bem Como, são realizados os replantios
com adensamento para que seja recoberto pela vegetação nativa todas as
áreas objeto do PRAD.

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Fotos 90 e 91. Espécies de regeneração natural já em processo de frutificação.

Há duas formas simples de acompanhar o estabelecimento do PRAD:


Uma é por meio da mensuração semestral das espécies plantadas, através
da implantação de parcelas amostrais permanentes e, a outra é o estimulo
e acompanhamento mensal do crescimento em altura e diâmetro das
plantas da regeneração natural, sendo essa mais simples.

O monitoramento dessas áreas em processo de restauração nos


propicia avaliar mensalmente o estabelecimento de algumas espécies da
RN e, a quantidade dessa vegetação que pode confirmar o sucesso desta
nova formação florestal.

Relatório consolidado de manutenção e monitoramento dos plantios do PRAD de São Clemente. 58


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A regeneração natural é o mecanismo predominante de resiliência de


ecossistemas florestais naturais após perturbações ambientais. Ela refere-
se às fases inicias do estabelecimento e desenvolvimento de indivíduos que
comporão a estrutura futura da comunidade florestal. Este processo é parte
do complexo biológico ativo das florestas, por meio do qual há o
desenvolvimento e manutenção das fitofisionomias.

Fotos 92 e 93. Atividade de estimulo a rebrota sendo realizada na regeneração natural.

Este Relatório de Monitoramento da Floresta Plantada tem como


objetivo apresentar informações relevantes aos agentes direta e
indiretamente envolvidas, financiadores e fiscalizadores.
E, este documento é composto pelas seguintes informações:

1. Relatório com Informações da Área Recuperada e em Recuperação;

2. Relatório Técnico, e;

3. Relatório Fotográfico.

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6. REGENERAÇÃO NATURAL.
O monitoramento de áreas em processo de restauração, propicia
avaliar o estabelecimento de algumas espécies da RN e, a quantidade
dessa vegetação que pode confirmar o sucesso desta nova formação
florestal.

Hoje, a grande dificuldade do monitoramento sistemático da


regeneração natural refere-se à falta do consenso na literatura científica
em relação à divisão de indicadores técnicos e científicos.
Por tal, estamos realizando trimestralmente o estimulo ao crescimento por
meio de podas de condução e, fertirrigação nitrogenada. O que vem dando
grandes resultados no desenvolvimento desta vegetação nativa.

O PRAD de São Clemente esta sendo periodicamente avaliado por


meio do monitoramento do desenvolvimento da vegetação e, do retorno
das qualidades ambientais originais ou próximas das mesmas que os
ambientes possuiam antes da alteração das paisagens. E, através de
parâmetros definidos, são calculados o percentual de estabelecimento da
revegetação dessas áreas:

Os parâmetros mais fáceis de acompanhar e monitorar nas áreas


repovoadas são as seguintes:

I.A presença de diversidade de regeneração espontânea natural;


II.O aumento da cobertura do solo por espécies nativas, arbustivas
ou arbóreas;
III.A redução e/ou eliminação da cobertura de espécies exóticas
invasoras.

A avaliação e o monitoramento dessas áreas em processo de


restauração devem considerar, portanto, aspectos mais amplos do que
apenas os fisionômicos, normalmente exigidos pelos órgãos fiscalizadores.

Relatório consolidado de manutenção e monitoramento dos plantios do PRAD de São Clemente. 60


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O retorno da fauna nativa é de extrema importância, mas de difícil


avaliação, pois depende mais de atributos da paisagem do que das ações
de restauração em si. Entretanto, já se pode observar alguns pássaros se
alimentando dos frutos dessas plantas nativas que se desenvolvem nestas
áreas do PRAD.

Fotos 94 a 96. Regeneração Natural já frutificando em área de recuperação ambiental.

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7. QUANTITATIVO REALIZADO DURANTE CINCO MESES.

As atividades silviculturais de manutenção continuam a serem


executadas conforme cronograma pre-estabelecido no PRAD e, vem sendo
bastante importante no desenvolvimento da vegetação nativa plantada.
Pois, os tratos culturais pós-plantio bem executados são extremamente
necessários para o estabelecimento das plantas. No quadro 1 a seguir,
demonstramos o quantitativo realizado:

Atividade Área estimada


Roçada manual Área de plantio (mantido) 3,7 ha
Área de regeneração espontânea 1,0 ha
Capina Coroamento mudas 1.110 mudas
Replantio Mudas replantadas 33 mudas
Mudas plantadas (adensamento) 218 nudas
Mudas produzidas 0,0 mudas
Quadro 1 – Mensuração das atividades executadas durante os últimos 5 meses.

Quando há facilidade de identificação das espécies da regeneração


natural nessas áreas do PRAD, é direcionada especificamente qual atividade
cultural melhor irá contribuir para acelerar o crescimento da mesma. No
quadro 2 a seguir, apresentamos quais e quantas espécies nativas, foram
identificadas que tiveram o tratamento cultural diferenciado.

Espécie (Regeneração Natural) identificada Quantidade


Jurema branca 12 unidades
Feijão bravo 15 unidades
Jurema preta 19 unidades
Rasga-beiço 10 unidades
Umbuzeiro 4 unidades
Angico 12 unidades
Quadro 2 – Quantitativo de espécies da RN que tiveram um tratamento cultural diferenciado.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
A pressão antrópica sobre os recursos naturais tem trazido grandes
problemas aos ecossistemas florestais brasileiros, gerando uma série de
desequilíbrios nas interações entre as espécies e destas com o ambiente
natural.

A instalação de empreendimentos geralmente gera alguns impactos


ambientais negativos que afetam o meio ambiente local e até regional.
Ainda, outros impactos positivos, especialmente ligados ao meio
socioeconômico alteram bastante as características das regiões afetadas
por empreendimentos de um modo geral, e não é diferente com os parques
eólicos.

Entretanto, com o devido monitoramento dos plantios de revegetação


das áreas alteradas do empreendimento e, as manutenções de controle e
preservação das áreas plantadas que vem sendo realizados diariamente,
desmonstram que estamos no caminho certo e, que brevemente as
espécies nativas introduzidas nestes locais estarão estabelecidas.

Toda a regeneração natural de espécies nativas encontradas nas


áreas do PRAD do Complexo Eólico continuam sendo monitoradas.
Contudo, o acompanhamento dessas áreas é de extrema importância para
quaisquer readequações aos métodos de recomposição vegetal que estão
sendo atualmente utilizados neste plano. Pois, a maioria das ações de
recomposição da vegetação ainda são muito aquém do necessário para o
estabelecimento completo da nova formação florestal.

Concluindo, as operações florestais de manutenção e monitoramento


das áreas do PRAD, devem ainda prosseguir com replantios, com
adensamentos e, manutenção dos plantios e da RN, pois essas áreas de
futuras formações florestais necessitam ainda de cuidados até que possam
efetivamente se tornarem florestas sem a dependencia da ação humana.

Relatório consolidado de manutenção e monitoramento dos plantios do PRAD de São Clemente. 63


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Este Relatório Consolidado esclarecem e justificam todos os


procedimentos executados durante a realização das manutenções e
monitoramentos entre os meses de março a julho/2019, nas áreas objetos
de recuperação ambiental, parte integrante do PRAD do Complexo Eólico
Ventos de São Clemente.

Tendo ainda terá continuidade às manutenções periódicas de


combate de pragas, controle das ervas daninhas, adubações regulares e,
principalmente, nos meses que seguirão, das necessárias irrigações das
plantas. Até que uma nova avaliação da vegetação aponte que a floresta
encontra-se em estágio de desenvolvimento avançado de regeneração e,
não necessite de intervenções humanas para atingir seu estabelecimento.

Atenciosamente,

Analista Ambiental/Eng° Florestal


CREA n° 40.080/D-BA
RESPONSÁVEL TÉCNICO E COORDENADOR.

CLÁUDIO DE ARAUJO CASTRO


Analista Ambiental/Eng° Florestal
CREA n° 37.908/D-PE
RESPONSÁVEL PELO GERENCIAMENTO DE CONTRATOS.

Trabalhadores de campo:

Armando Rodrigues da Silva (encarregado e trabalhador florestal)


Márcio Lima (trabalhador florestal)
José Marcondes de Souza Dias (trabalhador florestal)
Contatos:
E-mail: s
Fone/fax (87) 3761-9064
Celular/whatsapp (81) 9.9669-7881; (87) 9.8101-9041 (VIVO).

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9. ART DE EXECUÇÃO E ACOMPANHAMENTO (RT).

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10. CTF – CADASTRO TÉCNICO FEDERAL DA BIOSFERA.

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