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PRÁTICAS MECÂNICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO

São aquelas em que se recorre a estruturas artificiais mediante a disposição


adequada de porções de terra, com a finalidade de quebrar a velocidade de escoamento
da enxurrada e facilitar-lhe a infiltração no solo.
A enxurrada ou água de escorrimento é aquela porção das chuvas que não penetra
no perfil de solo e escorre até os rios em forma de corrente superficial. Ao projetar
obras de defesa do solo que impliquem em canalização da água, ou o seu retardamento,
é necessário ter em conta a função que a prática desempenhará naqueles períodos curtos
de chuva intensa, e o que as estruturas sejam capazes de fazer para controlar a enxurrada
máxima produzida para, assim, oferecer determinada grau de proteção do terreno.
As quantidades médias de escorrimento não devem ser usadas para o cálculo da
capacidade de um canal ou terraço, porque a estrutura falharia e a água transbordaria
durante as chuvas que produzissem quantidades de enxurrada maiores que a média. Isso
significa que, durante a maior parte do tempo, a estrutura conduz um volume menor que
aquele que serviu de base para as suas especificações. Antes da descrição das práticas
de caráter mecânico, apresentaremos algumas informações gerais de hidrologia para a
estimativa da enxurrada.

Estimativa da enxurrada

a) Quantidade e intensidade da enxurrada

Ao projetar canais, diques e outras obras do terreno para controlar a enxurrada, é


necessário ter informações da provável quantidade de água esperada. Se o objetivo é
reter ou armazenar a água pode ser suficiente conhece o volume total da água esperada.
Porém o usual nos problemas conservacionistas é conduzir a água de um lugar para o
outro. Neste caso, a intensidade de enxurrada é mais importante, particularmente a
enxurrada máxima que pode ocorrer.
A enxurrada máxima depende da intensidade de chuva que pode ocorrer com base em
um grande número de observações e nas características da bacia hidrográfica
(declividade, solo, cobertura vegetal) que determinam a proporção em que as chuvas
penetram no perfil do solo e a velocidade de seu escorrimento. A área de bacia reflete
no seu volume, pois quanto maior a bacia, maior a quantidade de chuva que atinge o
solo.
O processo mais simples para o cálculo da vazão máxima de enxurrada, denominado
“Método Racional” é descrito pela equação abaixo:

CIA
Q
360

onde, Q = enxurrada (m3 s-1), C = coeficiente de escorrimento, ou seja, relação entre as


quantidades de enxurrada e a quantidade de chuva, I = intensidade máxima de chuva
(mm h-1) e A = área da bacia (hectares).
O coeficiente de escorrimento depende da declividade do terreno e da vegetação da
área, conforme pode-se observar na Tabela 1.
Tabela 1. Coeficiente de enxurrada para diferentes condições de topografia e
cobertura vegetal.
Classe de declividade Coeficiente de enxurrada (C)
I. Ondulada (5 a 10% de declive)
Culturas anuais 0,60
Pastagens 0,36
Florestas 0,18
II. Montanhosa (10 a 30% de declive)
Culturas anuais 0,72
Pastagens 0,42
Florestas 0,21

Exemplo: Calcular o coeficiente de enxurrada para uma área de 250 hectares contendo
80 hectares de culturas anuais na declividade de 5%, 160 hectares de pastagens na
declividade de 18% e 10 hectares de floresta na declividade de 25%.

160 x 0,42 = 67,2


80 x 0,60 = 48
10 x 0,21 = 2,1

A somatória corresponde a 117,3 (67,2+48+2,1 = 117,3), que dividido pela área total de
contribuição (250 hectares), teremos um coeficiente de enxurrada aproximadamente
igual a 0,47. Hoje em dia, existem tabelas (ver tabela 2) mais elaboradas que
disponibilizam mais opções para o cálculo do coeficiente de enxurrada.

Tabela 2. Valores de C para diferentes condições topográficas, classes texturais e


cobertura do solo.
Topografia e declividade

Cobertura Classe Suave Fortemente


vegetal textural Ondulada Amorrada Montanhosa
ondulada ondulada

2,5 a 5% 5 a 10 % 10-20% 20-40% 40-100%

Argiloso 0,60 0,58 0,76 0,85 0,95


Culturas
anuais
Arenoso 0,52 0,59 0,66 0,73 0,81

Argiloso 0,48 0,54 0,61 0,67 0,75


Culturas
permanentes
Arenoso 0,41 0,46 0,52 0,56 0,64

Argiloso 0,38 0,43 0,48 0,53 0,59


Pastagens
limpas Arenoso 0,32 0,37 0,41 0,45 0,50

Argiloso 0,26 0,29 0,33 0,37 0,41


Capoeiras
Arenoso 0,23 0,25 0,28 0,32 0,35

Argiloso 0,18 0,2 0,22 0,25 0,28


Matas
Arenoso 0,15 0,18 0,20 0,22 0,24

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b) Intensidade e duração das chuvas:

Chuvas de grande intensidade geralmente apresentam curta duração. Chuvas de longa


duração geralmente são de baixa intensidade. A relação entre a intensidade da chuva e
sua duração pode ser expressa pela fórmula descrita a seguir:

a
I
tb

onde, I = intensidade de chuva (mm h-1), t = duração da chuva (minutos) e a e b são


constantes (a = 3000 e b = 40). As intensidades máximas de chuva variam de um lugar
para outro e devem ser calculadas com base em registros pluviográficos obtidos com
base em uma série histórica de eventos de precipitação local.

Exemplo: Qual a intensidade da chuva de 50 minutos de duração?

3000
I  33,33 mm h-1
50  40

Existem várias equações que relacionam a intensidade, a duração e a freqüência de


chuvas. O cálculo do tempo de concentração (Tc) da chuva é fundamental para o
dimensionamento do volume de água que o sistema de terraceamento irá receber.

c) Tempo de concentração:

É a duração da chuva que corresponde ao máximo de enxurrada. Pode-se defini-lo como


o tempo que uma gota de água gasta para movimentar-se desde a parte mais alta da
bacia até o ponto de deságüe. Neste momento ocorre a máxima concentração da
enxurrada, pois as gotas de todos os pontos da bacia desde as que caem mais próximo
até as que caem mais distantes estão chegando ao ponto de deságüe. A chuva que deve
ser importante no cálculo da enxurrada máxima é a que pode cair num tempo igual ao
tempo de concentração. O tempo de concentração de uma bacia hidrográfica é afetado
pelo tamanho da bacia, pela topografia do terreno e pela forma da bacia. Alguns valores
do tempo de concentração podem ser observados na tabela 3.

Tabela 3 Estimativa aproximada do tempo de concentração de bacias


hidrográficas com base no tamanho da bacia.
Área, hectares Tempo de concentração, minutos
0,4 1,4
0,2 3,5
4,0 4,0
40,5 17,0
202,5 41,0
405,0 75,0
Mas, o tempo de concentração também pode ser calculado pela seguinte equação:
0 , 385
 L3 
Tc   0,87  
 H 

3
Onde: Tc= tempo de concentração, h; L= comprimento de rampa, Km e H= desnível
entre o ponto mais alto e o ponto considerado, m.
Exemplo: Imagine uma área que possui 72 m de comprimento de rampa, e a diferença
do ponto mais baixo e o mais alto é de 20 m. O tempo de concentração será:
0 , 385
 0,072 3  0,0003732 0,385
Tc   0,87    (0,87  )  0,014323h  0,86 min
 20  20

A tabela 4 mostra alguns valores de intensidade máxima de chuva (I), em mm h-1,


possíveis de ocorrerem em diferentes tempos de concentração (Tc), num período de
segurança (período de retorno) de 5 e 10 anos.

Tabela 4. Valores de intensidade máxima de chuva (I), em mm h-1, possíveis de


ocorrerem em diferentes tempos de concentração (Tc), num período de segurança
(período de retorno) de 5 e 10 anos, na zona cafeeira do Brasil Meridional.
Tc, min Regiões com precipitação média anual Regiões com precipitação média anual
< 1400 mm > 1400 mm

5 anos 10 anos 5 anos 10 anos

0,5 263 290 320 350

0,7 255 281 310 341

1 246 270 300 330

1,5 230 257 382 310

2 220 247 272 297

3 203 225 252 275

5 177 200 223 250

7 160 180 205 225

10 141 160 181 202

15 117 137 155 173

20 104 120 138 155

30 85 98 115 130

40 72 85 100 114

4
50 64 77 89 101

60 58 68 80 93

80 49 58 68 79

100 43 51 60 69

120 38 46 54 63

Considerando o tempo de concentração de 0,86 min, calculado anteriormente, para uma


região com precipitação média anual inferior a 1400 mm, e período de segurança
considerado de 5 anos, o valor de I poderá ser calculado fazendo-se a interpolação dos
valores expressos na tabela 4.

0,7'        255mm.h 1
1'        246mm.h 1
1'0,7'  0,3'
255  246  9mm.h 1
0,86  0,7  0,16
0,3'    9mm.h 1
0,16'    x
 0,16  9 
x   x  4,8
 0,3 
Então : 255  4,8  250mm.h 1

A tabela 5 apresenta alguns valores de velocidade estimada do escorrimento da


enxurrada, dada em metros por segundo.

Tabela 5 Valores da velocidade de escorrimento da enxurrada, m s-1.


Cobertura vegetal da bacia
Declividade, %
Floresta Pastagem Culturas anuais
0-4 0,30 0,45 0,60
4-10 0,60 0,95 1,20
10-15 1,00 1,20 1,50
15-20 1,20 1,50 1,70
20-25 1,40 1,60 1,80
25-30 1,50 1,80 1,90

Embora os valores de tempo de concentração da enxurrada e da velocidade do


escorrimento da enxurrada possam ser tomados a partir de tabelas, é desejável estimar
esses valores para qualquer situação de campo com base em diversas equações.
Algumas dessas estão descritas detalhadamente em Pires & Sousa (2003), Lombardi
Neto et al. (1994) e Bertoni & Lombardi Neto (1990).

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O solo e sua condição hidrológica afetam o volume de enxurrada. Os resíduos culturais
incorporados ao solo e as raízes de gramíneas que tenham estado nas rotações de
culturas produzem boa condição hidrológica, reduzindo o volume de enxurrada, que é
afetado pela cobertura vegetal de diversas maneiras: mantendo a velocidade de
infiltração, evitando o efeito do impacto da gota de chuva no solo e formando inúmeras
barreiras que impedem o livre escoamento da enxurrada.

As práticas conservacionistas, em geral, reduzem a erosão laminar e, por isso, mantêm


boa estrutura da superfície do solo; o plantio em contorno e o terraceamento reduzem a
erosão laminar e aumentam a retenção de água.

Planejamento do sistema viário

O traçado usual dos caminhos em linhas retas, sem considerar a topografia do terreno,
tem sido a causa do prejuízo devido às perdas por erosão. Com a disposição reta dos
carreadores, as culturas quase sempre ficam com as ruas a favor das águas, aumentando,
assim, as perdas por erosão e dificultando a adoção de futuras práticas de controle.

A distribuição racional dos caminhos é colocá-los, ao máximo, próximo do contorno.


Os carreadores em pendente, que fazem a ligação entre os nivelados, serão no menor
número possível, e locados nos espigões onde será mais fácil a localização dos canais
escoadouros. Os talhões ficarão em forma alongada e recurvada no sentido das linhas de
nível do terreno. Ao planejar os caminhos em contorno, deve-se ter o cuidado de que o
intervalo entre eles seja um múltiplo de afastamento entre terraços ou cordões em
contorno, a fim de facilitar a distribuição dessas práticas no seu intervalo.

Os caminhos em contorno funcionam como verdadeiros terraços, ajudando a defender


as culturas contra a erosão (Figura 1). A distribuição racional dos caminhos é um
procedimento básico para o estabelecimento das culturas em contorno, dispostas contra
o sentido do declive, auxiliando a redução das perdas de solo pela erosão hídrica.

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Plantio em contorno

O plantio em contorno consiste em dispor as fileiras de plantas e executar todas as


operações de cultivo no sentido transversal à pendente, em curvas de nível ou linhas de
contorno. Uma linha em nível é aquela cujos pontos estão todos na mesma altura do
terreno (Figura 2, extraída da internet).

Figura 2. Exemplo de cultivo em contorno.

Ao se cultivar em contorno, cada fileira de planta, assim como os pequenos sulcos e


camalhões de terra que as máquinas de preparo e cultivo do solo deixam na superfície

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do terreno, constitui um obstáculo que se opõe ao percurso livre da enxurrada,
diminuindo a velocidade e a capacidade de arrastamento das partículas de solo.

Todas as operações em contorno são feitas praticamente em nível. Quando o plantio em


contorno é usado sozinho, sem nenhuma outra prática, em terrenos de topografia
acidentada, ou em regiões de chuvas intensas ou em solos de grande erodibilidade, há
um aumento do risco de formação de sulcos de erosão, pois as pequenas leiras se
rompem e podem soltar a água que estava acumulada e o volume de enxurrada,
aumentando em cada leira sucessiva, causa um prejuízo acumulativo.

Dentre as práticas mais simples, o cultivo em contorno é a que, além de constituir uma
medida de controle da erosão, proporciona maior facilidade e eficiência no
estabelecimento de outras práticas complementares baseadas na orientação em contorno.
O plantio em contorno possibilita a maior produtividade das culturas, a redução da
enxurrada e a diminuição das perdas de solo. Fatores como o tipo de solo e a
declividade do terreno modificam sua eficiência, conforme pode-se observar pelos
dados apresentados na tabela 6.

Tabela 6. Efeito da direção dos trabalhos culturais na produção de milho.


Direção do cultivo Produção de milho, kg ha -1
Preparo morro abaixo e plantio morro abaixo 2.596
Preparo morro abaixo e plantio em contorno 3.123
Preparo em contorno e plantio morro abaixo 2.617
Preparo em contorno e plantio em contorno 3.196

Embora seja uma operação simples e constitua uma medida de controle da erosão,
alguns agricultores alegam que sua aplicação, em especial em culturas perenes, como
cafezais por exemplo, faz perder uma considerável área com ruas mortas (figura 3,
tabela 7).

Tabela 7. Área perdida por ruas mortas.


Classes de topografia Declive, % Área perdida, %
Suave 2–5 3,2
Ondulada 5 – 15 3,7
Montanhosa 15 – 30 2,4
Irregular 5 – 30 3,9

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Figura 3. Exemplo de linhas mortas em área de cultivo perene.

As vantagens e desvantagens de cada forma de locação das linhas em contorno


podem ser encontradas em Bertoni & Lombardi Neto (1990) ou Pruski (2006).

Terraceamento

O terraço é uma das práticas mecânicas mais antigas e eficientes de controle de


erosão das terras cultivadas e conservação da água, sendo constituído de um canal e
um camalhão ou dique levantado com terra removida do canal (Figura 3).

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Os custos de construção e manutenção de um sistema de terraceamento são
relativamente altos. Por isto, antes de adotar esta tecnologia, deve-se realizar um
estudo criterioso das condições de clima, solo, sistema de uso do solo, culturas a
serem implantadas, relevo local e equipamentos disponíveis para que se tenha
segurança e eficiência no controle da erosão.
O rompimento de um terraço pode levar à destruição dos demais que estejam à
jusante, com grandes prejuízos à área cultivada tendo em vista a concentração do
deflúvio superficial em estreita faixa no sentido de maior declive.
O terraceamento, apesar de sua grande eficiência no controle da erosão, para
ter sucesso não deve ser utilizado como prática isolada, mas sim associado a outras
práticas complementares tais como o plantio e cultivo em nível, a rotação de
culturas, o manejo de restos culturais, a adubação e a calagem, entre outras.
Os terraços têm como princípio subdividir o comprimento de rampa de modo a
interceptar a enxurrada antes que ela se avolume e atinja alta velocidade ganhando
poder erosivo.
O terraceamento é um conjunto de terraços projetados segundo as condições
locais, para controlar a erosão de uma determinada gleba (Figura 4).

Tipos de terraços

Os terraços podem ser classificados de acordo com sua função (infiltração ou


drenagem), modo de construção (Nichols ou Mangum), dimensões (base estreita, média
ou larga) e forma de seu perfil (comum, embutido, murundum, patamar), cada um
atendendo melhor às condições específicas de cada área ou propriedade agrícola.
Embora existam vários tipos de terraços, a finalidade é sempre parcelar o comprimento
de rampa, evitando que o deflúvio superficial se avolume e ganhe velocidade suficiente
para causar erosão.

Quanto a função:

A finalidade básica dos terraços é controlar a erosão. Este objetivo é alcançado por meio
de terraços que proporcionem a interceptação e o disciplinamento do escorrimento
superficial, ou por aqueles que, retendo a água de escorrimento superficial, promovam a

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sua infiltração no solo. Pode-se, portanto, quanto à função, distinguir dois tipos básicos
de terraços:

a) Terraço de infiltração ou em nível: com a função de reter a enxurrada


superficial e propiciar sua infiltração no perfil de solo. Este tipo de terraço é
recomendado para solos que apresentem boa permeabilidade, possibilitando a
rápida infiltração da água no solo até as camadas mais profundas.

b) Terraço de drenagem ou em desnível: com gradiente, com função de


interceptar e escoar ordenadamente o excesso de água que se escoa
superficialmente. Este tipo de terraço é indicado para solos com
permeabilidade moderada ou lenta, que não propicia a infiltração rápida da
água das chuvas. Este tipo de terraço sempre está associado a canais
escoadouros, sejam estes naturais ou artificiais, com a finalidade de conduzir
de modo disciplinado a enxurrada que excede a capacidade de infiltração do
solo.

ESPAÇAMENTO ENTRE TERRAÇOS

O espaçamento entre terraços é calculado em função da capacidade de


infiltração de água no solo, da resistência que o solo oferece à erosão, do uso e
manejo do solo, enquanto que a seção transversal do canal deve ser dimensionada
em função do volume de água possível de ser encontrada.
Das águas da chuva que caem na superfície do solo, parte se infiltra e o
excedente escoa pela superfície sendo recolhida pelo terraço. Quando o terraço é
construído em nível, deverá reter toda a enxurrada e propiciar sua infiltração no
solo. Quando em desnível, o terraço deverá conduzir a água, de modo disciplinado,
a um canal escoadouro que, necessariamente, deve ser vegetado, pois do contrário
estaremos favorecendo o surgimento de voçorocas.
O rompimento dos terraços ocorre quando o manejo das faixas de terra
cultivadas entre os terraços favorece a erosão hídrica. Por isso uma área com
terraços mal dimensionados pode ter perdas de solo maiores do que áreas nas quais
essas práticas não são adotadas.

Diversos aspectos podem ocasionar o rompimento dos terraços:

a) Uso isolado de uma prática (só mecânica) conservacionista;


b) Dimensionamento: base em tabelas (dados locais/adaptados) elaboradas
com uma base de dados restrita e que não consideram diversos aspectos
pertinentes ao processo erosivo tais como o tipo de solo, não distinguem as
coberturas anuais de perenes, clima;
c) Em solos com horizonte textural (HBt) o canal do terraço pode localizar-se
no HBt que apresenta uma baixa taxa de infiltração. Se for construído em
nível irá se romper arrebentando o camalhão, pois o horizonte superficial
desses solos é mais arenoso em relação ao HBt;
d) Solos com horizonte latossólico (HBl), argilosos e mais porosos, são de
ocorrência comum na região Centro Oeste do Brasil. O uso de máquinas e

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implementos agrícolas pesados favorece a compactação do solo na camada
de 10-20cm (“pé-de-grade”). Esse problema cria um impedimento à
infiltração da água no solo, favorecendo o aumento da enxurrada e
resultando no rompimento do terraço.
e) Os terraços geralmente são construídos com seção transversal menor que o
necessário (0,60 a 0,70 m2). Se o solo for ou não permeável, o terraço irá
se romper do mesmo jeito (figura abaixo):

Figura 5. Curvas de nível em área cultivada de modo convencional em um


Latossolo Vermelho eutroférrico no Paraná, PR.

CÁLCULO DAS DISTÂNCIAS ENTRE TERRAÇOS

a) Bentley – Primeira utilizada no Brasil: simplista, base de dados estreita;

 D
EV   2    0,305
 X

onde, EV = espaçamento vertical, m; D = declive do terreno, %; X = tipo de


solo, cobertura, erodibilidade, chuvas. Os valores de X podem ser obtidos a
partir do tabela 8.

12
Tabela 8

b) Lombardi Neto et al. (1994): mais utilizada no Brasil e representa um


avanço, pois tem como base do equacionamento o efetivo controle da erosão.

U  m 
EV  0,4518  k  D 0,58  
 2 

onde, EV = espaçamento vertical entre os terraços, m; k = índice variável para


cada tipo de solo; D = declividade do terreno; U = fator uso do solo e m fator
de manejo (preparo do solo para o plantio e manejo de resíduos), que podem
ser obtidos a partir das tabelas 9 a 12 apresentadas a seguir.

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Tabela 9

14
Tabela 10

15
Tabela 11

16
Tabela 12

Exercícios:

1. Deseja-se terracear um Argissolo Vermelho Amarelo com declividade de 12% ,


com profundidade efetiva do solo de 1,5 m, permeabilidade da água rápida na
superfície e moderada em subsuperfície. O horizonte superficial apresenta
textura média e o subsuperficial textura argilosa, razão textural igual a 1,57. No
verão será cultivado com feijão fazendo o preparo do solo com um arado de
discos seguido de gradagem e restos culturais queimados. No inverno será
semeado com trigo usando grade pesada com incorporação dos restos de feijão.
Qual o espaçamento vertical e horizontal dos terraços usando a equação de
Lombardi Neto?

2. Um produtor deseja terracear um Latossolo Vermelho distrófico com


declividade de 16% e que apresenta uma profundidade efetiva maior que 2m.
Essa área será cultivada em sistema de plantio direto usando a rotação
soja/milho/girassol. A permeabilidade desse solo é rápida tanto no horizonte
superficial quanto no subsuperficial. A textura desses horizontes é muito
argilosa no superficial e argilosa no subsuperficial, apresentando uma relação
textural de 1,25. Qual a distância dos terraços a serem construídos usando a
equação de Lombardi Neto?

3. Seguindo o enunciado do exercício número 1, recalcule o espaçamento entre os


terraços usando a equação de Bentley.

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.Considerações

a) Por questão de segurança, o primeiro terraço deve ser locado com a metade do
espaçamento;
b) O espaçamento horizontal mínimo entre terraços deve ser de, aproximadamente,
12 m, pois espaços menores tornam-se antieconômicos, dificultam a construção
e a manutenção dos terraços, bem como as operações mecânicas do solo;
c) Além da limitação mecânica na construção e manutenção dos terraços e cultivos,
declividades máximas em que se recomenda a adoção do terraceamento varia em
função do tipo de solo (tabela 13).

Tabela 13. Limitações para o uso de terraços em função da declividade dos


diferentes grupos de solo.
Grupo de solo Declividade máxima, %
A 16
B 14
C 12
D 12

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE TERRACEAMENTO

O primeiro problema a ser resolvido é o destino a dar à enxurrada que o terraço


vai coletar. Se os terraços estiverem locados em nível, então deverão infiltrar toda a
água da enxurrada relacionada a área entre dois terraços consecutivos. Se estiverem
locados com gradiente então deverão escoar a enxurrada para um canal escoadouro que
deverá estar vegetado e estabilizado pelo menos um ano antes da construção do sistema
de terraceamento em desnível ou gradiente. Nesse caso, o canal escoadouro receberá
toda a vazão de enxurrada estimada para a área total.
O período de retorno ou de recorrência de um expressivo ou do mais expressivo
evento de precipitação tomado dentro de uma longa escala de observação (20 a 30 anos)
nos permitirá obter uma estimativa da enxurrada dentro de limites de segurança.
Entretanto, para áreas destinadas a fins agrícolas, utiliza-se um período de retorno de 10
anos. Antes de realizar o dimensionamento do terraço é preciso verificar se esse será
locado em nível ou gradiente.

a) Terraços em nível

Os terraços em nível são recomendados para solos do grupo A e B, pois se bem


manejados, permitem a infiltração do volume escoado no solo. Considerando-se um
período de retorno de 10 anos, devemos separar a chuva diária máxima que ocorreu
dentro deste período e utilizá-la no dimensionamento do terraço, pois é esta chuva que
produziu o volume máximo de enxurrada. Este volume pode ser calculado com base na
dimensão da área (A, ha) a ser drenada (entre terraços), na chuva máxima diária para
um período de retorno de 10 anos (h, m) e no coeficiente de enxurrada (C). Para um
metro linear de terraço, teremos:

A = EH x 1,00

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onde: A=área a ser drenada em m2 m-1 linear; EH = distância horizontal entre terraços
em metros, para um dado volume (V):

V= EH x h x c

onde: V = volume máximo de enxurrada em m3 por metro linear (área da secção


transversal do terraço). A tabela 14 mostra um exemplo de dimensionamento da seção
transversal em nível.

Tabela 14. Dimensão do canal de terraço em nível (declive terreno 7%).


Chuva máxima Volume, Seção do
Grupo do solo c EH, m
diária, m m3 m-1 canal, m2
A 0,12 0,4 25 1,20 1,20
B 0,12 0,5 22 1,32 1,32

b) Terraços em gradiente

Para o dimensionamento da secção transversal do terraço com gradiente, os princípios


de hidráulica de fluxo em canais abertos devem ser observados. Neste caso, a
intensidade de enxurrada é mais importante, em particular a intensidade máxima da
enxurrada é o método racional (apresentado nas páginas iniciais da apostila. Os terraços
com gradiente apresentam em geral, comprimento de 500 a 600 m, e o gradiente poderá
ir até 7 por mil (7‰) sendo o mais comum o de cerca de 3 por mil (3‰).

A velocidade da enxurrada no canal do terraço varia de 0,6 a 0,75 m s-1 para evitar que
ocorra erosão no canal ou também para que não ocorra excessiva deposição no fundo do
canal. Portanto levará de 11 a 19 minutos para a água percorrer do início ao fim do
terraço, sendo que o tempo de 15 minutos foi o escolhido como o tempo de
concentração, para determinar a intensidade máxima de chuva que irá resultar na
enxurrada máxima.

c) Terraços mistos

Devido à variabilidade do solo na paisagem, em muitos locais é necessário dimensionar


o sistema de terraceamento ora utilizando terraços em nível, promovendo a infiltração
da água no solo, ora utilizando terraços em gradiente.

Dimensionamento da seção transversal do canal dos terraços

Conhecendo-se a enxurrada máxima que deve receber cada terraço, seu canal pode ser
dimensionado. Para obtenção da seção escolhida utiliza-se o método das tentativas,
testando-se valores para as dimensões de fundo do canal (b) e lâmina d` água ou carga
hidráulica (h), de modo que a vazão resultante seja a mais próxima possível àquela do
projeto, e a velocidade de escoamento fique dentro do limite para as condições testadas
(Tabela 5), evitando assim, a erosão ou sedimentação do canal. Após a obtenção das
dimensões do canal, recomenda-se utilizar uma borda livre ou valor de segurança, ou
seja, adicionar na altura (h) do canal mais 0,10 m ou 10 cm (Pruski et al., 2006).

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Cálculo da velocidade de escoamento, utilizando a fórmula de Manning:

onde: V= velocidade média da água (m s-1), n = coeficiente de rugosidade, em


função do tipo de parede do canal, Rh= raio hidráulico e I= declividade do canal (m
m-1). Para se calcular o Rh, é necessário antes, calcular a área (A) da seção
transversal e o perímetro molhado (P).

Onde:
A= área da seção transversal (m2)
P= Perímetro molhado (m)
h= altura da lâmina de água (m)
b= largura do fundo canal (m)
m= talude do canal (1, para inclinação de 45º da parede)

Uma solução parcial da equação de Manning, desenvolvida por Cormak e adaptada por
Hudson (Bertoni & Lombardi Neto, 1985) apresentada na tabela 15 mostra diferentes
dimensões dos canais de terraços para diversas vazões e duas velocidades da enxurrada.

Tabela 15. Vazão dos canais de terraços, expressa em m3 s-1.


Profundidade Largura do canal, m Limite de gradiente,
do canal, cm 1 1,5 2 2,5 3 3,5 m/1000m
-1
Velocidade da enxurrada = 0,60 m s
5 0,022 0,033 0,044 0,055 0,066 0,077 25,0
10 0,041 0,061 0,082 0,103 0,123 0,143 10,0
15 0,060 0,092 0,122 0,152 0,182 0,213 4,5
20 0,080 0,120 0,162 0,202 0,243 0,283 2,7
25 0,103 0,154 0,205 0,254 0,305 0,354 2,4
30 0,125 0,185 0,246 0,306 0,367 0,427 1,4
Velocidade da enxurrada = 0,75 m s-1
5 0,022 0,037 0,052 0,067 0,081 0,096 50,0
10 0,050 0,077 0,103 0,130 0,157 0,182 14,0
15 0,076 0,105 0,153 0,190 0,230 0,270 7,7
20 0,102 0,153 0,204 0,253 0,304 0,353 4,5
25 0,129 0,191 0,256 0,318 0,382 0,445 3,3
30 0,154 0,230 0,306 0,382 0,455 0,530 2,3

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CANAIS ESCOADOUROS

Os sistemas de terraços com


gradiente exigem um canal escoadouro
que colete o excesso de água e o
conduza a lugares seguros, onde não
cause erosão. Devemos aproveitar ao
máximo os escoadouros naturais,
sempre revestidos de vegetação densa.
É importante a limpeza periódica
através de roçadas. Mantê-los sempre
vegetados é a forma mais segura de
prevenir a erosão do canal escoadouro
(foto ao lado).

Dimensões

Os valores mostrados a seguir representam médias de tratamentos específicos, que são


utilizados de modo generalizado.

a) Largura- varia entre 5 a 10m;


b) Profundidade: 0,5 m;
c) Declividade máxima: 12%
d) Declive > 12% - tem que fazer anteparos em cada escoamento de terraços;
e) Talude: o mais suave possível (4:1);
f) Fundo do canal: 3 m de base

As dimensões de um canal escoadouro são definidas em função da área de captação,


coeficiente de enxurrada e intensidade das chuvas. Deve-se ter muito cuidado neste
aspecto, pois se o canal tiver pouca capacidade em função da vazão de água poderá
resultar em voçorocas.

Vegetação

Devem ser considerados aspectos como:

a) Rapidez no estabelecimento;
b) Reduzido potencial como invasora:
c) Apresentar o máximo de proteção e revestimento;
d) Resistência á intempéries;
e) Recomendadas:
- Gramas: batatais, jesuítas, tapete, inglesa ou seda;
- Capins: pangola, bermuda, tramadeira;
- Leguminosas: kudzu, soja perene, amendoim rasteiro, centrosema.

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Figura 6. Terraços e canal escoadouro vegetados, área cultivada em sistema de
plantio direto.

Tipos de canais escoadouros

a) Naturais: campo aberto, vegetação nativa, evitar trânsito dentro do local. Em


caso de necessidade de trafegar na área, fazê-lo na parte mais alta do terreno
protegendo as margens da estrada com as vegetações recomendadas. Locar o
canal do mesmo modo que os terraços. Aproveitar as depressões naturais do
terreno, com vegetação natural.

b) Artificiais: locar o canal durante a colheita da cultura principal. No preparo do


solo para a próxima safra não deve ser movimentada a área destinada para canal
escoadouro e, a construção e vegetação do canal serão feitas na época de
máxima cobertura da cultura implantada. Não utilizar voçorocas em hipótese
alguma, para construção de canal escoadouro.

Figura 7. Canal escoadouro construído com pedras e vegetado.

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CONTROLE DE VOÇOROCAS

Deve-se, antes de tudo, evitar que elas surjam. Mas, ao surgirem, iniciativas rápidas
devem ser tomadas:

a) Eliminação de voçorocas: quando as voçorocas são pequenas dá para aterrá-la


usando um trator de esteira ou moto-niveladora ou despejar pneus sem serventia
dentro da voçoroca de modo ordenado com o objetivo de reter os sedimentos
durante o próximo período chuvoso (Figura 8);

b) Aproveitamento racional: transformá-la em açude, após estudo das condições


geológicas e pedológicas, visando abastecimento de água para culturas
(irrigação, pulverização) e animais (bombeamento da água para as pastagens, em
bebedouros) ou então área de lazer com piscicultura;

c) Estabilização da área: interceptar e desviar a água na cabeceira da voçoroca


através do terraceamento do terreno marginal e/ou a construção de um canal
divergente; isolar a área implantando cercas divisórias laterais que impeçam o
trânsito de animais; suavizar os taludes, se possível, de acordo com a situação
local, para facilitar a restauração; efetuar o revestimento vegetativo dos taludes,
fundo e das margens da voçoroca com gramíneas e essências florestais; reduzir o
fluxo da enxurrada no interior da voçoroca utilizando-se paliçadas de bambu ou
madeiras (Figura 9).

Figura 8. Controle de voçorocas usando pneus sem serventia. A)Estágio inicial de


desenvolvimento em 1984; B) Deposição ordenada de pneus na voçoroca em
1998, C) vista a jusante em 2001 e D) vista a jusante em 2003. Em 2004 a área
já estava recuperada.

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Dentre as gramíneas recomendadas como barreira vegetal contra a erosão, o capim
vetiver (Vetiveria zizanioides (L.) Nash) tem sido muito indicada, pois apresenta como
características, ser perene, formação de cerca viva densa, sistema radicular profundo,
podendo chegar a 3 m de profundidade, praticamente estéril não disseminando-se como
invasora, pouco atacada pelo gado, resistente a doenças e adaptada às mais diversas
condições de solo e clima.

Paliçadas
As paliçadas têm a função de quebrar a força da enxurrada e reter os sedimentos
principalmente dentro da voçoroca, e devem ser construídas com materiais de baixo
custo e facilmente disponíveis como bambu, pneus usados e sacos de ráfia.
Para uma boa eficiência destas estruturas, deve-se escolher local que apresente
barrancos firmes e estáveis para que venha suportar a força que será exercida nas
paliçadas através da enxurrada. Em seguida, se deve fazer canaletas tanto nas paredes
laterais quanto no leito da voçoroca, de tal modo que a paliçada fique bem encaixada
sem deixar brechas para a passagem da água. A distância entre uma canaleta e outra
indica o tamanho em que se deve cortar os bambus.

Para a montagem da paliçada, deve-se antes fincar estacas a cada metro de distância,
onde os bambus serão empilhados e amarrados com arame. Em relação à distância e
altura das paliçadas, pesquisadores encontraram bons resultados utilizando espaçamento
de 5 m entre uma paliçada e outra e com altura de 1 a 1,20 m.

Figura 9. Paliçadas de bambu implantadas na área interna da voçoroca. Fonte: Embrapa


Agrobiologia. Fotos: Alexander Silva de Resende e Roriz Luciano Machado.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA CONSULTA

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272, 1986.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Manual de métodos
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