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REGIÃO NORTE

Limites
O estado do Amazonas fica na região
Norte do Brasil. Faz fronteira, a norte
com a Venezuela e o estado de Roraima,
a noroeste com a Colômbia, a leste com
o Pará, a sudeste com o estado de Mato
Grosso, a sul com o estado de Rondônia
AMAZÔNIA LEGAL e a sudeste com o estado do Acre e o
Peru. A capital é Manaus.
Dos 588 municípios na fronteira do Brasil,
19 são do Amazonas

Os municípios amazonenses
fronteiriços são: Amaturá, Atalaia
do Norte, Barcelos, Benjamin
Constant, Boca do Acre,
Canutama, Guajará, Ipixuna,
Japurá, Jutaí, Lábrea, Nhamundá,
Santa Isabel do Rio Negro, Santo
Antônio do Içá, São Gabriel da
Cachoeira, São Paulo de
Olivença, Tabatinga, Tonantins e
Urucará.
O que possui a maior área total é
Barcelos (a 400 quilômetros de
Manaus), com 122.461 quilômetros
quadrados. E a menor área total é a de
Tabatinga (a 1.107 quilômetros de
Manaus), com 3.266 quilômetros
quadrados.
De acordo com o IBGE, dois terços de toda a extensão da faixa de fronteira ficam na
Região Norte, com destaque para os estados do Amazonas e do Acre. As regiões Sul e
Centro-Oeste também têm terras situadas na área fronteiriça.

A fronteira brasileira com os países da América do Sul tem 15 mil km de comprimento, 150
km de largura de faixa e área total de 1,4 milhão de km², incluindo a Lagoa dos Patos e a
Lagoa Mirim, no Rio Grande do Sul, o equivalente a 16,6% do território brasileiro.

A atualização foi feita a partir de um conjunto de operações geoespaciais, resultando em


extensa faixa de fronteira do Brasil que abrange 11 unidades da federação e 588
municípios, dos quais 432 estão inteiramente dentro da faixa e 156, parcialmente.

Os municípios da faixa de fronteira estão sob legislação específica para áreas de


segurança nacional (Lei N° 6.634 /1979, regulamentada pelo Decreto n° 85.064/1980), que
estabelece auxílios financeiros específicos por parte do governo federal e impede, sem
prévia autorização, a concessão de terras públicas ou a construção de pontes, estradas e
aeroportos, bem como a instalação de empresas de mineração, por exemplo.
Estado do Amazonas
O Amazonas é o maior estado do Brasil. Está localizado na região Norte sendo
sua capital Manaus e a sigla AM.
❖ Área: 1.559.148,890 km2
❖ Limites: o Estado do Amazonas limita-se ao norte com Roraima e Venezuela;
a leste com o Pará; a noroeste com a Colômbia; a sudeste com o Mato
Grosso; ao sudoeste com o Peru e o Acre e ao sul com Rondônia
❖ Número de municípios: 62
❖ População: 3.483.985 de habitantes, com base na estimativa do IBGE para
2010
❖ Gentílico: amazonense
❖ Principal cidade: Manaus
Amazônia
A Amazônia é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo. Refere-se a um
conjunto de ecossistemas que abrange a Floresta Amazônica e a Bacia Amazônica.

O bioma Amazônia abrange a maior


floresta tropical do mundo: a Floresta
Amazônica.
A Amazônia compreende um conjunto
de ecossistemas que envolve a bacia
hidrográfica do Rio Amazonas, bem como
a Floresta Amazônica; é considerada
a região de maior biodiversidade do
planeta e o maior bioma do Brasil. Não é
exclusivamente brasileira, sendo,
portanto, encontrada em outros países.

Bioma é um conjunto de vida vegetal e


animal, constituído pelo agrupamento de
tipos de vegetação que são próximos e que
podem ser identificados em nível regional,
com condições de geologia e clima
semelhantes e que, historicamente,
sofreram os mesmos processos de formação
da paisagem, resultando em uma diversidade
de flora e fauna própria.
Resumo
•A Amazônia é considerada a região de maior biodiversidade do planeta.
•O bioma Amazônia não é exclusivo do território brasileiro, abrangendo áreas
de outros países.
•Compreende o conjunto de ecossistemas que correspondem à Floresta
Amazônica, maior floresta tropical do mundo, e também a Bacia Amazônica,
maior bacia hidrográfica do planeta.
•A fauna é extremamente rica e conta com mais de 30 milhões de espécies.
•A flora da Amazônia é bastante diversificada, constituída por árvores, ervas,
arbustos, lianas e trepadeiras.
•Cerca de 17% do bioma foi devastado nos últimos 50 anos.
Vegetação e flora

A Amazônia abriga a Floresta Amazônica, considerada a maior floresta tropical do


mundo, abrangendo uma área de mais de 5 milhões de km2. A floresta conta com
um elevado número de espécies (animais e vegetais), é, então, rica em
biodiversidade.

A vegetação, de maneira geral, é caracterizada por uma floresta densa e pela


presença de árvores de grande porte. O bioma possui cerca de 3.650.000 km² de
florestas contínuas. De maneira específica, a vegetação é classificada em três
categorias:
➢ A maior floresta do mundo ocupa a maior parte do território do Estado do
Amazonas. A floresta Amazônica abriga milhares de espécies animais e
vegetais.

➢ Parte da biodiversidade é utilizada para impulsionar a economia local. Entre os


produtos que saem da Amazônia estão o cacau, canela, baunilha, mandioca,
cupuaçu, pau-rosa, copaíba e, com ênfase, a castanha-do-brasil.

➢ Na floresta vivem, ainda, importantes espécies de animais de grande, médio e


pequeno porte. São onças, anta, ariranha, sucuri, jacaré e outros.
1. Mata de terra firme: vegetação localizada em regiões de altitudes mais elevadas, essas
são, portanto, caracterizadas por não haver inundações e sua vegetação ser sempre seca. Há
presença de árvores de grande porte, como castanheira, palmeira e mogno.

2. Mata de igapó: vegetação localizada em terrenos de menores altitudes, estando esses


inundados praticamente por todo o tempo. Há presença de vegetação baixa,
como musgos e arbustos. Nessas matas, é possível encontrar a vitória-régia, planta aquática,
símbolo do bioma Amazônia.
3. Matas de várzea: vegetação localizada em regiões
de altitudes intermediárias e que são inundadas em uma
determinada época do ano. As áreas mais altas permanecem
inundadas por menos tempo. Já as áreas menos elevadas
permanecem inundadas por um tempo maior. As espécies
encontradas nessas áreas são semelhantes às encontradas nas
matas de igapó, apresentando, também, árvores de até 40
metros de altura.
Fauna
A fauna da Amazônia é extremamente rica.
Estudos indicam que é possível encontrar na
região cerca de 30 milhões de espécies animais, e,
apesar disso, a fauna desse bioma não é
totalmente conhecida. É composta,
especialmente, por aves,
roedores, répteis, insetos e anfíbios. Tucanos,
araras, papagaios, macacos, onças, jacarés e
peixes-boi são símbolos desse bioma.
Clima

O clima predominante na Amazônia é o equatorial úmido. Trata-se de uma


região caracterizada por longos períodos de chuvas, com índices pluviométricos
que variam entre 1.500 mm e 3.600 mm por ano. A umidade do ar é elevada,
chegando a 80%, e as temperaturas variam entre 22ºC e 28ºC.
Hidrografia

A Amazônia abrange a região da Bacia Amazônica, considerada a maior bacia hidrográfica


do planeta, ocupa mais de 7 milhões de km2. O principal rio é o Rio Amazonas, o qual
possui mais de 1.100 afluentes que nele deságuam.
Os rios são, muitas vezes, caracterizados pela cor de suas águas. Há os rios barrentos,
devido à concentração de nutrientes e sedimentos, como o Rio Amazonas; há os rios de
águas pretas, caracterizados pela presença de areia e húmus, como o Rio Negro; e há os
rios de águas claras, que não apresentam tanta concentração de nutrientes e possuem
corredeiras em seus trechos, como o Rio Xingu.
Os principais rios são:
Rio Amazonas: nasce na Cordilheira dos Andes, no Peru. Entra no Brasil conhecido como
Solimões. Em alguns trechos, sua largura pode atingir 100 metros. É um rio bastante
navegável.
Negro: é considerado o maior afluente à margem esquerda do Rio Amazonas.
Tapajós: nasce na divisa entre os estados do Mato Grosso, Pará e Amazonas, desaguando
na margem direita do Rio Amazonas.
Madeira: nasce na Cordilheira dos Andes, na Bolívia.
Relevo
Na Amazônia são encontradas três principais formas de relevo: planícies,
representadas pelas áreas inundadas pelos rios; planaltos, representados pelas
regiões de serras; e depressões, como a região das depressões norte e sul
amazônicas.

A estrutura geológica da região


compreendida pelo bioma é formada
pelo Escudo das Guianas. Há presença
de bacias sedimentares ao longo da
região do Rio Amazonas. Escudos
cristalinos são encontrados ao norte e
ao sul dessas bacias sedimentares.
Nas últimas décadas, a Amazônia tem sofrido um aumento no desmatamento de
suas áreas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo norte-americano Thomas
Lovejoy (professor da George Mason University) e pelo brasileiro Carlos Nobre
(coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças
Climáticas), o bioma amazônia pode sofrer perdas irreversíveis devido ao
desmatamento. O qual, segundo os pesquisadores, já chegou a 17% nos últimos 50
anos, sendo que o limite seria 20%, para que não houvesse consequências
irreversíveis para o clima e o ciclo hidrológico.

Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon),


o desmatamento no bioma aumentou cerca de 40% entre os anos de 2017 e
2018, perdendo-se quase 4.000 km2 de mata nativa. A ocorrência do
desmatamento deu-se, principalmente, em áreas privadas, assentamentos e
unidades de conservação
Esta é a lista de regiões geográficas intermediárias e imediatas do Amazonas, estado
brasileiro da Região Norte do país. O Amazonas é composto por 62 municípios, que estão
distribuídos em onze regiões geográficas imediatas, que por sua vez estão agrupadas em
quatro regiões geográficas intermediárias, segundo a divisão do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) vigente desde 2017.

As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da


divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que
estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez,
substituíram as microrregiões. Na divisão vigente até 2017, os municípios do estado estavam
distribuídos em 13 microrregiões e quatro mesorregiões, segundo o IBGE.
❖ O que mudou?
Surgem as Regiões Geográficas Intermediárias no lugar das Mesorregiões;
Surgem as Regiões Geográficas Imediatas no lugar das Microrregiões.
Na divisão passada houve, em primeiro momento, o agrupamento dos municípios em
mesorregiões para depois serem separados em microrregiões. Na divisão de 2017, ocorreu o
contrário, visto que primeiro ocorreu a divisão em regiões geográficas imediatas para depois
se obter um agrupamento destas em regiões geográficas intermediárias.
❖ Definições
Região Geográfica Imediata (RGI): Têm na rede urbana o seu principal elemento de
referência. As RGIs são estruturas a partir de centros urbanos próximos para a satisfação das
necessidades imediatas das populações, tais como compras de bens de consumo duráveis e
não duráveis, busca de trabalho, procura por serviços de saúde e de educação e a prestação
de serviços públicos.

Regiões geográficas Intermediárias (RGInt): correspondem a uma escala intermediária entre


os estados e as RGIs. Preferencialmente, buscou-se a delimitação das Regiões Geográficas
Intermediárias com a inclusão de Metrópoles ou Capitais Regionais. Em alguns casos,
principalmente onde não existiam Metrópoles ou Capitais Regionais, foram utilizados centros
urbanos de menor dimensão que fossem representativos para o conjunto de RGI que
compuseram as suas respectivas RGInts.
Aspectos Históricos – Generalidades

➢ A área que hoje corresponde ao Estado do Amazonas não pertencia a Portugal


pelos limites definidos no Tratado de Tordesilhas, assinado entre Portugal e
Espanha em 1494.

➢ Após o descobrimento do Brasil, a região foi alvo de exploradores portugueses. O


processo influenciou na decisão do Tratado de Madri, de 1750, que dava posse
definitiva da região para a Coroa Portuguesa.

➢ O decreto de criação da Província do Amazonas foi assinado por Dom Pedro II em


1850. O nome Amazonas é de origem indígena. Vem da palavra amassunu, que
ruído das águas.
Tratado de Tordesilhas → 1494 – Divide as terras
recém descobertas (América) entre Portugal e
Espanha

Tratado de Madri → 1750 – Defini os limites


territoriais de posses de terras entre Portugal e
Espanha por meio do princípio de Uti Possidetis

Tratado de El Pardo → 1761 – Anula o tratado de


Madri por conta dos inúmeros conflitos entre
Portugal e Espanha.

Tratado de Santo Idelfonso → 1777 –


Reestabelece o Tratado de Madri.
➢ Foi o capitão espanhol Francisco Orelhana quem batizou a região após descer o
Rio Amazonas em 1541. No percurso, encontrou grupos indígenas, com quem
guerreou.

➢ A ocupação da região ocorreu como resultado dos ciclos econômicos. Até o início
do século XX, a exploração da borracha foi o chamariz para a introdução de vilas
e povoados.

➢ Após o sucesso da exploração da borracha por ingleses e holandeses em suas


colônias na Malásia, a região enfrentou estagnação econômica.

➢ O governo federal incentivou o crescimento a partir de 1950 e, em 1967 é criada


a Zona Franca de Manaus, hoje denominado Polo Industrial de Manaus. O
objetivo foi acelerar o processo de crescimento industrial da região.
Em 1943, como parte da estratégia de defesa na Segunda Guerra Mundial, os territórios
fronteiriços do Rio Branco (atual Roraima) e Guaporé (atual Rondônia) também foram
desmembrados do Amazonas, provocando protestos em Manaus.

Como forma de tentar retomar o crescimento da região, em 1953 o governo federal criou
a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA). Ela
servia para liberar verbas de investimento em infraestrutura, como a construção das
rodovias Manaus-Porto Velho e Manaus-Boa Vista. Em 1966, o órgão foi substituído pela
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), que foi extinta por
Fernando Henrique Cardoso em 2001 e recriada por Lula em 2003.

O regime militar (1964-1985) também decidiu construir a rodovia Transamazônica, que no


entanto acabou abandonada. O principal impulso ao crescimento veio em 1967, quando
foi criada a Zona Franca de Manaus, um pólo para indústrias de alta tecnologia com
isenção fiscal. O pólo começa a crescer cinco anos depois, em 1972, já no final do
Milagre Econômico.
Aspectos Econômicos

➢ O extrativismo ainda é o principal motor de indução da economia local, que


também sobrevive da indústria. A produção agropecuária é voltada para o
cultivo de mandioca, arroz, laranja e banana.

➢ No parque industrial, a produção é diversificada, com destaque para materiais


elétricos, metalúrgicos, bebidas e alimentos. As indústrias locais geram 100 mil
empregos diretos e movimentam US$ 36 bilhões anuais.

➢ Como alimento base da culinária amazonense, o peixe também se configura


como importante elemento na economia local.
Aspectos Geográficos

➢ Há três patamares de altitude no relevo amazonense: os igapós, várzeas e


baixos platôs. Os patamares são definidos pelo volume dos rios.

➢ Os igapós representam áreas que permanecem constantemente inundadas.


Nesses locais, a vegetação é adaptada para permanecer com as raízes
permanentemente submersas.

➢ Um pouco mais elevadas, as várzeas são inundadas no período de cheia dos


rios. Já os baixos platôs ficam na parte elevada e nunca são inundadas.

➢ O ponto mais elevado do território nacional está no Estado do Amazonas. É


o pico da Neblina, que tem 3.014 m. O pico da Neblina fica na serra do Imeri,
próximo à Venezuela.
Cultura

❑ Como ocorre em todos os estados brasileiros, a cultura amazônica resulta


de influências indígenas, africanas e europeias. Nesse estado, porém, a
influência indígena é a mais acentuada, manifestando-se na tradição oral,
no artesanato e na culinária.

❑ Entre as festas típicas, a que mais atrai visitantes é o Festival Folclórico de


Parintins. O evento reproduz um duelo entre os bois caprichoso e garantido.

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