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Amazônia
O Clima
A Vegetação
A Amazônia é coberta pela maior e mais exuberante floresta tropical da
superfície terrestre (Floresta Equatorial Amazônica)
Ultrapassando os limites territoriais do Brasil, a floresta abrange mais de 7,8
quilômetros quadrados e, o nosso país abrange 65% desse total.
No Complexo Regional Amazônico há também áreas de Cerrado, em trechos
dos estados do Amapá, do Tocantins, de Rondônia, de Roraima e de Mato
Grosso.
A Floresta Amazônica, de acordo com as declividades e aproximação ou não
dos rios, se divide em três tipos de matas: De Terra Firme, de Várzea e de
Igapó.
Desmatamentos e Queimadas
A Hidrografia
A Amazônia é banhada por uma das maiores bacias hidrográficas do mundo,
formada pelo rio Amazonas e seus inúmeros afluentes. Essa bacia
corresponde aproximadamente 20% da água doce do planeta e tem como
origem a grande quantidade de chuvas da região.
Além das chuvas, o derretimento da neve dos Andes bolivianos e peruanos
contribui para a elevação do nível das águas de alguns rios dessa bacia.
Alguns dos seus rios principais são de planície, o que favorece a navegação,
um dos meios de transporte mais utilizados na região.
O Rio Amazonas permite a navegação de embarcações até o porto de Manaus,
no rio Negro, bem próximo à confluência com o rio Solimões.
Já os rios que apresentam quedas d’água, como o Xingu, o Tapajós e o
Tocantins, permitem a obtenção de energia elétrica.
Outro problema ambiental na região são os garimpos. A extração de ouro nos
rios utiliza mercúrio, que vem poluindo trechos da bacia Amazônica. Estima-se
que 250 toneladas desse metal altamente tóxico que afeta o sistema nervoso
dos seres humanos e causa outros sérios danos ao organismo, são despejadas
anualmente nos rios da Amazônia. Esse metal é absorvido pelos peixes, que
depois serão consumidos pelas pessoas. Também outros animais e a flora são
contaminados.
O Amazonas, o rio com o maior número de espécies de peixes (entre 3 mil e 5
mil) garante a sobrevivência de grande parte da população da região.
O Extrativismo Vegetal
Algumas das principais atividades extrativistas vegetais desenvolvidas na
Amazônia são: a extração do látex, principalmente das seringueiras, para a
produção de borracha; a extração da castanha-do-pará (colhida nas
castanheiras em áreas de terra firme); a extração de madeira; a extração de
açaí; e o aproveitamento econômico da palmeira de babaçu (Maranhão e
Tocantins).
No Acre, existem milhares de seringueiros, a maioria vivendo da extração do
látex em grandes seringais demarcados como reservas extrativistas. Essas
reservas são áreas utilizadas por populações tradicionais, que baseiam sua
sobrevivência na coleta, na agricultura de subsistência e na criação de animais.
O Extrativismo Mineral
A Agricultura
Parcela considerável da população rural amazônica pratica a agricultura de
subsistência, principalmente a que vive nas margens dos rios, as chamadas
várzeas. Nesses locais, o solo é fértil, consequência da matéria orgânica
transportada pelas águas e depositada ao longo das margens.
A prática da agricultura comercial tem enfrentado alguns problemas para
alcançar melhor desempenho. O alto custo dos transportes, por causa da
distância dos grandes centros consumidores do país, e, de modo geral, a baixa
fertilidade dos solos, que requerem grande aplicação de técnicas agrícolas, são
alguns dos desafios.
Na Amazônia, algumas das principais áreas de cultivo agrícola que produzem
em escala comercial são:
+ o Maranhão, grande produtor de arroz, que a partir da década de 1990 teve
sua área de cultivo de soja ampliada, na região limítrofe entre a Amazônia e o
Nordeste;
+ as áreas de cultivo mais recentes, como as dos estados de Rondônia,
Roraima, Tocantins e Acre e as do sul do Pará e Amazonas, onde se cultivam
o milho, o feijão, o arroz, o cacau, entre outros. Rondônia vem apresentando
nos últimos anos um crescimento no cultivo de soja;
+ o centro-norte do estado de Mato Grosso, um dos principais produtores de
soja do Brasil.
Nas áreas mais recentes de cultivo de soja, vêm ocorrendo os principais
conflitos pela posse da terra, uma vez que nelas se instalaram colonos
(agricultores) provenientes do Centro-Sul e empresas. Esses conflitos
envolvem posseiros e grileiros. Também é significativo o número de indígenas
envolvidos nesses conflitos; eles acabam sendo bastante prejudicados na
maioria das vezes.
A Pecuária
Estima-se que existam atualmente mais de 80 milhões de cabeças de gado
bovino na Amazônia. A pecuária é praticada em Mato Grosso, no Pará, no
Tocantins, no Acre e em Rondônia. Nesses estados, predomina a criação
extensiva de bovinos, que apresenta, em geral, baixa produtividade.
Na Ilha de Marajó-PA, é desenvolvida a criação de búfalos, mais resistente às
condições naturais do local do que o gado bovino. O Pará concentra cerca de
metade de rebanho de búfalos do Brasil.
A derrubada da floresta para a formação de pastagens para o gado foi um dos
principais fatores responsáveis pela ampliação do desmatamento nessas
áreas.
Madeira, gado, soja. Esse tem sido o cardápio de exploração econômica da
Amazônia até agora, com perdas significativas de cobertura florestal ao longo
das décadas. A retórica de que é preciso derrubar a Amazônia para produzir
riqueza, porém, não encontra mais sustentação nos fatos.
A agricultura, e principalmente a pecuária, vieram a reboque — primeiro a
madeira, depois a pecuária, e finalmente o grão. Vários assentamentos e
incentivos à produção agropecuária foram criados oficialmente pelos governos.
Até a implantação de políticas de comando e controle para a redução do
desmatamento em 2007, a agricultura e a pecuária foram, sim, alguns dos
principais vetores responsáveis pelo aumento do desmatamento na Amazônia.