RELATÓRIO ANÁLITICO DE GEOMORFOLOGIA FLUVIAL DE RIOS
INTRAMONTANOS
Fernando Silva Geomorfologia fluvial de rios intramontanos
Os rios são os principais agentes de transporte de sedimentos formados
pelo intemperismo das áreas elevadas para as mais baixas e dos continentes para o mar. No sentido geral, um rio é um curso de água doce natural, com canal definido e fluxo permanente ou sazonal, que deságua em um outro rio, no mar ou em um lago. Ele recebe água pelo escoamento superficial e pelo escoamento de base, e perde pela evaporação. Devido a sua capacidade de erosão, transporte e deposição, os rios são os principais agentes de transformação da paisagem, agindo continuamente no modelado do relevo. O principal interesse da Geomorfologia Fluvial é o estudo dos processos e das formas relacionadas ao escoamento dos rios. Além do estudo dos rios, engloba, também, o das bacias hidrográficas. Os rios têm uma importância fundamental no processo de elaboração do relevo. A morfologia de um rio e de sua bacia de drenagem não é estática, pois o material está sendo constantemente removido, promovendo mudanças nas formas de relevo fluviais e superficiais. Os rios, através de seus processos fluviais, são os principais responsáveis pela denudação continental. Esta, por sua vez, é condicionada principalmente pelo clima. Assim, quanto maior a temperatura e a precipitação, maior será o volume do escoamento superficial e, consequentemente, maior erosão e maior sedimentação oceânica. O vídeo conta com as presenças dos professores Luiz Fernando de Paula de Barros, bacharel mestre em geografia pela UFMG e o Antônio Magalhães bacharel e mestre pela UFMG, doutor na área de desenvolvimento sustentável pela Universidade de Brasília, pós-doutorado pelo departamento de geografia da universidade autônoma de Barcelona, trata de geomorfologia fluvial de rios intramontanos. A origem desta terminologia e decorrente de uma antiga classificação tradicional de curso d água baseada em dinâmicas e processos de divisão de rios em zonas, na qual são divididos em rios de zonas montanhosas que são predominante erosivos, geralmente confinados e estreitos, passando por corredeiras e quedas d agua, e rios de planícies são predominante de fundo chatos com uma abertura maior, alguns cursos d agua apresenta as duas dinâmicas com alto curso montando e um baixo curso em planícies costeiras bem desenvolvidas. Os arquivos fluviais são formados pelo transporte e acumulação de sedimentos pelos curso de agua separado em três ambientes deposicionais depósitos de canal, planície de inundação e níveis deposicionais inativos, são necessários para compreensão da transformação da paisagem, relevo e dos rios e sempre haverá uma conexão entre vertente e sistema fluvial, a transição entre ambientes causa uma Interdigitação entre matérias coluviais das planícies das vertentes e materiais aluviais dos fundos de vale, estas conexões permite perceber e identificar alterações na bacia no decorrer dos tempos. Por conta desta dificuldade em analisar rios intramonatanos sempre será necessário trabalho de campo para colher informações precisas. Em Minas Gerais nas últimas décadas quase todos estudos foram focados em dois domínios geomorfológico o quadrilátero ferrífero e a serra do espinhaço meridional. O quadrilátero ferrífero e delimitada por serras formando uma espécie de quadrado, no seu interior encontrasse erodido e esvaziado, para entender o que ocorreu nesta região e necessário uma análise geológica, ela e cortada por três bacias cada uma possuindo suas peculiaridades, foram encontrados tendência de níveis escalonados generalizados nas encostas e outros embutidos no fundo de vale tendo a presença de dois níveis deposicionais fluviais separado pelo afloramento do substrato rochoso demostrando encaixamento da drenagem e níveis embutidos nos fundos de vales sem que o afloramento do substrato ocorra, através de estudos de campo relatado no vídeo foram caracterizado os depósitos destes níveis deposicionais e através destas analises podendo ser compreendido a história destes vales e bacias hidrográficas destes domínios geomorfológico, também foi encontrado inevidência de condicionamento climático, com períodos úmidos e secos e com amplitude térmica contribuindo com a formação de ferruginosa da região, devido flutuação freática, causando estresse hídricos com elementos mineiras presente nas plantas que acaba ficando concentrado como resíduos nos depósitos podendo identificar quais especiais tinham naquele determinado ambiente, um dos desafios comuns são os depósitos cronocorrelatos que possui diferenças de altura para a drenagem atual, dissecação regional por níveis de base tectônica em blocos encouraçados de leitos, porem estes dados da diferencia entre altitude e altura não são totalmente confiáveis para correção de níveis deposicionais de diferentes áreas dificultando a identificação se são resíduos erosivos depósicionais ou detritos residuais, no vídeo apresenta algumas imagens com materiais endurecido formando até barras de canal ou até ilhas com presença de vegetação sendo feições erosivas , que sobraram da erosão devido ao curso de agua não conseguir encaixar irá erodir lateralmente deixando estas ilhas que se não forem analisado de forma correta pode ser confundida como deposicional. Na serra do Espinhaço Meridional tem como principal bacia do Rio Paraúna que em temos geológicos possui supergrupo espinhaço formado formados pelos quartzitos que sustentam serra e responsável pela sua resistência aos processos erosivos por este motivo possui um movimento de blocos e encaixamento da drenagem diferenciados deixando poucos vestígios de configuração original, e devido sua estabilidade do nível base ira possuir baixa energia dos fluxos e entalhamentos de calhas, formação de pavimentos detriticos migração praticamente imóveis contribuindo com migração lateral e alagamento de fundos de vales, recobrimento dos baixos terraços, remoção de fácies finas e exposição dos níveis clatos contribuindo com processo de encouraçamento. Todas informações apresentadas no vídeo deixam em evidencia que a produção de geomorfologia fluvial brasileira neste início de século e um dos ramos mais produtivos, porem grande parte desta produção são de estudos de planícies costeiras, palestrante relatam que somente uma pequena parte aborda estudos relacionados com rios intramontano. Com estes estudos e possível investigar e analisar depósitos que guardam sequencias sedimentares podendo ser retirado informações de regime hidrossedimentologico podendo através destas informações identificar processos de origem endógena exógena, deposicional e degradação, mostrando a magnitude da transformação fluvial, e este e o motivo de ter poucos estudos relacionado com rios intramontano devido possuir uma dinâmica fluvial descontinua e a acumulação quaternária fragmentada.