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Disciplina: Geomorfologia Continental

AD2- 2024.1

Aluna: Tamires de Melo Cunha Matrícula: 23112140161 Polo: Três Rios

MORFOMETRIA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS

As análises morfométricas nos permitem interpretar o comportamento hidrológico e a


dinâmica geomorfológica de uma bacia hidrográfica. As redes de drenagem têm uma
importante função da esculturação do relevo, pois influenciam nos processos de
intemperismo, erosão e deposição de sedimentos.
A caracterização morfométrica de uma bacia hidrográfica é um procedimento
indispensável para o conhecimento de sua dinâmica hidrológica. As informações
quantitativas obtidas podem ser usadas para o planejamento e gerenciamento dos
recursos naturais. Por meio da caracterização morfométrica é possível realizar
avaliações e diagnósticos prévios sobre potenciais e limitações dos recursos
hídricos, baseando-se nas características físicas da bacia hidrográfica (VILLELA;
MATTOS, 1975; ALVES; CASTRO, 2003).

Através do estudo sobre a caracterização morfométrica é possível identificar as dinâmicas de


ativação de movimentos de massa, processos erosivos e deposicionais nas encostas e sistemas
fluviais, enchentes, intemperismo e etc.

Figura 1 – Bacia Amazônica.

Fonte: ESB Profissional.


A Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo. Cerca de 40% de sua área
localiza-se no Brasil, sendo umas das 12 bacias macro-hidrográficas do território brasileiro.
As bacias hidrográficas são de grande importância para a população, pois serve para consumo
de água potável, irrigação, produção de energia elétrica e até mesmo como rota de transportes
fluviais.

Figura 2 – Processo de entrada de água na Bacia Hidrográfica

Fonte: Rodrigues e Adami (2011).

Ao trabalhar a morfometria das bacias hidrográficas temos como um fator fundamental o


desnivelamento. Através deste, podemos calcular a diferença altimétrica entre o ponto mais
alto do divisor de drenagem e o ponto exultório (ponto final da bacia hidrográfica), sendo o
resultado obtido o condicionante para o gradiente topográfico. O desnivelamento influencia
toda a dinâmica erosiva e deposicional de sedimentos, pois quanto maior o seu desnível,
maior será a força gravitacional potencial fazendo a retirada de águas e sedimentos da bacia.
O gradiente da bacia espelha a força gravitacional, que determina a velocidade dos fluxos
hidrológicos nas encostas e canais. Para calcular o gradiente total da bacia, precisamos
determinar o valor de desnivelamento topográfico e da extensão longitudinal. O gradiente
influencia a percolação, a infiltração, o escoamento superficial e subsuperficial e fluxos de
água subterrâneos e também dos reservatórios.
Em canais com alta declividade e alto gradiente, há um rápido escoamento, com grande
capacidade de transporte de sedimentos e grande capacidade erosiva.
Canais com baixo fluxo hidrológico significam que a declividade é menor, portanto, a força
gravitacional será menor e o gradiente será baixo. Nessas condições, temos menores
capacidades de erosão e de sedimentos transportados.
No canal principal o gradiente é calculado pelo desnivelamento e pela extensão do
desnivelamento, refletindo as características gerais do perfil longitudinal do canal. O canal
pode ter alto gradiente em alguns trechos, com alta capacidade erosiva e em outros trechos
apresentar baixo gradiente e baixa declividade, tendo pouca capacidade erosiva, portanto nos
canais fluviais é importante avaliar todo o seu perfil longitudinal.

Figura 3 – Rio Paquequer. Nasce no Parque Nacional da Serra dos


Órgãos, Teresópolis e deságua no Rio Preto (RJ).

Fonte: Medeiros (2019)

O Rio Paquequer apresenta um fluxo hidrológico forte e com grande capacidade hidroerosiva
com transporte de sedimentos. Nasce em uma área de proteção ambiental (Parque Nacional da
Serra dos Órgãos) e posteriormente passa por localidades onde sofre com o desmatamento e
poluição.

Através da densidade de drenagem, podemos saber se a bacia tem uma boa drenagem ou não e
qual a probabilidade para ocorrência de cheias. Este índice leva em consideração a razão entre
a extensão total da rede de canais e a área da bacia e expressa às particularidades da
dissecação fluvial (Promove o entalhamento da rede de drenagem e o rebaixamento dos níveis
de base).

Referências:

CORREA, Márcio. Processos decorrentes da entrada de água no sistema Bacia


Hidrográfica. ResearchGate, Jul. 2013. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/figure/Figura-13-Processos-decorrentes-da-entrada-de-agua-
no-sistema-Bacia-Hidrografica-Fonte_fig1_309293661>. Acesso em 21 abr. 2024.

Diário. Dia Mundial da Água: Você realmente conhece o nosso Paquequer? Diário, 23
mar. 2019. Disponível em: <https://netdiario.com.br/ecologia-e-turismo/dia-mundial-da-gua-
voce-realmente-conhece-o-nosso-paquequer/>. Acesso em 21 abr. 2024.

SANTIAGO, Emerson. Bacia Amazônica. InfoEscola Navegando e Aprendendo. Disponível


em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/217854/1/Caracterizacao-
morfometrica.pdf>. Acesso em 21 abr. 2024.

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