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Desgaste por erosão

CONCEITO DE EROSÃO

Erosão é definida pela ASTM G40-92 como:


A perda progressiva de material de uma superfície
solida devido a interação mecânica entre a superfície e
o fluido, fluido multicomponente ou partículas líquidas
ou sólidas impactantes.
Meio Gasoso – quando as partículas sólidas ou gotas
líquidas são carregadas por ar ou gás.

Ventiladores centrífugos sistema de transporte pneumático


Meio Líquido – as partículas sólidas ou gotas líquidas,
quando carregadas por água ou outro líquido qualquer.

rodas de turbinas hidráulicas bombas para lama

instalações de lavagem de areia


CONCEITO DE EROSÃO
A taxa com que um material é erodido depende de fatores

como tamanho, forma, dureza, ângulo e velocidade de

impacto das partículas erodentes, assim como temperatura

e propriedades da superfície erodida.

E = taxa de erosão (g/mm2 .min);


c = concentração de partículas erosivas (g/mm3 );
V = velocidade de impacto (m/s);
EM = taxa de erosão (g/g)
Possíveis mecanismos de erosão
a) erosão em pequenos ângulos de
impacto,

b) fadiga na superfície durante baixa


velocidade, alto ângulo de impacto,

c) fratura frágil ou alta deformação


plástica durante velocidades medias,
grande ângulo de impacto.

d) Fundição da superfície durante


altas velocidades de impacto,

e) erosão macroscópica com efeitos


secundários,

f) degradação do reticulo cristalino


devido a impacto de átomos.
Trajetória das partículas

Exemplo da trajetória de partículas erosivas em turbinas a gás


Variáveis do desgaste erosivo
Tamanho , natureza, massa da partícula, tipo, velocidade do fluxo e
ângulo de impacto. A resistência à erosão de uma superfície ainda
depende da estabilidade no meio e de suas propriedades físicas e
mecânicas.

Mecanismo de desgaste:
1. Fadiga da fase intergranular;
2. Microtrincas no contorno de grão;
3. Indução de microtrincas no grão;
4. Desprendimento do grão;
5. Desprendimento de fragmentos de grão
Ângulo de incidência

Comportamento da taxa de erosão para materiais dúcteis e frágeis


Velocidade de impacto
Tamanho da partícula

Variação da taxa de erosão com o tamanho de partícula para um aço,


utilizando um ângulo de impacto e diferente velocidades de impacto
Forma da partícula na taxa de erosão

Esferas de vidro SiO2 (dióxido de silício) Al2O3 (óxido de alumínio)


Forma da partícula na taxa de erosão
Influencia da temperatura no desgaste erosivo
Característica pós impacto

Superfície de cobre impactada por esferas de aço.

As fotos (a) e ( c) mostram cobre recozido,


As fotos (b) e (d) mostram cobre encruado
Micrografias impactados em Micrografias impactados em
velocidade de 30 m/s, ângulo de velocidade de 70 m/s, ângulo de
impacto de 90º. Ampliação de 2000x. impacto de 90º. Ampliação de 2000x.

A36 A36

15Mo3 15Mo3

Inconel Inconel
Resultados
ENSAIO

Sistema de ensaio de erosão por partícula solida em meio gasoso


tipo jato de impacto ASTM-G76-95
Peças de hidrelétrica

Desgastes por erosão ocasionado por partículas


sólidas presentes nas águas dos rios
Erosão líquida
Contramedidas para Limitação da Erosão em
Distribuição de Vapor
Bibliografia

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA -


EROSÃO, CORROSÃO, EROSÃO-CORROSÃO E CAVITAÇÃO DO AÇO ABNT 8550

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - CENTRO TECNOLÓGICO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA - ESTUDO DO DESGASTE
POR EROSÃO DE LIGAS METÁLICAS UTILIZADAS EM SISTEMAS MECÂNICOS DE PLANTAS
SIDERÚRGICAS

INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES


Autarquía Associada à Universidade de São Paulo -OXIDAÇÃO DE MATERIAIS COMPÓSITOS
DE NíCr COM WC E Cr,C,
EROSÃO POR IMPACTO LÍQUIDO

O que é?
Como ocorre?
EROSÃO POR IMPACTO LÍQUIDO

Fig. 6 Duas porções de turbinas que foram submetidas a erosão líquida. A


porção do lado esquerdo foi protegida por uma camada de Stellite 6B nas
arestas. A porção do lado direito é uma aço inox 403 não protegido.
EROSÃO POR IMPACTO LÍQUIDO

Mecanismos

Interações líquido / sólido

Fig. 7 Diagrama dos primeiros estágios do impacto. (a) contato inicial. (b)
compressão. (c) jato de escape lateral.
EROSÃO POR IMPACTO LÍQUIDO

Mecanismos

Comportamento do material

Fig. 8 Deformação devido a impacto em alumínio por um jato discreto de água a 750m/s.
Note a depressão central que é similar ao diâmetro do impacto.
EROSÃO POR IMPACTO LÍQUIDO

Fig. 9 Erosão de um aço inox 403 (a) Macrografia da área erodida. (b) seção adjacente (c)
seção com alguns pits (d) porção dilatada .
EROSÃO POR IMPACTO LÍQUIDO

Fig. 11 Dano devido ao impacto em material frágil causado por um jato de 0,8mm a 300m/s.
Note que aparentemente a área central está intacta.
EROSÃO POR IMPACTO LÍQUIDO

Mecanismos

Tempo VS taxa erosão

Fig. 12 (a) Erosão acumulada (massa ou volume perdido) vs tempo de exposição. (b)
Taxa erosiva instantânea vs tempo de exposição.
EROSÃO POR IMPACTO LÍQUIDO

Um diagrama de um cortador a jato de água:


1 - entrada de água a alta pressão
2 - "jóia" (rubi ou diamante)
3 - abrasivo
4 - tubo de mistura
5 - guarda
6 - jato de água cortante
7 - material a ser cortado
Jateamento abrasivo

É uma operação de tratamento de superfícies que consiste


em propulsionar um fluxo de material abrasivo contra uma
superfície em alta velocidade, de maneira a erodir uma
superfície, tornar rugosa uma superfície lisa, dar formas a
uma superfície, remover os contaminantes de uma
superfície contaminantes ou martelar uma superfície
metálica. O meio propulsor mais usado é o ar comprimido.
Outro meio propulsor usado é a água.
Limpeza por jateamento abrasivo
Existem quatro graus de oxidação que devem ser observados quando
se faz necessária a utilização de um jateamento abrasivo, especificados
conforme a norma ISO 8501:
Grau A – superfície de aço com carepa de laminação aderente, mas
com pouca ou nenhuma oxidação.
Grau B – superfície de aço com início de oxidação e da qual a carepa
de laminação começou a desprender.
Grau C – superfície de aço na qual a carepa de laminação já deu lugar a
oxidação, podendo o restante ser removido por
raspagem.
Grau D – superfície de aço onde já se apresenta corrosão acentuada
com presença de pits e alvéolos.
Jateamento abrasivo, especificados
conforme a norma ISO 8501

Grau A Grau B
Jateamento abrasivo, especificados
conforme a norma ISO 8501

Grau C Grau D
Na limpeza por jateamento abrasivo estão padronizados quatro
diferentes graus, classificados em vários padrões internacionais:

- Jato ligeiro (Brush Off)


Limpeza ligeira e precária, pouco empregada para pintura, exceto em
alguns casos de repintura. A retirada do produto de corrosão neste
caso é em torno de 5%.
- Jato comercial ou limpeza ao metal cinza
Limpeza com retirada de óxidos, carepa de laminação, etc., com
eficiência em torno de 50%.
- Jato ao metal quase branco
Limpeza com a retirada quase que total dos óxidos, carepas de
laminação, etc., admitindo-se cerca de 5% da á real limpa com
manchas ou raias de óxidos encrustados.
- Jato ao metal branco
Limpeza com a retirada total dos óxidos, carepas de laminação, etc.,
deixando a superfície do metal limpa completamente.
Perfil de Rugosidade

A altura do perfil de rugosidade deve ser determinada,


mediante o uso de rugosímetro com precisão de 5 •m ou
com auxílio de padrão visual da norma NACE -TM-00170.
O grau de jateamento necessário para condicionar a
superfície a qual o produto vai ser destinado, geralmente
está relacionado ao tipo de sistema de pintura e
características do equipamento a ser pintado, baseado
nestes fatores o fabricante recomenda o grau
de jateamento ideal para condicionar a superfície.
Representação esquemática do escoamento turbulento de um
fluído contento partículas sólidas
CONCLUSÃO

Mudanças nestes mecanismos devido às Condições de


erosão (velocidade de impacto, ângulo de incidência, tipo
de fluido, fluxo de partículas...) podem alterar

completamente qualquer classificação dos materiais com


base na taxa de erosão.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
• https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/25627/000747632
.pdf?sequence=1
• http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos/ifpa/tecnico_metalurgica/corr
osao_tratamento_de_superficies.pdf
• www.metalica.com.br/controle-de-erosao-do-solo
• http://www.emc.ufsc.br/controle/arquivos/estagio/geral/arquivo_277-
Carlos_Henrique_Selle.pdf
• ASM Metals Handbook – capítulo 18 – Friction, Lubrication and
wear Tecnology
• EROSÃO, CORROSÃO, EROSÃO-CORROSÃO E CAVITAÇÃO
DO AÇO ABNT 8550 NITRETADO A PLASMA
http://www.livrosgratis.com.br

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