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Ano: 2022/2023
Mariana Oliveira nº55487
4 situações meteorológicas:
o O clima vai variando ao longo do ano devido á faixa dos anticiclones subtropicais que
protege situações de muito sol e temperaturas altas
1. Verão
▫ Dias mais quentes ▫ Dias em que se instalam
▫ Centros de alta pressão centros de baixas pressões
▫ Vento de altas para baixas pressões
2. Inverno
▫ Anticiclones continuam a descer ▫ Ventos a oeste do território
3. Outono
▫ Anticiclones continuam a descer; ▫ Sujeito a baixas temperaturas
▫ Norte fica desprotegido
4. Primavera
▫ Anticiclones “sobem e descem” provocando uma instabilidade climática
em todo o território.
CLIMA DO CONTINENTE
Norte mais frio devido à latitude e á altitude;
Sul mais quente;
Litoral VS Interior:
o Aproximação ao mar;
o Relevo.
PRECIPITAÇÃO
Irregular de Portugal, variando de ano para ano.
Chove mais no norte litoral que no sul.
Inverno:
o céu nublado e chuva (baixas pressões subpolares;
o Céu limpo com arrefecimento noturno (anticiclone de origem térmica)
Verão:
o Céu limpo ou pouco nublado (anticiclone dos Açores:
o Céu nublado e chuva ou trovoadas (centros de baixas pressões da precipitação e temperatura.
NOROESTE ALENTEJO
Precipitações mais elevadas; Menor precipitação e verões longos;
Invernos chuvosos e prolongados Relevo: áreas planas ou ligeiramente onduladas;
Verões curtos Densidade populacional baixa;
Relevo: vales largos entre montanhas Povoamento aglomerado em aldeias;
recortadas; Cultura principal: trigo;
Densidade populacional muito elevada; Campos limpos;
Povoamento disperso Domínio do Sobreiro e Azinheira;
Culturas principais: milho e vinha, produtos Importância do olival, tomate e arroz;
hortícolas; Pastoreio de gado miúdo e bovino;
Ocupação florestal: pinheiros-bravos e No alqueva:
carvalho roble o Culturas de girassol e expansão
Grande importância do gado na economia da assimilável do eucalipto.
região
Importante desenvolvimento industrial
População portuguesa
CONCEITOS DE POPULAÇÃO
Natalidade: nº de dados vivos ocorridos durante um ano num determinado território. (N)
Mortalidade: nº de Óbidos ocorridos durante um ano num determinado território. (M)
Crescimento natural: diferença entre natalidade e mortalidade ocorridos durante um ano, num
determinado território. (CN = N – M)
Saldo Migratório: diferenças entre migrações de entrada e saída.
Crescimento efetivo: crescimento real da população de um dado território, durante um ano, que
corresponde ao somatório de crescimento natural com o saldo migratório.
Taxa de N: nº de dados vivos ocorridos durante um ano, num determinado território por cada mil
habitantes;
Taxa de M: nº de óbidos ocorridos durante um ano, num determinado território, por cada mil
habitantes;
Taxa de crescimento natural: crescimento natural durante um ano, por cada mil habitantes;
Taxa de crescimento migratório: saldo migratório num determinado território, durante um ano, por
cada mil habitantes;
Taxa de crescimento efetivo: crescimento real da população de um dado território, durante um ano,
por cada mil habitantes;
Taxa de fecundidade: nº de nados vivos, ocorridos num ano, por mil mulheres em idade fértil - Índice
sintético de fecundidade: nº médio de filhos por mulher em idade fértil;
Índice de renovações de gerações: nº máximo de filhos que, em média, cada mulher deveria ter
durante a sua vida fecunda, para assegurar a sua substituição de geração. O nº médio é de 2.1.
A EMIGRAÇÃO
Nas últimas décadas, o saldo migratório está a comandar o crescimento da população;
A população cresceu muito quando a emigração era menor;
1910 – 1960: o principal destino era o Brasil. A partir dos anos 30, houve um declínio da emigração,
devido à crise económica, a moeda começou a desvalorizar e as viagens eram muito caras e longas, o
Brasil tornou-se menos atrativo.
1950 – 1970: pique do aumento da emigração. O destino era França, os salários eram melhores e
podia-se ir clandestinamente, o que muitos jovens fizeram para fugir à guerra;
1970: quebra na emigração, devido ao choque petrolífero.
Séc. XXI: piques devido à crise económica. Passa a ser uma emigração temporários. Feita sobretudo
por jovens qualificados. Os locais de destino são cada vez mais diversificados.
CAUSAS CONSEQUÊNCIAS
▫ Conjuntura político-económica (guerras, regimes, ▫ Baixo crescimento populacional em 30
políticos repressivos desemprego, baixos salários); anos;
▫ Pressão demográfica; ▫ Abandono dos campos;
▫ Baixo nível cultural da população; ▫ Aldeias e vilas mais despovoadas;
▫ Aversão ao serviço militar; ▫ Redução da mão-de-obra;
▫ Tradição de emigração; ▫ Modificação de padrões de consumo;
▫ Reduzidos os entraves às migrações (melhoria nas ▫ Diminuição de taxa de natalidade;
redes de transportes, abertura de fronteiras)
A IMIGRAÇÃO
1ª fase 1975/80: após a descolonização houve um aumento da população proveniente de África;
2º fase: Asiáticos e sul americanos;
3ª fase nos anos 90: inversão com saldo positivo.
4ª fase nos finais do séc XX/inícios do séc XXI: europa de leste
5ª fase 2001/2002: maioria são brasileiros
CONSEQUÊNCIAS Estrutura demográfica: aumento da população residente, rejuvenescimento
da população aumento da população ativa;
Económicas e socias: mistura de tradições, possível aparecimento de bairros
degradados e dificuldade na aceitação de novas línguas e culturas;
Paisagísticas: estabelecimentos que marcam a paisagem urbana.
o INE, Portugal
POVOAMENTO
Concentrado ▫ Povoações pequenas que estão muito próximas umas das outras, assim como a
construção de casas. Formam-se aldeias, um pouco distantes umas das outras
Disperso ▫ Preside a relação casa trabalho
Misto ▫ Grandes povoações compactas, em que a partir de certa altura surgem casas
dispersas
Linear ▫ Desenvolve-se de forma sistemática ao longo das principais estradas e tende a
ocupar a rede de caminhos rurais
Cidades
CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DE CIDADE
Critérios Quantitativos:
População absoluta (nº total de habitantes) - números mínimos de habitantes de uma cidade; varia
de país para país;
Densidade populacional (nº de habitantes por Km2)
Critérios Qualitativos:
Definição local em que uma cidade é aquilo que está implícito na linguagem da população ativa de
um aglomerado, sendo considerado cidade quando predominam os setores secundários e terciários.
Critérios Morfológicos e Paisagísticos:
Quantidade e diversidade; Hierarquia de ruas;
A cidade contém diferentes edifícios Diversidade da população (várias etnias, religiões);
e serviços de aldeia; Vida diurna e noturna;
Lojas com mais diversidade; Monumentos.
Poluição;
A Cidade Medieval
Centro estratégico e político importante, com foral em 1166;
A primeira grande obra edificada foi a Sé.
Movimentos migratórios em relação a Évora.
Acentua-se a importância das principais praças públicas;
A expansão urbana não ocorreu de forma planeada;
Constituída por duas partes: cidadela, periferia com arrabaldes;
Construção de uma nova cerca, com forma de polígono irregular;
Hierarquia das ruas:
o Ruas direitas de intenso movimento comercial;
o Ruas agrupadas por “mesteres”
o Ruas mais importantes eram pavimentadas.
Edifícios de um só piso;
As praças públicas eram poucas e de pequena dimensão, nas quais se individualizou a Praça do Giraldo,
O Rossio foi um local de realização de feiras e mercados, e feira anual anteriormente feita no Giraldo.
Em 1350, o tecido urbano era muito extenso e tinham alguma zonas diferenciadas: a Mouraria e a
Judiaria
1- Praça 1º de maio;
2- Judiaria;
3- Praça do Giraldo;
4- Rua 5 de outubro;
5- Largo Marquês de
Marialva e Conde Vila
Flor;
6- Freiras;
7- Largo do Colegiais;
8- Mouraria.
A cidade renascentista
Séc. XV
Évora fora a segunda cidade do reino
Reis e nobres mandaram construir palácios e casas nobres, igrejas, conventos
Finais do séc. XV e sé. XVII
o Construção do Paço Real, inúmeros palácios e casas solarengas, conventos, igreja, colégios,
Universidade e Aqueduto da Água de Prata, que provocou algumas alterações na malha urbana
o A Praça do Giraldo e o Largo das Portas de Moura são os principais núcleos de concentração
da atividade urbana que se ligam pelo principal eixo urbano.
Séc. XVI – nova muralha
Séc. XVII e XVIII - intensificação da malha urbana
Évora, séc XVIII/XVI
Investigação importante na requalificação dos principais eixos urbanos, incluindo a Praça do Giraldo
e o Largo das Portas de Moura. Casas nobres e outras foram reabilitadas ou reconstruídas, para lhes
ser conferidas nova dignidade.
Em pleno séc XIX, Évora estava em ruínas - muitos edifícios foram demolidos. Mais tarde, nos
espaços vazios, foram construídos outros edifícios importantes para a cidade.
Exemplos:
Convento do Paraíso; Convento de S. Francisco
Construções novas: Palácio Borahona
− A câmara começa a ter uma responsabilidade maior devido ao facto de a cidade ser classificada
como património mundial da UNESCO. Responsabilidades como:
▫ Renovação/restauração da cidade.
− Protocolo CME/Caixa Geral de Depósitos - 1985/1992
− RECRIA – regime de comparticipação na recuperação de imóveis arrendados – 1988/1991
− Programa da Casa Caiada – programa anual de subsídio a fundo perdido - até 75% dos encargos
− PRAUD/PMDR - subsídio a fundo perdido para a reabilitação de imóveis degradados 30/40
fogos por ano
− RECRIA/HABITA - 2002 a 2010 – CH - subsídio pela Câmara Municipal de Évora e pelo
IHRU/INHI
Espaço Extramuros
Quintas Grandes propriedades agropecuárias
Hortas Periferia: conventos, capelas, chafarizes
MORFOLOGIA URBANA
SÍTIO Espaço concreto onde a cidade se iniciou e onde se desenvolve aspetos geográficos:
Conjunto de características do local concreto onde se implantam as construções
topográficas e geológicas, espaço físico ou centro onde se desenvolveu a cidade, área de
controlo de cruzamento e de contacto geológico
POSIÇÃO Localização à escala regional, posicionamento face a outros núcleos de povoamento ou
às vias de comunicação, relacionando com a função original da cidade estratégica, de
acordo com os recursos naturais.
− A escolha do sítio é ditada, por exemplo, em questões de defesa (local alto) ou local de abastecimento
(água, recursos, etc.)
− A posição de Évora é mais ou menos no eixo que liga Lisboa a Badajoz, na província alentejana. O
seu sítio é o largo do Templo Romano.
− Os sítios das cidades ganham ou perdem importância em relação aos eixos de circulação ou meios de
transporte.
− Quando a população cresce esta abandona o sítio e vai para as periferias
SÍTIO POSIÇÃO
Às vezes a população
abandona os sítios
Exemplos
Radio-concêntricas
o Cidade de Évora
o Origem nas cidades medievais (em volta de um mosteiro e/ou praça/mercado)
o Típica das plantas europeias antigas
o Existência de um núcleo central, antigamente correspondente à cidade muralhada
o Ruas circulares e radiais foram construídas à volta de um ponto central
o Exemplo: Lisboa, Évora, Milão, Beja, etc.
Exemplos
VANTA Não é monótona
GENS Facilita o acesso ao centro da cidade
As deslocações entre o centro e a periferia e no
interior da cidade são mais rápidas
Cruzamentos com boa visibilidade
Adapta-se mais ou menos bem os sítios em relevo
Irregulares
o Características das cidades muçulmanas e das zonas mais antigas de cidades europeias
o Crescimento desordena e sem planeamento
o Ruas estreitas, sinuosas e, muitas vezes, sem saída
o Traçado anárquico, quase labiríntico
o Existência de calçados e escadarias
o Núcleos antigos de cidades que sofreram influencia muçulmana: Córdova, Toledo, Santarém,
Lisboa
Exemplos
Lineares
o Planta que se desenvolve ao longo de uma estrada
“De Prestigio”
o Planta planeada com um objetivo concreto
o Exemplos: Versalhes e Brasília
o Espaços construídos
▫ Várias praças - muitas cidades portuguesas nasceram na época medieval, em que havia
praças irregulares ou com especialização/função. Em Évora, a Praça do Giraldo foi o
primeiro rossio
▫ Bairros de lata
▫ Bairros clandestinos
o Espaços não construídos
▫ A partir da 2º fase da Revolução Industrial começaram a dar importância a espaços verdes
e espaços com planeamento urbano
• Espaços de permanência
• Espaços públicos de utilização condicionada
• Espaços privados
FUNÇÕES URBANAS
Séc. XX – as cidades desempenham um conjunto de funções
o Toponímias: os nomes de rua mostram as funções que tiveram o têm
3 tipos de funções:
o 1 – Enriquecimento
o 2 – Responsabilidade
o 3 - Transmissão
1. ENREQUECIMENTO
Funções que produzem fluxos monetários
O objetivo é a rentabilidade
FUNÇÃO Devido aos solos fracos, Portugal não tem essa função
AGRÍCOLA
2. RESPONDABILIDADE
O seu principal objetivo é não gerar dinheiro
Ligada á segurança, administração pública, ensino, conjunto de serviços municipais
3. TRANSMISSÃO
Difusão e transmissão de conhecimentos da civilização em que a cidade exerce um poder de
formação e transmissão, com os transportes, internet, televisão, revistas, jornais e redes sociais.
OU SEJA,
❖ Concentração das funções mais nobres na área central (bancos, etc)
❖ Concentração ao longo dos principais eixos de atravessamento, de outras funções tais como:
vestuário, calçado, etc
❖ Especialização de Rua Serpa Pinto em funções tais como venda de automóveis e acessórios,
mobiliário e artigos de decoração
❖ Dispersão por todo o tecido urbano das funções mais banais, como o comércio alimentar e os
estabelecimentos de comidas e bebidas
*Tecido Urbano: consiste essencialmente em zonas construídas de tipologia humana, estas zonas podem
ser classificadas em áreas de tecido urbano continuo e tecido urbano descontinuo
Tecido Urbano continuo: áreas de tecido urbano com superfície total impermeabilizada superior ou igual
a 80%, Inclui centros urbanos e subúrbios em que os edifícios formem um tecido continuo e homogéneo,
bem como áraes de estacionamento, asfalto, etc
Tecido Urbano Descontínuo: áreas de tecido urbano na sua maior parte ocupadas por construções do tipo
residencial. Nas áreas classificadas como urbano descontinuo os edifícios e outras superfícies
artificializadas estão associadas a área com vegetação e solo nu, as quais ocupam uma área Superior ou
igual a 30% e inferior a 80% da superfície total.
REDE URBANA
Rede Urbana
É conjunto de aglomerações e respetivas áreas envolventes que, integradas num determinado quadro
territorial, se encontram ligadas entre si e a um centro urbano principal por relações hierárquicas de
dependência ou complementaridade
Características:
o A distribuição espacial
o A dimensão das cidades (termos populacionais, etc)
o A importância da cidade
Primeira Rede Urbana
o Remete a um espaço romano: sistema de vias que cruzam toda a Península Ibérica
o Nos séculos XI e XIII, Portugal encontrava-se dividido. O Norte com os Suevos e os
Visigodos e o Sul pelos árabes
o A reconquista implicou uma distribuição de uma Nação em localidades que foram criadas
junto á costa.
Rede Urbana no séc XVI
o Maior desenvolvimento das urbes portuguesas junto às urbes
o A maioria das cidades ultrapassavam os limites das muralhas
Evolução Histórica
o Séc. XVI – numeramento da pop; Lisboa (1º grande cidade); Porto ou Évora (2º grande
cidade), desequilíbrio no tamanho das cidades; em termo de localidades, grande parte das
cidades localizam-se a Sul.
o População Residente nos centros urbanos
1950 1970 1991 2001
ORLANDO RIBEIRO
3 Grandes regiões de Orlando Ribeiro:
Norte Atlântico; Norte Transmontano; Sul
Norte Atlântico
o precipitações muito elevadas o uso intenso dos terrenos agrícolas
o densidade populacional elevada o Culturas principais – milho e vinho
o povoamento disperso o Domínio do pinheiro-bravo
o propriamente muito dividida
Norte Transmontano
o Maior secura e maiores amplitudes o Povoamento mais concentrado
térmicas o Culturais principais – centeio e batata
o População menos densa
Sul
o Verões mais prolongado e secos o Sistema de grande propriedade
o Baixa densidade pop o Cultura principal – trigo
o Povoamento concentrado o Domínio do sobreiro e azinheira
UNIDADES DE PAISAGEM
A paisagem é um sistema dinâmico
Fatores naturais e culturais
Componentes:
o Ecologia – características físicas e biológicas dos ecossistemas
o Cultural – fatores históricos e questões de identidade
o Socioeconómica – fatores sociais e atividade económicas
o Sensorial – sensação povoada pela paisagem no observador
Foi definido um limite de 23 paisagens
o 180 unidades de paisagem