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GEOGRAFIA - 2ª frequência

Ano: 2022/2023
Mariana Oliveira nº55487

Clima Temperado Mediterrâneo


 Clima A (muito quente)  Clima D (frio)
 Clima B (seco)  Clima E (muito frio e gelado)
 Clima C (clima temperado/mediterrâneo)
▫ Temperatura média do mês entre 0ºC e 18ºC; ▫ Cw
▫ Ca - verão quente; ▫ Anticiclones;
▫ Cb - verão frio; ▫ Altas pressões;
▫ Cc – temperado: ▫ Baixas pressões;
− Clima típico de Portugal;
− Quando temos precipitação inferior a 30mn;
− Estação seca – uma originalidade do Mediterrânio.
▫ Superfícies frontais ou massas climáticas

 4 situações meteorológicas:
o O clima vai variando ao longo do ano devido á faixa dos anticiclones subtropicais que
protege situações de muito sol e temperaturas altas
1. Verão
▫ Dias mais quentes ▫ Dias em que se instalam
▫ Centros de alta pressão centros de baixas pressões
▫ Vento de altas para baixas pressões
2. Inverno
▫ Anticiclones continuam a descer ▫ Ventos a oeste do território
3. Outono
▫ Anticiclones continuam a descer; ▫ Sujeito a baixas temperaturas
▫ Norte fica desprotegido
4. Primavera
▫ Anticiclones “sobem e descem” provocando uma instabilidade climática
em todo o território.
CLIMA DO CONTINENTE
 Norte mais frio devido à latitude e á altitude;
 Sul mais quente;
 Litoral VS Interior:
o Aproximação ao mar;
o Relevo.

Norte ▫ Maiores influências ▫ Temperaturas medianas (o mar


Atlântico ▫ Precipitação total anual acima neutraliza o clima)
de 800 mm ▫ Baixas amplitudes térmicas
▫ Verão curto/inverno longo
Norte ▫ Diferente do Norte Atlântico ▫ Verão mais seco e prolongado
Transmontano devido ao relevo ▫ Grandes amplitudes térmicas
▫ Temperatura mais baixas
▫ Inverno mais frio
Sul ▫ Mais homogéneo que o Norte ▫ Verão longo, seco e quente
▫ Precipitação total anual abaixo ▫ Inverno curto e moderado
de 800 mm

PRECIPITAÇÃO
 Irregular de Portugal, variando de ano para ano.
 Chove mais no norte litoral que no sul.
 Inverno:
o céu nublado e chuva (baixas pressões subpolares;
o Céu limpo com arrefecimento noturno (anticiclone de origem térmica)
 Verão:
o Céu limpo ou pouco nublado (anticiclone dos Açores:
o Céu nublado e chuva ou trovoadas (centros de baixas pressões da precipitação e temperatura.

REGIÕES CLIMÁTICAS DE PORTUGAL


 Litoral: temperaturas amenas, fraca amplitude térmica, precipitação elevada, dois meses secos
 Norte inferior: temperaturas altas no verão e baixas no inverno, elevadas amplitudes térmicas,
precipitação baixa, 3 a 4 meses secos
 Centro e Sul: verões quentes, longos e secos, invernos suaves e curtos, amplitude térmica moderada,
precipitação reduzida, mais de 4 meses secos

CONDICIONAMENTOS FÍSICOS E FUNDAMENTOS HISTÓRICOS


 Condicionamento Físico:
o Clima:
▫ Apesar de ser um clima agradável, este traz condicionamentos para a atividade
económica:
• Problema para a agricultura – clima instável e irregular;
• A estação quente é muito seca – condiciona a produção de alimentos;
• A oliveira, o tomate são exemplos de plantas que se adaptam ao nosso clima.
o Relevo:
▫ A evolução geológica mostra-nos que está a haver um encaixe na rede hidrográfica
que leva a muitas vertentes.
o Solo:
▫ 28% de solos de qualidade;
▫ Quando chove mais e há cheias, os solos de qualidade são sempre afetados.
o Escassez de núcleos minerais.
 Aspetos positivos do clima:
o Clima que proporciona boas potencialidades turísticas;
o Barragens de energia elétrica;
o Energia renovável;
o Grandes possibilidades de energia eólica;
o Energia das marés (aproveitar a energia do mar para a produção de energia);
o Na R.A. da Madeira – turismo;
o Na R.A. dos Açores – turismo e lacticínios.
 Atividades Económicas:
o Portugal desde sempre se assumiu como um país agrário - setor primário;
▫ Extração do sal; marítimo; agricultura – medieval (monarquia medieval);
o Carência de trigo - séc. XVI necessidade de importação de trigo;
o Com a exploração portuguesa na Madeira e nos Açores:
▫ Ilhas usadas para produzir tudo aquilo que Portugal não conseguia
▫ No séc. XVI, a produção de açúcar acabou na R. A. da Madeira
▫ Vinho - produção na Madeira
▫ Com a expansão para África, etc. Portugal conseguiu outros produtos:

 As atividades económicas baseavam-se na expansão:


• Minho - séc. XVI (permitiu uma explosão demográfica)
• Portugal era um ponto de passagem:
− Grande atividade mercantil devido ao comércio colonial
− Cerca de 30% da pop vivia do comércio
• Com o comércio as outras atividades não se desenvolviam:
− No séc. XVIII: duas tentativas de desenvolvimentos da indústria

Grande importância das atividades comerciais


Setor industrial não desenvolvido

 Séc. XIX: Portugal fica para trás em relação a toda a Europa:


• Portugal dependente da Inglaterra;
• Com as invasões francesas, Portugal fica ainda mais decadente.
CONTRASTE ENTRE NOROESTE E ALENTEJO

NOROESTE ALENTEJO
 Precipitações mais elevadas;  Menor precipitação e verões longos;
 Invernos chuvosos e prolongados  Relevo: áreas planas ou ligeiramente onduladas;
 Verões curtos  Densidade populacional baixa;
 Relevo: vales largos entre montanhas  Povoamento aglomerado em aldeias;
recortadas;  Cultura principal: trigo;
 Densidade populacional muito elevada;  Campos limpos;
 Povoamento disperso  Domínio do Sobreiro e Azinheira;
 Culturas principais: milho e vinha, produtos  Importância do olival, tomate e arroz;
hortícolas;  Pastoreio de gado miúdo e bovino;
 Ocupação florestal: pinheiros-bravos e  No alqueva:
carvalho roble o Culturas de girassol e expansão
 Grande importância do gado na economia da assimilável do eucalipto.
região
 Importante desenvolvimento industrial

População portuguesa
CONCEITOS DE POPULAÇÃO
 Natalidade: nº de dados vivos ocorridos durante um ano num determinado território. (N)
 Mortalidade: nº de Óbidos ocorridos durante um ano num determinado território. (M)
 Crescimento natural: diferença entre natalidade e mortalidade ocorridos durante um ano, num
determinado território. (CN = N – M)
 Saldo Migratório: diferenças entre migrações de entrada e saída.
 Crescimento efetivo: crescimento real da população de um dado território, durante um ano, que
corresponde ao somatório de crescimento natural com o saldo migratório.
 Taxa de N: nº de dados vivos ocorridos durante um ano, num determinado território por cada mil
habitantes;
 Taxa de M: nº de óbidos ocorridos durante um ano, num determinado território, por cada mil
habitantes;
 Taxa de crescimento natural: crescimento natural durante um ano, por cada mil habitantes;
 Taxa de crescimento migratório: saldo migratório num determinado território, durante um ano, por
cada mil habitantes;
 Taxa de crescimento efetivo: crescimento real da população de um dado território, durante um ano,
por cada mil habitantes;
 Taxa de fecundidade: nº de nados vivos, ocorridos num ano, por mil mulheres em idade fértil - Índice
sintético de fecundidade: nº médio de filhos por mulher em idade fértil;
 Índice de renovações de gerações: nº máximo de filhos que, em média, cada mulher deveria ter
durante a sua vida fecunda, para assegurar a sua substituição de geração. O nº médio é de 2.1.

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO SÉC. XVI


 A primeira contagem feita em Portugal no séc. XVI;
 Concluiu-se que a população seria de 1 milhão e 100mil habitantes;
 Não havia uma distribuição igual da população;
 O primeiro recenseamento em Portugal foi feito em 1984
 De modo geral a população foi crescendo:
o 1984 a 1911: ligeira subida da população;
o 1911 a 1920: quebra no crescimento: deve-se à taxa de M relacionada com a I Guerra
Mundial, com a epidemia pneumónica (Gripe Espanhola), com a grande migração de
portugueses para o Brasil;
o 1920 a 1950: crescimento acentuado da pop;
o 1960 a 1970: primeira diminuição da pop. - devida à guerra de Ultramar, à migração para
países europeus, à natalidade baixa;
o 1970 a 1981: os Retornados;
o 1981 a 2011: sobre ligeiramente devido ao saldo migratório positivo;
o 2011 a 2021: a população diminui – saldo migratório negativo.
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO E A SUA EVOLUÇÃO
 No séc. XVI em Lisboa e Porto;
 Ao longo dos anos, as densidades populacionais têm-se concentrado ao longo do litoral;
 Os conselhos que ganharam população foram os do litoral, enquanto os do interior estavam a perder
população;
 No Alentejo, a população é mais envelhecida, logo, a taxa de mortalidade é maior.
CONSOLIDAÇÃO DO PERÍODO DEMOGRÁFICO MODERNO
 Declínio da mortalidade:
o Melhoria da alimentação;
o Melhoria dos hábitos de higiene pessoal;
o Melhoria da assistência médica;
o Melhoria do saneamento básico;
o Melhoria das condições de trabalho;
o Diminuição da taxa de analfabetismo.
 Declínio da mortalidade infantil:
o Melhoria da assistência médica;
o Vacinação;
o Procura de serviços médicos na área da maternidade;
o Melhoria das condições de higiene;
o Melhoria da alimentação.
 Declínio da natalidade e da fecundidade:
o Planeamento familiar;
o Métodos anticoncecionais;
o Crescente entrada da mulher no mercado de trabalho;
o Aumento das despesas com os filhos;
o Melhoria do nível de vida;
o Diminuição do nº de casamentos e aumento do nº de divórcios;
o Aumento da idade do casamento e do primeiro filho;
o Dificuldades na aquisição de habitação.
 Aumento da esperança média de vida;
o Preocupação com o estado físico;
o Serviços de saúde modernizados e gratuitos;
o Cuidados de saúde.
 Aumento do envelhecimento da população;
o Consequência do declínio da natalidade e da fecundidade.
Três revoluções consolidaram o período demográfico moderno:
 Revolução demográfica: envelhecimento da população;
 Revolução epidemiológica:
o Mudanças das causas de morte para problemas ontológicos e cardiovasculares;
o Verifica-se uma diminuição nas causas devido á melhoria dos cuidados de saúdes;
o Novas causas de morte associadas á vida moderna (stress, obesidade, tabaco).
 Revolução família: diminuição do tamanho das famílias (de 5 pessoas passa para famílias
monoparentais, para famílias com 2 filhos ou até sem).

A EMIGRAÇÃO
 Nas últimas décadas, o saldo migratório está a comandar o crescimento da população;
 A população cresceu muito quando a emigração era menor;
 1910 – 1960: o principal destino era o Brasil. A partir dos anos 30, houve um declínio da emigração,
devido à crise económica, a moeda começou a desvalorizar e as viagens eram muito caras e longas, o
Brasil tornou-se menos atrativo.
 1950 – 1970: pique do aumento da emigração. O destino era França, os salários eram melhores e
podia-se ir clandestinamente, o que muitos jovens fizeram para fugir à guerra;
 1970: quebra na emigração, devido ao choque petrolífero.
 Séc. XXI: piques devido à crise económica. Passa a ser uma emigração temporários. Feita sobretudo
por jovens qualificados. Os locais de destino são cada vez mais diversificados.

CAUSAS CONSEQUÊNCIAS
▫ Conjuntura político-económica (guerras, regimes, ▫ Baixo crescimento populacional em 30
políticos repressivos desemprego, baixos salários); anos;
▫ Pressão demográfica; ▫ Abandono dos campos;
▫ Baixo nível cultural da população; ▫ Aldeias e vilas mais despovoadas;
▫ Aversão ao serviço militar; ▫ Redução da mão-de-obra;
▫ Tradição de emigração; ▫ Modificação de padrões de consumo;
▫ Reduzidos os entraves às migrações (melhoria nas ▫ Diminuição de taxa de natalidade;
redes de transportes, abertura de fronteiras)

A IMIGRAÇÃO
 1ª fase 1975/80: após a descolonização houve um aumento da população proveniente de África;
 2º fase: Asiáticos e sul americanos;
 3ª fase nos anos 90: inversão com saldo positivo.
 4ª fase nos finais do séc XX/inícios do séc XXI: europa de leste
 5ª fase 2001/2002: maioria são brasileiros
CONSEQUÊNCIAS  Estrutura demográfica: aumento da população residente, rejuvenescimento
da população aumento da população ativa;
 Económicas e socias: mistura de tradições, possível aparecimento de bairros
degradados e dificuldade na aceitação de novas línguas e culturas;
 Paisagísticas: estabelecimentos que marcam a paisagem urbana.

EESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO


Índice de envelhecimento
 O Alentejo tem o maior índice de envelhecimento da população, assim como o centro;
 As regiões autónomas são as mais jovens;
 1960: pirâmide etária jovem. Todos os concelhos tinham menos de 15% de idosos e mais de 25% de
jovens;
 2001/2014: pirâmide envelhecida por duplo envelhecimento; duplo envelhecimento da população,
em que o topo da pirâmide está a alargar e a base a diminuir.
Idade média da população residente em 2001 a 2011
 Em 2011, a idade média da população era de 41.8 anos;
 A idade média das mulheres é superior à dos homens – 43.2 vs. 40,3 anos
Portugal às portas do século XXI:
 Taxa de fecundidade baixa (1,46%)
 Taxa de mortalidade pouco superior à média europeia (10,2%)
 Taxa de mortalidade infantil baixa e em quebra;
 Esperança de média de vida crescente;
 Envelhecimento global na estrutura etária;
 Crescimento da população positivo, mas baixo.

ESTRUTURA ATIVA DA POPULAÇÃO (pop = população)


 População em idade ativa - pop. em idade de trabalhar
 População ativa - pop. que tem emprego ou que o procura;
 População não ativa - pop. que não tem emprego nem procura;
 População que tem emprego - pop. que desenvolve uma atividade produtiva;
 A taxa de atividade desceu de 2001 para 2011 (desemprego, envelhecimento...);
 Taxas de atividade altas no litoral e baixas no interior;
 Taxas de desemprego altas no interior e baixas no litoral;
 Classificação:
o Comissão estatística das Nações Unidas:
▫ Agricultura, silvicultura e pesca ▫ Eletricidade, gás e água;
▫ Indústria extrativas; ▫ Comércio, banca e seguros;
▫ Indústria Manufatureiras; ▫ Serviços;
▫ Construção e obras públicas ▫ Outras atividades
o Colin Clark, 1951:

Primário Secundário Terciário


Agricultura, silvicultura Transformação contínua e Produção de bens imateriais
pesca, atividades que em grande escala das como serviços e atividades
exploram diretamente os matérias-primas em artesanais.
recursos naturais produtos transportáveis

o INE, Portugal

Primário Secundário Terciário


Agricultura, silvicultura Indústrias transformadoras, Serviços de natureza social,
pesca, caça indústria extrativas, gás serviços relacionados com
eletricidade, água, obras atividades económicas
públicas, construção • É o setor com mais
diversidade e
população

POVOAMENTO

Concentrado ▫ Povoações pequenas que estão muito próximas umas das outras, assim como a
construção de casas. Formam-se aldeias, um pouco distantes umas das outras
Disperso ▫ Preside a relação casa trabalho
Misto ▫ Grandes povoações compactas, em que a partir de certa altura surgem casas
dispersas
Linear ▫ Desenvolve-se de forma sistemática ao longo das principais estradas e tende a
ocupar a rede de caminhos rurais

POVOAMENTO TÍPICO PORTUGUÊS

Minhoto Transmontano Alentejano Estremenho


Dispersão absoluta antiga. Aldeias compactas, muito Aldeias grandes, Várias formas de
Lugares de casas afastadas, afastadas e quintas muito afastadas, povoamento, aldeias,
casais e quintas compactas e quintas casais, lugares e quintas

VARIEDADE DE IMPORTÂNCIA LOCAL


 Montanhesas: lugares de casas juntas. Raras ânsias e raras aldeias.
 Foros: parcelamento de herdades originando casas dispersas com culturas de regadio.
 Litoral: disseminação completa.
 Quintas: povoamento alongado. Grandes ruas com povoamento de ambos os lados.

EVOLUÇÃO DOS POVOAMENTOS


Povoamento original ou primário Povoamento derivado ou secundário
 Concentrado e disperso  Concentrado, disperso intercalar, disperso de substituição

FATORES EXPLICATIVOS DOS TIPOS DE POVOAMENTO


Fatores Físicos:
 Recursos hídricos (existência e abundância de água, quando as rochas são muito impermeáveis –
com frequência o povoamento é concentrado);
 Constituição do solo (solos muito hídricos, argilosos onde é difícil circular – o povoamento tende a
expressar. Quando a circulação é fácil o povoamento é concentrado);
 Relevo (em zonas de relevo acidentado o povoamento é disperso devido à má circulação).
Fatores Humanos:
 Tradição étnica;
 Condições de segurança - em zonas de pouca segurança há uma tendência para a concentração e
vice-versa;
 Estrutura da sociedade agrária (zonas de minifúndio – sistema de povoamento expresso, zonas de
latifúndio – sistema concentrado).

Cidades
CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DE CIDADE
Critérios Quantitativos:
 População absoluta (nº total de habitantes) - números mínimos de habitantes de uma cidade; varia
de país para país;
 Densidade populacional (nº de habitantes por Km2)
Critérios Qualitativos:
 Definição local em que uma cidade é aquilo que está implícito na linguagem da população ativa de
um aglomerado, sendo considerado cidade quando predominam os setores secundários e terciários.
Critérios Morfológicos e Paisagísticos:
 Quantidade e diversidade;  Hierarquia de ruas;
 A cidade contém diferentes edifícios  Diversidade da população (várias etnias, religiões);
e serviços de aldeia;  Vida diurna e noturna;
 Lojas com mais diversidade;  Monumentos.
 Poluição;

Critérios administrativos e jurídicos:


 Atribuição de foral (jurídicos), como acontece em Évora. Para ser capital regional é preciso ser cidade
(administrativa);
 O Estado através a Républica tem a capacidade de definir a cidade;
 Aglomeração urbana – cidade com os seus arredores mais ou menos dependentes;
 Conurbação urbana – conjunto de cidades que estão relativamente próximas, mas cada uma é
independente;
 Cidades dormitório - as pessoas só estão residentes nestas cidades. Está dependente de outra cidade
principal, onde estão os serviços e comércio. Há pouca vida económica e poucos empregos.
 Cidades satélites - é uma cidade-dormitório que evolui, ficando independente, com comércio e
serviços próprios. Tem vida próprio, com muitos empregos e atividades económicas, podendo ser
elevada a cidade.
ORIGEM E EVOLUÇÃO DA HISTÓRICA DAS CIDADES
 Origens das cidades após a revolução neolítica - juntas às dunas das águas (civilizações agrícolas)
 Antiguidade Clássica:
o Gregos:
▫ Cidades – estado com 10/20 mil habitantes;
▫ Morfologia urbana geométrica;
▫ Muralhas, acrópole, ágora, colunas;
▫ Áreas residências.
o Romanas:
▫ Orientadas por dois eixos perpendiculares;
▫ Planta ortogonal
▫ Muralhas, fórum, teatros e anfiteatros, templos;
▫ Áreas residências
 Idade Média:
o Séc. XI:
▫ Regime feudal;
▫ Ascensão da burguesia
▫ Papel importante da igreja para o desenvolvimento da cidade
▫ Aumento demográfico
▫ Trocas e desenvolvimento do comércio
o Cidades planeadas - séc. XIV:
▫ Fundadas por reis ou nobres que delimitaram a cidade com muralhas
▫ Divida em Quarteirões
▫ Estabelecimento de ruas
▫ Função defensiva e de mercado
o Cidades adaptadas
▫ Desenvolvem-se ao longo do tempo
▫ Cidades de mosteiro (desenvolvem-se à volta) e/ou cidade mercado
▫ Planta radiocentrica
▫ Sem saneamento básico
▫ Cidades orgânicas
o Muralhas
▫ Ruas estreitas, casas pequenas
▫ Cidades com função comercial
▫ Geométricas
▫ As minorias religiosas são levadas para fora das muralhas
 Renascimento
o Condicionantes das características das cidades
▫ Necessidade de construir novas muralhas (adaptadas às novas armas; para uma melhor
circulação da água; aumento da cidade)
▫ Transportes – carruagens (necessidade de alargar as ruas para a passagem das
carruagens)
▫ Embelezamento (construção de casas com grandes jardins; construção de uma praça
principal)
o Hierarquia das cidades (séc. XV e XVII) – cidade-capital em cada estado onde se concentrava
o poder
o Jardins botânicos
o Atividades como prostituição eram empurradas para fora na cidade
 Idade Contemporânea
o Cidade com atrações económicas, demográficas; psicológica
o Êxodo rural após a Revolução Industrial (séc. XVIII e XIX)
▫ Revolução urbana e demográfica
▫ Impacto nas cidades/ populações
MUNDIAL URBANO
1800 – 1850 39% 175%
1850 – 1900 37% 129%
1900 – 1950 49% 228%

• 1º fase: as cidades crescem em número; aparecem em função dos caminhos de


ferros ou das minas e da concentração industrial;
• 2º fase: aparecimento da eletricidade; crescimento das cidades e extensão
devido ao automóvel (ou seja, cresceu em função das linhas de comunicação);
as cidades crescem em altura
• O grande crescimento das cidades provoca problemas como poluição, doenças
urbanas, marginalidade, criminalidade, desemprego, afastamento das pessoas à
natureza

ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ÁREA URBANA DE ÉVORA


História
 Ocupação humana anterior à fundação da cidade romana;
 Centro histórico muralhado e cidade extramuros que integra áreas residenciais de origens, promoções
imobiliárias e características distintas;
 Centro histórico classificado pela UNESCO (1986) - não só pelos monumentos, mas por todo o
conjunto arquitetónico homogéneo com diversidade de estilo arquitetónicos.
Os sítios
 Évora Romana surgiu a partir do Templo, desenvolvendo-se a partir daí:
o Os romanos construíram uma grande cidade, como o fórum, o templo, a basílica, as termas, o
teatro, as ruas e as casas, assim, como um aqueduto para o abastecimento da água;
o No século I d. C. a cidade era o centro político e administrativo de uma vasta região.
A Cidade Romana
 Évora tinha uma posição estratégica resultante do cruzamento das principais vias romanas do Sul,
nomeadamente, as que ligavam Lisboa e Alcácer do Sul e Mérida, as que desciam de Santarém e
Tomar para Sul;
 Évora foi ocupada pelos romanos tendo sofrido forte romanização. A sua posição favoreceu o interesse
militar, com grande importância regional;
 A estrutura urbana detinha uma posição central na vida da cidade. As portas orientadas segundo as
pontas cordeias e dela partiam duas vias que se cruzavam no centro social da cidade, a Acrópole,
compreendendo o Templo Romano e a área da atual Sé. Estas vias influenciam a estrutura urbana
futura, em vias que se transformaram em ruas quando a cidade extravasou a cerca primitiva.
 A Praça do Giraldo desempenhava um papel importante na organização urbana.
A Cidade Muçulmana
 O espaço urbano intramuros estava divido em duas partes: alcobaças de castelo e a cidade propriamente
dita
 A área urbana extramuros era constituída por arrabaldes diferenciados pelas suas comunidades;
 Marcante influência muçulmana no traçado urbano, perdurado na Mouraria nas suas ruas estreitas de
direção irregular, com bruscos alargamentos as súbitas mudanças de orientação, desembarcando, às
vezes, em pátios ou becos sem saídas.

A Cidade Medieval
 Centro estratégico e político importante, com foral em 1166;
 A primeira grande obra edificada foi a Sé.
 Movimentos migratórios em relação a Évora.
 Acentua-se a importância das principais praças públicas;
 A expansão urbana não ocorreu de forma planeada;
 Constituída por duas partes: cidadela, periferia com arrabaldes;
 Construção de uma nova cerca, com forma de polígono irregular;
 Hierarquia das ruas:
o Ruas direitas de intenso movimento comercial;
o Ruas agrupadas por “mesteres”
o Ruas mais importantes eram pavimentadas.
 Edifícios de um só piso;
 As praças públicas eram poucas e de pequena dimensão, nas quais se individualizou a Praça do Giraldo,
O Rossio foi um local de realização de feiras e mercados, e feira anual anteriormente feita no Giraldo.
 Em 1350, o tecido urbano era muito extenso e tinham alguma zonas diferenciadas: a Mouraria e a
Judiaria

MOURARIA A comunidade moura fixava-se nos quarteirões a norte da Igreja de S.


Mamede, nas ruas estreitas de direção irregular, com bruscos alargamentos
as súbitas mudanças de orientação, desembarcando, às vezes, em pátios ou
becos sem saídas

JUDIARIAS A comunidade Judaica fixava-se nos quarteirões ocidentais, nas ruas de


traçado sinuoso, perpendiculares à Praça do Giraldo, (para que os
moradores não fossem vistos desde a praça), com casas brancas, chaminés
de ressalto e de portas e janelas ogivais
EXEMPLO

1- Praça 1º de maio;

2- Judiaria;

3- Praça do Giraldo;

4- Rua 5 de outubro;

5- Largo Marquês de
Marialva e Conde Vila
Flor;

6- Freiras;

7- Largo do Colegiais;

8- Mouraria.

A cidade renascentista
 Séc. XV
 Évora fora a segunda cidade do reino
 Reis e nobres mandaram construir palácios e casas nobres, igrejas, conventos
 Finais do séc. XV e sé. XVII
o Construção do Paço Real, inúmeros palácios e casas solarengas, conventos, igreja, colégios,
Universidade e Aqueduto da Água de Prata, que provocou algumas alterações na malha urbana
o A Praça do Giraldo e o Largo das Portas de Moura são os principais núcleos de concentração
da atividade urbana que se ligam pelo principal eixo urbano.
 Séc. XVI – nova muralha
 Séc. XVII e XVIII - intensificação da malha urbana
Évora, séc XVIII/XVI
 Investigação importante na requalificação dos principais eixos urbanos, incluindo a Praça do Giraldo
e o Largo das Portas de Moura. Casas nobres e outras foram reabilitadas ou reconstruídas, para lhes
ser conferidas nova dignidade.
 Em pleno séc XIX, Évora estava em ruínas - muitos edifícios foram demolidos. Mais tarde, nos
espaços vazios, foram construídos outros edifícios importantes para a cidade.
Exemplos:
Convento do Paraíso; Convento de S. Francisco
Construções novas: Palácio Borahona

Évora, a reabilitação urbana recente - séc. XX


 O centro histórico não cresceu, mas houve renovações;
 Mistura da arquitetura moderna com a arquitetura monumental
 No final do séc. XX, ocorreu a reinstalação da Universidade de Évora e a sua classificação como
Património Mundial
 Construção da unidade hoteleira, comércio especializado
 Construção de diversos serviços como: Banco de Portugal, Tribunal, Centro de Saúde, etc...
Programas de Renovação Urbana

− A câmara começa a ter uma responsabilidade maior devido ao facto de a cidade ser classificada
como património mundial da UNESCO. Responsabilidades como:
▫ Renovação/restauração da cidade.
− Protocolo CME/Caixa Geral de Depósitos - 1985/1992
− RECRIA – regime de comparticipação na recuperação de imóveis arrendados – 1988/1991
− Programa da Casa Caiada – programa anual de subsídio a fundo perdido - até 75% dos encargos
− PRAUD/PMDR - subsídio a fundo perdido para a reabilitação de imóveis degradados 30/40
fogos por ano
− RECRIA/HABITA - 2002 a 2010 – CH - subsídio pela Câmara Municipal de Évora e pelo
IHRU/INHI

MEDIDAS ▫ Preservação e valorização do património monumental


▫ Controle na transformação do uso dos edifícios
▫ Recuperação e reutilização de edifícios de grande porte
▫ Aplicação de diversos de graus de proteção aos edifícios
▫ Valorização dos espaços público
▫ Programa PROCOM (urbanismo comercial) - aplicado ao tecido comercial
e aos espaços públicos
▫ Animação sociocultural da cidade

Espaço Extramuros
 Quintas  Grandes propriedades agropecuárias
 Hortas  Periferia: conventos, capelas, chafarizes

Crescimentos das cidades extramuros

− Com o comboio a cidade aumentou


− 1900 – 1920: Expansão do final do séc. XIX (estação dos caminhos de ferro); início do séc.
XX (Bairro operário, bairros dos Leões...)
− 1920 – 30: diversos bairros como o Bairro Sr.a da Glória
− 1930 – 40: grande expansão da cidade
− 1940: 29 bairros clandestinos
− 1950: 1º plano da Urbanização
− 1980 a 1990: grande expansão da cidade - Após o 25 de Abril houve um plano de legalização
dos bairros clandestino.

MORFOLOGIA URBANA
SÍTIO  Espaço concreto onde a cidade se iniciou e onde se desenvolve aspetos geográficos:
 Conjunto de características do local concreto onde se implantam as construções
topográficas e geológicas, espaço físico ou centro onde se desenvolveu a cidade, área de
controlo de cruzamento e de contacto geológico
POSIÇÃO  Localização à escala regional, posicionamento face a outros núcleos de povoamento ou
às vias de comunicação, relacionando com a função original da cidade estratégica, de
acordo com os recursos naturais.

− A escolha do sítio é ditada, por exemplo, em questões de defesa (local alto) ou local de abastecimento
(água, recursos, etc.)
− A posição de Évora é mais ou menos no eixo que liga Lisboa a Badajoz, na província alentejana. O
seu sítio é o largo do Templo Romano.
− Os sítios das cidades ganham ou perdem importância em relação aos eixos de circulação ou meios de
transporte.
− Quando a população cresce esta abandona o sítio e vai para as periferias

SÍTIO POSIÇÃO

Local exato e concreto Tudo o que está á volta

Onde foi fundada Vária definições relativas


a outro objeto

Às vezes a população
abandona os sítios

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA MORFOLOGIA URBANA


 Espaços construídos
o Residências
o Comercio e serviços
o Indústrias
 Espaços não construídos
o Públicos de permanência (jardins, praças, lagos, etc.)
o Públicos de circulação (ruas, avenidas, praças, etc.)
o Públicos de uso condicionado (universidade, recreios das escolas, etc.)
o Espaços privados (casas)
 Redes viárias
 Património imobiliário
 Aspetos funcionais
Fatores que influenciam a planta urbana
 Funcionais
 Ideológicos e políticos - exemplos: igrejas
 Económicos
 Topográficos do sítio onde a cidade se instala – exemplo: Toledo, influenciada pelo rio

TIPOS DE PLANTAS URBANAS


 Ortogonal
o Inspiradas nas plantas das antigas cidades romanas
o Caracteriza-se por ruas de traçado geométrico, direitas, paralelas e perpendiculares
o Quarteirões geométricas constituídos por edifícios com as mesmas características
o Exemplo: cidades norte americanas, baixa pombalina em Lisboa

Exemplos

VANTA  Facilita o traçado e a administração


GENS  Facilita a circulação longitudinal devido á existência
de grandes e perpendiculares
 Adapta-se à maior necessidade de espaços devido ao
crescimento do parque automóvel
 Ruas iguais conduzem a lotes igualmente valiosos
INCON  Monotonia e uniformidade
VENIEN  Percursos em zig zag
TES  Trajetos mais longos
 Não se adapta aos terrenos acidentados
 Falta de visibilidade nos cruzamentos
 Corredores de vento

 Radio-concêntricas
o Cidade de Évora
o Origem nas cidades medievais (em volta de um mosteiro e/ou praça/mercado)
o Típica das plantas europeias antigas
o Existência de um núcleo central, antigamente correspondente à cidade muralhada
o Ruas circulares e radiais foram construídas à volta de um ponto central
o Exemplo: Lisboa, Évora, Milão, Beja, etc.
Exemplos
VANTA  Não é monótona
GENS  Facilita o acesso ao centro da cidade
 As deslocações entre o centro e a periferia e no
interior da cidade são mais rápidas
 Cruzamentos com boa visibilidade
 Adapta-se mais ou menos bem os sítios em relevo

INCON  Dificuldade na construção de prédios de grandes


VENIEN dimensões, devido à configuração em circular dos
TES quarteirões
 O bloco dos edifícios tem formas irregulares
 Distâncias alongadas pelos arcos de círculo
 O cruzamento das radiais com circulares cria espaços
de difícil utilização

 Irregulares
o Características das cidades muçulmanas e das zonas mais antigas de cidades europeias
o Crescimento desordena e sem planeamento
o Ruas estreitas, sinuosas e, muitas vezes, sem saída
o Traçado anárquico, quase labiríntico
o Existência de calçados e escadarias
o Núcleos antigos de cidades que sofreram influencia muçulmana: Córdova, Toledo, Santarém,
Lisboa
Exemplos

VANTA  Promove as relações de vizinhança


GENS  Reduz a utilização do automóvel e facilita os
percursos a pé
 Adapta-se bem à função comercial

INCON  Dificulta a circulação do automóvel


VENIE  Grande número de obstáculos a transpor (escadaria,
NTES ruas íngremes e com traçado sinuoso)
 Exemplos: Alfama, Mazagão

 Lineares
o Planta que se desenvolve ao longo de uma estrada
 “De Prestigio”
o Planta planeada com um objetivo concreto
o Exemplos: Versalhes e Brasília

Elementos presentas na maioria das cidades


 Portugal

o Espaços construídos
▫ Várias praças - muitas cidades portuguesas nasceram na época medieval, em que havia
praças irregulares ou com especialização/função. Em Évora, a Praça do Giraldo foi o
primeiro rossio
▫ Bairros de lata
▫ Bairros clandestinos
o Espaços não construídos
▫ A partir da 2º fase da Revolução Industrial começaram a dar importância a espaços verdes
e espaços com planeamento urbano
• Espaços de permanência
• Espaços públicos de utilização condicionada
• Espaços privados

FUNÇÕES URBANAS
 Séc. XX – as cidades desempenham um conjunto de funções
o Toponímias: os nomes de rua mostram as funções que tiveram o têm
 3 tipos de funções:
o 1 – Enriquecimento
o 2 – Responsabilidade
o 3 - Transmissão
1. ENREQUECIMENTO
 Funções que produzem fluxos monetários
 O objetivo é a rentabilidade

FUNÇÃO  Uma das funções mais presentes em todas as cidades


INDUSTRIAL  Motor de desenvolvimento de algumas cidades, podendo, igualmente, fazer surgir
alguma. Quando isto acontece a indústria está no centro da cidade, que se
desenvolve depois aparece nas periferias
 Zonas Industriais – Portugal não esta muito ligado a esta função, mas existe zonas
industriais
FUNÇÃO  Função muito antiga
COMERCIAL  A cidade pode ter ou não um forte comércio
 Evolução - altera-se em função da evolução dos meios de transportes
 Antiga função muito importantes de épocas remotas, está associada à indústria e
aos meios de transporte (ex. Leiria). Nos países em desenvolvimento faz-se a
nível local e nos países desenvolvidos faz-se a nível mundial
FUNÇÃO  Ligada ao comércio e à Indústria
TURÍSTICO-  Quando um produto deve de ser explorado
TERAPEUTA  O produto deve de ser explorado:
o Emprego, riquezas, clientes
o Cidades com boas condições climáticas
o Cidades com muito alojamento, lojas de recordação, ponto de encontro,
etc.
FUNÇÃO  Cidades que vivem da religiosidade
RELIGIOSA  Alojamento e comércio para turistas, restaurantes, pontos de encontro
 Exemplos: Fátima

FUNÇÃO  Devido aos solos fracos, Portugal não tem essa função
AGRÍCOLA

FUNÇÃO  Olhão, Peniche, Póvoa de Varzim


PISCATÓRIA

FUNÇÃO  Seguros, bancos


FINANCEIRA  Multiplicação de recursos e do lucro

FUNÇÃO  Venda e compra de casas


RESIDENCIAL  Quanto maior o número de habitantes, maior é esta função

2. RESPONDABILIDADE
 O seu principal objetivo é não gerar dinheiro
 Ligada á segurança, administração pública, ensino, conjunto de serviços municipais

FUNÇÕES DE  Bombeiros, polícia, grupos de segurança, etc


DEFESA

FUNÇÃO  Cada cidade tem uma administração própria


ADMINISTRATIVA  Objetivo de gerir a cidade

FUNÇÃO  Ensino muito hierarquizado


INTELECTUAL  Função Cultural
o Museus, escolas de arte, associações culturais, músicas

3. TRANSMISSÃO
 Difusão e transmissão de conhecimentos da civilização em que a cidade exerce um poder de
formação e transmissão, com os transportes, internet, televisão, revistas, jornais e redes sociais.

ÁREAS DE COMÉRCIO E SERVIÇO


CBD (Central Business District)
 Área mais conhecida da cidade e de maior acessibilidade, constituída por uma concentrada área
terciária composta por comércio, serviços, etc...

Características ▫ Preços de solo muito elevado ▫ Lojas modernas, sofisticadas, luxuoso


do CBD ▫ Função residencial muito fraca ▫ Confusão diurna e pouco movimento
▫ Domínio de atividades noturno
financeiras ▫ Intensidade de meios de comunicação
▫ Bancos, seguros, consultório, ▫ Elevados índices de poluição
escritório ▫ Grande
▫ Grande proporção de compras acessibilidade/congestionamento e
de comércio não diário dificuldade de estacionamento

Problemas do ▫ Despovoamento ▫ Ruas pequenas e estreitas


CBD ▫ Fluxo intenso de transito ▫ Edifícios poucos funcionais ou
▫ Ambiente poluído e insalubre – degradados
provoca doenças ▫ Insegurança
Evolução do ▫ Expande-se assimilando áreas ▫ Criam-se CBD na mesma cidade
CBD próximas

 Hierarquia das áreas de comércio e serviços - Lisboa


o A cidade vai crescendo
o Vários CBD
 Hierarquia das áreas de comércio e serviços
o Proudfoot (1937)
▫ CBD
▫ Centros de negócios periféricos
▫ Grandes artérias comerciais
▫ Rua comercial de bairro (comércio diário)
▫ Pequenos agrupamentos de lojas
o Salgueiro (1992)
▫ Centros
− Principal ou nível superior (comércio caro, bancos, seguros, etc)
− Proximidade ou nível inferior
▫ Faixas ou “ribbons”
− Grandes artérias comerciais
− Avenida onde se encontra estabelecimentos de venda de móveis
▫ Pequenos grupos de lojas
 Distribuição espacial de algumas funções teóricas do tecido urbano* de Évora
o Quantidade da população
o Capital regional
o Reativação da universidade
o Reconhecimento da cidade/centro histórico como património mundial
▫ Densidade de unidades funcionais
− Aumento da densidade em torno das artérias centrais (praça do Giraldo) e eixo
de atravessamento do centro histórico
▫ Bancos, seguros, escritórios e outras agências
− Marcam/caracterizam o CBD
− Implantação central, em torno do principal eixo de atravessamento do centro
histórico
− Transferência parcial de funções para o perímetro exterior ao centro histórico
▫ Vestuário e calçado
− Concentração nas principais artérias de atravessamento do centro histórico
▫ Automóvel, motores e outras maquinarias
− Maior concentração ao longo da principal artéria de saída do centro histórico
▫ Comércio alimentar
− Espalhado no centro histórico

OU SEJA,
❖ Concentração das funções mais nobres na área central (bancos, etc)
❖ Concentração ao longo dos principais eixos de atravessamento, de outras funções tais como:
vestuário, calçado, etc
❖ Especialização de Rua Serpa Pinto em funções tais como venda de automóveis e acessórios,
mobiliário e artigos de decoração
❖ Dispersão por todo o tecido urbano das funções mais banais, como o comércio alimentar e os
estabelecimentos de comidas e bebidas

*Tecido Urbano: consiste essencialmente em zonas construídas de tipologia humana, estas zonas podem
ser classificadas em áreas de tecido urbano continuo e tecido urbano descontinuo
Tecido Urbano continuo: áreas de tecido urbano com superfície total impermeabilizada superior ou igual
a 80%, Inclui centros urbanos e subúrbios em que os edifícios formem um tecido continuo e homogéneo,
bem como áraes de estacionamento, asfalto, etc
Tecido Urbano Descontínuo: áreas de tecido urbano na sua maior parte ocupadas por construções do tipo
residencial. Nas áreas classificadas como urbano descontinuo os edifícios e outras superfícies
artificializadas estão associadas a área com vegetação e solo nu, as quais ocupam uma área Superior ou
igual a 30% e inferior a 80% da superfície total.

 Principais áreas morfo-funcionais terciárias


o Centro Principal
▫ Corresponde à principal concentração de funções
▫ É constituído pelo principal eixo de atravessamento do Centro Histórico
o Áreas de Transição
▫ Conjunto de artérias contíguas ao centro principal
▫ Maior diversidade de funções
o Centro secundário de comercio e serviço
 Tendências preliminares observáveis
o Densificação funcional do centro principal
o Qualificação funcional das áreas de transição
o Invasão do “ribbon” por funções características do centro principal
o Maior presença de funções terciarias nos pisos não térreos
 Áreas de incidência de Évora
o Melhorar as características do comércio
o Restaurar os espaços públicos

REDE URBANA
Rede Urbana
É conjunto de aglomerações e respetivas áreas envolventes que, integradas num determinado quadro
territorial, se encontram ligadas entre si e a um centro urbano principal por relações hierárquicas de
dependência ou complementaridade
 Características:
o A distribuição espacial
o A dimensão das cidades (termos populacionais, etc)
o A importância da cidade
 Primeira Rede Urbana
o Remete a um espaço romano: sistema de vias que cruzam toda a Península Ibérica
o Nos séculos XI e XIII, Portugal encontrava-se dividido. O Norte com os Suevos e os
Visigodos e o Sul pelos árabes
o A reconquista implicou uma distribuição de uma Nação em localidades que foram criadas
junto á costa.
 Rede Urbana no séc XVI
o Maior desenvolvimento das urbes portuguesas junto às urbes
o A maioria das cidades ultrapassavam os limites das muralhas
 Evolução Histórica
o Séc. XVI – numeramento da pop; Lisboa (1º grande cidade); Porto ou Évora (2º grande
cidade), desequilíbrio no tamanho das cidades; em termo de localidades, grande parte das
cidades localizam-se a Sul.
o População Residente nos centros urbanos
1950 1970 1991 2001

Litoral Litoral Litoral Litoral


Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa
Porto Porto Porto Porto

 As cidades oficiais portuguesas (cidades estatísticas)


o 1500 Unidade territorial que corresponde ao
o 1500 a 1800 AUMENTOU ajustamento do perímetro urbano,
o 1800 a 2000 consagrando nos IGT da população com
SEMPRE
o 1975 a 2000 categoria de cidade, ao perímetro das
o Séc. XXI subsecções estatísticas utilizadas pelo
o População INE na BGRI
2011

Rede Urbana: Lisboa, Porto, Cidades Pequenas, Litoral


 As cidades portuguesas no âmbito do projeto Urban Audit
o Com base na determinação das cidades europeias, este projeto tem como principal objetivo a
avaliação da qualidade de vida nas cidades europeias de grande e média dimensão com,
respetivamente, mais de 250 mil e mais de 50 mil habitantes.
 Traços fundamentais da rede urbana portuguesa
o Grandes desequilíbrios, uma vez que:
▫ Duas cidades maiores (Lisboa e Porto)
▫ Número reduzido de cidades de média dimensão - Urbanização confusa
▫ Contraste na repartição geográfica
▫ Forte concentração urbana na faixa litoral entre Setúbal e Viana do Castelo
• Grande número de cidades
• Maiores aglomerações
• A.M.
▫ No interior. As cidades são em menor número e de pequena dimensão
 Consequências e Fragilidades da rede urbana

CONSEQUÊNCIAS ▫ Limitação das relações de complementaridade entre os diferentes


centros urbanos, dinamismo económico e social
▫ Redução da capacidade de inserção das economias regionais na
economia nacional
▫ Limitação da competitividade nacional no contexto europeu e
mundial
▫ Saturação das cidades com maiores quantitativos populacionais
FRAGILIDADES ▫ Ausência de centros intermédios
▫ Excessiva litoralização
▫ Natureza fortemente difusa de urbanização, associada à fraca
acessibilidade locais e regionais
▫ Fraca competitividade das duas áreas metropolitanas

Divisão Geográfica de Portugal Continental


Propostas de Divisão Geográfica
 Barros Gomes, 1878
o 13 regiões
 Amorim Girão, 1933
o Mesmas regiões, mas com dimensões diferentes
 Lautensach, 1937
o Norte/Sul
o Divisão do Norte
o Divisão do Sul
 Orlando Ribeiro
o Hierarquização tendo em conta fatores físicos e humanos, cuja diferença está na Estremadura.
Para Orlando, esta fica a norte do Tejo, faz uma regionalização das áreas homogéneas,
complementares.

ORLANDO RIBEIRO
3 Grandes regiões de Orlando Ribeiro:
Norte Atlântico; Norte Transmontano; Sul
 Norte Atlântico
o precipitações muito elevadas o uso intenso dos terrenos agrícolas
o densidade populacional elevada o Culturas principais – milho e vinho
o povoamento disperso o Domínio do pinheiro-bravo
o propriamente muito dividida

 Norte Transmontano
o Maior secura e maiores amplitudes o Povoamento mais concentrado
térmicas o Culturais principais – centeio e batata
o População menos densa
 Sul
o Verões mais prolongado e secos o Sistema de grande propriedade
o Baixa densidade pop o Cultura principal – trigo
o Povoamento concentrado o Domínio do sobreiro e azinheira

Nove regiões de Orlando Ribeiro – características físicas e humanas


Noroeste; Beira Alta; Cordilheira Central; Norte Transmontano; Estremadura; Ribatejo; Beira Baixa e
Alentejo; Algarve
 Noroeste
o Clima:
▫ Precipitações mais elevadas do continente
▫ Inverno rigoroso e chuvoso
▫ Verão curto
o Relevo acentuado em escadarias (vales largos entre montanhas)
o Povoamento minhoto:
▫ Densidade populacional elevada
▫ Povoamento disperso
o Casa típica:
o Dois pisos, com escadaria exterior
o De pedra, sem recebo e nem caiação
o Aproveitamento intensivo do solo
o Propriedade muito dividida e compartimentada
o Culturas: vinha, milho, produtos hortícolas
o Sistema campo-pardo
o Ocupação florestal: pinheiro-bravo e carvalho
o O gado tem um papel importante para a região
o O gado é mantido em estábulos
o Importante desenvolvimento da Indústria
o Granito
o Maciço Antigo
 Beira Alta
o Região de transição (litoral – interior)
o Densidade populacional mais baixa
o Povoamento menos disperso
o Uso do solo menos intensivo
o Grande importância da vinha e olival
o Vasta áreas de pinhal
o Coexistência dos carvalhos roble e negral
o Cultural diferentes
 Cordilheira Central
o Região de transição (Norte – Sul)
o Constituída por um grande maciço granítico
o Serras semelhantes ao Norte (relevo, precipitação)
o Serras a sul (pouca densidade populacional)
o Áreas de relevo
o Zona granítico
o Áreas de agriculturas: casa da Beira (nas serras não há agricultura)
o Maciço de vertentes escarpadas e cimos aplanados
o Uso do solo no geral pouco intensivo
o Nas áreas mais planas e férteis, uso intensivo e diversificado
o Nas áreas de maior altitude, domínio do pastoreio
o Preponderância do gado miúdo
o Importância da indústria de lanifícios e das indústrias do couro e da madeira
 Norte Transmontano
o Vales fundos
o Planaltos
o Este relevo resulta de diversos movimentos tectónicos
o Clima:
▪ Mediterrânico
▪ Seco (precipitação anual baixa)
▪ Temperaturas muito altas e muito baixas
o Terra fria:
▪ Clima: menos pluviosidade que no Norte Atlântico
▪ Grandes amplitudes térmicas
▪ Densidade pop baixa
▪ Povoamento concentrado em pequenas aldeias
▪ Menor divisão de propriedade
▪ Uso do solo menos intensivo
▪ Culturas principais – centeio, batata e castanha
▪ Criação de gado em lameiros e pousios
▪ Espécies florestais: carvalho negral e castanheiro
o Terra quente
o Vales encaixados
o Menores valores de pluviosidade anual
o Temperaturas mais altas no verão
o Terraços para vinhas, oliveiras e amendoeiras
 Estremadura
o Região de transição com elementos do Norte e do Sul
o Grande diversidade geomorfológica
o Densidade populacional elevada
o Povoamento concentrado com dispersão intercalar/misto
o Variedade de culturas e uso do solo
o Grande importância dos arrozais
o Pinhais nas areias
o Acrescida expressão do eucalipto
o Olivais nos terrenos calcários
o Hortas nas argilas
o Vinhas e pomares
o Pesca: atividades importantes na orla costeira
o Grande desenvolvimento da indústria
o Extensa área urbano-industrial
 Ribatejo
o Bacia do Tejo e do Sado
o Zona plana, baixa e solos freteis
o Lezíria
o Depressão muito plana
o Solos muito freteis
o Utilização agrícola intensa e diversificada Melão, milho, tomate, arroz, girassol, cereais
e legumes
o Pastagem para o gado bovino e cavalar
o Norte da Lezíria
o Colinas calcárias
o Povoamento disseminado
o Olivais, vinhas e policultura hortícolas
o Cereais e pomares
o Sul da Lezíria
o Terraços e planaltos cremosos
o Povoamento concentrado
o Nos vales há arroxas e hortas
o Uso do solo pouco intensivo
o Grande domínio dos montados de sobro
o Culturas de cereais com pousio
o Arroz e sobreiro
 Beira Baixa e Alentejo
o Clima: redução da pluviosidade e maior duração e intensidade do verão i
o Relevo: predomínio das áreas planas ou ligeiramente onduladas
o Densidade populacional muito baixa
oPovoamento aglomerado em aldeias grandes e “montes”
oCasa típica: só um tipo, rebocada e caiada, com chaminé
oRegime de grande propriedade
oCultura principal – trigo
oCampos limpos ou arborizados
oDomínio do sobreiro e azinheira
oPastoreio de gado miúdo e bovino xi. Importância do olival, tomate e arroz
oAlqueva
▪ Nova cultura de sequeiro – girassol
▪ Expansão assinalável do Eucalipto
o Atividades económicas: criação de gado, indústria, artesanato, vinho, cortiça
 Algarve
o Clima
▪ Maiores influências mediterrânicas
▪ Verão muito longo e seco
▪ Inverno moderado
o Serra
▪ Relevo movimentado
▪ Solo pobre
▪ Baixa densidade populacional
▪ Extensões de matagal
▪ Áreas de montado com periódicas culturais de cereal
o Barrocal
▪ Relevos calcários
▪ Terrenos pobres e pedregosos
▪ Povoamento concentrado
▪ Olivais e pomares de sequeiro
o Litoral
▪ Densidade pop muito elevada
▪ Povoamento concentrado com dispersão intercalar
▪ Casa típica – caiada, com açoteia e chaminé trabalhada
▪ Atividade agrícola intensa
▪ Hortas, pomares de regadio e sequeiro
▪ Importância económica de pesca
▪ Indústria turística – motor de desenvolvimento

UNIDADES DE PAISAGEM
 A paisagem é um sistema dinâmico
 Fatores naturais e culturais
 Componentes:
o Ecologia – características físicas e biológicas dos ecossistemas
o Cultural – fatores históricos e questões de identidade
o Socioeconómica – fatores sociais e atividade económicas
o Sensorial – sensação povoada pela paisagem no observador
 Foi definido um limite de 23 paisagens
o 180 unidades de paisagem

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