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• Historiografia mítica
o ciclo pré-fundacional
o ciclo fundacional
o lendas do domínio histórico
Mitologia Romana
Podemos afirmar que a mitologia romana tem origem indo-europeia,
englobando relatos similares aos presentes no mundo helénico, acádico, entre outros.
Inicialmente, as divindades romanas surgem como figuras vagas, sem narrativas e
desprovidas de qualquer conteúdo mitológico. Contudo, seriam posteriormente
influenciadas pela cultura grega. Alguns deuses não tinham uma representação
pictórica. As ninfas, por exemplo, ligadas a uma natureza essencialmente agrária,
possuíam uma grande importância para a cultura romana. Encontramos,
frequentemente, lendas etiológicas, que explicam a origem das coisas.
O ciclo fundacional, por sua vez, encontra-se relacionado com Eneias, o herói que
representa o início da formação do povo Romano. Este estabelece uma linhagem que
culmina em Rómulo, o fundador de Roma. O salvamento do pai, dos filhos e dos Penates,
faz de Eneias o modelo do cumprimento dos valores romanos (pietas e mos maiorum).
O mito da fundação de Roma conta a história dos gémeos Rómulo e Remo, que são
abandonados junto ao rio Tibre. Estes viriam a ser abrigados e amamentados por uma
loba, chamada Luperca, no Monte Palatino, até serem resgatados por um pastor, cuja
mulher os cria. Já adultos, colocam Numitor no trono da cidade de Alba Longa e fundam,
como colónia desta, outra cidade, na margem do Tibre onde foram criados pela loba,
aclamando-se reis. Segundo a tradição romana, a cidade de Roma é, então, fundada
pelos gémeos em 753 a.C., vindo a florescer e a expandir o seu território. A lenda conta
que, devido a disputas sobre o lugar onde se iria fundar a cidade, Rómulo mata Remo,
tornando-se o primeiro rei de Roma (em 754 a.C.).
História da Historiografia
Biografia
O género biográfico romano constitui uma extensão das características do próprio
imperador e visa louvar (os bons imperadores) ou censurar (os maus imperadores).
Enquanto as biografias encomiásticas se encarregam de louvar e elevar uma
personalidade, as vituperativas insultam e condenam. A biografia revela-se ineficaz para
o tratamento da história, estando os acontecimentos históricos subordinados ao
biografado, à sua narrativa individual. Assume uma relação estreita com a retórica, pois
manifesta a intenção de louvar ou censurar.