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A Farsa

Nome autores
A Farsa

Encenação de uma peça de teatro na Idade


Média: recriação do julgamento de Cristo
por Pôncio Pilates (gravura de David Gee,
séc. XVIII).
A Farsa

Teatro pré-vicentino

Géneros profanos Géneros religiosos


Arremedilhos, entremezes e momos Mistérios
(imitações / representações mímicas) (cenas da vida de Cristo)

Moralidades
Farsas
(representações alegóricas de defeitos e
qualidades)
Sotties
(farsas curtas com personagens
como loucos ou bobos da corte) Milagres
(episódios da vida de santos e da Virgem)
Sermões burlescos
(monólogos recitados por atores Laudes
mascarados de sacerdotes) (cânticos de louvor a Deus)
A Farsa

Representação de cenas do
Farsa quotidiano de forma caricatural e
em tom cómico

Pieter Brueghel, Luta no campo, 1610 (pormenor).


A Farsa

Na forma mais simples, a farsa reduz-se a um episódio cómico colhido


em flagrante na vida das personagens.

Por vezes, estes quadros sucedem-se sem relação entre a cabeça e o cabo
da peça. Por vezes, também, os episódios e as personagens desfilam em torno de um motivo
central, embora lhe falte um processo de desenvolvimento.

Há a considerar certas farsas mais desenvolvidas que são histórias completas, com princípio,
meio e fim. É o caso do Auto de Inês Pereira, que ilustra com uma história picante o dito
popular «antes quero burro que me leve que cavalo que me derrube». A história corre em
diálogos e ações que se sucedem sem transição; são como contos dialogados no palco, sem
preocupação de unidade de tempo e sem compartimentação
de quadros ou atos a marcar a descontinuidade dos tempos.
Trata-se da forma mais desenvolvida, mas excecional, da farsa.

A. J. Saraiva e Óscar Lopes, História da literatura portuguesa,


13.ª edição, Porto, Porto Editora, 1985, pp. 199-200 (adaptado e com supressões).
A Farsa

Farsa

• Peça teatral breve, de cariz cómico e satírico;

• Cenas do quotidiano do povo e da burguesia;

• Exploração de situações ridículas, o equívoco e o absurdo;

• Apresentação de um conflito entre valores tradicionais e valores individuais que os subvertem;

• Função edificante na farsa vicentina (denúncia de comportamentos a corrigir);

• Intriga simples (apenas um ato e sem divisão cénica);

• Número reduzido de personagens;

• Personagens-tipo (dos grupos satirizados).


A Farsa

Consolida
A Farsa

1. Indica se é verdadeira ou falsa cada uma das seguintes afirmações. Corrige as falsas.

A As representações dramáticas pré-vicentinas são agrupadas de acordo com o tema


tratado: profano ou sagrado.
Verdadeira

B A farsa é um género dramático criado por Gil Vicente.


Falsa. A farsa é um género dramático anterior a Gil Vicente.

C A farsa é uma representação dramática sobre cenas da vida de Cristo.


Falsa. A farsa é uma representação dramática sobre cenas da vida quotidiana.

Solução
A Farsa

2. Encontra, na sopa de letras, onze palavras relacionadas com a farsa.

Q U O T I D I A N O
A S A T I R I C O A
B U R G U E S I A B
S B I A Q Q G H I R
U V D B S U F H I E
R E I C T I P O S V
D R C D C V G H I E Quotidiano, satírico, burguesia, breve,
tipos, povo, cómico, subversão, ridículo,
O S U E P O V O H A
absurdo, equívoco.
B A L F H C G H I A
B O O C C O M I C O

Solução

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