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A ARTE COMO

ARGUMENTO
PROF. VINICIUS HIPÓLITO
A REDAÇÃO Improvisação e
Composição
Repertório
Citações
Estrutura
Gran Finale
POR QUE A REDAÇÃO É
IMPROVISO E
COMPOSIÇÃO?

EM TEMPO REAL É ORIGINAL DEVE FAZER SENTIDO


A redação começa como um A improvisação é algo original e Ao final do
improviso e depois o seu texto a redação também. Mas, vale improviso/composição de uma
vai ganhando personalidade, lembrar: original é algo que tem cena ou música o espectador
assim como na música. origem deverá ter compreendido aquilo
que foi apresentado

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CANÇÕES

A ARTE COMO
REPERTÓRIO HISTÓRIA DA ARTE

O repertório cultural é um dos


pontos-chave para a elaboração de
argumentos de um texto. O repertório CINEMA/TEATRO
se refere ao conjunto de
conhecimentos que possuímos.
Nesse sentido, as obras artísticas
podem auxiliar na elaboração desses
argumentos.
LITERATURA QUADROS
TEMA 1 : "Desafios para a
valorização de comunidades e TEMA 2 : "Invisibilidade e registro
povos tradicionais no Brasil" civil: garantia de acesso à
(2022) cidadania no Brasil" (2021)

ALGUNS
EXEMPLOS TEMA 3: O desafio de reduzir as

(textos no
TEMA 4: Democratização do
desigualdades entre as regiões
acesso ao cinema no Brasil (2019)
do Brasil (2020)

Anexo)

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TEMA 5: “Manipulação do
TEMA 6: "Caminhos para combater
comportamento do usuário pelo
a intolerância religiosa no Brasil"
controle de dados na Internet”
(2016)
(2018)

ALGUNS
EXEMPLOS Tema 7: "A persistência da
violência contra a mulher na

(textos no
sociedade brasileira" (2015)

Anexo)

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MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS
BRASILEIRAS

Movimento Modernista
Rap no Brasil
LUIZ GONZAGA - O REI DO
BAIÃO
“TRISTE PARTIDA” (Patativa do
Assaré)
“ASA BRANCA” (Gonzaga e
Teixeira)
FILMES NACIONAIS

“CENTRAL DO BRASIL”
“QUE HORAS ELA VOLTA?”
FILMES

“Cidade de Deus”
“Clube da Luta”
“Tempos Modernos”
O TEATRO DO OPRIMIDO
“Criação de Augusto
Boal, o teatro de
oprimido é uma forma
moderna de teatro que
compreende o teatro
como ferramenta de
transformação
LIVROS

“Quarto de Despejo” é
um livro que apresenta o
cotidiano de uma
moradora de uma favela
de São Paulo.
“IDEOLOGIA” “GENI E ZEPELIN”
SUGESTÕES DE (CAZUZA/FREJAT) (CHICO BUARQUE)

REFERÊNCIAS “PARASITA (FILME)


“GREEN BOOK”

ARTÍSTICAS
(FILME)

“VAI PASSAR” (CHICO


BUARQUE/FRANCIS HIME))

“BLACK MIRROR E A SOCIEDADE DO


ESPETÁCULO”
IDEOLOGIA
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito ah
Que aquele garoto que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora as festas do "Grand Monde"
IDEOLOGIA

Meus heróis morreram de overdose


Eh, meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Eu quero uma pra viver"
IDEOLOGIA
O meu tesão
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar a conta do analista
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou
Saber quem eu sou
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo em cima do muro, em
cima do muro
IDEOLOGIA

Meus heróis morreram de overdose eh


Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
Ideologia
Pra viver
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste à tudo em cima do muro, em cima do muro
“PARASITA”

O filme aborda temas de desigualdade social, classe e luta de classes de


uma maneira satírica e provocadora. Ele também mistura gêneros,
incluindo drama, comédia e suspense, para criar uma narrativa complexa
e envolvente.

"Parasita" é amplamente considerado um


dos filmes mais importantes e influentes
da década de 2010, e sua abordagem
única e inteligente para questões sociais
o tornou um marco no cinema
contemporâneo.
“ÓPERA DO MALANDRO” (CHICO BUARQUE)

A "Ópera do Malandro" é uma peça


teatral brasileira escrita por Chico
Buarque em 1978. A trama se passa no
Rio de Janeiro dos anos 1940 e segue
Max Overseas, um malandro charmoso
envolvido em atividades ilegais. A peça
aborda questões sociais e políticas da
época, com destaque para as músicas
cativantes de Chico Buarque.

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“GENI E O ZEPELIN” (CHICO BUARQUE)

Na ópera de Chico Buarque, Geni é ex-


amante e uma das capangas de Max,
participando dos seus negócios de
contrabando. Embora na letra da canção
“Geni e o Zepelim” não exista nenhuma
marca explícita que indique se tratar de
uma travesti, é dessa maneira que a
personagem é caracterizada no livro e nas
encenações da peça, bem como no filme
de Ruy Guerra, sendo “Geni” a forma
curta de “Genival”,

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“GREEN BOOK”
(FILME)

Green Book, conta a história real


da amizade inesperada entre o
pianista Don Shirley e seu
motorista Tony Lip,
O título remete ao “The Negro Motorist
Green Book”, também conhecido como “The
Negro Travelers’ Green Book”, um guia
publicado entre os anos de 1936 e 1966,
com a função de ajudar afrodescendentes a
encontrarem estabelecimentos nos quais
fossem aceitos para hospedagem,
alimentação e outros serviços e
necessidades diárias sem afrontar o branco
com a sua presença. Essa era a triste
realidade na maior parte dos Estados Unidos
dos anos sessenta.
O filme explora as complexidades do
racismo e do preconceito da época, mas
também mostra como esses dois
personagens muito diferentes aprendem a
se respeitar e apoiar enquanto enfrentam
adversidades juntos, resultando em uma
amizade duradoura.
Composta em meados da
década de oitenta (para ser mais
precisa, a canção foi lançada em
1984), em parceria com Francis
Hime, Vai Passar é um samba
animado que faz referência a um
momento específico da história
do Brasil.
“Vai passar”
Chico
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Buarque/Francis
Hime
Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar
Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais “Vai passar”
Chico
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Buarque/Francis
Hime
Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações

“Vai passar”
Chico
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Buarque/Francis
Hime
Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal
Tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval
(Vai passar) “Vai passar”
Chico
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Buarque/Francis
Hime
Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do bulevar
Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear

“Vai passar”
Chico
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Buarque/Francis
Hime
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral
Vai passar

“Vai passar”
Chico
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Buarque/Francis
Hime
Black Mirror" é uma série de televisão

BLACK britânica criada por Charlie Brooker que


explora as implicações sombrias e

MIRROR distorcidas da tecnologia e da


sociedade contemporânea. Cada
episódio é uma história independente e
autônoma, com um cenário e um
conjunto de personagens diferentes,
mas todos compartilham uma
abordagem provocadora e crítica em
relação aos avanços tecnológicos e
suas consequências para a
humanidade.
A série aborda temas como

BLACK privacidade, redes sociais, inteligência


artificial, realidade virtual e muitos

MIRROR outros, frequentemente levando a


reviravoltas inesperadas e reflexões
perturbadoras sobre o futuro da
tecnologia e da sociedade.

No próximo Slide iremos discutir a


respeito do episódio Noisedave e sua
relação com o livro “A sociedade do
Espetáculo”.
Lacie é a protagonista deste
episódio. Nele, as pessoas são
medidas por sua popularidade em
um aplicativo muito semelhante ao
Instagram, onde 0 é a pontuação
mais baixa e 5 é a máxima. Graças
às classificações dos outros e à
rede de contatos, você pode
conseguir um emprego melhor,
comprar um apartamento e obter
um grande número de benefícios.
Lançado em 1967, O cerne do livro é a
crítica à sociedade contemporânea, que
Debord argumenta estar cada vez mais
dominada pelo "espetáculo". O espetáculo,
como ele o descreve, é uma forma de
representação mediada, a mediação em
linguagem atual pode corresponder às
redes sociais, que distorce a realidade e
aliena as pessoas, tornando-as
espectadoras passivas em vez de
participantes ativos na vida social e
política.
É possível fazer uma conexão entre o episódio
“Noisedave” e o livro “A sociedade do espetáculo”?

1. Crítica à Mediatização da Vida: Tanto "Black Mirror" quanto "A Sociedade do


Espetáculo" abordam como a vida moderna é cada vez mais mediada pela
tecnologia e pela mídia. "Black Mirror" mostra como a tecnologia pode afetar
negativamente a vida das pessoas, muitas vezes levando a consequências
perturbadoras. Debord argumenta que a sociedade moderna é caracterizada pela
proliferação de espetáculos, onde a realidade é substituída por representações
mediadas.
É possível fazer uma conexão entre o episódio
“Noisedave” e o livro “A sociedade do espetáculo”?

2. Alienação e Desumanização: Ambas as obras exploram como a tecnologia e


a mídia podem levar à alienação e à desumanização. Em "Black Mirror," muitos
episódios mostram como as pessoas se tornam alienadas ou desumanizadas
devido ao uso inadequado da tecnologia. Em "A Sociedade do Espetáculo,"
Debord argumenta que o espetáculo aliena as pessoas da verdadeira
experiência da vida, transformando-as em espectadoras passivas.
É possível fazer uma conexão entre o episódio
“Noisedave” e o livro “A sociedade do espetáculo”?

3. Manipulação da Opinião Pública: Tanto a série quanto o livro examinam


como a mídia e a tecnologia podem ser usadas para manipular a opinião pública.
Em "Black Mirror," vemos exemplos de como a mídia e as redes sociais podem
ser usadas para influenciar o comportamento das pessoas. Debord argumenta
que o espetáculo é uma forma de controle social que manipula a percepção e o
desejo das pessoas.
É possível fazer uma conexão entre o episódio
“Noisedave” e o livro “A sociedade do espetáculo”?

4. Reflexões sobre o Futuro: Ambas as obras provocam reflexões sobre o


futuro da sociedade, especialmente em relação à tecnologia. "Black Mirror"
muitas vezes imagina cenários futuros distópicos decorrentes do avanço da
tecnologia. Debord, em seu livro, discute como a tecnologia e a cultura de massa
estão mudando a natureza da experiência humana.
CONCLUSÃO

Nesta aula, discussão rapidamente como as artes podem ser utilizadas como
ferramentas de argumentação em redações, notadamente na redação do
ENEM. Vale lembrar que apesar da diversidade de exemplos apresentados, há
muitos outros que podem vir a ser utilizados em suas redações.

BONS ESTUDOS...

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