Rochas sedimentares biogénicas
verificando-se a perda de água e de substâncias voláteis,
As rochas sedimentares biogénicas são rochas formadas
por restos de seres vivos ou por produtos provenientes da
sua atividade biológica. São exemplos destas rochas
determinados calcários e carvões.
O CaCO3 precipita como consequência da
atividade dos seres vivos, forma-se geralmente
em meios aquáticos em que a fotossíntese feita
Calcário
pelo fitoplâncton e algas diminui a quantidade de
biogénico
dióxido de carbono, diminuindo a acidez e
favorecendo a precipitação do carbonato de
cálcio, e á consequente formação do calcário.
Calcário de edificação pela acumulação de
esqueletos de corais que possuem carbonato de
cálcio na sua constituição, após a morte as
Calcário
partes moles do corpo são decompostas
recifal
permanecendo o esqueleto, a acumulação
destas estruturas e a posterior diagénese dão
origem ao calcário recifal.
Certos organismos incorporam o ião cálcio e
carbonado extraídos da água do mar para a
Calcário
produção de conchas, quando estes morrem as
conquífero
conchas sedimentam e após diagénese formam-
se calcários conquíferos
Os carvões são resultado da acumulação e
evolução de sedimentos orgânicos, o seu
principal elemento são restos de plantas, no
entanto a sua formação está condicionada por
carvão
diversos fatores tais como; o conjunto de plantas
que constituem sedimentos, características
ambientais, e a evolução termodinâmica dos
mesmos.
Rochas quimiogénicas: são rochas que resultam de um
processo químico, no entanto, como também intervêm seres
vivos ou produtos formados por eles designam-se
quimiobiogénicos.
- Formação do carvão
Ambiente:
 Lacustre e lagunal
 Pouco oxigenado
 Presença de seres anaeróbios
 Muita vegetação
Inicialmente dá-se a formação da turfa, sedimento que tem
origem em restos vegetais acumulados em pântanos, ou
zonas costeiras pouco profundas e pouco oxigenadas, o que
previne a decomposição. Turfa não é considerada carvão
ainda pois ainda contém teores muito altos de água e
material orgânico
» sofre então o processo de INCARBONIZAÇÃO, durante
este consiste no aprofundamento da matéria vegetal
acompanhado de um aumento de pressão e temperatura,
diminuindo a porosidade e o aumento da concentração do
carbono, desta forma formam-se sucessivamente diferentes
carvões como a lignite, o carvão betuminoso e a antracite.
 A água e os materiais voláteis contribuem para a
libertação de fumo
 Os leitos de carvão são testemunhos da existência
de grandes florestas que terão existido em
ambientes quentes e húmidos.
 Geralmentes, leitos de carvão encontram-se entre
silitos e argilitos que são rochas impermeáveis e
finas, consequentemente impedem a circulação de
água e gases tornando o ambiente pobre em
oxigénio
As rochas sedimentares como aqrquivos da
história da Terra
As rochas sedimentares constituem um ótimo recurso para o
estudo da História da Terra, uma vez que podem conter
elementos essenciais a essa interpretação como é o caso
dos fósseis.
- Fósseis
Os fósseis são vestígios identificáveis de seres vivos que
habitaram no passado a Terra e foram conservados no
contexto geológico. Quando correspondem a restos ou partes
de seres vivos que fossilizaram designam-se somatofósseis,
quando são vestígios da sua atividade designam-se
icnofósseis.
Para que a fossilização ocorra são necessárias determinadas
condições
 Após a morte do ser, este deve ser imediatamente
isolado do contacto com a atmosfera e água e
incluído num material protetor, como sedimentos,
gelo ou âmbar, ficando protegido da oxidação e da
decomposição,
 É necessário que sejam cobertos por sedimentos
muito finos como silitos e argilas uma vez que
este apresentam uma grande capacidade de
isolamento devido ás suas propriedades
impermeáveis e devido à baixa porosidade
impendem a circulação de água e o contacto com a
atmosfera
  Ambiente frio, pobre em água e oxigénio, reduz
atividade de seres decompositores favorecendo
a fossilização
 Organismo com partes duras, ossos conchas, tem
maior probabilidade de fossilizar dos que
apresentam corpo mole.
Restos de seres vivos como conchas ou
carapaças moldam os sedimentos finos que os
envolvem ou preenchem o seu interior, as
partes que moldaram os sedimentos são
Moldagem
dissolvidas sobrando apenas o relevo deixado
pelas mesmas, podem ser formados moldes
externos caso seja preservada a parte exterior
ou moldes internos caso seja realizado o oposto
É um tipo de fossilização frequente, que se
verifica na maioria dos fósseis de partes duras
como ossos e conchas, enquanto que as partes
mineralização
duras vão sendo lentamente destruídas os
poros resultantes são preenchido com matéria
mineral, através de reações de precipitação,
explicitando, a matéria orgânica é substituída
por matéria mineral como calcite ou sílica.
Processo raro de fossilização em que ocorre a
preservação parcial ou mesmo até integral do
Conservação/
ser vivo, incluindo os seus tecidos moles, tal
ocorre por desidratação ou inclusão num meio
mumificação
asséptico (ausência de micróbios) são exemplos
os mamutes conservados no gelo e insetos no
âmbar.
Fossilização associada á preservação de tecido
mais delicados, como é o caso de folhas, ocorre
quando sedimentos finos isolam os restos e
sofrem afundamento, com o aumento da
pressão ocorre progressivamente a expulsão de
Impressão componentes líquidos e gasosos do conjunto. A
estrutura restante rica em carbono, no interior
da rocha matém os aspetos texturais do tecido
inicial, após desaparecimento do resíduo de
carbono, sobra a réplica na superfície designada
de impressão.
Apenas se encontram vestígios da atividade do
ser vivo, não existindo por isso preservação do
icnofósseis organismo. Constituem testemunhos de
interação com o substrato, sendo exemplos
pistas de locomoção, de aimentação habitação
Fósseis de fácies: pertencem a organismos que só
conseguem viver em ambientes muito particulares e são
importantes para a reconstrução de paleomabientes, têm um
ampla distribuição estatrigráfica uma vez que viveram
durante longos períodos de tempo geológico, no entanto
devido ás suas características inerentes ao ambiente
apresentam pouca distribuição geográfica. Ex corais.
Fósseis de idade: ao contrário dos fósseis de fácies
apresentam uma ampla distribuição geográfica e pouca
estatrigráfica, tendo habitado a Terra durante um curto
período geológico, são essenciais na datação relativa das
rochas. Ex: trilobites e amonites
Príncipios da estatrigrafia e a História da
Terra.
Rochas sedimentares dispôe-se frequentemente em
estratos, ao limite inferior de um estrato desigan-se muro e
ao superior designa-se teto.
Uma sucessão de estratos sobrepostos designa-se
sequência estatrigráfica. Os estratos distinguem-se por
características como a cor a textura e fefletem as alterações
ocorridas na Terra.
Os príncipios da estatigrafia são usados na interpretação
dos estratos sedimentares, permitem a datação relativa
das rochas e de outras estruturas, e á reconstituição de
cronologia de acontecimentos geológicos.
 Príncipio da sobreposição
Numa sequência de estratos não deformados as rochas são
progressivamente mais recentes da base para o topo.
 Príncipio da horizontalidade inicial
Se uma sequência de estratos está inclinada, essa
inclinação ocorreu após a diagénese desses sedimentos.
 Príncipio da continuidade lateral
Sedimentos depositados simultaneamente numa mesma
bacia se estendem lateralmente em todas as direções, toda
a camada tem por isso a mesma idade, independentemente
das variações laterais que possa aprensentar.
 Príncipio da identidade paleontológica
É possível atribuir idade a um estrato em função de um
fóssil que nele estiver contido, ou seja é possível atribuir a
mesma data a estratos e colunas distintas que possuem
idênticos conjuntos de fósseis de idade.
 Príncipio da interseção
Uma estrutura geológica que interseta outra é mais recente
que esta.
 Principio da inclusão
Fragmentos de rochas incluídos ou incorporados noutra
rocha são mais antigos do que as rochas que os contém.
Transgressão e regressão marinha
O nível do mar varia sempre em função do aquecimento e
do arrefecimento do planeta, como também da atividade
tectónica.
Transgressão marinha: avanço do mar e recuo da linha de
costa.
Regressão marinha: recuo do mar e avanço da linha de
costa.
 - Magmas basalticos: ocorrem em zonas de rifte e pontos
quentes sensilvelmente a 1300º, provavelmente a partir da
fusão do manto superior, periodotito. A fusão aqui resulta
essencialmente da descompressão que as rochas ficam
sujeitas á medida que são deslocadas por processos de
convecção para zonas mais próximas da superfície. Se
solidicarem em profundidade dão origem ao gabro, caso
seja á superfície dão origem ao basalto.
Génese e classificação das rochas
-Magmas andesíticos: está associado a zonas de
magmáticas convecção ocorrendo a temperaturas de 1000º, o aumento
Rochas magmáticas ou igneas resultam da solidificação e de pressão e de temperatura que a placa vai sofrendo
cristalização de magma. Caso ocorra em profundidade promove a libertação de água dos sedimentos da placa
designa-se a rocha de plutónica caso ocorra á superfície oceãnica em sudcução. Essa água invade as rochas do
designa-se a rocha de vulcânica. manto da placa sobrejacente, baixando a temperatura de
fusão, o magma intermédio assim produzido vai ser
O magma é um material constituído essencialmente por resultado de elementos provenientes da placa oceânica. Em
rocha fundida, com gases dissolvidos e alguns cristais, que profundidade gera dioritos enquanto que á superfície gera
se encontra a temperaturas que variam entre os 700º e os andesitos.
1300º. Geralmente tem origem na fusão parcial das rochas
inferiores da crusta ou das superiores do manto. Nesta - Magmas riolíticos: descompressão associada á formação
mistura podem existir 3 fracções: de cadeias monstanhosas, na sequência de convergência
de duas placas litosféricas continentais. Essa
» a fração líquida: contém elementos químicos frequentes descompressão diminui o ponto de fusão, permitindo a
na crusta, como é o caso de sílicio e oxigénio e outros como formação de magmas ricos em sílica a temperaturas de
ferro, magnésio, alumínio, potássio, cálcio e sódio em cerca de 700º. Em profundidade forma-se o granito à
menores quantidades, estes elementos também podem superfície forma-se o riolito.
estar presentes na fracção sólida, no entanto em minerais já
cristalizados. A fracção gasosa é constituída por gases, Minerais das rochas magmáticas
sendo os mais frequentes o vapor de água, dióxido de
Os minerais mais abundantes são os silicatos, uma vez
carbono, dióxido de enxofre que se libertam á superfície
que contêm sílica e este é o principal composto do magma
num processo de desgaseificação que transforma magma
que lhes deu origem.
em lava.
Unidades estrutural dos silicatos é o tetraedro de sílica,
Magmas são então classificados em 3 tipos
cada átomo de sílica localiza-se numa região central ligado
Magmas básicos/ a 4 átomos de oxigénio, apresentando por isso carga
basálticos - pobres em negativa, tende por isso a estabelecer ligações químicas
sílicas (45-50%) ricos em com outros elementos químicos e a polimerizar formando
óxidos de ferro e magnésio.
longas cadeias.
Magmas fluídos com
temperaturas
compreendidas entre 900º
e 1200º
Magmas intermédios/
andesíticos: Têm uma
percentagem de sílica
compreendida entre 50-
65% e características
intermédias de viscosidade,
e temperaturas perto de
850º
Magmas ácidos/
riolíticos- ricos em sílica
com uma percentagem
superior a 65% são
magmas viscosos com
temperaturas inferiores a
900º
Caracterização e classificação das rochas
magmáticas
Características Classificação de rochas
Composição química - ácidas: >65% de sílica
O elemento predominante (granito e riólito)
nas rochas magmáticas é -intermédias: 55-65% sílica
a sílica, composta por (diorito e andesito)
sílicio e óxigénio, e estas -básicas: 45-55% sílica (
são classificadas de gabro e basalto)
acordo com a -ultrabásicas: <45% sílica
percentagem deste (periodotito)
elemento
Composição -minerais máficos:
mineralógica predominam minerais de ferro
Recorre-se aos minerais e magnésio de tons escuros,
que se encontram com densos, como a olivina,
maior frequência, caso piroxena e biotite.
estes se apresentem numa
rocha com percentagem -minerais félsicos: minerais
superior a 5% são ricos em sílica como o
considerados essenciais, quartzo, moscovite, feldspato
os restantes são e apresentam tons claros e
considerados acessórios baixa densidade.
- Textura vítrea: não se
formam cristais e elementos
químicos não se encontram
organizados (obsidiana)
-textura afanítica ou
agranular: cristais muito
pequenos, não são vísiveis
Textura
macroscópicamente, aspeto
É a característica da rocha
homogéneo consequência de
correspondente ao seu
um arrefecimento rápido,
aspeto geral, dado pelo
característico das rochas
tamanho, forma e arranjo
vulcânicas.
dos minerais. Depende da
- textura fanerítica/granular:
velocidade de
rochas com cristais de
arrefecimento do magma.
grandes dimensões e
desenvolvidos, facilmente
observados a olho nu, aspeto
heterogéneo, arrefecimento
magmático muito lento
característico das rochas
plutónicas
- rocha melanocrata:
Cor predominância de minerais
A cor das rochas máficos, tons escuros.
magmáticas reflete os - rocha mesocrata:
minerais mais abundantes proproções semlhantes de
da sua constituição, ou minerais máfico e félsicos, cor
seja da quantidade de intermédia (andesito e diorito)
minerais máficos e de - rocha leucocrata: rocha
félsicos clara rica em minerais félsicos.
(granito e riólito).
Tipos de rocha e locais de formação
Condições de formação e
Tipo de rocha
locais
Limites divergentes das
placas litosférias e pontos
Rochas básicas quentes
Basalto e gabro Magma resultante da
ascensão e fusão do
periodotito do manto
Limites convergentes entre
placa oceânica e placa
continental.
Magma resultante de fusão
de rochas do manto e da
Rochas intermédias
crusta em condições
Andesito e diorito
particulares de pressão e
de temperatura e na
presença de água ( faz
baixar o ponto de fusão
das rochas)
Limites convergentes entre
duas placas continentais.
Rochas àcidas
Magma resultante da fusão
Riólito e granito
de rochas constituintes da
crusta.
Diferenciação magmática e cristalização fraccionada.
A diferenciação magmática é a evolução química do
magma durante o arrefecimento, á medida que cristalizam
os diferentes minerais.
Como existe grande variedade de rochas magmáticas,
supõe-se a existência de igual quantidade de magmas, no
entanto estudos revelam que não é isso que
acontece.Diferentes tipos de rochas podem formar-se a
partir do mesmo magma original.
A partir dessas experiências foram criadas as series
reacionais de Bowen, demonstram a possibilidade da
existência de um magma basáltico original.
Bowen demonstrou que num magma em arrefecimento
certos minerais que são mais estáveis a temperaturas altas,
cristalizam antes de outros, que apenas são estáveis a
temperaturas mais baixas. A série de bowen apresenta dois
ramos que ocorrem simultaneamente.
consolidação são visíveis são visíveis as partes
diferentes, as encraves, do magma menos
volumoso inserido no seio de uma rocha
magmática de composição química diferente,

 O ramo descontínuo é constituído por minerais

ferromagnesianos como a olivina, a piroxena a
anfíbola e a biotite. A uma temperatura elevada
forma-se um mineral estável nessas condições e á
medida que a temperatura vai diminuindo minerais
distintos desses vão cristalizar uma vez que será
mais estável a essa temperatura e assim
sucessivamente.
 O ramo contínuo é formado apenas por um
mineral: a plagioclase. A uma temperatura elevada
forma-se plagiocláse cálcica (anortite) e á medida
que a temperatura do magam diminui verifica-se
substituição do cálcio pelo sódio, formando-se a
plagiocláse sódica (albite) mantendo a estrutura
cristalina.
 Os últimos minerais a cristalizar, a temperaturas
mais baixas são o feldspato potássico, moscovite e
o quartzo.
A serie reacional de bowen traduz a cristalização
fracionada. Num magma que se encontre em
arrefecimento, minerais diferentes começam a cristalizar a
temperaturas diferentes, numa sequência defenida que
depende exclusivamente da composição do magma e da
pressão a que se encontra. A fracção cristalina pode
separar-se do restante líquido, deixando um magma
residual do magma original.
No entanto, existem outros processos sem ser a
cristalização fraccionada que podem conduzir á
diferenciação magmática
 Os magmas não arrefecem uniformemente e, numa
câmara magmática, podem existir,
temporariamente faixas de temperatura variável
que podem modificar a composição química do
magma
 A chegada de magmas resultantes da fusão parcial
de rochas preexistentes modifica a composição
química do fluído existente numa câmara
magmática.
 Magmas miscíveis podem seguir uma cristalização
diferente daquela seguida por qualquer tipo de
magma isolado.
 As diferenças de temperatura do magma podem
gerar um fluxo turbolento, cristalizando à medida
que circula. Os cristais já acumulados podem ser
remobilizados para outras áreas da câmara
magmática
 Alguns tipos de magma imísciveis, quando se
encontram na mesma câmara magmática, iniciam a
sua própria série de cristalização fraccionada. Após