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Fernão lopes: o artista da palavra.

Biografia
Nasce em 1380, em tempos complicados (crise de 1383-
1385). Estudou leu clássicos, e tornou-se um tableão
equivalente a notário. Em 1418, é nomeado guarda-mor
da torre do tombo, o rei D. Duarte, em 1434, nomeia-o
cronista-mor do reino, cuja função era escrever sobre
os reis de portugal, cumprindo a tarefa ao longo de 20
anos.

Que obras chegaram até nós?

 Crónica de D. Pedro I
 Cronicas de D. Fernando
 Crónicas de D.joão I

A escrita de fernão lopes


Fernão lopes, foi um cronista que constituiu um marco na sua era medieval pelos
seus relatos, recreando com brio artístico sem despauperar a realidade a história
de Portugal, escreveu crónicas sobre todos os reis da primeira dinastia, no
entanto, perdidas no tempo apenas nos chegam os volumes de el-rei d pedro; d.
Fernando e D. João I.
Pode-se afirmar que foi um dos maiores cronistas da Europa naquele tempo, por
ser dos primeiros a dar voz áqueles que nunca tinham sido lembrados, os
plebeus, dando-lhes a mesma altivez e dignidade como se falasse das altas
classes. Descrevendo-os maioritariamente como uma personagem coletiva; ou
seja, ....

A sua escrita é marcada essencialmente pela sua estrturação organizada, as suas


crónicas são dividas meticulasamente e certeiramente em capítulos que dão
ínicio a novas ações , integrados em quadros como- O quadro do cerco de Lisboa

Desenvolveu artisticamentes a factualidade, concebeu-lhe o drama, muitos


acontecimentos são descritos com uma emoção crescente até atingir o seu auge,
marcados essencialmente pelos sensorialismo, ou seja, através da grafia
consegue conceber ao leitor sensações auditivas e visuais aprimorando assim a
sua prosa e o prazer da leitura.
Não é imparcial, não é apenas um mero observador, as suas crónicas são
marcadas pelos seus pratiotismo claramente, mas isso não interfere com a
veracidade da crónica, como foi provado por outros documentos históricos.
Consegue utilizar o discurso direto, ou seja, o que conduz mais uma vez o leitor
para o centro do cenário, juntamente com o seu tom coloquial como um bom
contador de histórias faz; ilustra a sua excelentíssima obra com metáforas
sugestivas, ironias subtis e comparações.
Podemos assim afirmar, que Fernão lopes é um cronista de factos fundamentais,
que não poderiam ser apagados na história, é um repórter da época medieval,
que nos oferece a arte envolvida no seu máximo rigor.
Crónica de D. João I
Contextualizando, após a morte de D. Fernando em 1383, existe uma crise
dinástica, ou seja existe sim uma sucessora legítima, no entanto esta D. Beatriz
casada com o rei de castela torna-se uma ameaça á independencia de portugal.
Por outro lado, temos um filho ilegítimo de rei D. Pedro- D. João Mestre de avis que
como nos relata a crónica demonstrou ser verdadeiramente um chefe poítico.

O fundo da crónica mantém se em torno da figura do rei, não que este seja
exaltado mas no processo em que a narração se opera sempre ligada ao monarca
da crónica, aqui o povo como sujeito da obra ganha pela primeira vez voz, é a
parte fundamental da crónica e consequentemente do acontecimento histórico.

O povo determina-se, ganha uma consciência coletiva contra os que


querem senhoriar a sua terra, sabe que custou muito sangue reconquistar
portugal aos mouros, e não deixa isso despercebido, opõe-se fortemente a
sucessão de beatriz, que apoiada pela sua mão que mantinha uma relação com
o castelhano conde Andeiro.
Pode ser estabelecida uma relação entre o título e os primeiros
antecipados aconstecimentos, podemos rapidamente concluir que houve um
levantamento popular pela propagação da falsa notícia pelo pajém Àlvaro pais,
que dizia que matavam o Mestre de Avis, de autoria de D. Leonor teles conhecida
como a aleivosa, conjuntamente com o seu amante.

OS habitantes indigam-se com a noticia, pois não tem a capacidade para refletir
sobre a notícia falsa do mestre, que se demonstra com esta estratégia um
verdadeiro chefe político, deselaça-se uma manifestação á porta do Passos com
progressos crescendo, marcada pela sinestesia( recurso expressivo que consiste
em ter várias sensações ao mesmo tempo); o mestre granjeia o apoio popular, e
revela-se vivo apaziguando as massas populares, e mostrando o conde andeiro
morto.

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