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A base da economia e da sociedade na idade Média era o mundo rural cuja principal ocupação
era o trabalho da terra.
Camponeses trabalham assim nas propriedades do rei, nobreza e clero, propriedades que
passam a designar-se senhorios (pertencem aos senhores). Este mundo rural organizava-se em
aldeias no interior destas propriedades, tendo uma igreja, um castelo, um mosteiro ou uma
torre senhorial e encabeçar estes domínios.
A partir do séc. XII, a produção de subsistência que caracteriza este mundo rural vai conhecer
alterações e progressos, fruto das melhorias climáticas e novas condições de produção
agrícola.
A Expansão Agrária
A partir do século XII, várias alterações levam a que a agricultura deixa de produzir apenas para
a subsistência da população, e passa a produzir excedentes.
• Uso do ferro nas alfaias agrícolas como a charrua, permitindo trabalhar melhor a terras;
• Aplicação da força dos animais à charrua através nova técnica de atrelagem (coelheira);
Este maior rendimento e produtividade dos solos permitiu libertar parte dos campos de cultivo
de cereais (espécie dominante) para outras culturas e pastagens de animais, aumentando
assim a quantidade e variedade de matérias-primas, quer alimentares quer para têxteis.
Cidade e campo passam agora a estar animados com intensas trocas comerciais, através de
mercados locais, regionais e mesmo internacionais, através de feiras, que ligavam grandes
rotas comerciais.
Estas rotas comerciais provindas do Mediterrâneo passavam depois pelo centro da Europa pela
região da Champagne, onde se desenvolveram importantes feiras, transacionando produtos a
grosso, sendo por isso frequentadas por mercadores dos mais variados lugares.
Destaque ainda para a região da Flandes, com Bruges à cabeça, com destaque para os produtos
têxteis.
Por toda a Europa desenvolve-se assim uma extensa rede de rotas comerciais a larga escala, do
Báltico ao Mediterrâneo, quer por via marítima quer por via terrestre. Este comércio
diversificado e em expansão obrigou à criação de novas formas de pagamento, quer para
colmatar a falta de metal precioso quer para proteger mercadores face aos perigos destas
viagens.
Criaram-se instrumentos de crédito e débito (letras de feira e câmbios) que eram aceites nos
vários mercados internacionais, surgindo assim novas ocupações como notários, banqueiros e
cambistas, respondendo ás crescentes exigências das intensas trocas comerciais e da economia
monetária.