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Compatilismo

Neste ensaio filosófico vamos abordar a doutrina da filosofia moderna; mais


clarificadora, sobre a questão do livre-arbítrio: o compatibilismo ou determinismo
moderado.
Ao contrário do incompatibilismo, esta vertente assume que existe um equílibrio
entre o determinismo e o livre-arbítrio, opondo-se á afirmação “se uma ação é
causada, então não é livre” se refletirmos bem sobre esta frase um comportamento
para ser livre precisava de ser não causado, o determinismo moderado defende que a
vontade livre EXIGE o determinismo; ou seja era ímpossível viver num mundo em que
tudo á nossa volta acontecesse de forma aleatória e caótica, pois, não seríamos livres;
mas como vivemos sobre leis e de maneira ordenada, ações racionais são possíveis e
podemos ser livres pois estamos a ser movidos pelos nossos desejos.
Era defendido na antiguidade, por filósofos da estóica e até mesmo Aristóteles,
mas apenas mais tarde é que ganha destaque,com filósofos como Thomas Hobbes.
Os estóicos davam-nos um simples exemplo: um cão amarrado a um carrinho com
uma coleira que é longa para fazer manobras, no entanto, não é suficientemente
comprida para vagarmos para onde quisermos, contudo, o cão pode escolher em
andar atrás do carrinho e acompanhar os seus movimentos ou ir á frente e ser
puchado. Neste exemplo, nós somos representados pelo cão, as curvas do caminho
são as escolhas que iremos tomar e o carrinho é digamos o nosso “destino”. Em
suma, ou seja, existem situações que não são controladas por nós, num universo
determinado temos alternativas e futuros múltiplos.
De acordo com o compatibilismo, todo o comportamento humano é
determinado só que isso não implica que todas as nossas ações sejam constrangidas.
O nosso comportamento, segundo os compatibilistas, pode ser constrangido ou livre,
exemplificando, se estivermos perdidos no deserto, com sede, pelo facto de de não
haver água em abundância é algo evidentemente contra o nosso desejo em função
das circuntâncias (comportamento constrangido); caso estivermos numa cidade com
água em abundância, podemos optar por fazer uma espécie de greve de sede, para
protestar contra o governo (comportamento livre).
Para o compatibilismo, o ser humano é de facto livre em circunstâncias em que
não haja qualquer tipo de constrangimento, e desta forma possui o poder e a
capacidade de fazer o que quer ou deseja fazer se não houverem obstáculos,
liberdade não significa não ser determinado, nós somos claramente livres em grande
parte das nossas ações.

Marta oliveira e Joana Barreiras 10º A

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