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Poderá a consciência da nossa liberdade ser uma ilusão?

O problema discutido neste ensaio filosófico é a possibilidade de a consciência da nossa liberdade ser
uma ilusão. Considero que a discussão deste problema filosófico é importante, pois vou defender a ideia
de que sim, a consciência da nossa liberdade é uma ilusão.

A questão da liberdade e do livre-arbítrio tem sido um assunto de debate ao longo dos séculos, desde
os tempos antigos até aos dias de hoje. Ainda assim, surge uma questão interessante quando nos
deparamos com a chance de que a consciência da nossa liberdade possa ser uma ilusão. Será que
estamos realmente livres nas nossas escolhas e ações, ou estaremos apenas enganados por uma
aparência de liberdade que não é realmente verdadeira?

Para discutir este tópico, é preciso sabermos o que é a liberdade.

A liberdade pode ser interpretada como o direito de agir de acordo com a própria vontade, sem ser
forçado por agentes externos

Uma tese filosófica que nos ajuda a entender esta questão é o Determinismo de Pierre-Simon Laplace
que foi um matemático e físico do século XVIII. Laplace apresentou uma ideia determinista da realidade,
dizendo que todas as ações e escolhas que fazemos são controladas por algo sobre o qual não temos
controlo. De acordo com esta visão, as nossas supostas escolhas livres são apenas ilusões, pois estamos
destinados a agir de certa maneira.

Ao contrário do determinismo, o Existencialismo de Jean-Paul Sartre diz que não há uma natureza
humana predefinida ou um propósito universal para a vida, em vez disso, somos seres livres e
autônomos, responsáveis por criar o nosso próprio caminho e valores. Uma das ideias mais marcantes
do existencialismo é a ideia da "condenação à liberdade". Sartre argumenta que estamos condenados a
ser livres, que significa que somos lançados ao mundo sem qualquer propósito pré-determinado, mas
temos de nos responsabilizar e aceitar as consequências dos nossos atos. Por exemplo, se eu matar
alguém, tenho de aceitar as consequências do meu ato, ou seja, as regras da sociedade onde estou
inserido, que será pena de prisão.

Na minha opinião, eu concordo com o Determinismo de Laplace, creio que a consciência da nossa
liberdade é uma ilusão já que acredito na realidade do destino. Para mim, o destino é uma força invisível
que molda o que nos acontece, mesmo quando pensamos que estamos a tomar as nossas próprias
decisões, então, a meu ver, tudo o que fazemos já está predestinado a acontecer e tudo acontece por
uma razão, então mesmo que no dia a dia nos possamos sentir livres a tomar as nossas próprias decisões
essa sensação de liberdade pode ser meramente uma ilusão, uma vez que penso que as nossas vidas são
moldadas por eventos que estão além do nosso controlo. Assim, enquanto nos consideramos seres
autónomos, podemos estar simplesmente a seguir um caminho que já foi delineado para nós pelo
destino.
Então se o destino for real não temos livre-arbítrio? porque se tudo já está pré-determinado, não
fazemos nenhuma escolha livremente.

Pois bem, na minha opinião o livre arbítrio não existe realmente, pois tudo o que fazemos já esta pré-
determinado, o que existe é um falso sentimento de liberdade sempre que tomamos uma decisão, por
este ou aquele caminho, não estamos a fazer mais do que ir ao encontro do nosso destino

Concluo este meu ensaio afirmando que sim a consciência da nossa liberdade é uma ilusão e que o
destino é inevitável.

Dito isto, eu concordo com o determinismo radical que considera a hipótese de não haver livre-arbítrio,
porque todos os acontecimentos são efeitos de causas anteriores.

Leonor Silva, 10A

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