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BRECHAS E CONGLOMERADOS
ARENITOS
As areias são grupo de sedimentos cuja dimensão das partículas é menor da que os balastros. O
equivalente consolidado recebe o nome de arenito. As areias predominam em vários ambientes
sedimentares, como rios, praias ou desertos. O mineral predominante é o quartzo vir com a já que se
trata de um mineral resistente a longos transportes. Os minerais menos resistentes, como o feldspato e
os ferromagnesianos, tendem a escassear com transporte longo. No entanto, há também areias
calcárias e areias negras, constituídas, respetivamente, por calcite por minerais ricos em ferro e
magnésio, nas situações em que o transporte é reduzido.~
ARGILITOS E SILTITOS
Os siltes e as argilas são os sedimentos com o menor tamanho, ocorrendo, frequentemente, associados
em rochas de granulometria fina. Sendo estes os minerais menos pesados, são transportados a grandes
distâncias, podendo depositar-se em vários ambientes de sedimentação, desde que se verifique uma
diminuição significativa da energia do agente transportador. Após a diagénese, as argilas evoluem para
argilitos, e o silte, para siltito. Durante este processo, ambos os detritos experimentam uma grande
redução de volume, aquando da compactação, uma vez que até 80% do volume inicial dos sedimentos
é ocupado por água. Os argilitos e siltitos caracterizam-se por serem suaves ao toque e friáveis, ou seja,
por se desagregarem com facilidade. Nas rochas onde a fração argilosa é predominante vídeo colar o
cheiro a barro após humedecimento é uma das características distintivas. Estas rochas caracterizam-se
também pela sua impermeabilidade à água, originando paisagens com reduzida cobertura vegetal.
ROCHAS SEDIMENTARES QUIMIOGÉNICAS
Durante a meteorização, vários compostos e iões são libertados para a água, sendo depois
transportados em soluções para Lagos, lagunas, mares interiores e oceanos. Por exemplo, a água
salgada é normalmente rica em iões sílica, carbonato, sulfato, cálcio, cloreto, sódio e potássio. Em
determinadas condições ambientais, estas substâncias dissolvidas reagem entre si, precipitando e
formando minerais que irão constituir as rochas sedimentares quimiogénicas. Estas rochas podem ser
agrupadas em rochas carbonatadas e rochas evaporíticas ou evaporitos.
ROCHAS CARBONATADAS
As rochas carbonatadas são constituídas, essencialmente, por minerais com o ião carbonato na sua
composição química. Estes minerais resultam da reação de vários iões com o ião bicarbonato em meio
aquoso, formando-se um precipitado que se deposita no fundo da bacia de sedimentação.
A deposição e posterior de agente dos minerais de calcite originam calcário, neste caso, de origem
química. A diminuição do teor de dióxido de carbono nas águas devido ao aumento da temperatura, da
diminuição da pressão atmosférica ou da agitação das águas determina que o equilíbrio químico se
desloque no sentido da formação do CO2 e, consequentemente, da precipitação da calcite. Contudo, o
sentido da reação depende das condições ambientais, podendo ocorrer a reação no sentido inverso.
Assim, podem ocorrer ciclos de precipitação, correspondente à formação de calcários e dissolução,
correspondente à formação de grutas.
Das rochas carbonatadas de origem química e inorgânica, salientam se os calcários, constituídos por
calcite e formados, essencialmente, nos ambientes cársicos e em nascentes termais. Nas áreas
calcárias, a água infiltra se com facilidade pelas fraturas da rocha, provocando a dissolução que está na
origem do modelado cársico. Essa água, rica no ião bicarbonato, circula depois nas grutas, permitindo a
precipitação do carbonato de cálcio, que formam os travertinos, bem como as estalactites e as
estalagmites.
Uma fração dos calcários formados nos oceanos tem também origem quimiogénica. Nesse caso, a
precipitação de carbonato de cálcio ocorre como consequência de variações ambientais. Destas, pode
destacar-se a diminuição da concentração de dióxido de carbono na água e o aumento da temperatura
do ambiente. Frequentemente digo a atividade biológica modifica o ambiente aquático a ponto de
induzir a precipitação de calcita, com posterior formação de calcário.
EVAPORITOS
Estas rochas resultam de resto os de seres vivos ou resultam da sua atividade. Neste grupo de rochas
poderemos considerar os calcários biogénicos e os carvões.
CALCÁRIOS BIOGÉNICOS
Muitos calcários resultam da acumulação de restos de seres vivos e distinguem-se de acordo com os
vestígios neles predominantes. Por exemplo, os recifes de coral são estruturas edificadas por corais,
animais que usam carbonato de cálcio como molécula estrutural dos seus esqueletos. Após a sua morte
e decomposição das partes moles do corpo, estas estruturas rígidas acumulam-se, dando origem, após
diagénese, ao calcário recifal.
Outros organismos incorporam o ião bicarbonato e o ião cálcio na produção de conchas. Após a morte
dos animais, as conchas e os seus fragmentos sedimentam e originam, por diagénese, os calcários
conquíferos. Os restos calcários destes organismos podem constituir extensas acumulações. Além
destas conchas, podem fossilizar outras estruturas, como os esqueletos de calcário de alguns
microrganismos que estão associados a determinadas rochas.
CARVÕES